23 de dezembro de 2009

NATAL: Destrocando o que foi trocado (São Nicolau por Papai Noel)

Que a Sagrada Família, Jesus, Maria e José, concedam especiais graças de Natal a todos que combatem os fatores de desagregação da família e as leis destrutivas dos lares


Com os meus votos de Feliz Natal e Boas Festas sob as bênçãos do Menino Jesus e de Sua Mãe Santíssima e as mais escolhidas graças para a luta em defesa da instituição familiar em 2010, aos correspondentes deste Blog da Família ofereço como “presente” a transcrição de duas evocativas cartas muito apropriadas para a ocasião. A primeira carta escrita por uma menina, Virginia O´Hanlon, quando tinha apenas 8 anos (foto). Ela faleceu em 1971, e durante sua longa vida (vivera 81 anos) recebeu milhares de cartas — todas respondidas anexando a sua missiva e a resposta que recebera e publicada no “The Sun”, jornal nova-iorquino. (mais abaixo fac-símile da publicação).

Trata-se de uma história verídica — tão encantadora que mais parece uma fábula natalina — mas que pede uma explicação. Como de um tempo a esta parte substituiu-se a figura tradicional de São Nicolau pela imagem mercantilista e paganizada do “Papai Noel”, na tradução das cartas eu troquei o segundo pelo primeiro, uma vez que o Natal é a festa magna da Cristandade na qual comemoramos o nascimento do Menino-Deus em Belém.

Falecido em meados do século IV, São Nicolau foi Bispo de Myra, na Turquia meridional, atualmente conhecida como Demre. Ele encantou e povoou durante séculos o imaginário infantil no mundo inteiro, sobretudo na época de Natal. De família muito rica, após a morte de seus pais, distribuiu generosamente seus bens aos pobres e protegeu de modo especial as crianças necessitadas.

A partir do século X, meninos e meninas adquiriram o hábito de confeccionar pequenos navios de papel e deixá-los à porta de suas casas, a fim de que São Nicolau ali depositasse presentes e doces. No século XV, o costume passou a ser, no lugar dos navios de papel, os sapatinhos e meias.



Infelizmente, no século passado fez-se a péssima troca de São Nicolau pelo “Papai Noel”. Com isso, as luzes sobrenaturais do Natal foram como que se apagando, enquanto se acendiam os letreiros luminosos da propaganda comercial — inclusive da Coca-Cola-Company —, utilizando a figura do “Papai Noel”.

Um belo revide seria o de as famílias católicas retomarem a tradição de montar em seus lares os presépios, além da montagem da árvore de Natal, e ensinarem a seus pequenos a história de São Nicolau atendendo generosamente seus pedidos em nome do Menino Jesus. As crianças seriam assim despertadas para aquela propensão ao maravilhoso e ao sobrenatural própria a toda alma inocente, remetendo-as para um mundo parecido com Céu e distanciando-as da conotação materialista e paganizada do “Papai Noel”. A seguir a carta de Virginia (foto abaixo), que o redator-chefe do “The New York Sun” encontrou sobre sua mesa de trabalho numa manhã de setembro de 1897:

Prezado Sr. Redator:
Tenho oito anos de idade. Algumas de minhas amigas sempre me dizem que não existe São Nicolau e que isso é uma antiga lenda, tipo conto de fadas. Porém, meu pai disse-me que se tal existência for confirmada pelo “The Sun”, então é certo que existe São Nicolau. Por favor, diga-me a verdade: existe mesmo o São Nicolau?
Virginia O´Hanlon



Com relutância e hesitação, Francis Pharcellus Church (foto acima), redator do “The Sun”, tomou a si a tarefa de responder à carta da pequena Virginia. Contudo, tendo começado a escrever, as palavras saltaram rápidas sobre o papel, e assim surgiu a seguinte carta:

Virginia:
Tuas amigas não têm razão. Elas sofrem de uma doença péssima e que mais tarde trar-lhes-á ainda muitas dores. Toma cuidado para que essa doença não te pegue. Trata-se de uma doença de alma. Nós, os adultos, chamamo-la de incredulidade, espírito de crítica, falta de inocência. Tuas amigas e outras pessoas que tentaram te convencer pensam que são sábias e espertas, porque só admitem como real aquilo que podem ver com os olhos e tocar com as mãos. Contudo, elas não sabem quão pouco é isso!

Ora, pequena Virginia, imagina todo este imenso Globo terrestre com seus lagos e montanhas, com seus rios e mares, e, pairando sobre nossas cabeças, o céu infinito com suas miríades e miríades de estrelas. Imagina quantas espécies de seres existem no mar, nos ares e sobre a terra. O homem é apenas um entre milhares de seres, e ademais quão pequeno! Diante das imensidões do universo, ele é pouco mais do que um besouro ou uma formiga. Como então pode o homem ver tudo o que existe e com seu pequeno entendimento querer explicar todas as coisas?

Sim, Virginia, existe o São Nicolau! Tão certamente quanto existem o carinho e a alegria, o amor e a bondade, os quais, porém, não podemos ver com nossos olhos e apalpar com nossas mãos. Mas tudo isso existe. Tu mesmo já os experimentaste. E não trazem eles beleza e alegria em tua vida?

Ah, como seria triste o mundo sem São Nicolau! Tão triste como se não houvesse mais Virginias, como se não houvesse mais os contos de fadas, os anjos, as canções, as histórias infantis escritas pelos poetas. Ou, pelo contrário, só houvesse gente que jamais se encanta com nada, que jamais sorri! Então estaríamos todos perdidos. E aquela luz eterna, que jamais se apaga, com a qual as crianças iluminam o mundo e que acompanha toda criancinha que nasce, esta apagar-se-ia para sempre.

Não acreditar em São Nicolau?! Então ninguém mais precisaria crer em fadas e anjos. Tu poderias convencer teu pai a colocar vigias diante de cada chaminé, na noite de Natal, para que eles pudessem agarrar o São Nicolau. O que ficaria então provado se eles não o vissem descer pela chaminé? Ora, ninguém vê o São Nicolau! Isso porém não prova que ele não existe. As coisas que neste mundo são verdadeiramente reais, não as podem ver nem crianças nem adultos. Já viste alguma vez uma fada dançar sobre os prados floridos? O fato de não a teres visto não prova que a fada não dance na pradaria. Ninguém pode compreender todas as maravilhas invisíveis do universo.

Tu podes bem desmontar um chocalho de bebê, a fim de ver como se produz propriamente o ruído das pedrinhas que se chocam umas contra as outras. Porém, sobre o mundo invisível há um véu estendido, o qual não pode ser rasgado nem mesmo pelo homem mais forte da Terra, e nem sequer pela força conjunta de todos os homens fortes de todas as épocas. Somente a fé e a caridade podem levantar um pouquinho a ponta deste véu e assim contemplar a beleza e o esplendor sobrenaturais que se escondem atrás dele.

Será tudo isso realidade? Ó, Virginia, sobre a Terra não há nada de mais real, de mais verdadeiro do que isso! Graças a Deus que São Nicolau vive e viverá eternamente! Nos próximos mil anos — oh! que digo, pequena Virginia —, nos próximos 10 mil anos multiplicados por outros tantos mil anos, o São Nicolau continuará a fazer com que os corações puros das crianças se alegrem e batam com mais força na abençoada noite de Natal.

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PS: Com esta matéria, montei uma apresentação de slides (em arquivo PPS, com música de Natal). Aqueles que desejarem receber tal arquivo por e-mail, basta enviar o pedido para o e-mail: prccampos@terra.com.br

2 de dezembro de 2009

Vitória do NÃO à “Lei do Zipper”

A enquête organizada pela “Agência Senado” e pela “SEPOP” (Secretaria de Pesquisas e Opinião Pública), durante todo o mês passado, teve seu resultado final divulgado ontem, dia 1º-12-09:
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“Você é a favor da
aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra
homossexuais?”
• Sim - 48,46%
• Não - 51,54%
Total:465.326 votos



Venceu o NÃO, evidentemente, mas a vitória teria sido bem mais folgada não fossem a má formulação da pergunta e as diversas sabotagens, sobre as quais já tratei (vide Você é a favor da aprovação da “Lei do Zipper”? )

Mas gostaria de neste post apenas comentar a má vontade dos responsáveis por tal enquête e pela notícia — tremendamente tendenciosa — divulgada pela “Agência Senado”, em 01/12/2009. Ei-la:
51,54% dos internautas defendem discriminação de homossexuais,idosos e deficientes
A maioria dos internautas que votou na enquete do mês de novembro da Agência Senado se posicionou contra a aprovação do PLC 122/06, que torna crime a discriminação contra idosos, deficientes e homossexuais. Do total, 51,54% foram contrários à proposta e 48,46% a favor. A enquete recebeu 465.326 votos, e foi a que mais mobilizou votantes desde que esse tipo de consulta foi criado.
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(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=97888&codAplicativo=2&codEditoria=8

1 – Cumpre primeiramente dizer que não se trata de defender a “discriminação de homossexuais, idosos e deficientes”. Aqueles que são contrários ao homossexualismo não o são por preconceito, mas por fidelidade aos preceitos decorrentes da moral, da lei natural e da lei Divina. E, devido a esses mesmos preceitos, não passarão a agredir os homossexuais. Para a proteção destes, como de qualquer cidadão brasileiro, já existe legislação penal estabelecida. Portanto, o projeto de lei 122/2006 é absolutamente dispensável. Ademais, justamente em razão dos preceitos mencionados, asseguram todo desvelo e carinho aos “idosos e deficientes”.

2 – Os responsáveis pela notícia maliciosa e pelo PL 122/06 “embrulham” promiscuamente, no mesmo “pacote” dos homossexuais, os respeitáveis “idosos e deficientes”. – Quem seria tão cruel a ponto de não desejar aos últimos especial proteção? Só mesmo algum tipo tão desumano e perverso como Calígula ou Stalin. Merecedores de todo o nosso desvelo e carinho, os “idosos e deficientes” foram incluídos no esdrúxulo PL para, “no tapetão”, ser também considerado crime qualquer crítica à prática homossexual. Nessa trapaça, o grande beneficiado é o vício antinatural.

Embora não seja “preconceito” a não aceitação do homossexualismo como coisa normal, os promotores deste insistem em tachar de “preconceituosos” os que lhe são contrários. Estes, sim, seriam discriminados, proibidos de falar e penalizados.

Seria a abolição da democracia e o estabelecimento de uma “ditadura homossexual” no Brasil? Passaria a vigorar no País a “Lei do Zipper”, com a supressão do direito constitucional da liberdade religiosa e da liberdade de expressão e o início de uma nova era de perseguição aos defensores dos valores familiares.
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Agradecendo a todos que votaram na enquête na defesa desses valores, alertamos que o perigo da aprovação em Brasília do PLC 122/2006 continua. Uma batalha foi ganha, mas não a guerra; esta será árdua enquanto o despropositado projeto estiver tramitando no Congresso Nacional. Estejamos sempre bem atentos, pois, segundo consta no portal do Senado: “A matéria ainda deve ser analisada, além da CDH, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e pelo Plenário do Senado. Se aprovada por essas duas instâncias, volta à Câmara, pois o texto proveniente daquela Casa foi modificado”.http://www.senado.gov.br/sf/senado/centralderelacionamento/sepop/?page=enquete_ant
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PS: Uma boa notícia que me acaba de chegar: o “casamento” homossexual foi derrotado ontem no Senado do Estado de Nova York, por 38 votos contra 24! Como sobre os EUA se pode dizer com acerto aquilo que alguém afirmou erroneamente a respeito da Venezuela, ou seja, que há “excesso de democracia”, os senadores novaiorquinos souberam interpretar o sentimento da população; e não se puseram a fazer joguinhos como aqui, misturando homossexuais com velhinhos, a fim de confundir a opinião pública e fazer passar aquilo que ela rejeita.

O Senado do Estado de Nova York