7 de agosto de 2013

Deputado confessa que ele e muitos de seus colegas foram enganados na aprovação do projeto pró-aborto

CONGRESSO DEVE REVOGAR LEI SANCIONADA POR DILMA ROUSSEF COM BRECHA PARA O ABORTO NO PAÍS


Prof. Hermes Rodrigues Nery (*)

No dia seguinte à vigília e ato de desagravo ocorridos em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, o deputado federal Eduardo Cunha [foto abaixo] deu entrada no Congresso Nacional de Projeto de Lei revogando a Lei 12.845/2013, sancionado pela Presidente Dilma Roussef, com vistas de abrir brechas na legalização do aborto no País, como distribuição da pílula do dia seguinte etc., com recursos públicos. Segue a íntegra do referido Projeto de Lei: 


PROJETO DE LEI Nº 6033/2013 
(Do Senhor EDUARDO CUNHA) 

Revoga a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. 


O CONGRESSO NACIONAL decreta: 


Art. 1º Revoga-se a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. 
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

JUSTIFICAÇÃO 
A sanção da Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013, provocou uma polêmica na sociedade acerca de estímulo a prática de aborto. 

É sabido que não houve o debate apropriado do tema e a Câmara dos Deputados votou a matéria desconhecendo o seu conteúdo e a profundidade do seu alcance, sendo assim é preciso à imediata revogação desta Lei. 
Sala das Sessões, em 6 de agosto de 2013 
Deputado EDUARDO CUNHA 
PMDB/RJ 


"Atuarei em duas frentes em relação ao assunto - explica Eduardo Cunha - ou seja, a sanção do PLC 3/2013: primeiramente, apresentarei um projeto de lei revogando essa lei sancionada e em toda medida provisória editada apresentarei emenda com mesmo teor para revogar essa lei. A segunda ação será pedir para que parlamentares que defendem a vida e são contra o aborto me acompanhem nessa luta para derrubarmos essa lei contra a vida. São parlamentares que também foram enganados. Fomos todos enganados na boa fé, mas isso não tira a responsabilidade de todos nós, inclusive a minha. Quem for a favor da vida nos acompanhe".

E acrescentou: 
"Esse projeto foi pedido na Semana da Mulher. Foi vendido como sendo uma resposta para defesa das mulheres, e todos não tiveram cuidado de examinar a armadilha nele contida no artigo que falava da profilaxia. Em segundos, a proposta passou em votação simbólica pela Câmara e foi para o Senado, onde ficou adormecido e de repente foi aprovado sem que ninguém percebesse. Quando saiu para a sanção, aí que perceberam que todos foram enganados e pediram o veto presidencial, infelizmente não atendido". 

Concluiu dizendo: 
"Eu, sinceramente, peço perdão a DEUS por ter sido enganado e não ter visto a trama que armaram contra a vida. Farei tudo que estiver ao meu alcance para tentar reverter esse lamentável quadro".

A luta agora será intensificar a pressão nos parlamentares pela revogação da lei, para que seja garantida a inviolabidade da vida humana, desde a concepção, em nosso País. Além da revogação, tramita ainda no Congresso, o Estatuto do Nascituro e a PEC pela Vida. no Estado de São Paulo, está para ser ser entregue na Assembléia Legislativa, projeto de iniciativa popular contra o aborto.
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(*) Hermes Rodrigues Nery é Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté.

5 comentários:

  1. Ainda tem quem queira evangélicos de caráter honesto longe da política...
    Ai do Brasil, se não fosse esses homens de Deus!

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  2. Com todo respeito, prefiro continuar acreditando no louco do Plínio Marcos: "só vou acreditar em político no dia em que eu vir morcego voando para ir doar sangue."

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  3. Comentando o comentário acima: também eu prefiro acreditar no "morcego doador de sangue" do que nos atuais políticos.

    Neste affaire, sou muito devoto de São Thomé: preciso ver para crer.

    Mas, em qualquer caso, acho que vale a pena publicar a promessa (no caso do deputado federal Eduardo Cunha), para que futuramente possamos fazer-lhe a cobrança, caso não cumpra a promessa.

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  4. José Juarez Batista Leite08 agosto, 2013 20:34

    Pelo menos, reacendeu-se a chama da esperança com esta iniciativa do deputado Eduardo Cunha.Tomara que a aprovação dessa lei infanticida seja,de fato,revogada.

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  5. João Guilherme Barbedo Marques24 agosto, 2013 01:01

    Excelentíssimo Senhor
    Dep. Eduardo Cunha

    Excelência

    Eu tomei nota que no momento em que a Presidente da República
    homologava o PLC 03/2013 transformando-o em lei, Vossa Excelência
    afirmava em plenário que, tal como muitos outros colegas, tinha sido
    enganado e que o texto do Projeto de Lei não tinha sido submetido à
    discussão que necessitava e que, em consequência, apresentava um
    projeto de lei de um único artigo em que proponha a revogação da lei
    acabada de ser promulgada.

    Achei que a atitude de Vossa Excelência refletia um alto sentimento de
    honestidade, era de uma humildade cativante e que merecia o apoio e
    carinho de todos nós. Nesse sentido, dei ampla difusão da proposta de
    Vossa Excelência e acrescentava que me parecia ser a única forma de
    alterar a lei que, de forma ignóbil e desonesta, tinha acabado de ser
    aprovada. E fi-lo por várias vezes, desde então.

    Entretanto, passado quase um mês, nenhuma notícia nova nos chegou.
    Fazendo agora o que já devia ter feito há muito, agradeço
    profundamente penhorado a iniciativa de Vossa Excelência e aproveito
    para pedir que zele com todo o carinho o seu projeto de lei, para que
    ele não caia no esquecimento. Vossa Excelência é um dos expoentes
    entre os membros do Congresso e tem força, e no caso presente a
    justiça, para poder travar o bom combate e levar a bom êxito um desejo
    que é nacional, a contar pelo número de manifestação que forma levadas
    até à Presidência da República para que tal projeto de lei fosse
    vetado.

    Apresento a Vossa Excelência os meus respeitosos cumprimentos

    João Guilherme Barbedo Marques

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