13 de setembro de 2025

GARCÍA MORENO

 

Quadro de Don Gabriel Garcia Moreno, herói e mártir da fé, grande estadista equatoriano, o mais católico dos Chefes de Estado de nosso Continente, considerado uma das maiores personalidades do século XIX.


No sesquicentenário de seu martírio, considerações da heroicidade das virtudes de um modelo perfeito de um Presidente de República 


Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 897, Setembro/2025 

Antes de ler o parágrafo abaixo, dileto leitor, procure responder à seguinte pergunta: quem foi a pessoa mais influente do século XIX? 

Como nós, acho que muitos ficarão na dúvida. 

O jornal parisiense “Le Figaro” organizou em 1900 uma pesquisa — patrocinada por equatorianos — a fim de se eleger o mais influente homem do século que acabara de expirar. O ex-presidente do Equador, Gabriel Garcia Moreno (1821-1875), foi o escolhido! Superando outros líderes famosos da centúria, como Bismarck, Lincoln, Simón Bolívar etc. Para marcar este fato, afixou-se uma placa comemorativa com os dizeres: “Presidente Gabriel Garcia Moreno, o maior homem do mundo em seu século. Pesquisa feita em Paris. Ano 1900”.

Mesmo sendo uma pesquisa patrocinada por admiradores do ex-presidente equatoriano, não deixa de ser sintomática a alta consideração de que ele foi objeto. 

Em qualquer caso, tratou-se de uma muito justa homenagem, pois Garcia Moreno reergueu seu país, então na pobreza e no caos, a um alto patamar, tanto do ponto de vista moral e dos bons costumes, quanto da prosperidade material. Ele conseguiu realizar a união entre a Igreja e o Estado, num século em que as correntes revolucionárias trabalhavam para a separação. 

Donde o ódio visceral que se abateu sobre ele, em particular da parte de movimentos de seitas anticlericais, culminando com o seu cruel assassinato. 

Num momento crucial de sua vida, sendo caluniado e padecendo pressões quase insuportáveis de seus inimigos, ele escreveu ao Papa Pio IX dizendo que, apesar das pressões, mantinha toda fidelidade à Santa Sé: “Peço a sua bênção, Santíssimo Padre, tendo sido, sem mérito algum, reeleito para governar esta República Católica por mais seis anos... Tenho mais necessidade do que nunca da proteção divina, para viver e morrer em defesa de nossa santa religião e desta amada República que Deus ainda me chama a governar.” 

Quais foram os grandes feitos de Don Gabriel Garcia Moreno que justificam a mencionada homenagem? Mais ainda. Que justificam os títulos de herói e mártir da Fé Católica, de modelo perfeito de um Chefe de Estado e de ter constituído a “República do Sagrado Coração de Jesus”? É o que nossos leitores poderão ver na matéria de capa da edição deste mês da revista Catolicismo, comemorativa do sesquicentenário de seu martírio. 

Peçamos a Deus que faça surgir no Brasil outro Garcia Moreno... Certamente, este também será odiado e receberá igualmente a palma do martírio, mas de seu sangue poderá nascer algo que fará ressurgir um Brasil livre do caos atual, um Brasil verdadeiramente digno do nome “Terra de Santa Cruz”!

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