23 de julho de 2024

SÃO CHARBEL MAKHLOUF

 


Um verdadeiro cedro do Líbano 


  Plinio Corrêa de Oliveira 

Charbel Makhlouf, falecido em 1898, santo contemplativo de uma ordem religiosa do rito melquita, no Líbano, entrou muito jovem no convento, tendo vivido em isolamento e meditação completos. 

Tem-se a impressão, observando-se seus olhos, de que eles são duas janelas abertas para o Céu. Olhos de um escuro profundo –– ou talvez castanho, mas muito escuro –– que refletem profundidade; e no fundo dessa profundidade há algo de sublime e celestial. Vê-se que ele olha para o Céu, o qual reflete-se em seu olhar, e que peregrinando dentro do olhar dele encontra-se o Céu. É uma verdadeira maravilha. 

Seu nariz é caracteristicamente o de um árabe. A barba é de um branco venerável, nívea. Dir-se-ia que são flocos de neve que lhe pendem do rosto. Ela abre-se e deixa passar um tanto o que está em seu interior, uma certa forma de graça e de leveza, que não sei como descrever. Parece algo como um jogo de estalactites e estalagmites dentro de uma gruta. 

Suas sobrancelhas lembram as asas de um condor. Mas, convém acentuar, o olhar é o mais importante do conjunto da fisionomia. Ele absorve o resto. Quando se examina esses olhos, não se pensa em outra coisa. São de uma estabilidade, uma resolução, uma seriedade, uma elevação enorme! São de um homem que, se o mundo todo cair sobre ele, não se move. E, caso seja seu dever mover-se contra o mundo inteiro, atuará com serenidade. Um homem deste tipo move o mundo! É das fisionomias que mais aprecio contemplar. 


Compõe a fisionomia esse gorro preto, que considero extraordinariamente significativo. É um gorro vagamente em forma de cone, e parece feito de pele. Talvez seja confeccionado com lã, porque a batina, que é preta, parece ser do mesmo tecido. E o preto do gorro está em consonância com o escuro do fundo do olhar. Dir-se-ia que algo do olhar espalha-se por todo o gorro. Este é luminosamente escuro, e sua forma deixa entrever a altura de seu pensamento, até atingir o próprio Deus. 

São Charbel Makhlouf é como um verdadeiro cedro do Líbano! 
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Excertos de conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em 21 de maio de 1973. Sem revisão do autor.

22 de julho de 2024

A Igreja e a homossexualidade: a história de uma capitulação

 


Luigi Casalini

Fonte: Revista Catolicismo, Nº 883, Julho/2023

Foi por covardia ou cumplicidade — ou ambos — que o Cardeal Fernández, com o apoio do Papa Francisco, publicou em 2023 a Declaração Fiducia Supplicans?

É impossível não fazer essa pergunta depois de ler o pequeno ensaio de Julio Loredo e José Ureta, Uma brecha na barragem — Fiducia Supplicans sucumbe à pressão do lobby homossexual.

Os autores não levantam essa questão espinhosa. Eles se limitam a fornecer um relato documentado do cabo de guerra entre o Vaticano e o lobby homossexual, uma vez que este último, na década de 1970, decidiu forçar a Igreja a mudar sua doutrina sobre a atração pelo mesmo sexo (“objetivamente desordenada”) e as relações homossexuais (“intrinsecamente desordenadas” e até mesmo “depravadas”). Como resultado, a Igreja deveria fazer uma “releitura” aggiornatata [atualizada] da Bíblia à luz de Freud, o grande profeta da sexologia contemporânea.

Em Uma brecha na barragem, Loredo e Ureta argumentam que os católicos devem permanecer firmes em um inflexível non possumus, porque “deve-se obedecer antes a Deus que aos homens” (Atos 5,29). De acordo com eles, se essa resistência às autoridades eclesiásticas levar a uma divisão na Igreja, “não será culpa daqueles que desejam o depósito da fé intacto, mas sim daqueles que procuram ‘reinterpretá-lo’ com base nos supostos desenvolvimentos da ciência moderna e na ‘evolução’ antropológica da humanidade”.

 

No processo diabólico, chega-se a querer justificar a pedofilia

Covardia? Cumplicidade? Ou ambos? A resposta cabe aos leitores, depois de lerem o livro. O certo é que o novo trabalho de Loredo e Ureta, já traduzido para sete idiomas e destinado à distribuição em todos os cinco continentes, desencadeará uma controvérsia tão acalorada como sua obra anterior O processo sinodal: Uma caixa de Pandora.

A “quinta coluna” teológica que abriu as primeiras rachaduras não deixou de ser mencionada nesse pequeno volume. Os jesuítas McNeill, Charles Curran e o oblato André Guindon argumentaram abertamente que era Deus o responsável direto pela atração homossexual e pelo amor que a acompanha. Portanto, a Igreja só poderia abençoar a união estável de parceiros homossexuais, por ser essa um espelho do desvelo de Deus pela humanidade.

Um capuchinho holandês menos conhecido, Herman van de Spijker, foi mais longe, reconhecendo aos encontros noturnos furtivos em um parque, o mérito de acalmar as tensões pessoais e contribuir muito para o amadurecimento dos invertidos.

Mas a ignomínia final vai para o Padre Guindon, que consegue a prodigiosa façanha de justificar relacionamentos pedófilos, os quais só seriam traumáticos para a criança por causa da reação histérica dos pais, obcecados pelo preconceito e pela atitude possessiva!

Uma conivência com a pedofilia retomada mais tarde por um anúncio no Kerken Leben, o semanário dos bispos flamengos, com a cumplicidade do Cardeal Daneels, o grande eleitor do Papa Francisco na máfia de Sankt-Gall, que desviou o olhar para o outro lado. Não é de surpreender que ele tenha feito o mesmo quando seu bom amigo Dom Roger Vangheluwe, ex-bispo de Bruges reduzido ao estado laical, foi acusado de abusar sexualmente de um sobrinho durante treze anos, desde que o menino tinha apenas cinco anos.

 

Recusa do ensinamento da Igreja sobre a homossexualidade

Cardeal Godfried Danneels 

Todos esses escritos nauseabundos são rapidamente passados em revista, juntamente com as atividades pseudo-pastorais de figuras como o Padre Robert Nugent e a Irmã Jeannine Gramick, que chegam a dizer que somente os homossexuais que aderem ao ensino tradicional são obrigados a confessar seus pecados contra o Sexto Mandamento. Para seu rebanho nos grupos Dignity e New Ways Ministry, que assumiram sua identidade LGBT, é suficiente confessar suas violações voluntárias do compromisso básico de viver uma vida de amor altruísta...

Um longo capítulo de Uma brecha na barragem narra a contra ofensiva da Congregação para a Doutrina da Fé, quando era chefiada pelo Cardeal Joseph Ratzinger, contra todas essas aberrações doutrinárias que desprezavam os textos muito claros das Escrituras e o ensino constante do Magistério.

Atenção especial é dada à Carta Homosexualitas Problema “sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais”, publicada em 1986, que pedia aos bispos do mundo “que sejam particularmente vigilantes com relação aos programas que, de fato, tentam exercer pressão sobre a Igreja a fim de que ela mude a sua doutrina, embora às vezes, verbalmente neguem que seja assim”. As sucessivas condenações dos autores heterodoxos são analisadas, bem como a proibição imposta ao Padre Nugent e à Irmã Gramick de continuarem suas atividades dentro dos grupos dos quais eram capelães, tendo em vista o fato de terem se recusado a assinar uma declaração confirmando sua adesão interior ao ensinamento da Igreja sobre a homossexualidade.

 

Todos são bem-vindos... desde que cumpram as exigências de Deus

O Cardeal Joseph Ratzinger já alertava,
em 1986, aos bispos do mundo
para “que fossem particularmente
vigilantes com relação aos programas que,
de fato, tentam exercer pressão
 sobre a Igreja a fim de que ela
mude a sua doutrina, embora às vezes,
verbalmente neguem que seja assim”

Loredo e Ureta também se propuseram a dissecar o binômio “desafio-chantagem” usado pelo lobby homossexual para forçar a mão dos bispos, seja revelando sua orientação sexual, seja forçando-os a se distanciarem publicamente das posições da Santa Sé, sob pena de obrigá-los a “sair do armário” contra a própria vontade.

O caso mais emblemático é o do Cardeal Basil Hume, que se apressou em escrever uma carta afirmando que a amizade homossexual pode ser “uma forma de amar” e que não devemos generalizar ao atribuir culpa subjetiva sobre atos genitais homossexuais. O ativista do movimento Out Rage, Peter Tatchell, pôde se gabar ao New York Times: “Estamos definindo a agenda”.

Se tudo isso produziu rachaduras no dique católico que ainda se mantinha firme contra as ondas da revolução homossexual, foi o Papa Francisco quem abriu uma brecha, desde seu famoso “Quem sou eu para julgar” até o apelo na JMJ de Lisboa para incluir “todos, todos, todos”, sem levar em conta sua condição de pecadores públicos.

Apelo que foi objeto das flechas afiadas de Dom Rob Mutsaerts, o corajoso bispo auxiliar de S'Hertogenbosch (Holanda), em seu prefácio ao livro. Sem rodeios, ele afirma que, por certo, todos são bem-vindos... desde que cumpram as exigências de Deus. No inferno, diz ele, a situação é diferente.

“No inferno, as coisas são diferentes: todos são incondicionalmente bem-vindos. O slogan do diabo é: Come as you are [“Venha do jeito que você é”]; não precisa mudar, pedir perdão, nem erguer uma palha para ajudar a outros em suas necessidades: ‘todos, todos, todos’ são bem-vindos ao inferno”.

 Mas não acho que nosso bom bispo holandês seja agora tão bem-vindo a Santa Marta como o foram a Irmã Gramick e o Padre James Martin. É mais provável que ele tenha o mesmo destino de seu colega Dom Joseph Strickland, o que lhe dará mais tempo para escrever em seu blog, o que não seria tão ruim...

 

Exigem uma mudança no Catecismo da Igreja Católica

Padre James Martin

A brecha aberta pelo Papa Francisco foi rapidamente atravessada pelos bispos alemães e belgas
, que promoveram cerimônias litúrgicas para abençoar as uniões homossexuais, e ainda pelo Cardeal Schönborn, o qual deseja conceder a todos os casais “irregulares”, incluindo os de parceiros do mesmo sexo, nada mais nada menos que o status teológico concedido pelo Concílio Vaticano II aos “irmãos separados”.

De acordo com o Arcebispo de Viena, que aproveitou a festa da Assunção para abençoar seu amigo Gery Kezlere e o parceiro homossexual deste no final da refeição, as uniões civis incluem aspectos positivos de compromisso mútuo, mais sólidos do que os de uma simples coabitação, o que as aproxima do casamento sacramental.

O teólogo suíço Daniel Bogner vai ainda mais longe. Ele acredita que é necessário repensar o sacramento do matrimônio e libertá-lo de sua “embalagem de perfeição” e de “uma lógica escalonada que distingue entre um sacramento de ‘forma plena’ e uma oferta barata de bênção para formas ‘inferiores’ de amor”.

Se a espúria “bênção pastoral” do Cardeal Tucho Fernández causou tanto alvoroço na África e em outros lugares, não é difícil imaginar a convulsão que sofrerá a Igreja Católica se aprovar, como muitas denominações protestantes já o fizeram, um pseudo-casamento homossexual. Ou uma mudança no Catecismo da Igreja Católica para dizer que a orientação homossexual não é desordenada, mas “ordenada de forma diferente”, como deseja o Padre Martin.

De fato, a doutrina que rejeita a homossexualidade faz parte do magistério ordinário universal da Igreja e, como tal, é irreformável. Em consequência, é absolutamente inaceitável a ideia de que as relações homossexuais podem ter algo que valha a pena santificar com um sacramento ou bênção, como os Cardeais Hollerich, Schönborn, Fernández & Co. com o apoio secreto de Francisco procuram impor.

 


O Vaticano continuará a se submeter ao lobby LGBT?

Alguns acharão que esta obra não é suficientemente profunda, porque simplesmente relata as ofensivas do lobby LGBT e seus cúmplices nos círculos católicos e as respectivas respostas — primeiro mais fortes e depois mais fracas ou mesmo cúmplices, do Vaticano e de vários episcopados —, sem fornecer uma análise detalhada de cada argumento ou incidente. Outros acharão, ao contrário, que o livro não foi escrito com uma caneta ágil, como se fosse um romance, devido à preocupação óbvia dos autores de permanecerem objetivos e bem documentados.

De qualquer forma, para os leitores mais velhos, como eu, a leitura do livro os fará lembrar de certos episódios que os enfureceram na época, mas que depois desapareceram de sua memória, como a declaração escandalosa de Mario Mieli, fundador do Fronte Unitario Omosessuale Rivoluzionario Italiano, sobre a contribuição feita à emancipação humana por perversões sexuais como sadismo, masoquismo, pederastia, gerontofilia e zoofilia.

Os leitores mais jovens, que não vivenciaram o tumulto da era pós-68, encontrarão uma perspectiva histórica que os ajudará a entender até que ponto a Fiducia Supplicans representa uma capitulação incomum do Vaticano diante da pressão do movimento homossexual dentro e fora da Igreja.

*   *   *


 

Como o lobby homossexual conseguiu que a Associação Americana de Psiquiatria tomasse uma decisão política

 


Na entrevista que deu ao Journal of Gay & Lesbian Mental Health, na edição de fevereiro de 2003[1], o Dr. Robert L. Spitzer [foto], principal agente da retirada da homossexualidade do Manual Diagnóstico e Estatístico das Desordens Mentais (DSM-III), da Associação Americana de Psiquiatria (AAP), ofereceu detalhes muito elucidativos sobre o caráter não científico, mas político, da decisão, bem como do papel que o lobby homossexual nela desempenhou.

Tudo começou num simpósio sobre o tratamento da homossexualidade promovido pela Association for the Advancement of Behavior Therapy, cuja sessão inaugural foi interrompida, dez minutos após começar, pelo protesto de um grupo de ativistas homossexuais que acusavam os organizadores de os classificarem como “casos patológicos”. O Dr. Spitzer foi falar com um deles, chamado Ron Gold, e no curso da conversa explicou que era membro da Força Tarefa sobre Nomenclatura e Estatísticas da AAP, responsável pela edição do Manual de Diagnóstico. Gold pediu para que os ativistas fossem ouvidos por essa comissão.

Em sua apresentação, os ativistas reclamaram que as discriminações e ataques de que eram vítimas provinham do fato de a homossexualidade estar incluída no Manual. “Não tenho certeza se eles disseram isso explicitamente”, relata o Dr. Spitzer, “mas estava implícita a ideia de que a única maneira pela qual os homossexuais poderiam superar a discriminação dos direitos civis seria que a psiquiatria reconhecesse que a homossexualidade não era uma doença mental.[2]

Após a reunião, o Dr. Spitzer propôs que a AAP organizasse um simpósio sobre o assunto, o qual se realizou durante a reunião anual de 1973, no Havaí. Em vista desse simpósio, ele teve muitos contatos com Ron Gold e seus colegas. Movido por um sentimento de compaixão, começou então a pensar em uma fórmula que desse um fundamento científico ao seu desejo de ajudá-los. Porém, ele próprio reconhece que a fórmula que propôs deveu-se mais a considerações subjetivas e políticas do que propriamente clínicas:

“Quanto disso resultou da verdadeira lógica científica? Eu gostaria de pensar que em parte foi assim. Mas, com certeza, em grande parte deveu-se apenas à sensação de que estavam certos! Que, se quisessem ter sucesso em superar a discriminação, isso claramente precisava mudar.”[3]

Para contornar o entrechoque entre a visão tradicional de que a homossexualidade era uma doença que deveria ser tratada e o argumento de que era apenas uma variação normal, ele pôs como pressuposto que a psiquiatria nunca definiu o conceito de desordem mental. Intuitivamente, poder-se-ia dizer que o que todas essas patologias têm em comum é que os que delas padecem não são habitualmente muito felizes. Ora, a aceitar o que dizem os ativistas, ou seja, que há homossexuais que não se sentem angustiados por serem homossexuais, então poder-se-ia alegar: Aqui está uma definição de transtorno mental que faz algum sentido; e, nesta base, a homossexualidade não deveria estar no DSM-II.”[4]

Na entrevista, o Dr. Spitzer reconheceu que em parte isso foi político”, pois sabia que não havia como fazer os membros ou a AAP aceitarem a remoção total da categoria [homossexual]” do manual, mas que muitos aceitariam sua substituição pelo novo conceito de distúrbio de orientação sexual”, aplicável unicamente a “um homossexual insatisfeito” e que precisa de tratamento.[5]

Foi assim que o pequeno grupo da Comissão de Nomenclatura, e depois, sucessivamente, o Conselho de Investigação e Desenvolvimento, a Assembleia de Secções Distritais, o Comité de Referência e, finalmente, o Conselho de Curadores da Associação Americana de Psiquiatria aprovaram a exclusão da homossexualidade do Manual de Transtornos Mentais.

 

Deus cria homossexuais?


Todos os autores citados neste capítulo partem do pressuposto ou aceitam implicitamente a ideia de que Deus dá a uma minoria de pessoas a sua orientação homossexual, a qual não seria, neles, “intrinsecamente desordenada”, como ensina o Catecismo da Igreja Católica (par. 2357).

Esse argumento é falso na medida em que pressupõe, pelo menos no caso da homossexualidade, que não há distinção entre Deus — Causa Primeira de todas as coisas — e as causas segundas que agem no universo criado. Ora, essa formulação falseia o conceito católico de Providência, segundo o qual Deus não é o Autor direto de todo o mal físico e moral que há no mundo, mas apenas o permite por razões, para nós misteriosas, de sua divina sabedoria. Portanto, as relações de Deus com os males que afetam a humanidade não são de maneira alguma positivas, mas somente negativas. Isso é verdade tanto em relação às ações livres das criaturas quanto às não livres:

“Até o mal, o pecado, recai verdadeira e propriamente sob a Providência de Deus. Pois ele não ocorreria sem sua permissão e assistência física. [...]

“O mesmo se deve dizer da Providência divina com relação às ações não livres das criaturas. Aqui também, embora determine e dirija todas elas rumo a uma unidade final harmoniosa, Deus permite que as causas segundas subsistam em suas imperfeições essenciais e acidentais; Ele não impede tais causas de ficarem paralisadas e, em muitos casos, de não alcançarem seu efeito ideal. E isso acontece não apenas no mundo vegetal e animal, mas também no mundo humano e, neste último, não apenas no âmbito corpóreo, mas também no psíquico. [...] Também aqui podemos adivinhar as razões. Assim como Deus não deseja interferir na liberdade, Ele não deseja privar as causas segundas de sua ação própria, mas, ao contrário, elevá-las à dignidade de cooperadoras (SummaTheologica, I, 22, 3).As deficiências que daí podem resultar no ser humano não são de tal natureza que impeçam o homem de alcançar seu fim último.”[6]

Ora, até Marshall Kirk and Hunter Madsen, em seu “manifesto homossexual” de 1989, intitulado After the Ball, reconhecem a interferência de causas segundas no desenvolvimento da atração por pessoas do mesmo sexo: “Sustentamos que, para todos os efeitos, os homossexuais devem ser considerados como tendo ‘nascido homossexuais’, embora a orientação sexual, para a maioria dos seres humanos, pareça ser o produto de uma interação complexa entre predisposições inatas e fatores ambientais durante a infância e o início da adolescência.”.[7]

 

 

 

“Os ativistas dos direitos dos homossexuais pressionaram fortemente para que a sociedade lhes reconhecesse o casamento civil. Estes mesmos ativistas também procuraram obter da igreja a bênção das uniões entre pessoas do mesmo sexo para afirmar a legitimidade de sua atividade sexual e como um eventual passo para obter o reconhecimento de suas relações como sendo conjugais.”

+ Dom Joseph Naumann,
arcebispo de Kansas City

 

 

 

“Abençoar uma realidade contrária à criação não é apenas impossível, é uma blasfêmia.”

+ Cardeal Gerhard Müller,
prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé

 

 

 

Não se pode abençoar uniões que a própria Igreja diz não estarem conformes ao plano de Deus”

+ Cardeal Daniel Sturla,
arcebispo de Montevidéu

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“Não estamos fazendo oposição ao Papa Francisco mas nos opondo de maneira firme e radical a uma heresia que está minando seriamente a Igreja, o Corpo de Cristo, por ser contrária à fé e à tradição católica”

+ Cardeal Robert Sarah,
prefeito emérito da Congregação para o Culto divino,
dirigindo-se aos bispos da África

 



[1]Cfr. Jack Drescher, “An Interview with Robert L. Spitzer, MD”, Journal of Gay & Lesbian Psychotherapy 7, n. 3 (Fevereiro de 2003), https://www.researchgate.net/profile/Jack- Drescher/publication/244889348_An_interview_with_Robert_L_Spitzer_MD/links/5413bc2f0cf2bb7347db270f/An-interview-with-Robert-L-Spitzer-MD.pdf

[2] Idem, p. 101.

[3]Ibid., pp. 101–102.

[4]Ibid., p. 102.

[5]Ibid., p. 103.

[6]Bernhardt Bartmann, Précis de théologie dogmatique (Mulhouse: Ed. Salvator, 1941), 1941, p.287.

[7] Marshall Kirk and Hunter Madsen, Ater the Ball: How America Will Conquer Its Fear & Hatred of Gays in the ‘90s (New York: Doubleday, 1989), p. 184, https://albertmohler.com/2004/06/03/after-the-ball-why-the-homosexual-movement-has-won/

21 de julho de 2024

Uniforme para alunos nas escolas públicas francesas



O Ministério da Educação da França começou a estimular o uso de uniformes pelos alunos nas escolas públicas. 

O presidente francês quer generalizá-lo em 2026, para reforçar a autoridade no ensino. 

A pressão das modas cria atritos e favorece a indisciplina, prejudicando os estudos e a ordem.

Em quatro escolas de Béziers, no sul do país, que foram as primeiras a adotar uniformes, as famílias pediam o seu retorno desde 2014. Ele “é um passo em defesa dos valores, da ordem e do respeito”, disse o prefeito de Reims, que deseja melhorar o nível educativo na sua cidade no norte do país.

16 de julho de 2024

Aspectos de requinte de civilização e debilidades na fisionomia de Luís XVII

* Louis-Charles de France (Versailles, 1785 – Paris, 1795), segundo filho de Luís XVI e da Rainha Maria Antonieta. Após a decapitação de seu pai na sanguinária Revolução Francesa — cujo marco inicial foi a Queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789 —, foi reconhecido como titular da coroa da França pelas potências coligadas e por seu tio, o futuro Luís XVIII. Morreu nas garras daquela Revolução, na prisão do Templo. (Quadro de Alexander Kucharski - 1792).

  Plinio Corrêa de Oliveira

Ao ver esse quadro com a figura de Luís XVII*, a impressão que me causou foi de fragilidade, dignidade e mando. Não o mando concebido de um modo abrutalhado e prepotente, como quem dissesse: “Me traga um copo d’água!” Mas um mando noutro sentido, como de quem pergunta: “Quereria me trazer um copo d’água?” 

Não passaria pela cabeça de quem recebe o pedido, de responder-lhe: “NÃO”. Porque a amabilidade e dignidade são tantas, que o indivíduo sente que deve trazer o copo d’água; muito menos pelo medo do que pela noção de superioridade que está incutida nesse estilo apresentado no quadro. 

Esta noção de mando vem com uma conotação confusa de contraste entre a revolucionária falta de dignidade e a superioridade. 

Não estou fazendo um elogio incondicional dessa gravura. Depois farei as críticas. Agora estou justificando a primeira impressão que tive. 

Esse requinte de civilização nem sempre fica claro, por causa dos preconceitos revolucionários de desprezar sob o pretexto de que tem grandeza. 

O Príncipe Real da França aparece muito consciente de que tem o direito de ser servido, que é normal que assim seja. Aparece também um tanto da debilidade censurável que resulta de algo que não é censurável: a ideia de que é tão normal ser servido, que não precisa fazer esforço para tal. Não há dúvida que é uma posição eminentemente aristocrática.

Ao mesmo tempo, essa figura me causa outra impressão: uma espécie de massa mole, onde existe mais carne do que osso. Há nas maçãs do rosto do Príncipe qualquer coisa de mole, que nunca se contraíram numa atenção, num sofrimento, numa oração. 

Observem as sobrancelhas. Elas “comentam” o olhar; sem elas se teria dificuldade de interpretar o olhar. Há sobrancelhas nas quais se percebe, por um imponderável qualquer, que houve o hábito de cerrá-las, que é produto da reflexão, e há sobrancelhas despreocupadas. 

Os olhos são grandes e tomam boa parte da face. O olhar não é ininteligente e é plácido; aparentemente desanuviado, mas crítico. Todo olhar tem algo de “anuviado”, mas ele disfarçou esse aspecto, o que é sinal da educação. 


A Rainha Elizabeth II [ao lado], por exemplo, tem um olhar que é absolutamente imóvel e não exprime nada do que pensa. Isso por diplomacia. Isso é categoria! 

Nesse quadro de Luís XVII se nota alguém que não fez outra coisa senão ver jardins bonitos, mármores, cristais, com fontes jorrando, gente fazendo reverência, e ele olhando sem entender muito... Dessa impressão se pode deduzir algo a respeito da mentalidade.

Nessa figura, o que há de Revolução e Contra-Revolução? Tudo que tem de aristocrático, dignidade e essa forma de mando representa Contra-Revolução. 

De Revolução notam-se: debilidades, molezas, tendências para o igualitarismo, por incrível que pareça. 


Nessa pintura, onde está a tendência para o igualitarismo? Comparem com o grande Luís XIV [ao lado], de quem é descendente. Em comparação com o Rei Sol, o Príncipe é um gatinho, um ratinho. É o igualitarismo que foi amesquinhando. 

Luís XVII em relação ao avô é um plebeu. Em relação a nós é um príncipe, porque estamos numa época de proletarismo debandado. 

O fato de ele não ser capaz de se impor pela força também é Revolução, porque nenhum homem pode pretender impor-se apenas por sua superioridade, pois muitas vezes os outros não atendem, então é preciso saber berrar e ir para frente. Ele precisava ser um homem que soubesse pegar uma espada ou um chicote, ou — muito melhor que isso — tivesse o olhar de Luís XIV! Pois vale mais do que a espada e o chicote! O olhar pode paralisar o adversário em seu devido lugar!
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Excertos da conferência (sem data) proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

15 de julho de 2024

Escapulário do Carmo, penhor seguro de salvação





Nossa Senhora do Carmo com São João da Cruz, Santa Teresa de Jesus e Santa Teresinha, Igreja Santa Maria della Vittoria, Roma

Particular proteção de Nossa Senhora do Carmo aos portadores do seu Escapulário, sinal de salvação eterna, proteção nos perigos, aliança com Ela 

  Plinio Maria Solimeo 

O comum dos católicos vive hoje com a veleidade de que irá para o Céu, sem necessidade de fazer o menor esforço para o merecer. Ele pratica bem ou mal os Mandamentos, vai à Missa quando quer, reza quando tem vontade ou necessita de alguma graça, e no mais “deixa o barco correr”. Não lhe passa pela cabeça que ainda que tenha vivido religiosamente, deverá passar pelo Purgatório a fim purgar a pena devida aos pecados perdoados na confissão, mas dos quais não fez suficiente penitência para apagar a dívida por eles merecida. 

Se pensa nisso, tem uma ideia muito light do que é o Purgatório, e por isso faz muito pouco para evitá-lo. 

Sobre o Purgatório, diz o Catecismo da Igreja Católica: 
“Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados [o que acontece com quase todos os que não foram elevados à honra dos altares], embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. A Igreja denomina ‘Purgatório’ esta purificação final dos eleitos, que é completamente diferente do castigo dos condenados” (CIC 1030-1031). 

Ora, as penas do Purgatório são terríveis, pois visam purificar a alma de qualquer vestígio de culpa, por menor que seja, a fim de que ela possa ser digna de ir ver o Deus Santíssimo face a face no Céu. 

Por isso, segundo São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, quanto ao sofrimento, as penas do Purgatório são análogas às do inferno. Segundo esses Doutores da Igreja, é o mesmo fogo que purifica uns, e atormenta os outros. 


A pena temporal dos pecados 

É preciso lembrar que quando se recebe a absolvição dos pecados por meio da Confissão Sacramental, se a confissão for bem feita, a culpa dos pecados é removida. Quer dizer, o castigo eterno devido a eles, se mortais, é apagado. Entretanto, ainda permanece a pena temporal exigida pela Justiça Divina ultrajada. Essa pena deve ser cumprida na vida presente ou depois da morte; ou seja, no Purgatório 

A Santa Igreja, Mãe carinhosa, no exercício do Poder das Chaves e da aplicação dos méritos superabundantes de Nosso Senhor Jesus Cristo e dos Santos, põe à nossa disposição recursos que nos auxiliam a remitir parcial ou totalmente essa pena devida aos pecados cometidos, por meio das indulgências. 

Estas são parciais quando remitem parte da culpa, ou plenárias, que remitem toda a pena temporal devida ao pecado. As indulgências podem ser aplicadas às almas do Purgatório.

Sacramentos e sacramentais 

Além das indulgências, que podemos lucrar, temos também os chamados sacramentais, que nos concedem abundantes recursos para receber as indulgências, ajudando-nos no caminho da perfeição. 

O Catecismo da Igreja Católica define os sacramentais como 
“sinais sagrados instituídos pela Igreja, cujo objetivo é preparar os homens para receber o fruto dos sacramentos, e santificar as diferentes circunstâncias da vida”. 
A diferença entre o sacramento e o sacramental é que o segundo não confere a graça do Espírito Santo, como acontece com o sacramento. Mas, pela oração da Igreja, ele prepara para o recebimento da graça (cf. CIC 1670). 

Entre os vários sacramentais, em primeiro lugar estão as bênçãos, que podem ser de pessoas, de objetos de piedade e até profanos, lugares etc. O número de sacramentais é muito grande. Por exemplo, desde que sejam abençoados, temos cruzes, imagens e estampas de santos, água benta, sal bento, e o santo Rosário. Os escapulários de todo gênero são dos sacramentais mais acessíveis ao homem, pois basta levá-los ao pescoço para receber as bênçãos e graças a eles ligadas. 

São Simão Stock recebe o escapulário das mãos de Maria Santíssima – Escola Flamenga, autor desconhecido. Coleção Particular

O escapulário do Carmo 

Anos atrás, o escapulário ou “bentinho” do Carmo, símbolo da devoção a Nossa Senhora, esteve muito em voga. Podia ser visto no metrô, na rua, em lojas, por toda parte, sobretudo em jovens. 

Contudo, não é temerário conjecturar que a maioria o portava para estar em dia com a moda, como mero “enfeite”, ou quase como amuleto para “dar sorte”. Com isso deixavam de ganhar as inúmeras graças ligadas ao escapulário, e sobretudo de merecer as grandes promessas que lhe são vinculadas. 

Sobre ele, afirmou o Papa Pio XII: 
“Certamente ninguém ignora quanto contribuiu para avivar a fé católica e emendar os costumes o amor à santíssima Mãe de Deus, especialmente através daquelas expressões de devoção com as quais, preferentemente às outras, parece que as mentes se enriquecem de doutrina sobrenatural e as almas são solicitadas ao cultivo da virtude cristã. Entre estas, figura em primeiro lugar a devoção ao santo Escapulário dos carmelitas que, adaptando-se por sua simplicidade à índole de todas as pessoas, e com ubérrimos frutos espirituais, está amplissimamente difundida entre os fiéis cristãos” (Doctrina Pontificia, IV, Documentos Marianos, Hilario Marín, S.I., BAC, Madrid, 1954, pp. 626-627). 

Origem do Escapulário e “privilégio sabatino” 

São Simão Stock, Superior Geral da Ordem do Carmo, nasceu na Inglaterra em 1165. Conforme ele narra ao Frei Pedro Swayngton, seu secretário e confessor, no dia 16 de julho do ano de 1251, devido às perseguições que sofriam os Carmelitas, ele recorria à Santíssima Virgem com muitas lágrimas, suplicando-lhe proteção para a sua Ordem, e que lhe manifestasse por meio de um sinal sua aliança com ela. 

Enquanto rezava com fervor a bela oração Flos Carmeli, que compusera, de repente a Santíssima Mãe de Deus lhe apareceu resplandecente de luz, trazendo o Menino Jesus num dos braços, e no outro um escapulário formado por duas peças de lã unidas por uma fita.

“Recebe, meu filho, este escapulário de minha confraternidade”, disse-lhe Ela. E lhe prometeu que, todo aquele que morresse com o escapulário ao peito, não padeceria do fogo eterno, pois “ele é um sinal de salvação, seguro nos perigos; aliança de paz e de pacto sempiterno”, acrescentou a Mãe do Redentor. 

Um século depois, aparecendo ao Papa João XXII (1249-1334), a Santíssima Virgem foi ainda mais longe em sua maternal proteção àqueles que portassem o seu escapulário: não se limitou apenas em prometer que os libertaria do fogo do inferno, mas que os livraria do Purgatório no primeiro sábado após sua morte. 

Essa segunda surpreendente promessa ficou conhecida como “privilégio sabatino”.

Como entender o “privilégio sabatino” 

Qual é o sentido exato dessa promessa sublime da salvação eterna? Evidentemente não pode ser o de que, por usar o escapulário, a pessoa pode fazer o que bem entender que sua salvação está assegurada, mesmo se morrer em pecado mortal. Isso seria absurdo e antiteológico. 

Então essa promessa só pode significar que, quem morrer revestido com o Escapulário, se estiver em pecado mortal, terá tempo para se confessar e arrepender-se de seus pecados. 

É por isso que a Igreja geralmente insere na promessa a palavra “piedosamente”: “aquele que com ele morrer piedosamente, não padecerá das penas do inferno”. 

O que leva os teólogos a entenderem que, ao morrer com o Escapulário, a pessoa receberá de Nossa Senhora à hora da morte a graça da perseverança no estado de justiça se nele estiver, ou, caso contrário, a graça da conversão e perseverança final. 

Privilégios ligados ao Escapulário 

Resumindo os privilégios ligados ao Escapulário, temos: 

• A “Grande Promessa”: “Aquele que com ele morrer [piedosamente] não padecerá do fogo eterno”. 

• O “Privilégio Sabatino”: será libertado do Purgatório no sábado seguinte à morte.

Condições para receber os privilégios do Escapulário 

Contudo, para se favorecer desses privilégios, não basta usar piedosamente o escapulário. É preciso que ele tenha sido imposto, pelo menos na primeira vez, por um sacerdote. Atualmente qualquer sacerdote com o uso legítimo de ordens tem esse poder. 

Ademais, o escapulário, como prescreve a Igreja, deve ser feito com dois pedaços de lã — e não de outro tecido ou plástico — ligados entre si por fios. Há escapulários revestidos de plástico, contendo dentro os dois pedaços de lã. Isso os torna válidos. Ele deve ser retangular ou quadrado, de cor marrom, café ou negro, e ser utilizado de forma que uma das partes caia sobre o peito e a outra sobre as costas. 

A pessoa que o porta deve observar a castidade segundo o estado: ou seja, perfeita para os solteiros, e matrimonial para os casados. 

Outra condição é rezar diariamente as orações prescritas pelo sacerdote que o impôs, habitualmente 7 Padre-nossos, 7 Ave-Marias e 7 Glórias ao Padre. 

O Escapulário pode ser imposto mesmo em crianças que não chegaram ao uso da razão, pois servir-lhes-á de “defesa e salvação nos perigos”. Além disso, quando adultos, se tiverem tido a infelicidade de o abandonar e levar vida irreligiosa, como já o teriam recebido uma vez, bastará que o recoloquem no pescoço para gozarem de seus privilégios. 

Medalha-Escapulário 


Através de regulamentação de 16 de dezembro de 1910, emanada pelo Santo Ofício, o Papa São Pio X concedeu a permissão de se usar, em vez de um ou mais pequenos escapulários de diferentes ordens, uma só medalha de metal. Esta deve ter em uma das faces o Sagrado Coração de Jesus, e na outra a Santíssima Virgem. Todas as pessoas validamente revestidas com um escapulário de tecido propriamente imposto, podem trocá-lo pela medalha de metal. Esta pode ser benta com uma bênção simples por qualquer sacerdote. 







Conclusão 

Poderia haver algo mais extraordinário do que essa promessa, não só da salvação eterna, mas também da liberação do Purgatório no primeiro sábado após a morte? Isso é de um alcance tão grande e tão excelso para a vida espiritual, que nunca conseguiremos avaliar suas profundezas. 

Em nossos dias, quando o poder de Satanás ameaça sacudir até os próprios fundamentos da Santa Igreja e do mundo, as promessas ligadas ao Escapulário nos dão alento para enfrentar as vicissitudes da vida com fé sobrenatural, confiados n’Aquela que esmaga as heresias e a cabeça da serpente infernal.