26 de fevereiro de 2009

A Marcha Pro-Life, em sua 36ª manifestação em Washington, contou com 300 mil participantes!

Em Washington, 300 mil participam da 36ª Marcha Pela Vida!


Paulo Roberto Campos

Neste ano, a grandiosa Marcha Pro-Life, que desde 1973 se desenrola anualmente na capital americana, tinha que ser especial. E foi. Ela superou todas as expectativas! Realizada no dia 22 de janeiro — a primeira no governo Barack Hussein Obama, presidente claramente pró-aborto —, o comparecimento foi espetacular: mais de 300 mil manifestantes! E grande parte composta por jovens radicalmente contrários a qualquer prática abortiva!

Mas no Brasil a grande mídia “não viu” tal multidão... Agiu como os três macacos abaixo: “não ouviu”, “não viu” e “não falou”. É claro que assim não agiria se fosse uma marcha pró-aborto — ainda que nela comparecesse apenas uma meia dúzia de gatos pingados. Estes seis “gatos” fariam manchete em todos grandes jornais e TVs.
Certa mídia, em relação às reações contra o aborto, age como esses três macacos: “não ouviu”, “não viu” e “não falou”...

Somente hoje publico em meu blog essa notícia, porque foi tão grande o número dos que protestaram contra o aborto na “36ª March for Life” que é preciso ver para crer. Esperava as fotos que meu grande Amigo norte-americano Michael Gorre ficou de enviar. Elas chegaram e são estupendas. Mais abaixo, seguem algumas que selecionei e que seriam interessantes para serem encaminhadas a alguns jornais a fim de abrir os olhos de seus responsáveis... Adiantará? Creio que não! O pior cego é aquele que não quer ver...
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Encerro com um trechinho do manifesto da TFP americana que foi largamente distribuído aos participantes da Pro-Life 2009:
“Ao longo dos anos, o movimento pro-life organizou, protestou e rezou. Desafiou o antipopular movimento abortista e o colocou na defensiva. Trata-se de seguir avante com confiança. Confiamos que nossos propósitos não sejam em vão. Deus nos conduzirá adiante e completará sua obra, se fizermos nossa parte. Redobremos nossos esforços e orações, pois a vitória é assegurada nas palavras do Divino Salvador quando declarou na véspera de sua morte: ‘Confiança, Eu venci o mundo’ (Jo 16,33)”.


PS: Aproveito para insistir no convite para a concentração anti-aborto a ser realizada no dia 28 de março 2009 (sábado) às 10:00 hs., na Praça da Sé. Quem não o leu, por favor, click no link:

http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/2009/02/convite-grande-ato-publico-em-defesa-da.html

Os "pro-lifers" desfilaram durante três horas protestando contra a prática do aborto


Grande parte dos manifestantes era jovem
Pela primeira vez, a Imagem Peregrina Internacional de Nossa Senhora de Fátima presidiu o célebre evento anti-aborto

Apenas nos Estados Unidos, o morticínio de bebês chega a 48 milhões !!!



Animando a Marcha, a fanfarra da TFP norte-americana, sempre presente

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Para assistir a um vídeo da “36ª March for Life” clik em :

http://tfp.org/tfpstudent/index.php?option=com_content&task=view&id=1151

19 de fevereiro de 2009

CONVITE — Grande Ato Público em Defesa da Vida!

Diletos Amigos

No ano passado, na memorável concentração contra o aborto na Praça da Sé, da capital paulista, uma multidão teve voz e vez para proclamar seu SIM à vida e seu NÃO ao aborto no Brasil. Vejam, a tal respeito, notícia em:
http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/2008/03/ato-pblico-contra-o-aborto-lotou-praa.html

Neste ano, vamos novamente nos reunir na mesma Praça, para manifestar nosso NÃO ao Projeto de lei nº 1.135/91. Uma lei assassina que, se aprovada no Congresso Nacional, permitirá a prática do aborto desde a concepção até o momento do parto! Ou seja, o assassinato de bebês no próprio ventre materno.

Vamos dar um BASTA à matança de inocentes no nosso País !

Devemos nos esforçar para comparecer e levar o maior número possível de pessoas. Comecem por convidar seus Amigos hoje mesmo. Um modo muito fácil: mandar já este convite para todos seus endereços de e-mails, pedindo-lhes que façam o mesmo.

Levem todos seus familiares e conhecidos. Os que puderem, podem até organizar caravanas. Deus recompensará seu esforço. Vocês estarão salvando milhões de inocentes, cujo destino, se aprovado o nefando Projeto de Lei, poderá ser a lata de lixo hospitalar.

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O grande evento terá início às 10 horas
do dia 28 de março de 2009 (sábado),
na Praça da Sé, São Paulo, SP.

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Um abraço e até lá!
Paulo Roberto Campos
http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/

11 de fevereiro de 2009

Aborto e o novo inquilino da Casa Branca — dos planos aos atos

Está sendo colocado em prática o plano de Barack Hussein Obama para favorecer a prática do aborto, apesar de ele ter, durante sua campanha eleitoral, camuflado tal plano.

Com efeito, no dia 23 de janeiro p.p. — num dos primeiros atos de governo, pois apenas três dias seguintes à posse —, o novo inquilino da Casa Branca assinou decreto que libera verbas federais para financiamento de organizações que promovem o aborto no mundo inteiro. O que era vetado no governo anterior. Ou seja, falando de modo “curto e grosso”, o governo Obama usará dólar do contribuinte norte-americano para financiar o assassinado de bebês. Tal é o empenho dessa política abortista, que o decreto é assinado apesar da "tsunamica" crise financeira que se abate sobre os EUA. E também apesar de a maioria da população ser contrária ao aborto, o dinheiro do contribuinte — que deveria, portanto, ser utilizado para salvar vidas — será usado para eliminar vidas de seres humanos.

No dia anterior a esta “penada” a favor da prática abortiva, o novo presidente americano assinou o decreto de fechamento da base militar norte-americana de Guantánamo (foto abaixo) e aboliu a utilização de técnicas duras de interrogatórios a presos suspeitos de terrorismo.


Em nome do respeito aos “direitos humanos”, Obama favorece terroristas presos em Guantánamo, alegando ser contra a prática de tortura. Entretanto, ele assina medida que favorece a tortura (a mais cruel e até a morte) de nascituros — abaixo, fotos de alguns “instrumentos de tortura” utilizados para exterminar a vida de bebês por meio do aborto.







Inocentam-se os condenados e condenam-se os inocentes!
Senhor Obama: os terroristas não podem ser torturados, mas os pequeninos seres inocentes e indefesos podem? Não é o direito à vida o mais básico dos “direitos humanos”? E como ficam os direitos de Deus? Não estabeleceu Ele o preceito “NÃO MATARÁS”? Como então destinar dinheiro público para organizações que estimulam a condenação à morte de inocentes?

Paulo Roberto Campos

PS: A seguir um excelente artigo do professor de Teoria Geral do Estado, Cláudio De Cicco, que aprofunda de modo lógico a problemática que acima abordei de modo “curdo e grosso”...



ABRINDO MAL UMA “NOVA ERA”
Cláudio De Cicco*

Li no Catolicanet a notícia: “Desilusão” no Vaticano por decisão pró-abortista de Obama – 26/01/2009 – 11:22. A decisão do Presidente norte-americano Barack Obama de reverter a política de Cidade de México, abrindo o uso de recursos federais norte-americanos para a promoção do aborto no mundo, suscitou a primeira expressão de censura e desilusão do Vaticano."
É de conhecimento geral que a eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da América foi saudada dentro e fora daquele país como o início de uma "Nova Era" de compreensão e paz para o mundo. Confesso ter compartilhado de uma certa emoção por ver um afrodescendente chegar à suprema magistratura de um país conhecido no passado como racista. Também achei simpático da parte dele convidar para Secretária de Estado sua contendora Hillary Clinton.

Mas no seu discurso de posse ele proclamou: "A sociedade muda, os Estados Unidos tem que mudar com ela." Só agora entendi o sentido da frase barackiana: quando a sociedade muda, é preciso mudar sempre. Será? E se mudar para pior? Obama representaria a mudança sem estar preso a nenhum valor, pois um dos seus atos inaugurais de governo foi revogar o impedimento legal para o financiamento de campanhas abortistas fora dos Estados Unidos, o que vinha sendo reiteradamente reafirmado pelos governos republicanos. Ora, é no mínimo falta de coerência fechar Guantanamo, por motivo humanitários e depois liberar verbas para o financiamento de massacres de inocentes. Afinal, nisto os dois Bush, Ronald Reagan e demais republicanos estavam certos.

Muitos dirão que isto já era esperado, pois Barack Obama nunca escondeu ser abortista. Mas cabe então ponderar se isto foi enfatizado suficientemente por ele em sua hábil campanha, em que os holofotes estavam mais centrados sobre a crise econômica e sobre a situação no Iraque. Seria o caso de supor que os eleitores esqueceram esta questão? Aliás, o que não faltou nesta campanha foi emocionalismo, envolvendo o "Dream" de Martin Luther King, o sorriso aberto de Obama e um apoio total da mídia americana e mundial pró-Barack.

Por acaso, gravei um dos debates entre John McCain e Obama, em que o simpático senador por Illinois não respondia a nenhuma das contundentes perguntas de seu rival. Saía pela tangente e mudava de assunto. No entanto, no dia seguinte a imprensa inteira noticiava a "Vitória de Obama no debate!"

Foi mais incrível ainda o que a mídia americana e internacional fez para boicotar a candidata a vice de McCain, Sarah Palin. Num primeiro momento, sua entrada em liça parecia um golpe na campanha até então tranquila de Obama. A escolha da governadora do Alaska, Sarah Palin, para vice de John McCain, com uma reversão das intenções de voto nas pesquisas, lembrava a força da opinião pública americana, baseada em princípios morais e religiosos. (cfr artigo de Paulo Roberto Campos, na Revista "Catolicismo" nº 694, de Outubro de 2008, pag.19 ).

A candidata era conhecida porque recusou abortar o último dos filhos, mesmo sabendo que nasceria com a síndrome de Down. Mas havia algo “imperdoável” para certos formadores ou deformadores da opinião pública: opunha-se ao aborto em todos os casos; era contra o “casamento” homossexual; era grande defensora de políticas pró-família; era a favor da abstinência sexual antes do matrimônio; defendia o ensino do criacionismo nas escolas. Foi logo taxada de "fundamentalista". Quer dizer, ficou bastante patente para que lado tendiam as simpatias dos magnatas da mídia. E isto, a meu ver, teve enorme peso nas eleições que deram a vitória ao abortista Barack Obama. Mas, algum leitor poderá comentar: o senhor está supondo que o povo norte-americano é composto de débeis mentais, incapazes de discernir e que foram conduzidos pela imprensa falada e escrita para uma direção que eles não queriam. Não é apostar demais na ingenuidade dos americanos?

Respondo dizendo que, se estou enganado, então devo concluir que o povo está num processo de decadência moral, abandonando os princípios morais que fundaram a nação. E nesse caso, cada povo tem o governo que merece. Mas isso não dá a Obama o direito de supor o mesmo sobre outras nações em que uma imensa maioria é contrária a qualquer violação da vida, como é o massacre de crianças, conhecido com o nome de aborto. Isso não autoriza a querer reviver o antigo imperialismo norte-americano, agora sem a justificativa do combate contra o nazismo e o comunismo, mas para ajudar a matar inocentes. No entanto, Barack Obama invocou a benção de Deus sobre os Estados Unidos, no seu discurso como candidato vitorioso. Por que então, logo em seguida, feriu gravemente a vontade divina, patrocinando o aborto? Mau sinal. A menos que retroaja, o novo presidente americano corre o grave risco de passar para a História como o presidente que começou uma “Nova Era” de desgraças para o povo yankee e para o mundo. Deus tal não permita.
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* Cláudio De Cicco é professor de Teoria Geral do Estado na PUC-SP e livre docente em Filosofia do Direito pela USP. É autor do livro “História do Pensamento Jurídico”, São Paulo, Ed. Saraiva, 2009, 4ª Ed.

4 de fevereiro de 2009

CONCEPÇÃO HEDONISTA DA VIDA

Um artigo de autoria do Dr. Ogeni Dal Cin — advogado e filósofo, Membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB-SP — recebi por e-mail e o transcrevo a seguir, pois, creio eu, poderá ser de grande proveito para os leitores deste blog em seus debates em defesa da vida do nascituro inocente e para suas eventuais contentas com abortistas.

Como se verá, o Dr. Ogeni bem explicita a mentalidade hedonista dos partidários do aborto. Mentalidade esta muito em voga na sociedade relativista, que recusa os valores morais e religiosos. O que leva as pessoas, divorciadas de tais valores, a se tornarem egoístas, vivendo somente à busca de prazeres. Como conseqüência: a limitação da natalidade por meio do aborto, pois, ter que cuidar dos filhos tira-lhes o tempo para os prazeres num “paraíso” — bem distante do Paraíso Celeste...

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O ABORTO NO PARAÍSO TERRESTRE

Ogeni Luiz Dal Cin

Reduzido o ser humano a “produtor” e “consumidor”, segundo as exigências do “sistema econômico-financeiro”, a produção representa o princípio da realidade e o consumo, o princípio do prazer. Todo o bem consiste em não perder de vista que viver é produzir e consumir, podendo, esse binômio, ser traduzido juridicamente em deveres (e obrigações) e direitos. Assim, a única e verdadeira crise é a crise de ordem econômico-financeira, a crise ontológica por excelência, pois as demais, apenas epifenomênicas, atingem somente valores que são meros sentimentos subjetivos, de ordem cultural ou religiosa, pouco importando na efetiva conquista do bem-estar.

Neste contexto existencial, perde o sentido maior a discussão a respeito do valor da vida humana como bem ontológico de todos. Com efeito, o sistema internacional, acima do bem e do mal, controla o planeta Terra com a finalidade de propiciar o máximo de produção e de consumo. Ele é o senhor que financia os meios e impõe limitações ao direito de existir de certos seres humanos, sob o sofisma de que é para o bem de todos. Por isso, tem o direito de controlar, livremente e sem constrangimento, o consumo de todos os seres humanos, estabelecendo os que devem ser descartados, antes ou depois de nascer. Nada nem nunca houve algo de tão típico da chamada “consciência burguesa”, hoje também uma das mais altas bandeiras das esquerdas, “filhotas” do marxismo.

Os “abortistas” têm verdadeira ojeriza ao livro da Bíblia, principalmente à concepção de Deus pessoal, Deus da vida, e pela transcendência do paraíso prometido a todos enquanto conquistado na efetiva ação histórica concreta de promoção de toda vida humana. Em nome do empenho de conquistar o paraíso terrestre, sinônimo da felicidade individual e coletiva, fechado exclusivamente no tempo e só para o tempo, os “abortistas” seguem, pregam e impõem a “religião atéia” dos que comandam o “Sistema da Terra”. Apresentam, por isso, como inevitável e normal a doutrina que autoriza a matar os nascituros indesejados, podendo, contudo, chegar aos nascidos improdutivos. Tudo como exigência inquestionável da “Mãe-Terra” que condiciona, assim, a entrada na habitação do paraíso terrestre, sem culpa, sem dor, sem miséria, manifestando o grande poder representado pelos senhores da morte, quer no Brasil, quer no exterior. Esta, a nova consciência humana a ser pregada e difundida pelos “abortistas”. Mesmo não sendo explícita, no início, a ordem é a de cortar qualquer ligação com Deus transcendente, com a consciência moral natural que daí decorre, para relativizar todos os valores fundamentais insertos na ordem jurídica. É que o direito à vida, em última instância, acabará, logicamente, a se reduzir, para os “abortistas”, a uma questão meramente religiosa, isto é, de uma religião de teísmo transcendente, já que a defesa última dos que propugnam pelo aborto, a rigor, também é religiosa em seus pressupostos ontológicos e em sua pregação salvífica. Esta a maior irracionalidade da pretensa racionalidade dos “abortistas”.

O aborto é um sofisma. Não é o direito à vida inerente ao valor do ser humano. Para os “abortistas”, o direito à vida, fora do binômio produtor/consumidor — que por si é garantia de vida —, reduz-se às ligações afetivas entre as pessoas, donde nasce a dor da perda, a única que subjetivamente importa. Assim, o nascituro ainda não é conhecido para possibilitar ligações afetivas mais completas e complexas, tornando menos aguda a sua destruição e destinação para o lixo. A mãe, aconselhada e induzida a matar seu filho nascituro por agentes especializados, e que, com isso, decide pelo abortamento, não verá nada. E, no entanto, ainda que este não deixe vestígio algum de que existia de fato, que era alguém, um ser humano, esta mãe dificilmente conseguirá livrar-se da culpa. Se o nascituro sofre ao ser assassinado, pouco importa, pois ninguém vê sua dor e seu instinto de viver, porque tudo é feito por um profissional da morte a serviço do sistema envolvente — e as ligações afetivas ainda não são tão profundas e amplas. Além disso, outros profissionais da morte se encarregam da limpeza psicológica na mãe e familiares. Tudo no mais absoluto silêncio, na maquinação sigilosa entre quatro paredes, bem longe da mídia. E o Governo brasileiro, como já se manifestou favorável ao direito de matar crianças não nascidas, não só endossa esse modelo de sociedade, mas promete recursos financeiros necessários para as mães executarem seus filhos nascituros, mesmo não existindo, atualmente, verbas para atender a um padrão mínimo da saúde. Espera apenas a autorização legislativa.

Tudo isso porque o direito à vida não é mais um direito do ser, mas é apenas o conjunto das ligações afetivas do ser com a mãe, com seus familiares e seus amigos. Um bom apagador, químico ou psíquico, das ligações afetivas resolve o problema da vida e da morte, viabilizando definitivamente o paraíso terrestre movido pelo impulso do Sistema da Produção e do Consumo, não mais existindo, então, pobres, culpa, dor, angústia, pois nem Deus será mais necessário. E, finalmente, ninguém mais ousará discutir a necessidade da prática do aborto, pois tudo estará sob os olhares bondosos do Estado provedor da felicidade.