19 de fevereiro de 2010

Colossal Marcha de 300.000 manifestantes anti-aborto em Washington

Em sua 37ª edição, a Marcha Pela Vida ocupou completamente grandes avenidas da capital americana, no dia 22 de janeiro último, neste primeiro ano do governo precocemente envelhecido de Barack Hussein Obama, insensível ao “grito silencioso” dos nascituros assassinados no ventre materno.

Já nos seus primeiros dias (em 23-1-09), ele revogou a proibição de se financiar com verbas federais organizações que fomentam a prática abortiva no mundo inteiro. E agora, com sua abstrusa e controvertida “Reforma da Saúde”, pretende abrir ainda mais as portas para oficializar o “morticínio dos inocentes”.


A política abortista da administração Obama contribuiu para indignar ainda mais a maioria dos norte-americanos e engrossar assim a March For Life deste ano, que contou com aproximadamente 300 MIL manifestantes, que a grande mídia do Brasil fingiu não ter visto.

Nossa mídia parece insensível a esse lancinante “grito silencioso”, pois sabotou
essa gigantesca manifestação (segundo informou os organizadores, quase a metade dos participantes eram jovens com menos de 25 anos). Insisto no que neste blog certa vez afirmei: evidentemente, se fosse uma passeata de meia-dúzia de abortistas, a grande mídia brasileira publicaria grandes manchetes em letras garrafais, com fotos e entrevistas com os seis gatos-pingados. Nossa mídia parece ter um sofisticadíssimo GPS para “farejar” e descobrir qualquer manifestaçãozinha de abortistas, homossexuais, sem-terras, quilombolas, índios etc., para dar-lhes notoriedade e fazer ecoar pelo mundo suas reivindicações que o Brasil inteiro rejeita.

Recebi de um colega da pugnaz TFP norte-americana, que participou com os demais membros da entidade daquela monumental Marcha, um CD com muitas e excelentes fotos (algumas delas postadas neste Blog da Família), bem como um comunicado distribuído durante a manifestação. Estou postando no final desta notícia a tradução integral desse documento, intitulado “Um apelo à insistência”. Pareceu-me interessantíssimo tal comunicado, pois mostra claramente que a questão do aborto não uma mera demanda pelos “direitos reprodutivos da mulher”, mas é uma questão ideológica indispensável para a revolução sexual, que arruína a família. Com o fim do aborto, a “coluna” da revolução sexual é que seria arruinada.
Muito mais se poderia falar desse grandioso acontecimento e de vários outros eventos paralelos — como vigílias e conferências — realizados naquela gelada (0°) sexta-feira em Washington, mas as fotos falam por si. [Para ampliá-las, basta um click ou ctrl +].
“Um apelo à insistência”

Por ocasião da 37ª Marcha Anual pela Vida, a Sociedade Americana de Defesa da Tradição, Família e Propriedade se une novamente às legiões de americanos anti-abortistas de toda a nação. Para os que têm participado deste importante combate, a palavra “novamente” é dolorosa. A cada ano protestamos, esperando que não haja outro “novamente”. E a cada ano o continuado massacre de inocentes torna este “novamente” ainda mais necessário.

Por que insistimos? Porque nosso amor a Deus e nossas consciências não nos permitem agir de maneira diversa. Entretanto, insistimos porque o outro lado também insiste com veemência.
A causa do aborto
A batalha sobre o aborto tem provado ser este um dos temas que mais polarizam a história de nossa nação. A minoria pró-aborto tem insistido tanto neste ponto, que somos levados a perguntar o porquê de tanta insistência.

Por que políticos arriscam sua carreira para apoiar esta prática da morte, quando poderiam tirar maior proveito simplesmente ignorando o tema? Por que alienam tantas mulheres e mães, as quais dizem defender?

A causa esquerdista lucraria muito se abandonasse temporariamente esse problema tão espinhoso, que divide a Nação. Eles ainda insistem em defender suas posições mais horríveis, como o aborto por nascimento parcial ou a morte dos abortados que nasceram vivos.

Além disso, esses defensores de “direitos” tolhem os direitos civis dos pró-vida, impondo regras-mordaça e cinturões de proteção em torno de clínicas de aborto. Alguns levam sua adesão ao aborto a ponto de deliberadamente deixar de relatar casos em que as menores sofrem abuso e tornam-se vítimas de adultos.

É óbvio que se trata de algo muito mais profundo do que apenas uma questão de “direitos da mulher”.
Aborto: coluna necessária da revolução sexual
Existe claramente algo muito maior, não se trata apenas dos “direitos reprodutivos da mulher”. Há uma ideologia por trás dessa insistência.

Devemos compreender que o aborto é a coluna necessária da revolução sexual que abalou o país nos anos 60, e foi assim que se devastou a família desde então.

Pela lógica distorcida desta revolução, a sexualidade humana nunca deve ser contida ou disciplinada. O desejo sexual deve ser satisfeito, e definido como parte inalienável da busca da felicidade. Todas as relações consensuais devem ser permitidas e incentivadas, mesmo em idade precoce e com grande freqüência.

Para implementar tal ideologia, há um obstáculo que tragicamente se interpõe no caminho: o pequeno bebê indefeso, cujo único crime é o seu desejo de nascer.

Quando a contracepção falha, o aborto torna-se um meio necessário para eliminar os inconvenientes que barram o caminho para a “felicidade”.
O que está em jogo
Os radicais pró-aborto entendem muito bem o que está em jogo. Com o fim do aborto, todo o edifício da revolução sexual pode cair por terra. Relações permissivas não serão mais possíveis. As pessoas serão forçadas a lidar com sua sexualidade da maneira que prescreve a natureza: o casamento tradicional.

Além disso, torna-se particularmente evidente que, quando as relações dissolutas entre homens e mulheres são postas em causa, os efeitos nocivos de outros relacionamentos sexuais destrutivos também devem ser denunciados.

É por isso que os promotores do aborto são tão radicalmente insistentes. Eles percebem que toda limitação do aborto, mesmo em suas expressões mais terríveis, é uma afirmação de que algum tipo de moralidade existe para limitar sua busca desenfreada da “felicidade”.

Não pode haver dúvida. O verdadeiro alvo do lobby pró-aborto é a moralidade — a do cristianismo, que tem por base o direito natural.

A procura da felicidade
Os ativistas pró-aborto não querem admitir o fato de que a satisfação irrestrita dos desejos sexuais não traz felicidade. Não querem reconhecer que no campo de batalha da revolução sexual encontram-se as vidas arruinadas de milhões de americanos que procuraram esta “felicidade” em vão.

Perguntamos: como pode alguém não ver? Quantas vidas inocentes norte-americanas ainda devem ser perdidas no útero? Quantas mulheres devem ainda sofrer com os danos psicológicos causados por relações pré-matrimoniais e abortos? Quantos filhos devem experimentar lares desfeitos, abuso e vida sem a família? Quantas outras almas devem perder-se no pecado, antes de a sanidade voltar para a sociedade?

De fato, as fileiras do movimento pró-vida estão cheias de tais mutilados e feridos nesta batalha terrível. Eles têm sido assaltados pela realidade de que a imoralidade não leva à felicidade.

Eles e seus filhos estão agora na linha de frente, usando todos os meios pacíficos e legais para fazer ouvir sua voz na frente de clínicas de aborto, praças e edifícios do Capitólio. Seus protestos e orações insistentes têm visto dezenas de clínicas de aborto fechar, e milhares de crianças serem salvas. Vozes jovens aderem, dando público e alegre testemunho de continuidade e repúdio a essa vergonha da nossa época.

É nessa luta por Deus e sua moralidade que eles encontraram a felicidade.
A luta pela civilização cristã
É por isso que novamente estamos aqui.

Esta luta pela vida é mais do que simplesmente expor um lado no debate político. Ela toma o centro do palco, em uma luta maior para a nossa civilização cristã.

Temos que insistir, porque nossos adversários insistem sempre. Temos que ter coragem para o fato de que nossa insistência transformou o aborto na coluna vulnerável e instável que sustenta a cultura da morte.

É nossa constante presença em eventos como a Marcha pela Vida que mantém o horror do aborto aos olhos do público.

É por isso que temos de estar aqui novamente.

Neste sentido, a TFP americana sente-se orgulhosa de ter ajudado a coordenar a recitação do Rosário em 4.337 lugares públicos em outubro do ano passado, seguindo as advertências feitas em Fátima, como uma solução para pôr fim ao aborto e tantos outros males morais.

Na verdade, esta luta em defesa da moralidade foi prevista por Nossa Senhora em Fátima no ano de 1917. Em sua mensagem aos três videntes, Ela falou da falta de modéstia, da impureza e das modas imorais. Chamou os homens ao arrependimento, à reparação e à mudança de vida.

Em face das lutas que enfrentaremos adiante, temos que continuar esta batalha cultural com uma confiança inabalável, determinação e insistência. É uma luta que está longe de terminar. No entanto, Nossa Senhora ajudar-nos-á, como tantas vezes tem feito no passado. No final, temos a certeza confirmada pela própria Virgem Santíssima em Fátima, de que o resultado será o triunfo de seu Imaculado Coração.


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