24 de dezembro de 2007

A tradição familiar da Árvore de Natal


A foto no alto é da pintura de Franz Streussenberger (1806 – 1879). Representa a primeira Árvore de Natal na cidade austríaca de Ried, concebida e ornada, em 1840, no lar da família Rapolter.

Depois do Presépio, a Árvore de Natal é o símbolo mais expressivo da época natalina — sobretudo em tempos passados, nos quais o aspecto comercial do Natal não era tão protuberante e agressivo.

No século XIX, a Árvore de Natal — também conhecida em alguns países europeus como a “Árvore de Cristo” (leia abaixo uma comovente narrativa a respeito) — espalhou-se pelo mundo inteiro como símbolo da alegria própria ao Natal para se festejar o nascimento do Divino Infante. Mas muitos séculos antes, consta que no período medieval, corria uma história muito bonita narrando que, na noite bendita do nascimento do Menino Jesus, muitas árvores floriam em pleno inverno em paisagens cobertas pela neve...

Desde meados do século XVII, temos notícias que na Alsácia (França) famílias enfeitavam pinheirinhos por ocasião do Natal, geralmente cobertos de neve. Nos séculos seguintes espalhou-se o encantador costume de montar a Árvore de Natal com anjinhos e estrelas nos galhos; depois com chocolates e balas. Mais tarde, as famílias foram acrescentando outros ornatos como frutas douradas, bolinhas pintadas com as mais belas cores; por vezes com guirlandas, fitas coloridas e velinhas, e, no alto do pinheiro, uma agulha com todas as cores do arco-íris — assemelhava-se a um lustre do Céu ou de um mundo maravilhoso próximo do Paraíso.
Deus se comprouve com a humildade do pinheiro

Uma antiga lenda está na origem do pinheirinho de Natal:

“Conta-se que, quando os pastores foram adorar o Divino Infante, decidiram levar-Lhe frutos e flores produzidos pelas árvores de modo prodigioso. Depois dessa colheita, houve uma conversa entre as plantas, num bosque. Regozijavam-se elas de ter podido oferecer algo a seu Criador recém-nascido: uma, suas tâmaras; outra, cerejeira e a laranjeira, que haviam ofertado tanto flores quanto frutos. Do pinheiro, porém, ninguém colheu nada. Pontudas folhas, ásperas pinhas, não eram dons apresentáveis...

O pinheiro reconheceu sua nulidade. E não se sentindo à altura da conversa, rezou em silêncio: “Meu Deus recém-nascido, o que Vos oferecerei? Minha pobre e nula existência. Esta, alegremente Vo-la dedico, com grande agradecimento por me terdes criado na vossa sabedoria e bondade”.

Deus se comprouve com a humildade do pinheiro. E, em recompensa, fez descer do céu e se afixarem nele uma multidão de estrelinhas. Eram de todos os matizes que existem no firmamento: douradas, prateadas, vermelhas, azuis...



Quando outro grupo de pastores passou, levou não apenas os frutos das demais árvores, mas também o pinheiro inteirinho, a árvore de tal forma maravilhosa, da qual nunca se ouvira falar!

E lá foi o pinheiro ornar a gruta de Belém, sendo colocado bem junto do Menino Jesus, de Nossa Senhora e de São José”.
Diletos Amigos, humildemente peçamos à Santíssima Mãe do Menino Jesus que, assim como na fábula do pinheirinho, nos coloque também bem próximos de seu Divino Filho e nunca nos distanciemos dele. E que, ao longo dos 366 dias de 2008, o Menino Jesus esteja sempre próximo de nós. Que Ele esteja sempre presente em todos os lares católicos e particularmente naqueles dos Amigos que “visitam” este Blog da Família e que incentivaram-me a esta iniciativa. Uma iniciativa com o objetivo de fornecer aos pais e mães de família subsídios para se manter a fidelidade à moral católica e, assim, podermos juntos resistir às forças revolucionárias que procuram desagregar e extinguir a instituição familiar.


A todos um Santo e Feliz Natal e um Novo Ano repleto de graças e dons muito especiais!
Uma bela história contada por Rosegger, autor do livro “A vida popular na Estíria”, narra como surgiu, no seio de uma família católica da Áustria do século XIX, o costume de montar a Árvore de Cristo por ocasião do Natal.

“Era um anseio que decidira pôr em prática naquela noite, antes que minha mãe chegasse à cozinha para preparar a refeição matutina. Eu ouvira falar muito a respeito da celebração do Natal nas cidades: devia-se colocar sobre a mesa um pinheirinho, verdadeira arvorezinha do bosque; afixar velazinhas em seus ramos e acendê-las; e depositar embaixo dele presentes para as crianças, esclarecendo que havia sido o Menino Jesus que os tinha trazido.



Então pensei em montar uma árvore de Cristo para meu pequeno irmão, Nickerl. Mas tudo em segredo...

Depois de já ter clareado o dia, saí em meio ao nevoeiro gelado. Este protegeu-me do olhar das pessoas que trabalhavam em torno da casa, no momento em que voltei do bosque com um pequeno cimo de pinheiro e corri para o galpão das carroças.

Logo se fez noite. A criadagem estava ainda ocupada nos estábulos ou nos quartos da casa, onde, segundo o costume da Noite Santa, lavavam a cabeça e se vestiam com os trajes de festa. Na cozinha, minha mãe fazia os sonhos doces para o dia de Natal. E meu pai, com o pequeno Nickerl, percorria a propriedade para abençoá-la, levando para isso num recipiente carvões incandescentes; sobre eles espalhava incenso, percorrendo todas as dependências da herdade, a fim de incensá-las, enquanto rezava em silêncio. Era preciso expulsar os maus espíritos e atrair as bênçãos angélicas para a casa.

Enquanto o pessoal se ocupava em suas tarefas lá fora, eu preparava na sala grande a Árvore de Cristo. Tirei a arvorezinha do meio da lenha e coloquei-a sobre a mesa. Depois cortei de um maço de cera dez ou doze velazinhas e coloquei-as sobre os pequenos galhos. Embaixo, aos pés da arvorezinha, depositei um pão doce.

Ouvi então passos lentos e suaves na parte de cima da casa. Eram meu pai e meu irmãozinho que já estavam lá e abençoavam o sótão. Logo chegariam ao salão. Acendi as velazinhas e me escondi atrás do forno. A porta se abriu e eles entraram com seu recipiente de incenso. E ficaram parados.

— O que é isto? Perguntou meu pai com voz baixa mas prolongada.

O pequeno Nickerl fitava emudecido. Nos seus olhos grandes, redondos, espelhavam-se corno estrelinhas as luzes da Árvore de Cristo.



Meu pai avançou devagar para a porta da cozinha e chamou baixinho:

— Mulher, mulher! Venha ver um pouco.

E quando ela apareceu:

— Mulher, foste tu que fizeste

— Maria e José! exclamou minha mãe. O que deixastes sobre a mesa?

Logo chegaram também os criados e criadas, vivamente impressionados com a inédita
visão. Então um rapaz que viera do vale fez a suposição:

— Poderia ser uma Árvore de Cristo!

Seria realmente verdade que os anjos trazem do Céu tal arvorezinha? Eles a contemplavam e se admiravam. E a fumaça do incenso enchia a sala inteira, de modo que era corno um delicado véu que pousava sobre a arvorezinha iluminada.

Minha mãe procurou-me na sala com o olhar:

— Onde está o Pedro?

Julguei então ser o momento de sair do canto do forno. Tomei pelas frias mãozinhas o pequeno Nickerl, que continuava emudecido e imóvel, e levei-o para junto da mesa. Ele quase resistiu. Mas eu lhe disse, em tom profundamente solene:

— Não temas, irmãozinho! Olha: o querido Menino Jesus te trouxe uma árvore de Cristo.

Ela é tua!
O menino estava contentíssimo. E juntou as mãos como fazia na igreja para rezar”.





23 de dezembro de 2007

Mais material “didático” contaminado de doutrinação marxista

Recebi de um Amigo o artigo abaixo (em itálico), sugerindo-me publicá-lo neste Blog da Família, pois muito vinculado com o que aqui temos tratado a respeito de “livros didáticos”, contaminados de doutrinação marxista.

É o caso de uma mãe (Da. Mirian Macedo, 53 anos) que retira sua filha (Luísa, 15 anos) de um colégio devido ao assustador material escolar posto à disposição da adolescente.

Além do mais, o referido artigo servirá aos pais de família como um exemplo a mais do estado — calamitoso — em que se encontram os materiais “didáticos” que circulam em inúmeros colégios — pobres estudantes... Estes, muitas vezes, para acertarem a uma questão, são obrigados a optar pelo erro. Até lá chegamos: as respostas corretas poderão ser consideradas erradas e vice-versa.

No referido artigo, a mãe, ex-jornalista, Da. Mírian Macedo aponta inclusive para conotações pornográficas de certos textos, ademais de idéias tendenciosas, falsificações históricas e erros crassos. Um dos erros grosseiros: numa apostila trata-se da destruição das cidades de Sodoma e Gomorra relacionando-as... com o dilúvio e a arca de Noé!!! Aquelas cidades pecadoras — e por isso destruídas num castigo fulminante — estão relacionadas com Abraão, o Patriarca. O que tem a ver Noé e o dilúvio com Sodoma e Gomorra? Nada, absolutamente nada!

Da. Mírian comenta que, vendo uma das apostilas em mãos de sua filha, correu os olhos no texto e viu que se tratava de uma “panfletagem grosseira” e de “porno-marxismo”.

Da. Mírian Macedo e sua filha Luísa

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Acabei de tirar minha filha do Colégio

Por Mírian Macedo


Acabei de tirar minha filha, de 15 anos, do Colégio Pentágono/COC (unidade Morumbi - São Paulo) em protesto contra o método pedagógico "porno-marxista" adotado pela escola no ensino médio este ano. O sistema COC, que começou como cursinho pré-vestibular há cerca de 40 anos em Ribeirão Preto-SP, está implantado hoje em mais de 150 escolas em todo Brasil, atingindo cerca de 200 mil alunos. O Pentágono - que, além do Morumbi, tem colégios em Alphaville e Perdizes - é uma das escolas-parceiras.

As provas de desvio moral-ideológico são incontáveis. Numa apostila de redação, a escola ensina "como se conjuga um empresário" e, para tanto, fornece uma seqüência de verbos retratando a rotina diária deste profissional:

"Acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc., etc.".

A página 4 da apostila de Gramática ostenta a letra de uma música de Charlie Brown Jr, intitulada Papo Reto (Prazer É Sexo O Resto É Negócio) – assim mesmo, tudo em maiúscula, sem vírgula. Está escrito: "Otário, eu vou te avisar:/ o teu intelecto é de mosca de bar/ (...) Então já era,/ Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer".

Noutro exemplo, uma letra de Vitor Martins, da música Vitoriosa:
"Quero sua alegria escandalosa/ vitoriosa por não ter vergonha/ de aprender como se goza".

As apostilas de História e Geografia, pontilhadas de frases-epígrafes de Karl Marx e escritas em 'português ruim', contêm gravíssimos erros de informação e falsificação de dados históricos. Não passam, na verdade, de escancarados panfletos esquerdejosos que as frases abaixo, copiadas literalmente, exemplificam bem:
"Sabemos que a história é escrita pelo vencedor; daí o derrotado sempre ser apresentado como culpado ou condições de inferioridade (sic). Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado (sic) como animal, pois era ‘desprovido de alma’. Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira? Aos comerciantes do tráfico de escravos e aos proprietários rurais. Assim, o negro dava lucro ao comerciante, como mercadoria, e ao latifundiário, como trabalhador. A história pode, dessa forma, ser manipulada para justificar e legitimar os interesses das camadas dominantes em uma determinada época".

Sandice é dizer que a Igreja legitimou a escravidão. Em 1537, o Papa Paulo III publicou a Bula Veritas Ipsa (também chamada Sublimis Deus), condenando a escravidão dos 'índios e as mais gentes'. Dizia o documento, aqui transcrito em português da época que "com authoridade Apostolica, pello teor das presentes, determinamos, & declaramos, que os ditos Indios, & todas as mais gentes que daqui em diante vierem á noticia dos Christãos, ainda que estejão fóra da Fé de Christo, não estão privados, nem devem sello, de sua liberdade, nem do dominio de seus bens, & que não devem ser reduzidos a servidão".

Outra pérola do samba do crioulo doido, extraída da apostila de História:
"O progresso técnico aplicado à agricultura (...) levou o homem a estabelecer seu domínio sobre a produção agrícola em detrimento da mulher".

Ok, feministas. Agora, tratem de explicar a importância e o poder das inúmeras deusas na mitologia dos povos mesopotâmicos, especialmente Inana/Ishtar, chamada de Rainha do Céu e da Terra, Alta Sacerdotisa dos Céus, Estrela Matutina e Vespertina e que integrava, com igual poder, a Assembléia dos Deuses, ao lado de Anu, Enlil, Enki, Ninhursag, Nana e Shamash. Na Suméria,"tanto deuses quanto deusas eram patronos da cultura; forças tanto femininas quanto masculinas estavam envolvidas com a criação da civilização. A realidade dos papéis das mulheres dentro de casa estava em perfeito acordo com a projeção destes papéis no mundo divino". (Tikva Frymer-Kensky em seu livro de 1992, In the Wake of Goddesses: Women, Culture and Transformation of Pagan Myth. Fawcet-Columbine, New York.

Mais delírio marxista de viés esquerdológico:
"Estas transformações provocaram a dissolução das comunidades neolíticas, como também da propriedade coletiva, dando lugar à propriedade privada e à formação das classes sociais, isto é, a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais - daí as classes sociais - e a um poder teoricamente colocado acima delas, como árbitro dos antagonismos e contradições, mas que, no final de tudo, é o legitimador e sustentáculo disso: o Estado". (Definição de propriedade privada, classes sociais e de Estado, em sentido marxista, no neolítico, nem Marx!).

Calma, não acabou: No capítulo sobre a Mesopotâmia, a apostila informa que o deus Marduk (grafado Manduque) ordenou a 'Gilgamés' que construísse uma arca para escapar do dilúvio. (Gilgamesh é, na verdade, descendente do Noé caldeu/sumério, chamado Utnapishtin/Ziusudra. É Utnapishtin que conta a Gilgamesh a história da arca e do dilúvio. Há versões em que Ubaretut, filho de Enki, é que é o verdadeiro Noé; Utnapishtin apenas revela a história do dilúvio a Gilgamesh).

Outro trecho informa que o "dilúvio seria enviado por Deus, como castigo às cidades de Sodoma e Gomorra". (Em Genesis (19,24), lê-se: "O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra". Além disto, a destruição de Sodoma e Gomorra nada tem a ver com Noé e sim, com o patriarca Abraão e seu sobrinho Ló).

Outros achados:
"Diz a tradição que Sargão era filho de um jardineiro, o que nos faz pensar que, nesta época, como era possível alguém das chamadas camadas baixas da sociedade, ter acesso ao poder?". (Que reflexão revolucionária! E que estilo!).

No capítulo "Geografia das contradições" lê-se: "Uma das graves contradições relaciona-se à economia: na sociedade capitalista quase todos trabalham para gerar riquezas, mas apenas uma minoria burguesa se apropria dela (sic) (...) Por outro lado, é necessário compreender que a sociedade foi e é organizada por meio das relações sociais de produção. Entre nós, e na maioria dos países, temos o modo de produção capitalista, em que a relação básica é representada pelo trabalho. Nele encontram-se os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores que, não possuindo os meios de produção, vendem sua força de trabalho". (Marxismo puro, simples assim).

O mais grave é que estas apostilas, de viés ideológico explícito, vêm sendo adotadas por um número cada vez maior de escolas no País. Além das escolas próprias, o COC faz parcerias com quem queira adotar o sistema, como aconteceu este ano com o Colégio Pentágono, onde minha filha estuda desde o primário. Estas apostilas têm de ser proibidas e as escolas-parceiras e o COC têm de ser responsabilizados. É a escuridão reinante.

4 de dezembro de 2007

Coleção “Besteirol Marxista” -- Livros didáticos ou de ficção?

Volto à carga a respeito de livros ("didáticos") da coleção “Besteirol Marxista...” Sem dúvida esta aumentando as escolas onde ensinam imbecilidades, onde há cursos de bestialogia. E não me refiro aos educandários do MST — nos quais os “santos”, apresentados aos meninos e meninas para serem cultuados, são tiranos da laia de um sanguinário Mao Tsé-Tung, por exemplo. Refiro-me a escolas do sistema público de ensino e mesmo de colégios particulares. Nos educandários do MST estaria na lógica do currículo, pois pretendem transformar aqueles pobres meninos em terroristas-invasores da propriedade alheia. Aliás, um amigo enviou-me um documento mostrando que o MST já conta com aproximadamente 2000 escolas, (de)formando cerca de 160 mil alunos. Que futuro terão esses alunos?! Que futuro terá a propriedade particular?! De onde vem a dinheirama para tais escolas?!

Mas minha insistência em tratar dos livros “didáticos, que já estão circulando em colégios, é para alertar pais e mães de família para os absurdos que estão ensinando às nossas crianças. Muitas vezes, erros grosseiros encontram-se em livros distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Educação "deste (des)governo" para "fazer" as cabecinhas infantis com um ideário comuno-marxista.

Encarregados de preparar tais livros, a maioria composta de petistas, estão revirando nosso glorioso passado pelo avesso, reescrevendo a História. Não podemos aceitar que continuem impunemente fazendo essas deturpações históricas.

Os pais e mães de família precisam ficar de olho no que seus filhos estão (des)aprendendo. Por exemplo, após os pequenos chegarem das escolas, esperar um momento tranqüilo em casa e perguntar-lhes o que de interessante aprenderam naquele dia. Interessar pelo que eles dizem dos estudos e dos professores e, pacientemente, encorajá-los naquilo que for correto e explicar-lhes o que há de equivocado naquilo que lhes foi ensinado erroneamente. Conforme o caso, justifica-se uma reclamação junto ao professor, ou mesmo ao diretor do colégio.

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Abaixo seguem mais dois exemplos dessa panfletagem marxista nos colégios com o objetivo de forçar o doutrinamento dos alunos.


“O Globo”, quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Capitalismo em versão polêmica no São Bento
A utilização de ilustrações do livro Capitalismo para principiantes, do escritor Carlos Eduardo Novaes, num teste de geografia para alunos da 7ª série do ensino fundamental do Colégio São Bento, um dos mais tradicionais do Rio, está causando polêmica. Ex-alunos, amigos e admiradores da escola enviaram uma carta e um abaixo-assinado ao reitor da instituição protestando contra a escolha feita pelo professor. Eles qualificam o texto como “impertinente e medíocre no conteúdo, repulsivo na forma”, e, além disso, “subversivo na mensagem moral e pedagógica por fazer apologia do comunismo, ridicularizar o Evangelho e invocar o nome de Deus”.
Ontem, a polêmica chegou ao ex-blog do prefeito Cesar Maia, que anunciou a discussão no colégio com o título Marxismo de quinta categoria e fora de época gera conflito no tradicional colégio católico São Bento.
O trabalho de geografia surpreendeu os pais de alunos logo na primeira página: o quadrinho inicial, retirado da obra de Novaes, usa o prólogo do Evangelho, segundo São João (“No princípio era o Verbo”), para ilustrar uma sociedade perfeita, onde se dizia “eu trabalho, tu trabalhas, ele trabalha”.
No quadrinho seguinte, quando surge o capitalismo, aparece, sob a frase “com a chegada do capitalismo, mudou o verbo do princípio”, a caricatura de um homem falando: “eu lucro, tu trabalhas e ele reclama da inflação”. Na terceira ilustração, o autor diz que num momento em que o Criador estava distraído é criada a propriedade privada dos meios de produção.
O reitor do colégio, dom Tadeu de Albuquerque, disse que só tomou conhecimento do caso ontem à tarde e ainda não tinha tido tempo de analisar a questão.


“O Globo”, quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Socialistas nota 10
Carlos Alberto Sardenberg
Por acaso a doutrina marxista é oficial e obrigatória no Brasil? Se não for, é preciso anular as provas feitas pelos alunos de serviço social no último Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, do Ministério da Educação).
Os testes não deixam outra possibilidade: se o universitário concorda com a idéia de que a história e a sociedade se movem, e se explicam, pelo conflito de classes entre capital e trabalho, então deve ter tirado nota dez.
Se, ao contrário, o universitário pensa que a liberdade individual, o mercado livre e o direito de propriedade constituem os melhores fundamentos das relações sociais e econômicas — esse aluno errou a maior parte das questões.
Se pensa isso e foi esperto, não errou, pois as questões são construídas de tal modo que a “resposta socialista” surge como obviamente correta e a outra, “neoliberal”, parece uma estupidez ou uma ingenuidade.
Para o Enade, ou a mídia é de uma santidade exemplar, impoluta e infalível; ou não existe a menor liberdade de imprensa e de opinião e a mídia dita democrática é sempre um truque para calar os trabalhadores e suas lideranças.
Ou seja, é golpista a mídia que mostra mensalões e aloprados e critica posições do governo Lula. Que o PT diga isso, tudo bem, é parte da democracia. Que o MEC coloque isso como resposta correta no Enade, é lavagem cerebral. E deve ser ilegal.

24 de novembro de 2007

Por amplíssima maioria: rejeitada a proposta de descriminalização do aborto


De 14 a 18 de novembro, realizou-se na Capital Federal a 13ª Conferência Nacional de Saúde, reunindo 4.500 pessoas. Dentre elas, tinham direito a voto 2.275 delegados estaduais e nacionais eleitos em conferências de saúde regionais — 50% deles são usuários do SUS, 25% trabalhadores do sistema e 25% gestores (secretários estaduais e municipais e representantes do Ministério da Saúde).

Contrariando as expectativas do próprio Ministério da Saúde, chefiado pelo Sr. Temporão, apoiado por diversos grupos pró-aborto (inclusive pelas soi-disant “Católicas pelo Direito de Decidir” — grupo que de católico apenas leva o nome), o resultado foi surpreendente: 70% dos delegados votaram contra a proposta de legalização total do aborto no Brasil.

Tal resultado — espetacular, pois nunca visto em anteriores conferências — não tem efeito legal, mas é considerado muito importante, uma vez que exerce influência na formulação de políticas acerca do aborto e serve para pressionar os congressistas a fim de que não votem pró-aborto.

Uma das artimanhas dos representantes do governo na 13ª Conferência, para conseguir a aprovação do aborto, foi justamente “esconder” a palavra “aborto” do texto a ser votado sobre “a livre interrupção da gravidez”.

A citação era "Assegurar os direitos sexuais e reprodutivos, respeitar a autonomia das mulheres sobre seu corpo, reconhecendo-o como problema de saúde pública e discutir sua descriminalização por meio de projeto de lei".Sem a palavra “aborto” a citação fica menos contundente. O intuito foi claro: confundir os votantes que poderiam ficar menos chocados e enganá-los, pois ficavam sem saber direito no que estavam votando.

Mas, desta vez, essa artimanha não obteve sucesso e a derrota dos abortistas foi fragorosa.

Inconformado com a derrota, o diretor de “Ações e Programas Estratégicos do Ministério da Saúde”, Adson França, afirmou que a decisão contra o aborto foi “hipócrita”. Eis aí uma afirmação pouco "estratégica"... ou uma "retirada estratégica", de quem não tem argumentos...

Clair Castilhos, diretora da “Rede Nacional Feminista de Saúde”, criticou a decisão dizendo que ela reflete o fundamentalismo de setores da sociedade brasileira. Eis aí uma crítica “fundamentalista” e nada “democrática”...

Por sua vez, o Sr. Ministro da Saúde quis fazer pouco caso da decisão, dizendo que “a conferência não é deliberativa”. Sim é verdade, não é deliberativa, mas se ele não tivesse sido derrotado, não diria isso. Não é verdade Sr. Temporão? Ademais, como já disse acima, o resultado influencia os congressistas. Estes entendem que tal resultado reflete a opinião dos eleitores... Além disso, eles viram que muitos dos que votaram pelo aborto foram vaiados... Vaias que eles não querem ouvir... Vaias, entretanto, que a nossos ouvidos soam como melodiosas músicas. Precisamos ouvir mais dessas músicas... e em alto e bom som.

Também os lobbystas-do-aborto no Brasil — fartamente financiados pelo lobby internacional pró-aborto —, reclamaram de tal conferência dizendo que ela não reflete a vontade popular... Mas esqueceram eles que recentes pesquisas do Data-Folha refletiram muito bem a vontade popular, revelando que “só 3% da população consideram ‘moralmente aceitável’ fazer um aborto, contra 87% que acham isso ‘moralmente errado’, e 6% que, estranhamente, afirmam não ser essa ‘uma questão moral’”.

É a tal história da pseudo-democracia: se a conferência votasse em peso pelo aborto, os mesmos lobbystas insistiriam: os congressistas precisam aprovar a prática do aborto, pois devem seguir a vontade popular.
Seria bem o caso de dizer: “Vontade popular, vontade popular, quantos crimes se comentem em teu nome!”

Contrariamente a essas posições abortistas, o representante da “Pastoral da Criança”, o Sr. Clovis Boufleur, declarou: "Essa posição [da 13º Conferência] reflete o pensamento do povo brasileiro". E acrescentou: “O governo fica enfraquecido na sua decisão, porque a conferência decidiu que em relação ao aborto nos próximos quatro anos a posição é essa”. [Tais conferências são realizadas de 4 em 4 anos].

Mas não podemos cair no clima do “já ganhamos” — nisso consiste o perigo. Precisamos continuar a luta e sempre alertas, do contrário os inescrupulosos abortistas — por meio de manobras escusas e passando por cima da opinião pública brasileira — acabarão por aprovar a “pena de morte” aos inocentes.
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Cfr. “Agência Brasil”, “Folha de S. Paulo” e “O Estado de S. Paulo”.
MARCHA NACIONAL CONTRA O ABORTO, REALIZADA EM BRASÍLIA

22 de novembro de 2007

Mais uma artimanha dos abortistas

Pela notícia de hoje, divulgada pela “Agência Câmara”(*), nota-se que houve uma manobra dos deputados pró-aborto para adiar a discussão sobre o assunto. Certamente eles temeram não obter o número suficiente para vencer e estão adiando, à espera de ocasião favorável à nefanda causa abortista. Precisamos continuar vigilantes e pressionando os parlamentares, pois, se baixarmos a guarda, na calada da noite a bancada pró-aborto poderá nos surpreender aprovando um dos atos mais covardes que se tem notícia na História: a execução de ser humano que indefeso encontra-se no ventre materno. Como sabemos, a vida humana existe desde o momento da concepção — o que está sobejamente demonstrado pela ciência —, portanto nada pode justificar a sua eliminação.
Segue a referida notícia da “Agência Câmara”, datada de 21-11-07:

Pedido de vista adia discussão sobre aborto

O relatório do deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), que é contrário à descriminalização do aborto, foi distribuído aos integrantes da Comissão de Seguridade Social e Família, mas não chegou a ser lido devido a um pedido de vista apresentado pelos deputados Pastor Manoel Ferreira (PTB-RJ) e Dr. Talmir (PV-SP).

Mudalen é o relator dos projetos 1135/91, que legaliza o aborto em qualquer circunstância; e 176/95, que permite o aborto até o 90º dia de gravidez e obriga a rede hospitalar pública a realizar o procedimento.

O assunto é polêmico, mas o relator acredita que seu parecer será aprovado. "Acho que vamos votar o relatório em dezembro e vamos ganhar."
Antes da votação, porém, a comissão fará, no dia 5 de dezembro, audiência pública com o ministro da Saúde, José Temporão, que é favorável à discussão das regras vigentes sobre o aborto. Atualmente, o Código Penal prevê detenção de um a três anos para a gestante que provocar aborto ou consentir que outro o faça.

A deputada Cida Diogo (PT-RJ) acusou Mudalen, que também preside a comissão, de desrespeitar um acordo prévio de apenas apresentar o relatório após a audiência com Temporão. Segundo ela, o deputado está tentando "criar um fato político" aproveitando a rejeição do aborto na 13ª Conferência Nacional de Saúde realizada no último fim de semana. "Vamos discutir com os deputados favoráveis ao aborto e estabelecer uma estratégia para tentar aprovar o projeto", disse Cida Diogo.

21 de novembro de 2007

Questão do aborto: Para acabar com a pobreza, acabar com os pobres?



O governo petista, empenhado em legalizar a matança de inocentes por meio do aborto, esforça-se em distribuir a granel anticoncepcionais. Recentemente Sérgio Cabral — governador do Rio de Janeiro e aliado do presidente Lula — teve a impudência de declarar que o meio para acabar com os marginais é o aborto... e que o meio para acabar com a pobreza é... o aborto. Então faço a pergunta ao senhor governador: O Sr., para acabar com a pobreza, incentivará a matança dos pobres? Dos bebês pobres? Seu governo implantará a “pena de morte” aos pobres, impendindo que eles venham à luz?

Ou seja, a pretexto de qualquer dificuldade com a qual deparam alguns governantes, o aborto é apresentado como solução. Assim, para acabar com os assassinos, a solução é assassinar os bebês ainda no frente materno! Então, para diminuir a taxa de homicídios, incentiva-se a mãe a assassinar o próprio filho???!!! Qual é a lógica dessa política? É afrontar o bom senso. Pior. É afrontar o Criador de todas as coisas.

Mas, graças a Deus, a opinião pública brasileira está reagindo a essas insanidades de certos governantes. 90% da população — conforme pesquisas recentes — é contrária à ampliação da prática do aborto.

Com essa boa reação, os políticos estão percebendo que perderão terreno, perderão votos, se não reagirem também eles contra a ampliação do aborto.

E uma boa reação foi noticiada hoje no site da Câmara e apresso-me em transcrevê-la mais abaixo.(*)

Mas apesar da boa reatividade contra o aborto, o governo — como deixa evidenciado o Ministro da Saúde, o Sr. José Gomes Temporão — tem como prioridade a despenalização da prática abortista, quer dizer: descriminar... o crime!

Assim funciona a democracia petista: quando as pesquisas indicam que o povo está a favor de projetos do atual governo — ele grita: VIVA A DEMOCRACIA. Quando o povo, em sua imensa maioria, mostra-se contra a ampliação do aborto, o governo declara que o povo não tem conhecimento do assunto e passa por cima da vontade popular e impõe, na marra, as leis que o governo quer estabelecer. Tudo “em nome da democracia”... Será para “ensinar” (melhor, impôr) ao povo o que o governo quer estabelecer que o presidente Lula criará a “TV Pública”?

Mas, ainda que fosse com apóio popular, há uma questão que está acima de tudo, é uma questão religiosa e moral — é a Lei de Deus que não pode ser violada.


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(*) A referida notícia pode ser conferida no link:
http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=113910


Relator é contra a descriminalização do aborto
Especial - 20/11/2007 20h06
Agencia Câmara

O atual relator do projeto de lei que legaliza o aborto em qualquer circunstância, deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), antecipou nesta terça-feira seu relatório, no qual defende a rejeição da proposta (Projeto de Lei 1135/91, dos ex-deputados Eduardo Jorge e Sandra Starling). Ele também pede a rejeição do Projeto de Lei 176/95, do deputado José Genoino (PT-SP), que permite o aborto até o nonagésimo dia de gravidez e obriga a rede hospitalar pública a realizar o procedimento.

O projeto principal revoga o artigo 124 do Código Penal, que prevê detenção de um a três anos para a gestante que provocar aborto ou consentir que outro o faça.

O relatório será apresentado formalmente nesta quarta-feira, às 11h30, em reunião extraordinária da Comissão de Seguridade Social e Família. "É necessário nos posicionarmos sobre uma questão que perdura nesta Casa há dezesseis anos", disse, sobre a urgência de votar a proposta.

Argumentos rebatidos
A comissão realizou três audiências públicas para discutir o tema. Em seu relatório, Mudalen optou por rebater os argumentos favoráveis ao aborto levantados nessas reuniões a partir de duas perspectivas: a de que mulher que pratica o aborto necessita de apoio por meio de políticas públicas; e a de que o ordenamento jurídico deve ser uma diretriz para as ações da sociedade.

"A prática do aborto é a culminância de um longo processo tortuoso em que a gestante não pôde ser atendida de forma adequada em várias fases de sua vida. Não contamos ainda no Brasil com um programa de esclarecimento sobre o planejamento familiar, ainda há problemas na área de assistência social, de geração de emprego. Não é adequado acreditar que uma questão pontual seja capaz de dar uma solução adequada a um quadro tão problemático", ponderou.
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Reportagem - Malena Rehbein e Patricia Roedel
Edição - João Pitella Junior
Agencia Câmara
http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=113910
(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')
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Confira os argumentos favoráveis ao aborto e a opinião do relator sobre eles:
- A mulher é dona de seu corpo
- A descriminalização do aborto reduz as mortes maternas
- O aborto reduz a pobreza e a violência
- O aborto é um fato presente na sociedade brasileira
- A criminalização do aborto estigmatiza a mulher que o pratica
- Questões morais controversas devem ser resolvidas individualmente

8 de novembro de 2007

ATENÇÃO: precisamos agir urgentemente contra mais uma abominável ação abortista

• Diga não à pena de morte a inocentes !
• Diga ao aborto !
• Diga não ao Projeto de Lei 1135/91


Recebi um e-mail urgente e muito importante e aqui o transcrevo, pedindo aos diletos Amigos que, o quanto antes, tomem conhecimento da questão para que possam agir em conseqüência.

“Neste mês de novembro, o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM/SP) entregará seu relatório sobre o PL 1135/91. Esse projeto, cujo objetivo é descriminalizar o aborto no Brasil, está sobre nossa nação há 16 anos como uma espada de Dâmocles que pode cair a qualquer momento.
Está na hora de nós agirmos. Temos que defender o Direito à vida. Este projeto — contrário a esse Direito inalienável — tem que ser excluído das discussões parlamentares, ou ao menos tem de ser rejeitado.
Participe desta campanha mandando uma mensagem, tanto ao deputado relator, pedindo para que o parecer dele seja contrário ao aborto, quanto para os outros deputados da Comissão de Seguridade Social e Família, encarregada desse projeto na Câmara. Envie também uma mensagem para Dom Dimas, Secretário Geral da CNBB, pedindo que mobilize toda a influência desse órgão para evitar a aprovação desse projeto abominável em nossa pátria.
Essa sua participação custará apenas alguns minutos de sua vida, mas serão minutos sacrificados por uma boa causa, pois estará lutando pela vida de bebês indefesos que brevemente poderão perdê-la com a aprovação do PL 1135/91.

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Clique aqui e participe deste protesto.
http://www.fundadores.org.br/abortonao/acao/301007/dcamp.asp?camp=1

1 de novembro de 2007

Omissões e distorções históricas

A revista “Época” Nº 492 (22 de outubro 2007), estampou uma interessante matéria – de autoria de Alexandre Mansur, Luciana Vicária e Renata Leal — concernente ao que temos publicado neste Blog.
Título de capa: “O QUE ESTÃO ENSINANDO A NOSSAS CRIANÇAS – Os livros didáticos refletem ou distorcem a realidade?”.
Essa matéria confirma, uma vez mais, o quanto certos autores de livros obrigatórios em escolas das redes pública e privada estão “reescrevendo” a História com a finalidade de influenciar ideologicamente os estudantes. Nem mesmo um livro de Educação Física escapou à sanha de “doutrinação” a favor do sistema comunista: No capítulo “Faço esporte ou sou usado pelo esporte”, a atividade esportista é apresentada como ferramenta de exploração capitalista...
Transcrevo um trecho dos autores que sintetiza bem a questão: “ÉPOCA fez um levantamento de 20 livros didáticos e 28 apostilas de História e Geografia adotados por escolas. Em um país democrático, pode-se esperar que os títulos reflitam o amplo espectro ideológico e político da sociedade. Não é o que ocorre. A maioria dos livros — em especial os de História — é simpática ao socialismo e apresenta o livre mercado como um modelo econômico gerador de desigualdade e pobreza. O dado que assusta é a quantidade de distorções que os autores fazem em nome da visão socialista. Existem dois tipos de problemas. O primeiro é a omissão. Ao tratar de revoluções socialistas, como da China e Cuba, vários livros deixam de mencionar o caráter opressivo e ditatorial desses regimes. Além disso, a ideologia leva alguns autores a publicar informações erradas, como dizer que a globalização aumentou a pobreza mundial”.
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A História “ao avesso”
Recomendo também outra matéria: A revista “Veja” (26 de setembro 2007) expôs “A MÁ EDUCAÇÃO DE CHÁVEZ” — artigo de Duda Teixeira — a respeito da revolução na educação que o mandatário venezuelano, Hugo Chávez, está pondo em curso. Tudo no mesmo sentido de muitos “livros didáticos” no Brasil, de deturpar a História e deformar as crianças impondo-lhe idéias obtusas. Além de erros já constatados em livros distribuídos em nosso país pelo MEC , como louvores a tiranos do jaez de Stalin, Mão Tsé-Tung, Fidel Castro, Che Guevara et caterva, o coronel Chávez está promovendo uma radical reforma do currículo na educação primária e secundária. Apresenta a História “virada pelo avesso”: facínoras são apresentados como heróis; heróis apresentados como facínoras. Por exemplo, o ínclito Cristóvão Colombo, a quem o mundo tanto deve, é apresentado como invasor que deve ser odiado pelos educandos.
“Trata-se de um delírio: Chávez quer transformar as crianças em vassalos que pensam da mesma maneira que ele” — é a afirmação do pedagogo venezuelano Leonardo Carvajal, da Universidad Católica Andrés Bello (de Caracas).
Um trecho da referida matéria da “Veja”: “A reforma venezuelana imita o sistema de Cuba em que a educação está a serviço da formação do ‘homem novo’, inspirado em Che Guevara, o personagem mítico da revolução cubana. A história mostra que, quando o estado tem a pretensão de criar um povo formado por cidadãos idealizados, superiores, o que vem pela frente é a perseguição inflexível à liberdade individual. Em Cuba — ao lado de seu irmão Adán, ministro da Educação — anunciou que as escolas privadas que se recusarem a adotar o novo sistema serão fechadas ou estatizadas. Uma gráfica foi comprada para imprimir os novos livros didáticos, que serão distribuídos gratuitamente aos alunos. A proposta de Chávez tem o militarismo como ponto central. Os alunos serão estimulados a assumir atitudes de ‘compromisso coletivo’ em defesa do país, para atender a um objetivo básico: abastecer as milícias civis armadas criadas pelo presidente”.
A “Veja” encerra com um comentário do Prof. Roberto Romano, da Unicamp: “Ao impor o medo da guerra, os ditadores criam uma massa dócil, inclinada a aceitar os seus comandos”. _______________
Agora, para mais eficazmente falsificar a História e ministrar a “má educação”, o coronel Chávez já controla praticamente toda informação televisiva que chega aos lares venezuelanos. O que restará da verdadeira História nas cabecinhas infantis? O que virão a ser, quando adultas, aquelas crianças?
Perguntar não ofende: Por que o governo petista tem tanta pressa no funcionamento da chamada “Empresa Brasil de Comunicação”? Ou seja, a Televisão estatal — a TV Lula?


Foto de Che Guevara quando preso nas selvas bolivianas. Estampa bem diferente das fotografias impressas em bonés e camisetas no mundo inteiro.
Che Guevara — apresentado por Hugo Chávez como “herói” a ser imitado pelas crianças — incentivava “O ódio intransigente ao inimigo que impulsiona o ser humano para além de suas limitações naturais e o converte em uma efetiva, violenta, seletiva e fria máquina de matar”. Esse guerrilheiro, assassino frio e cruel, também deixou escrito: “Estou na selva cubana, vivo e sedento de sangue”.

11 de outubro de 2007

Outro livro distribuído pelo MEC — outras deturpações históricas

Conversando com um dileto Amigo, sobre o assunto que neste Blog da Família tenho tratado, ele sugeriu-me postar trechos de um outro livro — também denunciado pelo jornalista de “O Globo”, Ali Kamel — intitulado “Nova História Crítica”. Da mesma forma distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) às escolas públicas (neste caso a 750 mil alunos da 8ª série) e igualmente repleto de distorções grosseiras, de deturpações históricas e eivado de erros evidentes. Assim, aqui transcrevo alguns trechos que dispensam comentários, uma vez que são tais e tantos os desatinos contidos no nefasto livro:


— Sobre o que é hoje o capitalismo:

"Terras, minas e empresas são propriedade privada. As decisões econômicas são tomadas pela burguesia, que busca o lucro pessoal. Para ampliar as vendas no mercado consumidor, há um esforço em fazer produtos modernos. Grandes diferenças sociais: a burguesia recebe muito mais do que o proletariado. O capitalismo funciona tanto com liberdades como em regimes autoritários."


— Sobre o ideal marxista:
"Terras, minas e empresas pertencem à coletividade. As decisões econômicas são tomadas democraticamente pelo povo trabalhador, visando o (sic) bem-estar social. Os produtores são os próprios consumidores, por isso tudo é feito com honestidade para agradar à (sic) toda a população. Não há mais ricos, e as diferenças sociais são pequenas. Amplas liberdades democráticas para os trabalhadores."


— Sobre Mao Tse-tung:

"Foi um grande estadista e comandante militar. Escreveu livros sobre política, filosofia e economia. Praticou esportes até a velhice. Amou inúmeras mulheres e por elas foi correspondido. Para muitos chineses, Mao é ainda um grande herói. Mas para os chineses anticomunistas, não passou de um ditador."


— Sobre a Revolução Cultural Chinesa:
"Foi uma experiência socialista muito original. As novas propostas eram discutidas animadamente. Grandes cartazes murais, os dazibaos, abriam espaço para o povo manifestar seus pensamentos e suas críticas. Velhos administradores foram substituídos por rapazes cheios de idéias novas. Em todos os cantos, se falava da luta contra os quatro velhos: velhos hábitos, velhas culturas, velhas idéias, velhos costumes. [...] No início, o presidente Mao Tse-tung foi o grande incentivador da mobilização da juventude a favor da Revolução Cultural. [...] Milhões de jovens formavam a Guarda Vermelha, militantes totalmente dedicados à luta pelas mudanças. [...] Seus militantes invadiam fábricas, prefeituras e sedes do PC para prender dirigentes 'politicamente esclerosados'. [...] A Guarda Vermelha obrigou os burocratas a desfilar pelas ruas das cidades com cartazes pregados nas costas com dizeres do tipo: 'Fui um burocrata mais preocupado com o meu cargo do que com o bem-estar do povo.' As pessoas riam, jogavam objetos e até cuspiam. A Revolução Cultural entusiasmava e assustava ao mesmo tempo."


— Sobre a Revolução Cubana e o paredão:
"A reforma agrária, o confisco dos bens de empresas norteamericanas e o fuzilamento de torturadores do exército de Fulgêncio Batista tiveram inegável apoio popular."


— Sobre as primeiras medidas de Fidel:
"O governo decretou que os aluguéis deveriam ser reduzidos em 50%, os livros escolares e os remédios, em 25%." Essas medidas eram justificadas assim: "Ninguém possui o direito de enriquecer com as necessidades vitais do povo de ter moradia, educação e saúde."


— Sobre o futuro de Cuba, após as dificuldades enfrentadas, segundo o livro, pela oposição implacável dos EUA e o fim da ajuda da URSS:
"Uma parte significativa da população cubana guarda a esperança de que se Fidel Castro sair do governo e o país voltar a ser capitalista, haverá muitos investimentos dos EUA. [...] Mas existe (sic) também as possibilidades de Cuba voltar a ter favelas e crianças abandonadas, como no tempo de Fulgêncio Batista. Quem pode saber?"


— Sobre os motivos da derrocada da URSS:
"É claro que a população soviética não estava passando forme. O desenvolvimento econômico e a boa distribuição de renda garantiam o lar e o jantar para cada cidadão. Não existia inflação nem desemprego. Todo ensino era gratuito e muitos filhos de operários e camponeses conseguiam cursar as melhores faculdades. [...] Medicina gratuita, aluguel que custava o preço de três maços de cigarro, grandes cidades sem crianças abandonadas nem favelas... Para nós, do Terceiro Mundo, quase um sonho não é verdade? Acontecia que o povo da segunda potência mundial não queria só melhores bens de consumo. Principalmente a intelligentsia (os profissionais com curso superior) tinham (sic) inveja da classe média dos países desenvolvidos [...] Queriam ter dois ou três carros importados na garagem de um casarão, freqüentar bons restaurantes, comprar aparelhagens eletrônicas sofisticadas, roupas de marcas famosas, jóias. [...] Karl Marx não pensava que o socialismo pudesse se desenvolver num único país, menos ainda numa nação atrasada e pobre como a Rússia tzarista. [...] Fica então uma velha pergunta: e se a revolução tivesse estourado num país desenvolvido como os EUA e a Alemanha? Teria fracassado também?"

* * *

Transcrevo a parte final do artigo de Ali Kamel:“Esses são apenas alguns poucos exemplos. Há muito mais. De que forma nossas crianças poderão saber que Mao foi um assassino frio de multidões? Que a Revolução Cultural foi uma das maiores insanidades que o mundo presenciou, levando à morte de milhões? Que Cuba é responsável pelos seus fracassos e que o paredão levou à morte, em julgamentos sumários, não torturadores, mas milhares de oponentes do novo regime? E que a URSS não desabou por sentimentos de inveja, mas porque o socialismo real, uma ditadura que esmaga o indivíduo, provou-se não um sonho, mas apenas um pesadelo? Nossas crianças estão sendo enganadas, a cabeça delas vem sendo trabalhada, e o efeito disso será sentido em poucos anos. É isso o que deseja o MEC? Se não for, algo precisa ser feito, pelo ministério, pelo congresso, por alguém”.
* * *

Não resisto em comentar apenas o que diz tal livro adotado pelo MEC, sobre o perigo que poderá ocorrer com a saída de Fidel Castro do governo: “de Cuba voltar a ter favelas”...
É a total negação do que é de conhecimento geral: a pobre Cuba hoje, sim, é uma imensa favela — a mais deplorável e miserável possível. Considerem apenas as fotos abaixo. Mas notem que tiradas de ruas centrais de Havana. Imagine como são as periferias daquela infeliz capital... imagine como deve ser o interior de Cuba...








Notem o automóvel... Aliás, um "luxo" para poucos - apenas para os companheiros "muy amigos" - na Ilha de Fidel Castro


Vejam um quarto de um dos hospitais de Ilha-Calabouço...


Observem a cena abaixo. Não retrata uma favela em algum subúrbio. Retrata uma das ruas centrais da capital do "Paraíso" castrista.

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Conclusão:
O livro “didático” Nova História Crítica, continua levantando polemica. Entretanto a polemica deveria ser muitíssimo maior. Nosso anseio é que se levante um clamor geral obrigando o governo a recolher tais livros; a não mais imprimir panfletos do genro; e, muito menos, que se coloque tais absurdos ao alcance de nossas crianças.
Estamos vendo que não basta ter escolas no País, precisamos exigir que nelas não se ensine como verdade as alucinações e idiotices de autores filiados à esquerda dinossáurica. Do contrário, tais escolas apenas formarão imbecis. Daí nossa insistência no papel de vigilância dos pais sobre livros de seus filhos, de procurarem saber o que os pequenos estão aprendendo. (Des)aprendendo, é certo, se nas mochilas deles encontra-se o citado livro distribuído pelo MEC.

* * *

9 de outubro de 2007

A cartilha, adotada pelo MEC, para doutrinamento marxista dos alunos


Continuamos com mais alguns trechos (disparates) que comprovam como o livro — melhor: cartilha para doutrinamento marxista dos alunos — manipula a história, por exemplo, apresentando o marxismo como o bem e os Estados Unidos como representação do mal.

Livro didático e propaganda política
Por Ali Kamel
“O Globo”, 1-10-07
“O livro prossegue com pequenos tópicos sobre os principais acontecimentos mundiais, a Revolução Russa e seus antecedentes: grande pobreza no campo, extrema exploração dos operários. Vitoriosos os revolucionários, seus primeiros feitos são assim descritos: "Estradas de ferro e bancos foram nacionalizados, as terras foram divididas e distribuídas entre os camponeses e a produção nas indústrias passou a ser controlada pelos operários. As medidas revolucionárias do novo governo feriram os interesses da burguesia e das grandes empresas que atuavam no país." Segue-se um breve resumo da guerra civil — a burguesia e a aristocracia, apoiados pelos EUA e Grã-Bretanha, contra os revolucionários liderados por Lênin e Trotsky — e um pequeno verbete intitulado "A ditadura de Stalin". Nele, lê-se que a URSS foi governada de 1924 a 1953 por Stalin, como um ditador. "As liberdades individuais foram suprimidas e os adversários do regime, inclusive os líderes da revolução, acabaram presos ou assassinados pelo regime." Parece honesto, mas não é: omitir os detalhes da monstruosa ditadura de Stalin, que levou milhões à morte, é esconder dos alunos o mal que o socialismo real provocou. Especialmente porque os autores não se esqueceram de destacar o "bem" que Stalin proporcionou: "O Estado promoveu o desenvolvimento da indústria de base, como energia elétrica e metalurgia, investiu em educação e na qualificação de mão de obra e formou cooperativas agrícolas [...] para ampliar a produção no campo."
Bonito, não? No fim do capítulo, nas atividades propostas aos alunos, fica estabelecida a distinção entre capitalismo e socialismo: "Os anos 1920, nos EUA, caracterizaram-se por consolidar a sociedade de consumo. Numa cultura de consumo, grande parte do tempo e das energias humanas está voltado (sic) para a aquisição de bens materiais. Sob a orientação do seu professor, debatam os seguintes aspectos: a) dados que comprovam o caráter consumista da sociedade atual; b) os efeitos negativos da cultura do consumo para o indivíduo e a sociedade." [...]
E Mao? Este parece ser um fetiche dos autores de livros didáticos. O livro conta que Mao Tsé-tung derrotou o capitalismo na China e relata dois episódios, sem referência aos milhões de mortos que os dois eventos provocaram. "Em 1958, a fim de aumentar a produção, foram criadas cooperativas rurais e novas indústrias também. Essas iniciativas econômicas foram conhecidas como o 'Grande salto para a frente'. Preocupado com a influência de valores ocidentais na China, Mao iniciou a Revolução Cultural, uma campanha oficial marcada por intensa doutrinação e repressão." E mais não se diz.
* * *


Apenas para apontar duas graves omissões (voluntariamente “esquecidas” para poupar os crimes do regime comunista) na cartilha distribuída pelo MEC. Uma em relação à URSS (com Stalin) e outra em relação à China Vermelha (com Mão Tsé-tung) — ambas extraídas do já citado “Livro Negro do Comunismo”(*)

1 — O Stalin apresentado pela cartilha adotada pelo MEC é bem diferente do Stalin histórico. Este, para implantar a Reforma Agrária, decretou o extermínio de 60 mil camponeses e o exílio da grande maioria para campos de concentração. Em poucos dias, a meta de 60 mil assassinatos foi superada. Em menos de dois anos foram deportados 1.800.000 proprietários rurais e familiares. A viagem mortífera, em vagões de gado, durava várias semanas, sem alimento nem água. Os comboios descarregavam os cadáveres nas estações. Stalin submeteu pela fome aqueles que poderiam manifestar um mínimo de descontentamento. As reservas de alimentos foram confiscadas. Carentes de tudo, os camponeses abandonavam os filhos na cidade próxima. Só em Jarkov aproximadamente 8 mil crianças morreram de fome — sem contar as que morreram por outros motivos. Na fase final da Reforma Agrária, o salto foi 6 milhões de mortes.

2 — O livro do MEC louva o plano de Mao Tsé-tung com o chamado “Grande salto para a frente”. Vejamos o que diz o “Livro Negro do Comunismo” sobre tal plano:

Em 1959, Mao propôs o “Grande salto para a frente” — que consistiu em reagrupar os chineses em comunas populares — sob pretexto de um acelerado progresso. Foi proibido abandonar a comuna, as portas das casas foram queimadas nos altos fornos, e os utensílios familiares transformados em aço. Iniciaram-se construções delirantes. Os responsáveis comemoravam resultados fulgurantes e colheitas astronômicas. Mas logo começou a faltar o alimento básico. Barragens e canais viraram pesadelo para seus construtores escravos. A indústria parou. A fome mais mortífera da História da humanidade sacrificou então 43 milhões de vidas! Era proibido recolher as crianças órfãs ou abandonadas.

Eis algumas das verdades históricas que um livro que não fosse intelectualmente desonesto não poderia deixar de omitir.
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(*) Stéphane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panné, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek, Jean-Louis Margolin, “O livro negro do comunismo. Crimes, terror e repressão”, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1999

8 de outubro de 2007

O Ministério da Educação que nao educa, mas (des)educa

Inicio o Blog da Família nesta data de suma importância para a Igreja e a Civilização: 7 de outubro. É o dia em que se celebra a festividade de Nossa Senhora do Rosário e comemora-se a vitória da esquadra católica no golfo de Lepanto, em 7 de outubro de 1571 — há exatos 436 anos. A respeito, para conhecer algo a mais, vide quadro no final.(*)
* * *

Atenção pais e mães de família:
O Ministério da Educação não educa, mas (des)educa

A função primordial do Ministério da Educação (MEC) seria justamente a de proporcionar aos alunos a sadia formação intelectual. Entretanto o MEC está promovendo a (de)formação dos jovens estudantes.
Explico-me.

O MEC comprou mais de um milhão de exemplares do livro de história “Projeto Araribá” — exatamente 1.185.670 livros, pagando nada mais nada menos que R$ 5.631.932,50. Pretende-se distribuir gratuitamente os exemplares, a partir de janeiro próximo, para alunos do Ensino Fundamental.

Usar dinheiro público para a educação, seria normal. Mas é inadmissível utilizá-lo para fazer campanha política do PT e, menos ainda, para deformar nossas crianças.

Em artigo para “O Globo” (2-10-07) o jornalista Ali Kamel aponta diversos erros grosseiros no mencionado livro de história. Hoje, limito-me a transcrever e comentar o seguinte trecho do artigo:
Na unidade 3, A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa, o livro diz o seguinte, logo na abertura, sob o título Um sonho que mudou a História: “Em 1º de janeiro de 2003, o governo federal apresentou o programa Fome Zero. Segundo dados do IBGE, 54 milhões de brasileiros vivem em estado de pobreza. Em nenhum país do planeta (sic) existem tantos pobres vivendo entre pessoas tão ricas [...]. Por que, apesar de tantos avanços tecnológicos, pessoas continuam morrendo de fome? É possível mudar essa situação? Os revolucionários russos de 1917 acreditavam que sim. Seguros de que o capitalismo era o responsável pela pobreza, eles fizeram a primeira revolução socialista da História. Depois disso, o mundo nunca mais seria o mesmo”.

Como se nota, o programa “Fome Zero” é apresentado sem nenhuma crítica. Um programa completamente fracassado, que apenas ficou no papel — o que é reconhecido até por governistas.
Mas, além da inaceitável propaganda do PT e da ideologia marxista — com base em dados falseados —, o livro faz apologia do regime comunista soviético. Tal regime sim gerou pobreza, transformando a Rússia — outrora o “celeiro da Europa” — numa gigantesca favela rural, num gigantesco campo de concentração. Basta ler algumas páginas do “Livro Negro do Comunismo” — obra insuspeita, pois seus autores são esquerdistas — para constatar o flagelo que foi o comunismo. Esse célebre livro apresenta a pura realidade e os dados comprovados são estarrecedores. Narra tal livro que, segundo a “Comissão sobre Repressão” do próprio governo russo, os bolchevistas mataram 43 milhões de pessoas entre 1917 e 1953. Grande parte morreu de fome.

A fome foi utilizada na União Soviética com a finalidade prostrar a população, impedindo, por esse meio, qualquer reação. Em 1922 não havia mais revoltas, apenas multidões apáticas implorando uma migalha ou morrendo como moscas. Foi o início da primeira “grande fome”. Os cadáveres insepultos acumulavam-se nas ruas. Ocorreram até cenas de canibalismo.

Mas o autor da obra de história adotada pelo MEC, prefere ignorar a verdade histórica. Em vez de narrar os fatos, ele prefere emitir sua opinião sobre eles. Pior. Ensina mentiras históricas; faz doutrinação ideológica e propaganda político-eleitoral do PT.

Trata-se de uma gigantesca panfletagem a favor do governo, fazendo as cabecinhas das crianças, ademais de ensinar gravíssimos erros históricos.

Precisamos reagir enquanto é tempo. Urge uma reação ainda mais forte para obrigar o governo a suspender tal panfletagem. Não podemos permitir que ocorra no Brasil o que está acontecendo na Venezuela sob o comando do Coronel Chaves, que impõe o que as criancinhas venezuelanas devem ou não aprender. O mesmo já ocorreu na Cuba fidelcastrista, onde as pobres crianças recebem doutrinação marxista desde a tenra infância e aprendem a glorificar e cultuar “el comandante” Fidel.

Por tudo isso apelo, sobretudo aos pais e mães:
· que vigiem os livros de seus filhos;
· que anotem os erros para denunciá-los a outros pais e mães;
· que incentivem reações;
· que exijam a substituição dos livros errôneos;
· que comentem com outros esta questão que poderá acarretar em graves conseqüências, pois as crianças que estão sendo (des)educadas nas escolas são o Brasil do futuro.
O tema é muito sério, pois, além do livro “Projeto Araribá”, que distribuirá o MEC, outras obras adotadas por esse Ministério estão distorcendo os fatos históricos e tentando manipular as mentes infantis. Um sistema próprio a estados totalitários. É o “Estado-pedagogo-marxista” que esta surgindo no Brasil, escolhendo livros organizados pela esquerda mais retrógrada que imaginar se possa.
Devido à seriedade do tema, amanhã voltarei a tratar de livros “didáticos” — se pudesse colocaria mil aspas de cada lado...
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(*) Saiba mais sobre Lepanto e Nossa Senhora do Rosário

Em 7 de outubro de 1571, a armada católica, comandada por D. João d´Austria, composta de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto. O nobre comandante mandou hastear o estandarte oferecido pelo Santo Papa Pio V e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.
Mas, apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia. Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada...
Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.
Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
* * *
Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica.
O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.
A milagrosa visão foi confirmada somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o grande acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. São Pio V tinha meios mais rápidos para se informar...
Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro de cada ano.
Ainda com o mesmo objetivo, de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).
(Cfr. Espasa-Calpe, Madrid, 1951)