25 de dezembro de 2008

É Natal: a magna festa da Cristandade — a mais importante celebração familiar

Diletos Amigos!


É Natal! Nasceu Jesus, nosso Redentor! Cumpriu-se o prognóstico do profeta Isaías:

“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita”. (Isaías, 9, 1-2)


Desejando que a Sagrada Família — o Menino Jesus, sua Mãe Santíssima e São José — esteja sempre presente em seus lares, protegendo todos de sua querida família, envio-lhes de coração meus melhores votos de um Abençoado e Feliz Natal e de Ano Novo repleto de graças, alegrias e realizações.

Em 2009, nuvens pesadas e escuras poderão nos causar terror e aflição, mas tenhamos confiança, sabemos que por detrás das ameaçadoras nuvens brilha o sol. Não apenas o astro, mas o Sol de Justiça e Misericórdia que há 2008 anos, na fria gruta de Belém e em meio a uma noite escura, nasceu para nos salvar — nascido numa simples manjedoura, mas com o Poder Supremo, a ponto de afirmar:

“Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo!”. (São João, 16, 33)

Natal é a festa magna da Cristandade. Natal é também a mais importante celebração familiar. Nos lares, todos se reúnem para relembrar a alegria com o nascimento de nosso Divino Redentor. — Pelo menos deveria ser com esta intenção... e não para mera diversão...

Natal, não nego, é também ocasião de presentes, sobretudo para as crianças, mas eles são oferecidos para relembrar os presentes que os pastorinhos e os Três Reis Magos ofertaram ao Divino Infante na primeira noite de Natal. — Pelo menos deveria ser com esta finalidade... e não para alimentar a ganância do comércio...

Com a sincera vontade de auxiliar na impregnação da atmosfera natalina nos lares dos leitores deste Blog da Família, ofereço-lhes um singelo presente: uma breve história da origem da canção de Natal por excelência — o “STILLE NACHT” (“Noite Feliz”), uma canção composta por Franz Gruber, mas inspirada pelo Céu!

Desejando a todos um jubiloso Natal, envio-lhes cordial abraço,

Paulo Roberto Campos



A NOITE DE NATAL

“Sabia você que, quando você canta “Noite feliz, noite feliz”, sentado ao pé da árvore de Natal, muitas e muitas crianças, no mundo inteiro, estão cantando a mesma canção? Pois é verdade. Meninos e meninas do México, da Inglaterra, do Canadá, da China, entoam a mesma melodia.

São esquimós, nas suas casas de neve, junto das quais os ursos brancos escutam, à beira d’água; são meninos das cidades e dos campos; são os das mais diferentes terras e raças. Todos cantam a mesma música. É verdade que, conforme a língua de cada país, as palavras são diferentes. Noite feliz, em português; Douce nuit, em francês; Notte felice, em italiano; Stille nacht, em alemão; Silent night, em inglês; Noche feliz, em espanhol... Mas, em qualquer dessas línguas, as palavras dizem a mesma coisa e despertam o mesmo suave contentamento.

Pois bem. Saiba agora que muitas canções não representam apenas palavras postas em música. Passaram elas por tantos lábios e alegraram tantos corações, que, com o tempo, como que ganharam vida própria e uma alma. Elas têm a sua história. Como você e eu, nasceram e cresceram. Lutaram e sofreram. Viajaram por terra e pelos mares. De algumas dessas canções, conhecemos tudo. De outras, apenas sabemos que já existiam quando nossos avós eram crianças. A estas últimas chamamos de canções populares, quer dizer, canções do povo, de todos e de ninguém.

“Noite feliz” é uma dessas cantigas que têm vida, que têm alma. Muita gente pensa que ela é uma das canções criadas pelo povo. Mas não é, não. Ela tem a sua história própria. Perdida durante certo tempo, essa história foi mais tarde encontrada e restabelecida por um rei. Assim aconteceu porque não se trata de uma canção qualquer, mas de uma verdadeira canção de Natal, ou mesmo, como foi chamada, de uma “Canção do Céu”.
(Trecho extraído do livro “História de uma canção de Natal”, de Hertha Pauli).

PS-1: A seguir, os inspirados versos de “Noite Feliz”. Primeiro na língua originária, o alemão, depois no nosso bom português. Reunir as crianças de nossas famílias para cantar o “Noite Feliz”, é um dos inesquecíveis presentes de Natal, que será recebido com uma alegria indizível. Se desejarem, ouvir essa sublime canção, click em:
http://www.youtube.com/watch?v=oUb8ySdERKs&feature=related

Ou click em:
http://br.youtube.com/watch?v=4puLybRGSAw&feature=related


PS-2: Os leitores que também desejarem conhecer um pouco mais da encantadora origem da Árvore de Natal, leiam em:
http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/2007/12/tradio-familiar-da-rvore-de-natal.html


STILLE NACHT, HEILIGE NACHT

Stille Nacht! Heilige Nacht!
Alles Schlaeft, einsam wacht
Nur das traute, hochheilige Paar.
Holder Knabe im lockigen Haar,
Schlaf in himmlischer Ruh' -
Schlaf in himmlischer Ruh'!

Stille Nacht! Heilige Nacht!
Hirten erst kundgemacht,
Durch der Engel Halleluja
Toent es laut von fern und nah':
Christ, der Retter, ist da, -
Christ, der Retter, ist da!

Stille Nacht! Heilige Nacht!
Gottes Sohn, o, wie lacht
Lieb' aus deinem goettlichen Mund,
Da uns schlaegt die rettende Stund',
Christ, in deiner Geburt, -
Christ, in deiner Geburt!

NOITE FELIZ!


Noite feliz! Noite feliz!
O Senhor, Deus de amor,
Pobrezinho nasceu em Belém,
Eis na lapa Jesus, nosso bem,
Dorme em paz, ó Jesus!
Dorme em paz, ó Jesus!

Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vêm cantar
Aos pastores os anjos dos céus
Anunciando a chegada de Deus,
De Jesus Salvador,
De Jesus Salvador.

Noite feliz! Noite feliz!
Ó Jesus, Deus da luz,
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão,
E a nós todos salvar,
E a nós todos salvar.

10 de dezembro de 2008

Corajoso e belo gesto do Grão-Duque de Luxemburgo

Eutanásia é um eufemismo para morte dita “assistida”, suicídio, assassinato de idosos e/ou doentes, ou mesmo de enfermos de qualquer idade, mesmo de crianças. Entretanto ninguém tem o direito de tirar a vida de um ser humano inocente, seja ele um feto, bebê, criança, adolescente, adulto ou idoso. Seja doente incurável ou não. Ademais ninguém pode tirar a própria vida, ou pedir que se a elimine. Isto seria um ato contrário a Lei de Deus e a Lei natural, além de ser um crime contra a vida humana. Portanto, a eutanásia consiste num gravíssimo pecado.


Contra a eutanásia, recentemente tivemos um bom exemplo vindo do Luxemburgo! Que tal exemplo sirva de lição para todos os nossos governantes. Vejamos:

Escudo do Luxemburgo

O Parlamento do Luxemburgo, por iniciativa de deputados socialistas, aprovou a prática da eutanásia! Como pode um Parlamento aprovar a morte ou o suicídio?!

Felizmente o Grão-Duque Henrique I (foto), que é católico, não sancionou tal ignóbil lei. Direito que lhe compete enquanto Chefe de Estado. Por razões de consciência, no dia 2 de dezembro ele declarou que não assinará a legalização da eutanásia.

O Grão-Duque, por sua corajosa posição em consonância com a doutrina católica e em defesa da vida, merece todo nosso apoio! Entretanto o Primeiro-Ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, pretende alterar a Constituição eliminando o direito de veto que cabe ao Chefe de Estado.

Não podemos permitir que essa manobra — praticamente um golpe de Estado constitucional — prospere. Mas o que nós, brasileiros, podemos fazer? Agir para impedir tal manobra não é da competência dos luxemburgueses?

Sim, a decisão é deles, mas podemos apoiar a posição do Monarca enviando-lhe mensagens de encorajamento. Isso poderá influenciar a opinião pública daquela pequena e simpática nação — de 480 mil habitantes, sendo que 86% são católicos — e, assim, se obter o rechaço à lei da eutanásia.


Henrique I, Grão Duque de Luxemburgo, e a Gran Duquesa Maria Teresa (têm 5 filhos)

Primeiro se aprova a eutanásia em outros países e logo mais parlamentares de esquerda no Brasil vão querer imitar, elaborando projetos de lei a favor da morte pela eutanásia.

Assim sendo, proponho aos leitores deste blog, que enviem mensagens de felicitações, via e-mail, pela bela atitude do Grão-Duque Henrique I. Neste momento crucial, muito lhe ajudará o nosso apoio. Para isso, basta um clik no seguinte link:

http://www.tfp-deutschland.de/lp/support-hvl-3.html


Sua Alteza Real o Grão Duque Henrique I de Luxemburgo

Seu nome completo: Henri Albért Gabriel Félix Marie Guillaume von Nassau-Weilburg y Bourbon-Parma

3 de dezembro de 2008

“O Projeto Matar e o Projeto Tamar: o Aborto”

Diletos Amigos

Recebi o e-mail abaixo, informando o novo endereço do site “Tamar-Matar”. Trata-se de uma das mais marcantes polêmicas em torno da questão da despenalização do aborto e da criminalização de quem venha a destruir um ovinho de tartaruga (Lei 9.605/98). Uma das idéias mais obscurantistas e intolerantes nascidas de mentes abortistas: a liberdade de se matar um ser humano e a severa punição devido à destruição de um simples ovo de tartaruga!!!
No cerne de tal polêmica, o Dr. Cícero Harada defendeu brilhantemente o direito à vida inocente e apontou a gritante incoerência da referida lei. Esse debate deu-se no site da OAB-SP e iniciou-se com seu artigo “O Projeto Matar e o Projeto Tamar: o Aborto”, mas que teve diversos desdobramentos, todos agora reunidos num só endereço:


http://tamarmatar.wordpress.com/

Site realmente muito interessante. Vale a pena conhecê-lo e recomendá-lo a seus Amigos.
Abs
Paulo
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Tamar ou Matar: o debate

Há tempos atrás, o Dr. Cicero Harada, Procurador do Estado de São Paulo escreveu um artigo demonstrando o absurdo de que, no Brasil, a destruição de ovos de tartaruga é crime inafiançável enquanto há muita gente desejosa de que a destruição de bebês ainda no ventre de suas mães seja permitida.

Este artigo de Dr. Harada causou frisson no meio feminista. Heleieth Saffioti, bam-bam-bam feminista, subiu nas tamancas e lançou também um artigo respondendo ao Procurador. Só que "deu com os burros n´água", esquivando-se completamente de contra-argumentar.

Bem... A história é interessantíssima e vale a pena mostrá-la. Ela tem outros desdobramentos.

Para não deixar isto cair no esquecimento, produzi uma página na qual há todo o histórico do debate, além de inúmeras outras informações.

Creio que vale a pena se inteirar do assunto. Principalmente porque é demonstrada a completa falta de argumentos dos favoráveis ao aborto. Isto é tão dramático que a apelação rasteira tornou-se a tônica dos pró-aborto, como ficou exaustivamente demonstrado.

Quem tiver curiosidade, é só acessar o site "Tamar-Matar: o debate". http://tamarmatar.wordpress.com/

William Murat

29 de novembro de 2008

No oba! oba! Obama venceu... Mas nem tudo está perdido — "God bless America!"

Paulo Roberto Campos

Há quase um mês da vitória de Barack Hussein Obama, pode-se ficar com a impressão de que ele obteve uma vitória “avassaladora”, tal o bombardeio midiático a seu favor. Com essa impressão ficará quem tenha acompanhado as eleições americanas sem restrições à avalanche de informações veiculadas. Aquele que fizer uma análise fria dos resultados constatará que não foi uma vitória “consagradora”.

O resultado: 53% X 46%. Ou seja, quase metade do eleitorado não foi na onda do “oba-oba” e, apesar de tudo, votou em John McCain. Se apenas 3% dos eleitores de Obama depositassem seu voto em McCain, teríamos um empate.

O suspeitíssimo momento em que o tsunami econômico atingiu os EUA

Por que afirmei “apesar de tudo”? Entre diversos fatores, cito dois:

Muitos analistas acreditam que se não fosse a crise econômica, eclodida praticamente às vésperas das eleições, Obama não ocuparia a Casa Branca em hipótese alguma. Alguns chegam a levantar suspeita sobre o momento da eclosão da crise econômica.

Kenneth Serbin, professor de História na Universidade de San Diego e autor de várias obras, afirma em seu artigo “Uma visão realista do vencedor”, publicado em “O Estado de S. Paulo” de 9-11-08:

“Mais importante do que a cor de Obama, é como ele ganhou. Uma análise do Instituto Gallup afirmou que a disputa entre Barack Obama e John McCain ‘foi extremamente competitiva durante boa parte do ano’, e Obama esteve freqüentemente em ligeira vantagem. McCain passou à sua frente no início de setembro e pareceu ganhar impulso, mas depois da maciça crise do crédito e do colapso das Bolsas, Obama abriu uma vantagem substancial.

O que chamou a atenção foi o relacionamento de Obama com entidades que ajudaram a provocar o pânico financeiro. Nos últimos dez anos, ele foi o segundo maior beneficiário de doações da Fannie Mae e do Freddie Mac, as corporações de crédito financeiro imobiliário que o governo encampou no início da crise. Obama recebeu US$ 126.349 em contribuições de campanha (McCain foi o 62º da lista, com US$ 21.550). O ex-presidente da Fannie Mae foi assessor de Obama até ser obrigado a renunciar ao cargo, em junho.

O deputado Rahm Emanuel, que será o chefe de gabinete de Obama, recebeu US$ 51.750 da Fannie e do Freddie. Emanuel, funcionário do governo do presidente Bill Clinton, com fama de ser democrata da linha-dura, ganhou US$ 16 milhões como executivo de bancos de investimentos que cuidavam de fusões e de aquisições. O próprio New York Times, que é pró-Obama, observou que Emanuel ‘é criticado por ter se mostrado demasiadamente aliado de Wall Street, lembrando que não é absolutamente essa a imagem que os democratas querem cultivar hoje em dia’.”

A suspeitíssima parcialidade da mídia

Sobre o segundo fator não há necessidade de estender-me muito, pois ele ficou evidenciado aos olhos de todos: a hegemonia da mídia “obamalatra”. Sinteticamente, Diogo Mainardi, em sua famosa coluna na “Veja” do dia 5 p.p., escreve:

“O ritmo de samba contaminou até mesmo a imprensa americana. Nas primeiras páginas dos jornais, Barack Obama recebeu 45% de cobertura positiva. John McCain, 6%. O New York Times comportou-se como o jornal de um senador maranhense, aderindo à campanha de seu candidato. Um jornal pode aderir à campanha do candidato que quiser. O que está errado é o empenho em abafar todos os fatos que possam criar-lhe algum tipo de constrangimento. Foi o que ocorreu neste ano nos Estados Unidos. Qualquer pergunta sobre Barack Obama foi caracterizada como uma forma de racismo, ou de asnice, ou de caipirice.”

Se a esses dois fatores somarmos a bilionária campanha democrata e a cerrada exploração da impopularidade do atual governo republicano, poderíamos imaginar que Obama obteria uma vitória esmagadora. Não foi o que aconteceu.

Oba! Oba! Obama salvará os EUA... salvará o planeta...

O mote de campanha do presidente eleito foi “mudança”... Para onde? Para melhor? Para pior? Havia um clima oposto a quem levantasse tal pergunta. Este seria acusado de ser “um estraga festas”. Estragaria aquela empolgação emocional, veiculada “ad nauseam” pela mídia.

Obama arrebatava as massas no momento de seus discursos. Entretanto, quem analisasse serenamente suas palavras, percebia a verborragia, o lengalenga de suas afirmações. Tudo vago, propostas inconsistentes e insípidas. Grande e inédito plano de governo? Grandes idéias? Nada! Mas a grande mídia se encarregava de interpretar tudo favoravelmente ao seu “eleito”, o “escolhido” pelos meios de comunicação esquerdistas para ser o novo “messias”, vindo da África para salvar a América.

Que passado teve esse “redentor” para nele se depositar tamanha esperança? Baseado em que motivos? Em sua carreira, que feitos extraordinários ele realizou para justificar essa auréola messiânica? Que planos prodigiosos revelou ele para o futuro dos Estados Unidos? Quais suas propostas regeneradoras? Nada! Absolutamente nada! Mera propaganda. Bilionária propaganda!


Vitória dos valores familiares na Califórnia, Arizona e Flórida

Nem tudo está perdido! Afinal, apesar da “obamalatria”, não se pode dizer que a maioria dos norte-americanos votou segundo as idéias marxistas e anti-família manifestadas pelo ex-senador Obama, como a de empenhar-se em facilitar ainda mais a prática do aborto nos Estados Unidos, favorecer o “casamento” homossexual, aprovar a manipulação de células-tronco embrionárias.

No mesmo dia 4 de novembro, em que os americanos escolheram seu novo presidente, ocorreram plebiscitos sobre a definição de matrimônio segundo a Constituição, na Califórnia, Arizona e Flórida. Nos três Estados, venceram as emendas constitucionais definindo o casamento como sendo unicamente entre um homem e uma mulher. O mesmo já havia ocorrido em 27 Estados — todos rejeitaram o pseudo-casamento entre pessoas do mesmo sexo. Aliás, uma questão tão óbvia que não se imaginaria que precisasse ser plebiscitada!

Em todo caso, a definição evidente venceu. Na Califórnia por 52,5% dos votos, no Arizona por 56% e na Florida por 62%. Essas vitórias dos valores da instituição familiar comprovam que há uma sadia parcela da opinião pública americana que não abre mão desses valores. Boa parte dela, mesmo tendo votado em Obama — pelas razões expostas —, não é favorável aos projetos defendidos por ele no Senado.

O tão repetido slogan “a mudança chegou” não obteve consentimento da maioria dos norte-americanos. Pelo contrário, ela como que afirmou: “não queremos mudanças que afetem os valores da família tradicionalmente constituída”.

A respeito, transcrevo notícia do “La Gaceta” (Espanha), intitulada “Ganhou o 'Não' ao “matrimônio” homossexual na Califórnia”, do dia 18 p.p.:

“O lobby homossexual sofreu um duro revés nas últimas eleições americanas. A eleição presidencial, com a vitória de Barack Obama, eclipsou as outras votações que se realizaram no mesmo dia. Entre outras, uma das mais importantes, a ocorrida no estado da Califórnia, ‘A Proposição 8’.” Trata-se do referendo a respeito da supressão do direito de pessoas do mesmo sexo contraírem matrimônio.

"Assim foi inserida na Constituição do estado uma nova cláusula na qual se estabelece que 'somente o matrimonio entre um homem e uma mulher é válido e reconhecido na Califórnia'.”

No mesmo sentido noticiou o “La Repubblica” da Itália, no dia 6 p.p., com o seguinte título: “Choque na Califórnia, adeus ao matrimônio homossexual”. O articulista, Arturo Zammpaglione afirma: “malgrado a vitória de Barack Obama e de suas posições reformistas, uma boa parte dos Estados Unidos permanece ancorada nos valores conservadores.”

Perguntar não ofende

Encerro com uma questão que me deixa perplexo. Obama teria sido o eleito se a hierarquia eclesiástica tivesse se empenhado muito mais em pregar os valores morais ensinados pela Igreja Católica? Ou seja, se os bispos e sacerdotes tivessem alertado todos os eleitores católicos, pregando claramente que não se pode votar em candidato que defenda o aborto e/ou o “casamento” homossexual, Obama teria galgado o Poder na nação mais poderosa do Planeta? Uma vez que pergunta não ofende, registro aqui minha indagação.

Deus salve a América!
PS: Antes de postar este artigo, fiz uma releitura e fiquei com certa impressão de que poderia surgir alguém objetando que notou traços de racismo neste texto. Assim sendo, reafirmo que em minha posição não entra nenhuma gota de racismo. Se McCain fosse negro (continuando com seus princípios anti-marxistas) teria meu apoio; se Obama fosse branco (continuando com suas idéias marxistas), não teria meu apoio. Não é a cor da pele que orienta minha opinião, mas a “cor” da ideologia.

4 de novembro de 2008

4 de novembro de 2008: será um dia de glória, ou um dia de luto para os Estados Unidos?

Encontrei hoje dois artigos muito interessantes sobre assuntos relacionados às eleições que ocorrerão amanhã nos Estados Unidos. Esses artigos encontram-se no boletim desta semana do “Population Research Institute” — uma organização anti-aborto, dedicada a desfazer as falsidades acerca de notícias sobre a chamada “explosão demográfica”, que visam favorecer o planejamento familiar. O primeiro artigo é de autoria de Steven W. Mosher (Presidente do “Population Research Institute”) e de Colin Mason (Diretor do mesmo instituto). O segundo é apenas da autoria de Steven Mosher.

A seguir, a tradução de trechos de ambos artigos, pois, no Brasil, a mídia esquerdista (um pleonasmo...) não os publicará — não tenho dúvida disso —, porque só sabem enaltecer o candidato Barack
Hussein Obama. Aliás, tal mídia esconde este segundo nome... Por que?

Se amanhã este candidato (de formação ideológica marxista, pró-aborto e pró-“casamento” homossexual) vencer as eleições, poder-se-á dizer, lamentavelmente, que o dia 4 de novembro de 2008 é um dia de luto para os Estados Unidos.

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Obama apóia o infanticídio

Steven Mosher e Colin Mason

“I think that whether you're looking at it from a theological perspective or a scientific perspective, answering that question with specificity is above my pay grade”. (“Acredito que se o considerar de uma perspectiva teológica ou de uma perspectiva científica, em ambos os casos, responder a essa pergunta com precisão está por cima de meu nível”).

Esta foi a resposta de Barack Obama à pergunta que lhe fez o Rick Warren realizada no Saddleback Fórum na Califórnia: “Desde que momento os bebês têm direitos humanos?”. Todos os assistentes puderam notar o terrível desconforto e tom evasivo da resposta.

A resposta frívola de Obama deveria ter provocado risadinhas no Simpósio de Harvard, mas no auditório de Saddleback não lhes fez nenhuma graça. Sabiam que Warren estava realizando uma pergunta séria, que merecia uma resposta séria. Um homem que provavelmente vai ocupar a Casa Branca, deve ser capaz de responder esse tipo de pergunta. Nenhum Presidentes anterior considerou uma pergunta como sendo “a cima de seu nível”. É por isso que Truman, por exemplo, mantinha uma placa sobre sua escrivaninha que dizia: “A responsabilidade é minha”. Se Obama conseguir a presidência, teria que colocar uma placa na sua escrivaninha com os dizeres: “A resposta à sua pergunta poderia estar por cima de meu nível”.

Mas nós acreditamos que existe mais do que apenas indecisão ou confusão perante a atitude evasiva de Obama. Não é que o Senador de Illinois não possa responder em que momento os bebês têm direitos humanos; é que ele não os dará. Fundamentalmente, porque Obama já votou como Senador para negar alguns direitos a alguns recém-nascidos. O que queremos dizer é que, dado que na Assembléia Legislativa de Illinois já votou contra uma lei que protegia bebês que sobrevivem ao procedimento do aborto. Portanto, é impossível não entender isto como um voto a favor do infanticídio.

A Lei de Proteção para o Bebê que nasce vivo (Born Alive Infant Protection Act-BAIPA) foi necessária porque nos abortos tardios, alguns daqueles bebes destinados à execução, sobreviviam. De outra maneira, estes sobreviventes ao aborto seguiriam sendo jogados no lixo para que morram sem nenhuma compaixão. Nancy Creger, uma antiga enfermeira de Atlanta e amiga de muitos anos do Population Research Institute, foi primeira em colocar luz nesta prática em começos dos anos 80. Ela descobriu que 14 bebês tinham nascido vivos e posteriormente “lhes foi permitido” morrer no Hospital Midtown — famoso, porque não realiza outra coisa mais do que abortos. Creger estava horrorizada com esta informação. Ela escreveu mais tarde que “os funcionários encarregados de ´Vital Records´ e alguns outros estavam ansiosos de publicar esta informação. Proporcionaram-me muitas cópias dos certificados de falecimento. Levei-os à minha casa e pulverizei 14 deles no chão de meu dormitório, então comecei a chorar, chorei com raiva e com dor”.
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Jill Stanek (foto) lutou bravamente para que as crianças nascidas vivas em abortos fracassados fossem protegidas por uma Lei. Porém, enfrentou a oposição tenaz de um legislador de nome Barack Obama. Este votou contra a aprovação da lei e o projeto foi arquivado.


Anos depois, a enfermeira Jill Stanek descobriu uma prática similar no Hospital Christ em Oak Lawn, Illinois. Os bebês que nasciam vivos, literalmente, eram jogados no lixo para morrer. Ela trabalhou pela lei de Proteção a Sobreviventes do aborto em Illinois. Porém, enfrentou a oposição tenaz de um legislador de nome Barack Obama. Este votou contra a aprovação da lei e o projeto foi arquivado.

Em 2000, um projeto de lei similar foi apresentado à Câmara e Senado dos Estados Unidos. A Lei de Proteção para estes bebês sobreviventes ao aborto. Cedendo à pressão pública, quase todos os membros pró-abortistas da Câmara votaram a favor do Projeto. Nenhum — nem aqueles que tinham apoiado o aborto incondicionalmente durante anos — queriam estar registrados como favoráveis a infanticídios. O projeto foi aprovado na Câmara com uma margem de 380 x15. Mas depois morreu no Senado.

Quando se conheceu publicamente o voto de Obama na Assembléia Legislativa de Illinois, este começou a “fabricar” uma versão mais aceitável do que na realidade tinha acontecido. Ele insistiu que a única razão pela qual votou contra a versão inicial do “Projeto de lei de Proteção para o Bebê que nasce vivo” foi porque o projeto carecia da “cláusula de neutralidade”. Infelizmente para Barack Obama, isto resultou não ser verdade. De fato, o registro oficial mostra que antes de emitir seu voto, já a “cláusula de neutralidade” tinha sido incorporada ao projeto de lei. O pior é que, ainda com a inclusão da cláusula, Obama votou contra esse Projeto em qualquer modo. Sua “versão”, de que seu voto se apoiou na falta da “cláusula de neutralidade”, provavelmente, foi a falta de memória, mas poderia muito bem ser uma mentira completa.

Todos estes detalhes foram documentados exaustivamente pelo “Comitê Nacional do Direito à Vida” e posteriormente verificado pelo FactCheck.org. Os detalhes completos estão disponíveis em: http://www.nrlc.org/ObamaBAIPA/Obamacoveruponbornalive.htm

Para piorar o assunto, quando Obama forjou a informação de seu próprio registro, que foi tornado público pelo “Comitê Nacional do Direito à Vida”, ele procurou desviar a atenção sobre os fatos e a atacar: “O “Comitê Nacional do Direito à Vida” não disse a verdade”, gritava em uma entrevista à CNN. “Detesto dizer que as pessoas estão mentindo, mas aqui há uma situação onde estão mentindo”.

Ao que o “Comitê Nacional do Direito à Vida” respondeu: “Ou nos acusa de falsificar documentos ou deve admitir que mentiu sobre seu registro de voto”. Até hoje, Obama não respondeu, possivelmente esperando que o assunto simplesmente caia no esquecimento.

O movimento pró-vida não deveria permitir que isto aconteça.

Que Obama seja tão condescendente com o lobby pró-aborto, como para não mexer nem um dedo para ajudar às pequenas vitimas do aborto que estão lutando por sobreviver, o torna o mais radical político a favor do aborto — mais do que qualquer outro senador, incluindo a Hillary Clinton. Isto explicaria o porque não votou simplesmente “presente” no projeto do Lei de Proteção para o Bebê que nasce vivo, tal como o fez em muitas outras leis polêmicas. Estava muito ocupado tratando de congraçar-se com a indústria do aborto, possivelmente com a idéia de postular-se para o Senado de Illinois que mas tarde ganhou.

Confiar a direção da maior nação do planeta, junto com o controle do FBI e o Departamento de Tesouraria dos Estados Unidos, a alguém que não acredita que os norte-americanos são dignos de proteção e persegue a seus caluniadores, é motivo de séria reflexão...

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Sarah Palin, uma autêntica norte-americana

Steven W. Mosher

Na esquina da Euclid e Foothill Boulevards em Upland, Califórnia, EUA, levanta-se a estátua de uma mulher pioneira (foto abaixo). Ela avançando firme, com um bebê em seu braço esquerdo, tem rifle no direito. Também se vê um menino agarrado à barra de sua saia, para sentir-se protegido.
Com uma altura aproximada de 3 metros, levantada sobre uma base de dois metros e meio, a imponente estatua de granito representa a formidável tenacidade que se assentou nas grandes planícies e na Costa Oeste. Mas é o caráter expresso na face da mulher o que verdadeiramente chama a atenção. É a face bondosa e sincera de uma mulher que assume suas responsabilidades e as enfrenta, confiando em Deus.

A “Dama do Caminho” (Madonna of the Trail) é o nome da estátua. E pensava nela enquanto lia todos os gritos e insultos que lançavam os democratas e seus aliados à candidata Sarah Palin nos meios de comunicação. As tergiversações em seu histórico, caçoando e colocando de forma ridícula a sua formação e os ataques descarados à sua família, alcançaram proporções incríveis. As diferenças entre a gestão e o orçamento de sua gestão de comissionada de segurança as comparam com o escândalo do Watergate. Bill Maner, comentarista esquerdista ridiculariza seu filho que tem síndrome de down. O próprio senador Obama insinuou que a Governadora Palin é uma “porca”. Ele nega, é obvio.

O que tem esta valente mulher que faz com que a esquerda a considere tão perigosa, a ponto de tentar destruí-la a qualquer custo? Assim é a política — poder-se-ia repetir pela enésima vez. Estou seguro que a campanha de Obama e o Partido Democrata, apoiados por seus amigos dos meios de comunicação esquerdistas, acreditam que se pode destruir a reputação desta popular governadora, e assim atingir John McCain.

Mas ainda há mais. Parece que as feministas radicais estão muito complexadas com o sucesso da Governadora Palin. O mais sintomático são as reações de duas de suas estrelas midiáticas, as apresentadoras de “talk shows”, Ophra Winfrey e Whoopi Goldberg. Oprah detesta tanto a Palin que finge que ela não existe. A posição de Whoopi de "The View” é simplesmente desconcertante. Por um lado, não deixa de falar de Palin dizendo coisas como “fez um discurso realmente assombroso, muito enérgico! É uma garota corajosa e linda, e é uma mãe e todas aquelas coisas maravilhosas que deveríamos estar festejando, penso que celebramos todas estas coisas em uma mulher”. Mas por outro lado, descreve a Palin de forma muito sinistra como “uma mulher muito perigosa”.

Perigosa? Que ameaça representa Sarah Palin? Para quem?

Em primeiro lugar, Palin ameaça a imagem que as feministas radicais têm de si mesmas. As feministas dizem que as mulheres jovens poderiam ter tudo: profissão, matrimônio e família, no momento e nos termos que desejarem. Entretanto, a realidade as contradiz. Tarde, muito tarde, elas se dão conta que a dedicação completa a uma carreira profissional que se supõe as tornariam independentes, finalmente as escraviza. Ou que a convivência com um namorado com quem se deveriam casar, terminou quando este as abandona por outra mais jovem. Muito tarde também se deram conta que os corpos de seus pequenos bebês foram destruídos em clínicas de aborto.

Neste contexto de desilusão e para piorar as coisas, aparece a bela e brilhante governadora de Alaska, que conta com uma carreira política bem-sucedida, um marido fiel e uma família grande e formosa. Ela parece ser a concretização viva do sonho feminista: é possível ter tudo. Quase desesperadamente olham através do espelho de sua alma, com a esperança de alcançar a ver algo delas mesmas, só para descobrir com horror que Sarah Palin não é uma delas. Palin, pelo contrário, é uma genuína criadora da “Cultura de Vida”, que entre outras coisas evitou um aborto para dar a luz um menino com síndrome de down. É uma defensora do matrimônio tradicional, uma conservadora, que acredita no governo local, e é membro ativo da “National Rifle Association” (Associação Nacional do Rifle.)

Não estranha que as feministas se sintam furiosas e traídas.

Mas Sarah Palin não somente é uma ameaça para a imagem das feministas radicais. Ela também é uma grave ameaça para todo o movimento pró aborto e principalmente para o futuro do Partido Democrata. depois de tudo, se for escolhida como Vice-Presidente, converter-se-á em um modelo para a geração de mulheres jovens. Poderia ser o maior desgosto para um movimento que já está encontrando dificuldades para atrair aderentes jovens. Ela ameaça também um partido político que conta com feministas como tropa de infantaria. Precisamente, é “perigosa” porque redefine o significado da feminilidade longe do tipo feminista radical.

Era muito usual a existência de muitas mulheres assim na América do Norte. A classe de mulheres que cruzaram as grandes planícies levando um bebê em uma mão e um rifle na outra. Estas foram as mulheres que cresceram na fronteira para converter-se em adultas fortes, capazes de disparar em um veado com a mesma facilidade com a que trocavam uma fralda. Mulheres que colocaram em primeiro lugar à família e sabiam que pelo contrário seriam sempre as primeiras nos corações de seus maridos e filhos. Mulheres que se empenharam na construção de Igrejas e colégios tanto como em abrir associações benéficas e hospitais.

Mas vocês dirão que hoje não temos este tipo de fronteira, que faz mais de cem anos se colonizou os Estados Unidos de um extremo a outro da América do Norte, do Atlântico até o Pacífico. Aquele capítulo da história norte-americana é um livro fechado, e poderia dizer-se que as maravilhosas e resistentes mulheres que a povoaram não são mais do que pó e lembranças.

Bom, agora com Sarah Palin, não totalmente.

Resulta que atualmente existe ainda uma fronteira a mais desde 1948, para o norte e noroeste. Onde mais poderia uma mocinha chamada Sarah acordar às 3h para acompanhar a seu pai a caçar alces, desenvolvendo um gosto pelos hamburguês de alce ou viajar de trenó através dos agrestes nevados? Do Alaska, a fronteira final da América do Norte, chega uma mulher valente e determinada, que parece ter tanto um espírito absolutamente pioneiro, e muita coragem, tanta como a dos nossos antepassados.

Doze estátuas da “Dama do Caminho” adornam os povos dos caminhos que levaram nossos ancestrais ao oeste. Mas sugiro que podemos acrescentar mais uma. A praça municipal de Wasilla, Alaska, parece-me seria o lugar perfeito.

21 de outubro de 2008

MANIFESTO DE ITU — documento contrário à aprovação do aborto em casos de anencefalia

Aproximadamente 200 pessoas participaram das palestras sobre o aborto em casos de anencefalia, no dia 17 último, em Itu (interior de São Paulo). Na ocasião ocorreu também o lançamento da campanha anti-aborto, denominada Brasil Pela Vida.

Alguns jornais locais e a
TVConvenção, divulgaram notícias a respeito do evento, que foi realizado no Espaço Fabrica São Luiz.O primeiro palestrante, o Dr. Rodrigo R. Pedroso, da OAB/SP, apontou questões jurídicas da ADPF 54 (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que visa despenalizar o aborto de nascituros anencéfalos. Por sua vez, o Dr. José Haddad Jr, presidente da campanha Brasil Pela Vida, ressaltou os absurdos defendidos pelos protagonistas do aborto.

Atraiu muito a atenção de todos, a menininha Letícia (nas duas fotos abaixo). Com apenas 4 anos, a sorridente Letícia foi levada ao evento por sua avó, Da. Gina. A criança padece de hidrocefalia. Se for legalizado o aborto de anencéfalos, incontáveis outras Letícias poderão receber a “pena de morte” antes mesmo de nascer. Presente também a mãe da menina Mariana Franco — criança nascida com anencefalia — , Da. Luciana Franco Costa da Silva (foto). Ela foi pressionada de todos os modos para abortar sua filha, pois, diziam, nasceria morta. Entretanto, pode conviver e dispensar seu carinho materno a Mariana por 2 anos e 4 meses. Os presentes assinaram um documento — "Manifesto de Itu" — endereçado à Frente Parlamentar pela Vida, apontando os graves malefícios da aprovação do aborto de anencéfalos pelo STF.Convido os diletos leitores deste blog, que não puderam comparecer em Itu, a também assinarem o referido Manifesto. Para isto, basta clicar no seguinte link:

http://www.brasilpelavida.org/bpv/acao/camp.php?Camp=26

17 de outubro de 2008

Legalização do aborto? Não é da alçada do judiciário!

A revista Catolicismo deste mês publicou um interessante artigo sobre a questão do aborto em casos de anencefalia. Assunto que temos tratado com certa frequência neste blog, devido ao julgamento da questão no STF. Aqueles que ainda não tomaram conhecimento do que já tratamos aqui, e o desejarem fazê-lo, basta clicar no verbete “Anencefalia” no SUMÁRIO (abaixo, na coluna da direita).

Assim, transcrevo abaixo o referido artigo. Chamo a atenção para a declaração do neurologista norte-americano, Dr. Alan Shewmon (postada no final do artigo), comprovando que o caso da menina Marcela de Jesus é típico de um bebê anencéfalo — o que alguns “especialistas” tupiniquins procuraram negar.
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Aborto de anencéfalos, nova ameaça à família

Enquanto o Congresso Nacional está em “recesso branco” por causa das próximas eleições municipais, o STF — extrapolando de suas atribuições — faz as vezes de Legislativo, tentando despenalizar o aborto
Plinio Vidigal Xavier da Silveira
No Brasil, o aborto em qualquer circunstância é crime.(1) Em dois casos, apesar de continuar sendo crime, não se aplica pena: quando há risco de vida para a gestante e quando a gravidez resulta de estupro.

A Igreja Católica, no entanto, é totalmente contrária ao aborto provocado. Sempre e em todos os casos o aborto é pecado grave. É doutrina corrente, reafirmada ao longo da História da Igreja por vários Pontífices. O bem-aventurado Pio IX, por exemplo, definiu: “Declaramos estar sujeitos a excomunhão latae sententiae [na qual se incorre pelo próprio fato de cometer o crime], reservada aos Bispos ou Ordinários, os que praticam aborto com a eliminação do concepto”.(2) Esta posição é confirmada pelo atual Código de Direito Canônico de 1983 (cânon 1398).

Portanto, mesmo nos dois casos em que o aborto provocado é despenalizado no Brasil, a Igreja Católica o condena, e a ele se aplica a excomunhão.

A radicalidade da sanha abortista
Não satisfeita com a atual legislação brasileira, uma atuante corrente abortista trabalha no sentido de despenalizar gradativamente o aborto para outros casos. Hoje, o foco é o aborto do feto anencefálico.

Dizem os abortistas que os bebês anencéfalos, pelo fato de não possuírem cérebro, não têm condições de sobrevida: ou nascem mortos ou morrem logo ao nascer. E portanto, para evitar sofrimentos para a mãe, é melhor que sejam abortados. Para não chocar os “ouvidos pios”, recomendam que não se fale de aborto, mas de “antecipação terapêutica do parto”. Afirmam ainda que, como é geralmente aceito no Brasil, a vida termina com a morte cerebral. Se o anencéfalo não dispõe de cérebro, poder-se-ia declarar que ele não tem vida, logo pode ser abortado. Os mais radicais dizem ainda que seus órgãos podem ser utilizados para transplantes!

Marcela de Jesus desmente os prognósticos médicos
O recente caso de Marcela de Jesus, anencéfala filha de Cacilda Galante Ferreira (foto), da cidade de Patrocínio Paulista (SP), que viveu quase dois anos, contrariou todos os vaticínios médicos. Dizia-se que ela morreria no ventre de sua mãe, ou logo ao nascer. Da. Cacilda é católica, e quando lhe propuseram realizar o aborto, pois os exames de sonografia atestaram que sua filha era anencéfala, ela recusou-se terminantemente, dizendo que aceitaria a criança como Deus a criou, e que ela viveria o tempo que Ele quisesse. O Criador lhe deu a vida, e só Ele a poderia tirar.

Hoje, o caso de Marcela é um entrave à despenalização do aborto de anencéfalos. Por essa razão, há um esforço enorme para “provar” que Marcela não era anencéfala, ou que era detentora de um tipo diferente de anencefalia, etc, etc. (vide quadro na p. seguinte).

Deputado: quem deve legislar é o Congresso
No Congresso Nacional, há pelo menos cinco projetos de lei abortistas tramitando nas comissões. Diga-se de passagem, vêm eles encontrando forte oposição, haja vista os dois últimos reveses nas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Na primeira, a derrota do aborto foi por unanimidade; na segunda, por uma amplíssima maioria com apenas três votos favoráveis.

Como se isto não bastasse, há ainda um projeto de lei sobre o aborto de anencéfalos em trâmite nas comissões. Ou seja, o Legislativo, ao qual compete legislar, está trabalhando para elaborar e votar leis, apesar de todos os pesares. Como asseverou o deputado Luiz Carlos Bassuma (PT-BA) em uma das audiências públicas no Supremo Tribunal Federal (STF), o Legislativo está cumprindo suas atribuições.

Acontece, no entanto, que os abortistas passaram a não contar com um futuro promissor, depois das duas esmagadoras derrotas que tiveram no Legislativo. E voltaram suas baterias para o Judiciário.

De um tempo para cá, o caminho para impor determinadas leis favoráveis ao aborto e ao “casamento” homossexual tem sido a via judicial. Contrariando em geral as leis vigentes, juízes de primeira instância proferem sentenças favoráveis ao aborto ou ao “casamento” homossexual, as quais, após recursos vários, acabam chegando ao STF. Este, tendo que decidir, o faz muitas vezes ao arrepio de leis existentes, ou mesmo sem o amparo da lei. E tais decisões acabam incorporadas à nossa legislação por via indireta. Ao Judiciário não compete legislar
No tocante ao aborto de anencéfalos, tal procedimento ficou muito claro. Primeiro, juízes de diversas partes do Brasil autorizaram o aborto de não nascidos portadores de anencefalia, apesar de tal ato não ser previsto em lei e até contrariá-la. A reincidência de casos levou o ministro do STF Marco Aurélio de Mello, no dia 1º de julho de 2004, a autorizar o aborto de anencéfalos em todo o Brasil, mediante liminar. No entanto, no dia 20 de outubro de 2004 o plenário do STF deu parecer contrário à liminar, derrubando-a por 7 votos a 4.

No mês de agosto último, quando da aprovação de experiências com células-tronco embrionárias, o Ministro Marco Aurélio festejou essa aprovação, dizendo que ela seria muito importante para a próxima votação do aborto de anencéfalos. Para tanto convocou uma audiência pública, que deveria encerrar-se em três sessões, tendo sido prorrogada por uma quarta. Esta, porém, até o momento em que escrevemos, não foi realizada.

Conclusão: séria e imediata ameaça para o Brasil
Está prevista para novembro deste ano a votação no STF da Argüição do Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 54. Se aprovada, passará a ter força de lei; ou seja, estará estabelecida a despenalização do aborto para casos de anencefalia.

Os brasileiros anti-abortistas e defensores da Lei Natural devem se mobilizar de todos os modos contra essa nova ameaça à vida humana. Para os católicos, é um dever premente rogar a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que Ela não permita mais este caso de matança de inocentes. Que não será o único, pois abrirá as portas para outros.

De nossa parte, redobraremos os esforços para esclarecer todos os brasileiros sobre o enorme e iminente risco que corre o direito à vida de todas as crianças anencéfalas em nossa Pátria. Elas têm o direito de nascer e ser batizadas, mesmo que venham a falecer em seguida.

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Notas:
1. Arts. 124 a 128 do Código Penal.
2. Pio IX: Bula Apostolicae Sedis de 12/10/1869, pp. 335-331

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Universidade da California – Los Angeles
Dr. Alan Shewmon, M.D.
Professor de Neurologia e Pediatria
Chefe do Departamento de Neurologia
Olive-View / Centro Médico da UCLA


10 de Setembro de 2008

A quem interessar possa


Examinei as imagens de tomografia computadorizada datadas de 20 de novembro de 2006, e as imagens da ressonância magnética de 13 de novembro de 2007 realizadas no bebê Marcela de Jesus Galante Ferreira. Concordo que elas mostram a ausência do calvárium (termo técnico do denominado calvário) e tecidos moles que o revestem. Os conteúdos da fossa posterior estão presentes, como também algum tecido cerebral supratentorial diferenciado. Este é um clássico caso de anencefalia. Embora a maioria das crianças anencéfalas morram na primeira semana, uma minoria pode viver muito mais, como a bebê Marcela. Uma revisão da literatura sobre anencefalia, detendo-se tanto no diagnóstico quanto no período de sobrevida, pode ser encontrada nos seguintes artigos:

Shewmon, D.A.: Anencefalia: aspectos médicos selecionados. Hasting Center Report 18(5):11-19, 1988.

Shewmon, D.A., Capron A.M., Peacock W.J., Schulman B.L.: O uso de crianças anencéfalas como fonte de órgãos: A crítica. JAMA 261(12): 1773-1781, 1989.

Coloco-me à disposição para outros esclarecimentos que forem necessários.

Atenciosamente,
D. Alan Shewmon
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15 de outubro de 2008

CONVITE

“Os fetos anencéfalos devem ser mortos?”


Sobre esta importante questão — atualmente em discussão no Supremo Tribunal Federal — realizar-se-á uma palestra na cidade de Itu (fica a 92 km da capital paulista).


Será no dia 17 de outubro (próxima 6ª. feira) às 19:30h, no salão nobre do complexo cultural e turístico da Fábrica São Luiz, localizado à Rua Paula Souza, 492 (no centro de Itu).


Os conferencias: O Dr. Rodrigo R. Pedroso, da OAB-SP, tratará dos aspectos jurídicos; e Dr. José Haddad Jr., médico e Presidente da Associação Brasil pela Vida, tratará dos aspectos médicos. Eles comprovarão o quanto é absurda a pretensão de se aprovar o aborto em casos de anencefalia — assim como em qualquer outro caso.

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Nos próximos meses, o STF deverá decidir se os nascituros portadores de anencefalia devem ser mortos e abortados, a fim de se evitar sofrimento às mães.


Não perca a oportunidade de assistir tais conferências. Na ocasião, dar-se-á também o lançamento da Associação Brasil pela Vida.


Os dirigentes do evento pedem a gentileza de confirmar a presença. O que pode ser feito pelo telefone: (11) 4022-6524 (falar com Da. Léa Camargo), ou por meio do site www.brasilpelavida.org

7 de outubro de 2008

“Sarah Palin pôs no centro do debate americano a religião, a tradição e a família”



O “fenômeno Sarah Palin”



“Sarah pôs no centro do debate americano a religião, a tradição e a família”.



Apesar da assombrosa crise financeira que se abateu sobre os Estados Unidos — repercutindo no mundo inteiro e que estourou num momento muito propício, e suspeito, para favorecer o candidato esquerdista Barack Obama —, a “América profunda” encontra-se sadiamente interessada em problemas de ordem moral e religiosa.

  • Paulo Roberto Campos

A inusitada escolha da governadora do Alasca, Sarah Palin, para vice de John McCain, com a conseqüente reversão das intenções de votos nas pesquisas, revela a força da opinião pública americana, que deseja uma sociedade baseada nos princípios morais e religiosos. Uma clara manifestação do poder da “América profunda”.




O candidato republicano à presidência dos EUA preferiu para sua chapa uma senhora bem conservadora, mãe de cinco filhos, que recusou abortar o último deles que nasceria com a síndrome de Down. Seu filho mais velho, Track, 19 anos, entrou para o exército em setembro de 2007 e foi recentemente mandado para combater no Iraque.

Palin, 44 anos e casada há 20, opõe-se ao aborto em todos os casos; é contra o “casamento” homossexual; grande defensora de políticas pró-família; a favor da abstinência sexual antes do matrimônio; defende o ensino do criacionismo nas escolas; é favorável à pena de morte e contra o desarmamento da população. Ela é membro da NRA (Associação Nacional do Rifle), entidade que defende o direito ao porte de armas nos EUA. Enfim, ela gosta também de caçadas e de hambúrguer de carne de alce — hábitos abomináveis para os ecologistas...


Resume acertadamente a posição da candidata republicana o diário madrileno “El País”: “Sarah pôs no centro do debate americano a religião, a tradição e a família”. Resultado: por ocasião da indicação da atual governadora do Alasca para vice na chapa republicana, as pesquisas de intenções de voto se inverteram.


O esquerdista Barack Obama, que levava vantagem desde que se lançara como candidato à Casa Branca, foi superado pelo conservador John McCain. Eis aí o que os comentaristas estão classificando de “fenômeno Palin” — o “efeito” que reverteu a vantagem democrata. Segundo diversos institutos, pesquisas realizadas após o anúncio de Sarah Palin mostraram o candidato republicano à frente do democrata. Por exemplo, o Gallup apontava McCain com cinco pontos acima de Obama.

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Com tal reviravolta, até os democratas mais esquerdistas foram obrigados a mudar o foco de sua campanha eleitoral. Em vez de insistirem em questões econômicas, guerra do Iraque e racismo, passaram também a abordar valores da instituição familiar. Eles “caíram na real”. Antes diziam: “O problema maior dos EUA é econômico”. Agora confessam que, apesar da crise financeira, o problema central não é econômico.


Nesse sentido, dois articulistas do “Financial Times”, Andrew Ward e Edward Luce, escreveram: “O benefício trazido por Palin é sua capacidade de ajudar os republicanos a fazer com que a eleição gire em torno de cultura e de valores, e não da economia”.


Confirmando isso, um colunista do “Washington Post”, Tom Shales, concluiu: “Se os republicanos vencerem as eleições em novembro, poderá ser dito que eles a venceram na noite de quarta-feira — a noite em que a brilhante e estranha escolha de John McCain para sua companheira de chapa mudou de alvo”.


* * *

Fica a pergunta: E no Brasil? Se aqui os candidatos defendessem propostas tão conservadoras quanto as de Sarah Palin, não seriam eles os escolhidos pelo eleitorado brasileiro? Certamente. Ao menos a julgar por recentes pesquisas de opinião em nosso País, por exemplo a do Datafolha (vide Catolicismo, edição de setembro/2008, “Juventude conservadora”). Entretanto, nossos candidatos preferem repetir mesmices, temas secundários e apresentar soluções demagógicas ou esquerdistas. Adotando a penúltima moda, estão perdendo o “bonde da História”...

A família de Sarah Palin