27 de abril de 2009

Homenagem Internacional a Dom Cardoso, Arcebispo de Olinda e Recife

O auditório repleto em apoio a Dom José por sua contundente atitude contra o aborto


Paulo Roberto Campos
Para uma homenagem a Dom José Cardoso Sobrinho, aproximadamente 1500 pessoas (foto acima) lotaram o auditório do Colégio das Damas Cristãs — considerado um dos melhores de Recife, localizado na zona norte da cidade.

Transcrevo um trecho do e-mail que recebi do amigo Frederico Hosanan Sitônio de Freitas, residente naquela capital, a quem agradeço também pelas fotos que tirou do evento, algumas das quais são aqui reproduzidas.

“A sessão foi aberta com o Hino Nacional, e cantos religiosos foram intercalados entre os pronunciamentos dos oradores. O clima era de entusiasmo pela pessoa de Dom José (foto acima, no centro), por sua atitude firme contra o aborto”.


O evento, realizado no dia 16 de abril, foi promovido pela instituição católica norte-americana Human Life Internacional (HLI) — que atua em 86 países —, que desejou homenagear Dom Cardoso com o prestigioso prêmio Cardeal von Galen (Foto à esquerda. A respeito, vide quadro no final) por sua luta empreendida em defesa de nascituros ameaçados pelo aborto.

Como é de conhecimento público, o Arcebispo de Olinda e Recife batalhou firmemente em defesa da menina G.M.B.S, da cidade de Alagoinha (PE), para que ela não abortasse seus gêmeos, concebidos em decorrência de um estupro praticado pelo monstro que era seu padrasto. Se o duplo aborto fosse efetivado, alertou então Dom José Cardoso Sobrinho, os responsáveis pelo mesmo incorreriam automaticamente na pena de excomunhão, em conformidade com o disposto pelo Código de Direito Canônico.

Apesar da ameaça, a menina, grávida de cinco meses, foi obrigada a abortar a vida de seus dois bebês – vida embrionária, é claro, mas vida de seres humanos –, ficando assim caracterizado o crime de homicídio por parte dos responsáveis pelo aborto.


A mídia “excomunga” o Arcebispo

A mídia pró-aborto (nacional e internacional) moveu então uma cruzada sem cruz contra o Arcebispo, denegrindo-o e adulterando os fatos (por exemplo, espalhando que menina corria risco de morrer, o que ficou comprovado ser falso). Tentava assim, exasperadamente, jogar a opinião pública contra a posição da Igreja Católica — que defende a vida desde a concepção —, chegando a levar alguns eclesiásticos e leigos, que se dizem católicos, a “apedrejarem” a própria Igreja. Portanto assumindo uma escandalosa oposição ao ensinamento do magistério tradicional da Igreja.

Para melhor compreensão do caso, leia neste Blog o artigo:

“Estrondo publicitário” para denegrir a Igreja e favorecer a legalização do aborto no Brasil


A “Human Life Internacional” homenageia o Arcebispo

O diretor da HLI para países de língua portuguesa, Raymond de Souza (foto abaixo, na tribuna à direita), explicou o sentido do prêmio concedido ao Prelado:

“O Prêmio leva o nome do Bem-Aventurado Clemens August von Galen (1878-1946), o qual foi bispo de Münster (Alemanha) durante a era nazista. Levantou sua voz em defesa dos pobres e dos doentes, protestando contra a eutanásia, a perseguição aos judeus e a expulsão dos religiosos. Por causa de sua coragem, ficou conhecido como o ‘Leão de Münster’.

“O lema que ele escolheu, ao ser eleito bispo, foi: ‘Nem elogios nem ameaças’ [me distanciarão de Deus]. E verdadeiramente viveu conforme o seu lema. (foto ao lado)

“Dom José ousou enfrentar a mídia do mundo todo, não teve medo da impopularidade. [...] Ele se destacou pelo empenho com que lutou pelos dois gêmeos nascituros daquela pobre menina grávida de apenas 9 anos de idade, em face de tanto negativismo, tanto dentro como fora da Igreja.

Ele merece ter sua coragem reconhecida por ter defendido a vida. Foi uma atitude heróica. E ver um arcebispo de 75 anos não ter medo de ser impopular, é louvável. A mídia atacou Dom José no mundo inteiro e ele não foi atacado por uma coisa má que tenha feito, mas por uma coisa boa”.

E o chefe do bureau da HLI em Roma, Monsenhor Ignácio Barreiro-Carámbula, JD, STD (foto acima, 2º à direita de Dom José), elogiou o Arcebispo pelo “heróico cumprimento de sua missão episcopal. [...] Vossa Excelência teve a intenção de levar arrependimento aos que o fizeram o aborto e advertência aos demais católicos, para que não fossem incentivados a cometer esse tipo de crime”.

No mesmo evento, o advogado da Arquidiocese, Dr. Márcio Miranda, demonstrou que a menina não estava correndo risco de morrer e expôs como o caso havia sido manipulado.

No final, Dom Cardoso agradeceu a solidariedade de todos os presentes em sua luta contra o aborto — numa época em que milhões de nascituros são executados — afirmando que a polêmica que o envolveu: “está produzindo bons frutos, pois despertou a consciência dos católicos sobre a necessidade de colocar a lei de Deus acima de qualquer lei humana. Divulguei simplesmente o que diz a lei da Igreja. Não fui eu que a promulguei. É a lei da Igreja que diz: quem comete este delito, está automaticamente excomungado. Ofereço essa homenagem especialmente às duas criancinhas mártires e também à sua mãe”.


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Cardeal von Galen
O “Leão de Münster”


Nascido em 16 de março de 1878 no castelo de Dinklage em Oldenburg (Alemanha), o Cardeal Clemens August, Conde von Galen (ao lado uma pintura), era filho de ilustre e numerosa família católica de origem nobre. Seus pais — o Conde Ferdinand Héribert von Galen e Elisabeth, nascida Condessa von Spee — basearam sua educação numa fé profunda e num grande espírito de família.

Ordenado sacerdote em 28 de maio de 1904 na Catedral de Münster. No dia 5 de setembro de 1933, o Papa Pio XI nomeou-o bispo da diocese de Münster. A 23 de dezembro de 1945, o Papa Pio XII elevou-o à dignidade de Cardeal.

Por ter combatido energicamente o “Partido Nacional-Socialista” (nazista) — devido à perseguição de tal partido contra a Igreja e à promoção da prática da eutanásia contra enfermos e idosos — foi apelidado de “Leão de Münster”.


Com tal combate, o Cardeal von Galen sabia que seria alvo da vingança do governo nazista. Entretanto ele não vacilou, mesmo correndo risco de ser assassinado, estava pronto para o martírio.

Hitler planejou enforcá-lo na praça pública de Münster. Mas Goebbels (ministro da Propaganda nazista) — percebendo que tal martírio uniria ainda mais os católicos alemães — aconselhou o “Führer” a deixar o “acerto de contas” para depois da “vitória final”. Entretanto, a “vitória final” não se deu... A Alemanha perdeu a guerra, o nazismo saiu derrotado.

Como um rochedo, o “Leão” permaneceu de pé entre seu clero e seus diocesanos. Faleceu (foto) em 22 de março de 1946, fazendo juz a seu lema, “Nec laudibus, nec timore”, como modelo do bom Pastor que luta em defesa de seu rebanho em tempos difíceis.

No dia 9 de outubro de 2005, ele foi beatificado (foto abaixo) pelo Papa Bento XVI, que na ocasião enalteceu a luta do novo bem-aventurado contra a eutanásia.

Na Basílica de São Pedro, no dia da Beatificação do Cardeal von Galen

9 de abril de 2009

A FÁBULA DAS TRÊS ÁRVORES

Estando em plena Semana Santa, faremos uma trégua (a “trégua de Deus”) em nosso combate publicando matérias contra os fatores de desagregação da família — como o aborto, eutanásia, homossexualiso, divórcio etc. —, para uma reflexão a respeito da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não sei se já ouviram falar da lenda das “Três árvores”, mas ela serve-nos de “gancho” para uma importante meditação: Quantas e quantas vezes fazemos grandes planos, sonhamos alto; entretanto, vemos nossos sonhos fracassarem; mas, por fim, eles acabam por se realizar, até mesmo de modo superior aos nossos planos iniciais, pois realizam-se os planos estabelecidos por Deus.

Assim, com meus votos de uma abençoada Semana Santa e uma Feliz Páscoa, desejo a todos os leitores desse “Blog da Família” uma leitura meditativa da “Fábula das Três árvores”. Procurei por seu autor, mas não o encontrei, portanto, certamente de autoria de alguém que preferiu ficar no anonimato.


Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando as estrelas, disse:

— “Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada”.

A segunda olhou para o riacho e suspirou:



— “Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas”.

A terceira árvore olhou o vale e disse:

— “Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus”.

Muitos anos se passaram e, certo dia, vieram três lenhadores, pouco ecológicos..., e cortaram as três árvores, todas ansiosas em ser transformadas naquilo que sonhavam.

Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos!... Que pena!




A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de feno.



A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.




E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em grossas vigas, jogadas num depósito.

E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes:

— “Para que isso? Nossos sonhos não se realizaram! Fracassamos!

Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu recém-nascido naquele coxo de animais.

E, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo...

A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um Homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou a pequena embarcação, o Homem levantou-se e disse: "Paz!". E, num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos Céus e da Terra. Tempos mais tarde, numa sexta feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um Homem foi pregado nela. Sentiu-se, então, horrível e cruel. Mas, logo na aurora do Domingo, a terceira árvore soube da Ressurreição d´Aquele Homem. Ela entendeu que nela havia sido pregado um Homem para salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo ao olharem para ela.

As árvores haviam tido sonhos... mas as suas realizações foram mil vezes mais sublimes do que haviam imaginado.
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Diletos Amigos, nossos sonhos e planos, por vezes, também não coincidem com os planos que Deus; e, quase sempre, somos surpreendidos com Sua generosidade e misericórdia.

Quando as coisas parecerem estar acontecendo como não gostaríamos, tenhamos sempre esta certeza: Deus tem outros planos para nós — bem mais elevados do que aqueles que imaginávamos.

Nesta Semana Santa, contemplando Nosso Senhor Jesus Cristo cravado no alto da Cruz — aparentemente um enorme fracasso —, consideremos Sua Vitória: Ele, morrendo na Cruz, venceu a morte, seu precioso sangue redimiu a Humanidade, abriu as portas do Céu. E meditemos nisso: O importante é compreendermos que tudo vem de Deus. Tenhamos firme confiança nEle, pois o Criador sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós.

7 de abril de 2009

Debate sobre o ABORTO

Recebi por e-mail o aviso abaixo e repasso para nossos leitores. Pretendo acompanhar este debate e convido a todos que puderem para o assistirem também.
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Debate sobre o ABORTO

No Programa Jurídico News, na quarta-feira, dia 08/04/2009, às 22:00 horas.

O programa é exibido ao vivo e pode ser assistido pelos internautas (que podem enviar perguntas no ar), no site

http://www.justtv.com.br/

Convidados:

Dr. Cicero Harada — advogado, conselheiro da OAB-SP, presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB-SP, foi Procurador do Estado de São Paulo. (cicero.harada@terra.com.br ; http://tamarmatar.wordpress.com/ )

Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira — Médica ginecologista-Obstétrica; integrante da Comissão de Ética e Coordenadora do Depto. de Bioética do Hospital São Francisco, em Jacareí, São Paulo, Diretora do Centro Interdisciplinar de Bioética da Associação “Casa Fonte da Vida”; especialista em Logoterapia e Logoteoria aplicada à Educação.

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Dr. Luiz Riccetto Neto — entrevistador.