21 de junho de 2015

ITÁLIA — Pais e mães indignados contra o ensinamento da “Teoria de Gênero” a seus filhos

 

Monumental manifestação em prol da família tradicional, belo exemplo para o Brasil de recusa ao ensinamento da Ideologia de Gênero nas escolas 


Paulo Roberto Campos 

Segundo a agência de notícias “France-Presse”, na data em que na Itália se comemora o “Dia da Família” (20 de junho), cerca de 500 mil pessoas participaram em Roma de uma gigantesca manifestação contra o “casamento” homossexual e a introdução da absurda "Ideologia de Gênero" nas escolas — projetos em discussão no Parlamento italiano. 

Já de acordo com os matutinos “Il Giornale” (20-6-15) de Roma e “Le Monde” (21-6-15) de Paris, o total de participantes teria chegado a 1 milhão. Apesar da chuva, a praça San Giovanni in Laterano, nas proximidades do centro histórico de Roma, bem como as ruas adjacentes, ficaram repletas de pais e mães com seus filhos, mas também de jovens e idosos. Defendiam eles os valores da instituição familiar, bradavam e portavam faixas com dizeres “Não à Teoria de Gênero”, “Sim à Família tradicional”, “A família salvará o mundo”, “Vamos defender nossas crianças”, “Tirem as mãos de nossos filhos” etc. 

Os pais italianos estão indignados, pois, contra o desejo deles, em muitas escolas do país o movimento pró-homossexual está infiltrando sua “agenda” para (de)formar as mentes dos pequenos a seu favor. 


Organizados pela associação Defendendo Nossos Filhos, diversos movimentos participaram desse evento pró-família que, apesar de gigantesco, passou praticamente ignorado da mídia brasileira. Inexplicável! 

Sem dúvida, essa espetacular manifestação das famílias italianas serve de claro e potente recado aos bispos que participarão do “Sínodo da Família” em outubro próximo em Roma. Tal recado foi: Senhores bispos, não queremos que se alterem a doutrina nem a pastoral tradicionais da Igreja a respeito da instituição familiar, estabelecida por Deus como a união entre um homem e uma mulher num matrimônio monogâmico e indissolúvel; não se pode legalizar o “casamento” homossexual; não se pode autorizar a adoção de crianças por parte de duplas homossexuais; não desejamos que se permita a comunhão eucarística a divorciados; não permitiremos que se ensine a nossos filhos a antinatural Ideologia de Gênero

Essa monumental reação é um belo exemplo para o Brasil, pois também em muitas de nossas escolas — de modo sorrateiro, sem aprovação e sequer o conhecimento dos pais — as crianças já estão sendo “doutrinadas” por tais absurdas teorias, contrárias à Lei natural e à Lei divina e sem qualquer fundamento científico. 

Pais e mães devem estar alertas e procurar tomar conhecimento do que os “ideólogos de gênero” andam introduzindo nas escolas de seus filhos. Essa nefasta ideologia ensina, por exemplo, que é subjetivo e apenas cultural o conceito de homem ou mulher, pai e mãe, masculino e feminino, e que cada criança deve escolher o seu próprio “gênero”, entre eles os “gêneros” homossexual, bissexual, transexual... Ou seja, trata-se de um ensinamento absurdo que, além de confundir as mentes dos escolares, poderá perverter nossas crianças na mais tenra infância. 

Nesse sentido, é elucidativo o editorial da “Gazeta do Povo” (21-6-15), o mais importante jornal do Paraná, que sob o título Educação e teoria de gênero, escreve: “Observa-se uma tentativa de impor aos estudantes teorias controversas e carentes de fundamentação científica”. O mesmo editorial denuncia: “Em 2014, quando o Congresso Nacional votou o Plano Nacional de Educação, a presença da teoria de gênero foi refutada pelos congressistas, também após intensos debates e pressão popular [...]. Mas o que tem havido é uma pressão do Ministério da Educação para que os responsáveis pelos planos estaduais e municipais contemplem o que foi rejeitado no Congresso — isso, sim, constitui um desrespeito ao Legislativo federal e uma forma inaceitável de ‘virada de mesa’”.

Mas, graças a Deus, as sadias reações vêm crescendo cada vez mais de norte a sul do Brasil. Sobretudo por parte de pais e mães que não aceitam a imposição do ensinamento a seus filhos dessas teorias contrárias à natureza humana.

Até o momento em que encerro este artigo, a Ideologia de Gênero já foi excluída em oito estados da Federação. É o que noticia a “Folha de S. Paulo” (25-6-15): “Deputados de ao menos oito Estados retiraram dos Planos Estaduais de Educação referências a identidade de gênero e orientação sexual”. Para a obtenção desses bons resultados, os pais estão pressionando os deputados e os vereadores, pois a inclusão da Ideologia de Gênero destruiria o modelo tradicional de família (o único de acordo com a ordem natural), em cujo seio as crianças devem receber a devida e prudente orientação sexual e moral. Para os pais, tal orientação cabe a eles e não a estabelecimentos públicos. Numa sala de aula a criança seria pressionada a aceitar o absurdo e não teria capacidade crítica para analisar o tema.

Não ao "gênero" na escola

19 de junho de 2015

Por que a Ideologia de Gênero deve ser rejeitada


Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

A criação de um “homem novo” foi almejada pelas ideologias marxista e nazista, no século passado. Uma nova tentativa da Revolução Cultural renasce agora sob a nefasta Ideologia de Gênero, que visa modificar nossa concepção sobre homem e mulher, não pela violência das armas, mas através de uma guerra cultural, cujos tanques visam esmagar a instituição familiar. 

Nas últimas décadas, a sociedade tornou-se vítima de uma revolução sexual promovida por uma aliança de poderosas organizações, forças políticas e meios de comunicação, a qual atenta contra a própria existência da família como célula básica da sociedade. Para tal, os militantes da Ideologia de Gênero tentam implantar no ensino básico suas teorias para deformar desde a mais tenra infância a cabeça de nossos filhos e netos. 


Ideologia de Gênero, feminismo, movimento homossexual e Transsexualidade 

Segundo essa teoria, o sexo de uma pessoa não seria determinado pelo seu componente biológico e genético, mas sim pelo modo como ela se considera a si mesma. Nós nasceríamos sem sexualidade psicológica definida. A diferenciação sexual do corpo seria apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” é tido como masculino ou feminino. Ou seja, nossa “suposta” identidade sexual é, para tal teoria, uma mera imposição do ambiente em que fomos educados.

O conceito ‘papel sexual’ foi introduzido pelo psiquiatra americano, John Money, em 1955, para distinguir a identidade sexual biológica do papel social que o indivíduo escolheu representar. Duas correntes desenvolveram essa terminologia: a corrente feminista e a corrente homossexual. Através dessa teoria pretende-se desconstruir a identidade masculina e feminina. 

A feminista Simone Beauvoir afirmava que ninguém nasce mulher, mas se torna mulher; e que o objetivo final do movimento feminista não consiste na eliminação dos privilégios da “classe” opressora — a “classe” masculina —, mas da própria diferenciação entre os sexos. Tal ideologia ajudou enormemente o progresso do movimento homossexual, que tende a “normalizar” a pretensa mudança de sexos. Pois se o “gênero sexual” é fruto de uma “escolha”, de “orientação” assumida por uma pessoa, então por que não adaptar o próprio corpo para assemelhá-lo à do sexo escolhido? 


Ideologia contraria a natureza humana 

“É impossível fisiologicamente mudar o sexo de uma pessoa, uma vez que o sexo de cada um está codificado em seus genes—XX para a mulher, XY para o homem”, explicam os cientistas Richard P. Fitzgibbons, M.D., Philip M. Sutton, Ph.D., e Dale O’Leary em documentado estudo. “A cirurgia pode somente criar uma aparência do outro sexo”, pois a identidade sexual “está escrita em cada célula do corpo e pode ser determinada por meio do teste do DNA, não podendo ser mudada”. [The Psychopathology of “Sex Reassignment” Surgery Assessing Its Medical, Psychological, and Ethical Appropriateness, The National Catholic Bioethics Center].


Ideologia contraria a Lei divina 

A impossibilidade de mudar o sexo com que se nasceu não contraria somente a realidade biológica; ela vai, sobretudo, contra a vontade de Deus. Ninguém nasce homem ou mulher por mero acaso, mas em virtude dos inescrutáveis desígnios da Divina Providência, conforme o texto do profeta Jeremias: “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia” (Jer. 1:5).

Ir contra os desígnios divinos é um ato de revolta contra o Criador: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a” (Gen. 1:27-28). 

Assim, em relação a pessoas afligidas por problemas de confusão em relação ao próprio sexo, a caridade cristã impõe que se as ajude, com respeito e compaixão, não para aumentar-lhes a confusão em que se encontram, ou dar-lhes uma falsa solução cirúrgica, mas para auxiliá-las a sair da mesma. A caridade “se rejubila com a verdade” diz São Paulo (1 Cor. 13:6) e, portanto, a misericórdia nunca pode se contrapor à verdade, pois somente a verdade é que liberta (Jo 8:32).


“Transsexualidade” e suicídio 

O diário francês “Le Figaro” reconheceu, em sua edição de 31/1/2014, o fracasso da primeira tentativa de comprovação da Ideologia de Gênero, que culminou com o suicídio do jovem [foto] Bruce- Brenda-Davi (seus três nomes, como homem, mulher e homem!). 

As ideias do prof. John Money, que definiu o “gênero masculino ou feminino” como uma conduta sexual que escolhemos adotar, a despeito de nosso sexo de nascença, foi testada, em primeiro lugar, em Bruce, um menino canadense. Ele foi submetido a uma cirurgia de mudança de sexo e desde os oito meses (sic!) passou a se chamar Brenda. Doravante, uma menina, a “Brenda”, usava saias e brincava com bonecas. Na adolescência passou a ter uma conduta masculina, o que obrigou os pais a lhe contar a verdade. Cirurgicamente, ele voltou a ser homem, passou a chamar-se Davi — terceiro nome em sua existência — e se casou aos 24 anos. Entretanto, o trauma das mudanças de sexo causou um descompasso em sua vida, e ele suicidou-se.

Segundo o diário irlandês "Irish Times" (2/12/2013), 78% de “transgêneros” pensaram em se suicidar e 44% tentaram-no pelo menos uma vez, revelou um estudo sobre saúde mental encomendado à “Transgender Equality Network” pela comunidade “trans” da Irlanda. Entre as causas das tendências suicidas apontadas pelo trabalho irlandês figura o “estresse extremo” ligado ao fato de o indivíduo ostentar um sexo que não é o natural. 


A nova religião ateia e a perseguição religiosa 

Sob pretexto de que vivemos em um Estado laico, a Ideologia de Gênero pode vir a se tornar o pior gênero de perseguição religiosa, pois trata-se de uma perversão compulsória das mentes, desde a mais tenra infância! E ai de quem se opuser! Será vítima da fúria dessa nova religião, como já acontece hoje, por exemplo, na Alemanha, onde pais são presos por impedir seus filhos de assistir às aulas sobre o gênero! 

Sim, os que hoje defendem a agenda do movimento homossexual estão a serviço – conscientemente ou não – de uma nova religião de fato: 
Sua doutrina: a Ideologia de Gênero;
Seu culto: a idolatria do igualitarismo mais radical e completo e da libertinagem mais desenfreada;
Seus sacerdotes: líderes do movimento homossexual
Seus acólitos: a grande mídia em geral e setores do governo e – dói-nos dizê-lo – ativistas infiltrados até na Igreja Católica!
Sua “inquisição”: as várias leis de “anti-homofobia”, que ameaçam os mais pacíficos e ordeiros pais de família e religiosos.
Sua “excomunhão”: o epíteto vago e terrível de “homofóbicos” lançado contra os que se opõem à Ideologia de Gênero.
A essa “religião” falta um “catecismo”: para supri-lo, tenta-se impor o ensino da Ideologia de Gênero nas escolas fundamentais de todo o país. 
Rejeitamos, de maneira ordeira e legal, mas firme, essa funesta iniciativa da agenda homossexual. Pois a vitória da Ideologia de Gênero significaria o incentivo de toda perversão sexual (incluindo o incesto e a pedofilia), a incriminação de qualquer oposição contra ela, a perda do controle dos pais sobre a educação dos filhos e a extinção da própria instituição familiar, célula básica da sociedade.

12 de junho de 2015

IDEOLOGIA DE GÊNERO MARXISTA E ESTÚPIDA


Mulheres redescobrem a maternidade 
(contrariando a ideologia de gênero) 

Pe. Carlos Lodi da Cruz

“Contra a natureza todos os esforços são vãos”[1]. Assim dizia Leão XIII em 1891 referindo-se ao socialismo e sua pretensão de nivelar todos os homens, desprezando suas diferenças naturais. 

O mesmo se pode dizer hoje da ideologia de gênero, que pretende nivelar homens e mulheres, negando que sejam naturalmente diferentes.

Percebem-se, aqui e ali, algumas mulheres que, depois de doutrinadas a rejeitar os filhos e o ambiente doméstico, a competir com os homens e a disputar com eles o mercado de trabalho, finalmente descobrem que a maternidade é sua vocação e que o lar é o seu lugar privilegiado.


Um exemplo disso encontramos em Maria Mariana Plonczynski de Oliveira [foto], autora de “Confissões de mãe” (Ed. Agir, 2009). Deixando a fama que lhe dava a televisão e o teatro, decidiu “ter filhos e cuidar deles”. Acerca do dogma feminista da igualdade entre os sexos, ela afirma: 

“Não acredito na igualdade entre homens e mulheres. Todos merecem respeito, espaço. Mas o homem tem uma função no mundo e a mulher tem outra. São habilidades diferentes. Penso nesta imagem: homem e mulher estão no mesmo barco, no mesmo mar. Há ondas, tempestades, maremotos. Alguém precisa estar com o leme na mão. Os dois, não dá. Deus preparou o homem para estar com o leme na mão. Porque ele é mais forte, tem raciocínio mais frio. A mulher tem mais capacidade de olhar em volta, ver o todo e desenvolver a sensibilidade para aconselhar. A mulher pode dirigir tudo, mas o lugar dela não é com o leme”[2]. 

Para as jovens, ela tem o seguinte recado:

"Quero dizer às jovens do mundo de hoje que existe uma pressão para que elas sejam autossuficientes profissionalmente, sejam mulher e homem ao mesmo tempo, como se fosse a única forma de realização. Para isso, elas têm de desenvolver agressividade, frieza — sentimentos que não têm a ver com o que é ser mãe. O valor básico da maternidade é cuidar do outro, doar, servir. Nada a ver com o mundo competitivo. Maternidade é tirar seu ego do centro”[3].


Outro exemplo é a jornalista e escritora italiana Costanza Miriano [foto], católica, mãe de quatro filhos e autora de “Sposati e sii sottomessa” (Casa-te e sê submissa). Publicado em 2011, o livro dedicado às suas amigas tornou-se um best-seller e já foi traduzido em língua espanhola. No ano seguinte, publicou “Sposala e muori per lei” (Casa-te e morre por ela), dedicado desta vez aos homens. O pano de fundo de ambos os livros é o seguinte trecho da carta de São Paulo aos efésios: 

"Submetei-vos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres estejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é a cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja e o salvador do Corpo. Como a Igreja está sujeita a Cristo, estejam as mulheres em tudo sujeitas aos seus maridos. 

E vós, maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela Palavra, para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5,21-27). 

Em seu blog, Costanza explica o sentido da “submissão”: 

“Quando falamos — em voz baixa para evitar o linchamento — de submissão, devemos sair da linguagem do mundo, que lê tudo na ótica do domínio, do poder. O nosso Rei está na cruz, mas assim venceu o único inimigo invencível, a morte. Também nós, portanto, devemos sair da lógica do poder, invertê-la completamente. Antes de tudo porque a submissão não vem da depreciação, não se escolhe [a submissão] porque se pensa não ter valor. Depois, porque o fruto da escolha da mulher é o fato de que o homem estará pronto a morrer por ela.

Quando São Paulo diz às mulheres que aceitem estar embaixo, não pensa de modo algum de sejam inferiores. Antes, é ao cristianismo que devemos a primeira verdadeira grande revalorização das mulheres... A submissão de que fala Paulo é um presente, livre como qualquer presente, senão seria uma taxa. É um presente espontâneo de si, feito por amor”[4]. 

Um terceiro exemplo encontramos em Mary Pride, estadunidense, mãe
de nove filhos, ex-feminista radical e autora do livro “De volta ao lar” [foto]: 

“Com tudo o que andam falando sobre liberação hoje em dia, as mulheres não estão conseguindo perceber que a esposa que trabalha no lar é a única mulher que realmente tem liberdade! Ela é sua própria chefe durante as mesmas nove ou dez horas do dia em que outras mulheres estão fazendo o que seus superiores ordenam. Ela pode organizar seus próprios horários, tomar conta de seu próprio orçamento e se vestir como quer, sem ter de cumprir normas de empresas. A esposa que trabalha no lar tem, até certo ponto, liberdade para fazer o que deseja, ao passo que a esposa que trabalha fora mal consegue ler um livro durante as horas de trabalho. Em vez do ambiente frio e formal do escritório, a trabalhadora do lar serve seus ‘clientes’ diretamente, e diariamente ela recebe tangíveis recompensas por seu trabalho (‘Humm! Este bolo está delicioso, mamãe!’). 

Todos os esforços para promover a liberação da mulher estão estabelecendo uma nova forma de escravidão — a esposa reprimida”[5].

As grandes mestras do feminismo estavam conscientes de que as mulheres, deixadas a si mesmas, prefeririam ficar no lar e cuidar dos filhos. Pensando nisso, assim escreveu Simone de Beauvoir (mulher de Jean Paul Sartre, filósofo francês ateu) a sua amiga Betty Friedan:

“Pensamos que nenhuma mulher deveria ter esta opção. Não se deveria autorizar a nenhuma mulher ficar em casa para cuidar de seus filhos. A sociedade deve ser totalmente diferente. As mulheres não devem ter essa opção, porque se essa opção existe, demasiadas mulheres decidirão por ela“[6]. 

Algumas profissões extradomésticas são tradicionalmente ocupadas por mulheres. Ao falarmos, por exemplo, na professora primária ou na enfermeira, instintivamente usamos o feminino. Tais profissões (magistério infantil, enfermagem) constituem uma extensão da função materna de acolher. De fato, a mãe é a primeira educadora dos filhos e a primeira a cuidar de suas doenças. No entanto, o lugar privilegiado — e insubstituível — da mulher é o lar.

Se as mulheres resolverem sair em massa dos lares para o mercado de trabalho, ocorrerão duas coisas: 1º) Elas desejarão não ter filhos ou ter poucos filhos, o que causará uma queda da taxa de fecundidade da população; 2º) Elas disputarão com os homens (que precisam sustentar suas famílias) as vagas de emprego, o que causará um aumento da taxa de desemprego[7].

Para concluir... e refletir 


O cineasta Aaron Russo (†2007) [foto], entrevistado por Alex Jones, contou uma conversa que teve com seu antigo amigo Nicholas Rockefeller (ou Nick). Este lhe perguntou: “O que você pensa que é a liberação das mulheres?”. Aaron respondeu: “As mulheres têm o direito de trabalhar e ganhar tanto quanto os homens, exatamente como ganharam o direito de votar”.

Nick começou a rir e disse: “Você é idiota”. Aaron perguntou: 

“Por que eu sou idiota”? Nick respondeu:

"Nós, os Rockefeller, é que começamos esse movimento. Nós fundamos a liberação da mulher. Nós temos todos os jornais e TVs, a Fundação Rockefeller... Quer saber por quê? Há duas razões básicas. Uma delas é que não poderíamos taxar metade da população antes da liberação da mulher. A segunda razão é que agora temos as crianças nas escolas em idade mais jovem. Podemos doutrinar as crianças como pensar. Assim, isso quebra a família. As crianças começam a olhar o Estado como a família. A escola, os funcionários como sua família... não os pais ensinando a eles”[8]. 


Anápolis, 10 de junho de 2015. 
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz 
Presidente do Pró-Vida de Anápolis 
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Notas:
[1] LEÃO XIII, Rerum novarum, n. 26. 
[2] MENDONÇA, Marta. Maria Mariana – “Deus quer o homem no leme”. Época, 9 maio 2009, em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI71872-15228,00-MARIA+MARIANA+DEUS+QUER+O+HOMEM+NO+LEME.html 
[3] Ibidem. 
[4] http://costanzamiriano.com/la-sottomissione/ 
[5] PRIDE, Mary. De volta ao lar: do feminismo à realidade. Ourinhos: Edições Cristãs, 2006, p. 236. [6] Citado por SOMMERS, Christina Hoff. Who Stole Feminism?, Simon & Shuster, New York, 1994, p.257. [7] Cf. Jorge SCALA. IPPF: a multinacional da morte. Anápolis, Múltipla, 2004, p. 77. 
[8] Reflections and Warnings: An Interview with Aaron Russo, 2009 in: https://www.youtube.com/watch?v=8WNO3FMUuwA. Uma transcrição completa (em inglês) encontra-se em: https://sites.google.com/site/themattprather/Reading/aaron-russo/reflections-and-warnings-full-transcript