3 de setembro de 2012

Ressurgimento na Europa da “Roda dos Expostos”

Representação do uso da “Roda dos Expostos”. A mãe deixava seu bebê, girava a “roda”, tocava o sino e retirava-se. Do outro lado, uma irmã de caridade recolhia a criança, que passava a ser de responsabilidade da Irmandade para cuidados, alimentação e educação.
Devido a uma viagem de uma semana, não me foi possível digitalizar mais algumas páginas do livro "A História da Polidez" e encontrar fotos para ilustração do tema que temos desenvolvido em posts anteriores. Assim, ofereço hoje um artigo que me pareceu importante aqui publicá-lo, pois muito relacionado com nossas atividades em defesa da instituição da família. Tal artigo o redigi para Catolicismo, uma revista mensal de cultura e atualidades, e publicado na edição deste mês.

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A redescoberta da "roda"...

Criadas no século XII, em plena Idade Média, as “Rodas” para salvar recém-nascidos ressurgem em países europeus. Instituídas no Brasil no século XVIII, elas funcionaram durante muito tempo, mas foram desativadas e hoje encontram-se em museus. 

Paulo Roberto Campos

Escondida pelas trevas da noite, uma mulher aproxima-se de uma praça, olha para todos os lados e, percebendo que não havia ninguém, deposita um “pacote” sobre um banco e desaparece na escuridão. Ao amanhecer, alguns transeuntes encontram o “pacote”, abrem-no, e se deparam com uma surpresa: um bebê. 

Muitos casos semelhantes são investigados e esclarecidos pela polícia. Esta descobre que muitas mães deixam seus pequeninos em algum lugar que é ermo durante a noite e movimentado durante o dia, a fim de que passantes logo encontrem seus bebês. Elas têm a esperança de que seus filhos poderão ser assim salvos e receber um tratamento condigno. 

Ainda recentemente, na cidade paulista de Guarulhos, um casal, voltando à noite para casa, escuta um gemido próximo a um poste. A jovem pergunta ao noivo: “Você ouviu isso?”“Sim, deve ser o gato” (havia um nas proximidades). Dão alguns passos e escutam outro gemido, que parecia sair de dentro de um saco. — “Não, isso não parece gemido de gato”. Então se aproximam, mas ficam na dúvida quanto ao procedimento a tomar. Alguns instantes depois, eles ouvem claramente o choro de uma criança. Abrem o saco e... surpresa: um lindo bebê. Levado às pressas ao hospital, sobreviveu. Muitas pessoas estão na fila, querendo adotar esse recém-nascido. 

Fatos análogos têm-se multiplicado nas babeis deste mundo neopagão. Não é raro o noticiário dar conhecimento de bebês deixados nas ruas, em portas de igrejas, de casas, etc. Muito piores são os casos de mães que lançam seus recém-nascidos em terrenos baldios, rios e lagoas, e até mesmo no lixo! Como evitar tanta impiedade? E como resolver o problema das mães que, por quaisquer razões, se julgam sem condições de cuidar do fruto de suas entranhas? 

Reinventando uma moderna “Roda” 
Antiga "Roda dos expostos"
da Basílica da Misericórdia de Lisboa
Uma recente notícia acende uma luz sobre a questão. Incapaz provavelmente de resolver o triste problema, poderá ao menos minorá-lo. Tal notícia nos chega através da BBC.(*) Relata que um sistema criado na Idade Média — nascido em 1188 em Marselha (França) —, agora ressurge com força na Europa: a “Roda de bebês enjeitados”. Quem diria! Um costume medieval do século XII renascendo nos primórdios do século XXI... 

Eis um trecho da notícia da BBC: “Diferente das rodas de bebês enjeitados de outros séculos, o equipamento moderno difere dos cilindros de madeira instalados em paredes de conventos ou igrejas medievais. [foto acima] 

“Nos equipamentos antigos os bebês indesejados eram depositados pela parte de fora e depois girados para dentro dos estabelecimentos. 


A atual "roda", denominada babyklappe, usada na Alemanha
e outros países. Na foto, jovem alemã faz demonstração
sobre o funcionamento
“Embora tenha a mesma finalidade, o novo sistema consiste em uma espécie de berço aquecido, monitorado por enfermeiras e disposto em locais próximos a hospitais com fácil acesso da população”. [foto à direita]

Esses modernos “bercinhos”, protegidos por uma escotilha de aço, com sistema de alarme e vídeo e na temperatura ideal, contêm cobertores para o bebê e uma carta dirigida aos pais, explicando que eles poderão buscar a criança de volta caso se arrependam da decisão. Todo esse processo é confidencial, ninguém fica sabendo quem depositou o recém-nascido no “bercinho”. 

Vários países europeus estão “reinventando” a “Roda”. Alemanha, Bélgica, Eslováquia, França, Holanda, Itália, Lituânia, Polônia e República Tcheca adotaram-na há já alguns anos. Mais recentemente, a Hungria, que alterou a sua legislação para legalizar o sistema com as mesmas leis estabelecidas para os casos de adoção. 


Eis o que declara a respeito Gabriele Stangl, do Hospital Waldfriede, de Berlim: “O sistema conta com todas as facilidades de uma maternidade comum. Uma vez que o bebê é depositado no berço improvisado, um alarme soa e chega uma equipe de médicos para checar o estado de saúde do recém-nascido”. Assim, ele recebe todos os cuidados até ser encaminhado para adoção. Enquanto a criança não for adotada, os pais têm o direito de recuperá-la — o que não é raro acontecer —, mas depois que for adotada, eles perdem seus direitos. 

A notícia da BBC narra ainda o caso de uma mãe que “engravidou muito jovem e não tinha o apoio do pai da criança, ficou em estado de choque após o nascimento e decidiu colocar o filho na ‘roda’. Ela, entretanto, se arrependeu uma semana depois”. 

A fúria da ONU contra a “roda salvadora” de inocentes 
Essa prática que ressurge na Europa deveria ser bem vista por todos os que desejam evitar o abandono de crianças nas ruas. Inclusive deveria ser muito bem vista pela ONU. Entretanto, com sua jactância de candidata frustrada a governo mundial, as Nações Unidas descarregam sua fúria contra as modernas “rodas” que poderão salvar muitos recém-nascidos do abandono e prevenir o crime do aborto.  Segundo a mencionada notícia da BBC, o Comitê das Nações Unidas para os Direitos das Crianças critica o sistema de acolhimento de recém-nascidos como sendo “contra os direitos humanos das crianças” e “um retrocesso às práticas medievais”.

Será que a ONU não vê no aborto um atentado contra os direitos humanos da criança por nascer? E o direito fundamental à vida que têm todos os seres humanos? Então, a fim de não se retroceder no tempo, é melhor matar o inocente? 

Ademais, só porque é “medieval” é ruim? Quantas maravilhas nasceram na Idade Média! Um só exemplo: a arte gótica que atrai e encanta pessoas de todo o mundo ao visitarem as deslumbrantes catedrais medievais. 


Em qualquer caso, incentivando a prática do aborto, a ONU retrocede a um período bem anterior à Idade Media, ou seja, ao antigo paganismo, quando os fenícios adoravam o deus Moloch. [representação ao lado] Como se sabe, esse povo acreditava aplacar a cólera do “deus” oferecendo-lhe em sacrifício muitos recém-nascidos. Enquanto a estátua de metal do ídolo incandescia em decorrência da fornalha acesa em seu interior, bebês eram jogados em seus braços e rolavam para dentro do monstro, morrendo carbonizados. 

Com suas bilionárias e macabras campanhas pró-aborto, a ONU faz em nossos dias o papel de Moloch que sacrifica milhões de vítimas inocentes por meio da prática abortiva no mundo inteiro. Além do aborto, a ONU impulsiona o controle artificial da natalidade em muitas nações. 

Um pouco da história: as “Rodas” estabelecidas no Brasil 
Maquete da "Roda dos Expostos" em tamanho natural
(Museu da Santa Casa de Salvador - BA)
Em nosso País, a instituição da “Roda dos Expostos” — também conhecida como “Roda dos Enjeitados”, “Janela de Moisés” e “Roda da Misericórdia” —, trazida de Portugal, foi estabelecida nas Irmandades das Santas Casas de Misericórdia. Primeiramente na de Salvador (1734) [representação à direita], depois no Rio de Janeiro (1738), Recife (1789) e em São Paulo (1825). Conta-se que algumas outras cidades brasileiras também adotaram o sistema até meados do século passado, mas não encontrei documentos. Hoje há relíquias dessas “Rodas” em alguns museus. (Vide texto no final) 

A decisão era dolorosa para muitas mães traumatizadas, pobres ou pressionadas por familiares que consideravam o recém-nascido uma “criança indesejada”. Essas mães preferiam deixar seus pequeninos nas “Rodas dos Expostos”, onde eles seriam bondosamente acolhidos pelas irmãs de caridade, batizados, bem tratados e educados, até que famílias os adotassem. 

Depoimentos maternos
No Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo estão bem guardados vários bilhetes deixados pelas mães na “Roda dos Expostos”. [foto à esquerda] Elas explicam o motivo que as levaram a abandonar ali seus bebês. Geralmente eram casos de crianças nascidas fora do casamento — considerados como desonra para a família — ou por falta de condições financeiras para cuidar do filho. 

Eis um desses bilhetes, deixado em maio de 1922 junto a uma pequenina de nome Maria José: “Sou filha de um pecado que não tem perdão. Minha mãe repudia-me, mas alguma alma generosa poderá querer saber o meu destino”. 


Também havia casos de mães que colocavam seus filhos na “Roda”, mas tinham esperança de um dia poder recuperá-los e levá-los de volta para casa. Para isso deixavam algum objeto (medalhinhas, fitinhas coloridas, anéis etc.) a fim de que pudessem ser identificados. Um exemplo é o bilhete que acompanhou o recém-nascido Antonio Moreira de Carvalho, deixado na “Roda dos Expostos” em 27 de junho de 1922: 


A antiga "Roda dos Expostos" que se encontra
no Museu da Santa Casa de São Paulo (SP)
 
“Recebam-me. Chamo-me Antonio. Sou um orfãozinho de pai, porque ele me abandonou, e também minha mãe. Ela é muito boa e me quer muito bem, mas não pode tratar de mim. Estou magrinho assim porque ela não tem leite, é muito pobre, precisa trabalhar. Por isso, ela me pôs aqui para a irmã Úrsula tratar de mim. 

“Não me entreguem a ninguém porque minha mãe algum dia vem me buscar. [...] Estou com sapinho e fome. Minha mamãe não sabe tratar de sapinho e não sabe o que me dar para eu ficar gordinho. Minha mãe também agradece os bons tratos que me derem”. 

Na “Roda dos Expostos” da Santa Casa de Misericórdia de Salvador (BA) também estão guardados muitos bilhetes que acompanharam os pequeninos desvalidos. Um deles era de um menino em cujo braço direito vinha amarrada uma fita azul com este bilhete: “17 de dezembro de 1881. Vae este menino, nascido hoje para a Roda. É filho legítimo de uma pobre viúva, que não tem nenhum recurso para criá-lo; que faça tenção se Deos quizer ir tirar seu filho. O menino vae com uma fita azul amarrada no braço direito, uma camisa liza, touca de meias, coberta de tacos. A mãe d´este menino está no Hospital. Marcolina do Monte, cabra, solteira, mora na Rua da Misericórdia”.

“Parto Anônimo”
Crianças no antigo "Asílo dos Expostos"
no bairro do Pacaembu (SP)
Outra solução para a questão em foco seria “desengavetar” e pôr em prática o Projeto-Lei 3220/08, intitulado “Parto Anônimo”, que remediaria o problema. A mulher ficando grávida contra a sua vontade, ou contra o desejo de familiares, e não admitindo a hipótese de matar seu bebê por meio do aborto, o “Parto Anônimo” permitiria que ela gerasse a criança com segurança e ao nascer a entregasse para alguma instituição, como um hospital-maternidade, um asilo, etc. A instituição manteria o anonimato a respeito dos pais e se encarregaria de encaminhar a criança para adoção. Há filas de pessoas desejosas de adotar uma criança, mas a burocracia tem dificultado enormemente esse procedimento.

O médico Renato Costa Monteiro, de 85 anos, foi uma das 4.696 crianças abandonadas na “Roda dos Expostos” da Santa Casa de São Paulo. O Dr. Monteiro afirma com veemência que o “Parto Anônimo” se caracteriza como uma opção para as mães que não apresentam condições de criar seus filhos. É triste, mas "diante dos acontecimentos que presenciamos ultimamente, pode [o Parto Anônimo] ser uma alternativa para evitar esses dramas". 

Por que não restaurar as “Rodas dos Expostos”? 
Se nossas autoridades desejassem realmente resolver — ou pelo menos minorar — o gravíssimo problema de crianças abandonadas e sinistros casos de aborto, por que não seguir este excelente sistema nascido na Idade Média e que vem ressurgindo em países do primeiro mundo? Quantos crimes deixariam de ser cometidos! Quantos infanticídios evitados! Então vamos insistir na reinstalação das “Rodas salva-vidas” — pelo menos para evitar o pior! 
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Notas: 
(*) BBC, Londres, 26-6-12. Obras consultadas: Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, “Laserprint Editorial”, S. Paulo, 2009 e Ações Sociais da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, “Contexto & Arte Editorial Ltda”, Salvador, 2001.  

Edifício da Santa Casa de Misericórdia da capital paulista

Palavras do Provedor 

A seguir, a declaração do Dr. Kalil Rocha Abdalla [foto abaixo], Provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo(*) e grande incentivador do Museu daquela instituição, desde o início sob a coordenação da Sra. Maria Nazarete de Barros Andrade. A ela — cujo incessante trabalho pelo aprimoramento do Museu nos compraz registrar — agradecemos a gentil acolhida de dois colaboradores de Catolicismo, mostrando-lhes o Museu, bem como fornecendo algumas fotografias e informações necessárias para a redação do presente artigo. 
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“O Museu da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, foi organizado em junho de 2000 e só aberto para visitação a partir de sua inauguração em 21 de março de 2001; reúne uma série de documentos, fotos, medalhas, aparelhos e instrumentos de uso médico e de uso farmacêutico, além de possuir uma grandiosa Pinacoteca, com retratos de grandes homens e mulheres, colaboradores que doaram não apenas bens materiais, como prontificaram-se a ajudar o próximo.

A peça de destaque do Museu é a Roda dos Expostos ou Excluídos, confeccionada em pinho de Riga, com um cilindro que gira em torno de um eixo e com uma abertura na lateral onde as crianças eram colocadas. A peça guarda a história de milhares de crianças abandonadas aos cuidados da Santa Casa; esta provia a elas educação e moradia até que completassem a maioridade, encaminhando-as para um futuro esperançoso. A Roda dos Expostos é constante tema de pesquisas acadêmicas e foco de muitos artigos, entrevistas e reportagens”. 
Sra. Maria Nazarete de Barros Andrade, coordenadora do Museu da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo,
junto à "Roda dos Expostos"
Origem histórica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo 
“Em 1498, dona Leonor de Lancastre, viúva do Rei de Portugal, dom João II, determinou a fundação da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa. A organização e o funcionamento das Santas Casas de Misericórdia foram uma das marcas mais fortes e permanentes da colonização portuguesa em todos os continentes que o país explorou e colonizou. 

O mesmo aconteceu no Brasil, que se tornou colônia de Portugal após o descobrimento oficial, em 1500. [...] 

A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo teve um papel fundamental na preservação da vida de milhares de crianças abandonadas ao nascer, pela existência da Roda dos Expostos desde 1825. Ao todo, constam 4.696 em seus registros. [...] 

As Irmãs de Caridade participaram ativamente no processo de assistência ao menor abandonado. Quando uma criança era depositada na roda e ela era girada, o sino tocava e uma irmã recolhia o bebê, que passava a ser de responsabilidade da Irmandade para cuidados, alimentação e educação. [...] 

Em outras Irmandades de Santa Casa de Misericórdia também existiu a Roda dos Expostos, como na da cidade do Rio de Janeiro, desde o século XVIII. 

Apesar de a Roda dos Expostos ter sido instituída na cidade de São Paulo apenas na segunda década do século XIX, seu papel de assistência social e de preservação da vida humana deve ser ressaltado: milhares de crianças tiveram oportunidade de viver graças à sua existência e, principalmente da Irmandade que atendeu às necessidades sociais da época, da mesma maneira que continua, prestando assistência em seus hospitais à população carente, com cuidados médicos de alta qualidade”. 

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(*) Fundada em 1560 na pequena Vila de São Paulo, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo funcionou primeiramente na palhoça de Anchieta no Pátio do Colégio. Depois na Rua da Glória e atualmente no imponente prédio de estilo gótico situado na Vila Buarque, construído em 1884, onde a “Roda dos expostos” funcionou até 1948. Visitas ao Museu da Santa Casa, à Rua Cesário Mota Junior, 112 (Vila Buarque), de segunda a sexta-feira das 9h às 16.30h. 

5 comentários:

Roger Aun disse...

Me emocionei lendo este texto, hoje abri o jornal de minha cidade e vi a notícia que um recém-nascido, ainda com o cordão umbilical havia sido deixado no meio de um pasto e estava morto. Sou evangélico, mas parabéns à Igreja Católica, sempre defensora da vida e da família

Anônimo disse...

Parabens pelo excelente artigo. Estou fazendo meu TCC sobre a instituição do Parto Anônimo no Brasil e incluirei algumas fotos da roda. Infelizmente recém-nascidos são abandonados quase que diariamente no Brasil, e o referido projeto encontra-se arquivado pois consideram que a instituição do Parto Anônimo violaria alguns direitos da criança. Mas e o direito à vida e à dignidade, maiores que qualquer outro, como ficam?

Bibiane Maria da Costa disse...

ULTRASSONOGRAFIA

Me deixa nascer
Me deixa nascer mãezinha
Eu quero cuidar de você
Quando você ficar velhinha.

Não vá mamãe
Não vá naquele hospital,
Alí tudo é ilegal
Alí não se salva ninguém

Não deixa não
Que me tirem de você
Porque além de me perder
Você pode morrer também.

Vamos então
Num hospital legalizado
Onde tem doutor formado
para ouvir meu coração

Quando você
Ver a ultrassonografia
Vai sorrir de alegria
E chorar de emoção.

Autora: Bibiane Costa
tel 14 3372 3150

Andre - Florianopolis disse...

Por que esperar por autorização?
> Simplesmente instalem as rodas e pronto.
> O que não é proibido é permitido, e desconheço qualquer lei que vede a iniciativa.
>

Rodrigo disse...

Muito emocionante ler esse artigo! Quantas vidas foram salvas! Quantas esperanças foram depositadas na roda! E quanto sofrimento dessas mães…