Tradições e estilos que apontavam para o Céu; costumes de um mundo que se extinguiu
Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 887, novembro/2024
Nos dois primeiros dias deste mês a Igreja Católica maternalmente se empenha em trazer à nossa memória duas celebrações de extrema importância: “Todos os Santos” e “Finados”.
Ela celebra primeiro a glória de todos seus filhos que estão no Céu (Igreja Triunfante) e depois se volta com misericórdia para as almas daqueles que morreram mas ainda não foram para o Paraíso, pois antes precisam se purificar no Purgatório (Igreja Padecente). Essas almas necessitam da nossa ajuda, por pertencermos na Terra à Igreja Militante. Com as nossas orações aliviamos suas penas e antecipamos sua entrada na bem-aventurança eterna do Céu.
Mas a maioria das pessoas deste mundo entregue aos prazeres da vida tem horror em refletir sobre isso e procura nos afastar dessas celebrações católicas. Tais pessoas têm pavor de pensar na morte, apesar de ela ser a única coisa certa na vida.
Um dos meios empregados para nos afastar das mencionadas celebrações é a comemoração pagã do Halloween — espalhada pelo mundo inteiro pelos filmes de Hollywood —, com evidentes conotações satânicas, com bruxaria, vampirismo, necrofilia, entre outras coisas repugnantes e macabras.
A fim de nos prepararmos para um dos dias mais importantes da nossa vida — o do nosso trânsito para a eternidade —, a Santa Igreja é pródiga em cerimônias. Uma delas são os funerais católicos como eram realizados antes da crise que A aflige nos presentes dias.
Para fazermos o contrário deste mundo hedonista, devemos seguir o princípio agere contra (expressão latina que se pode traduzir como “agir contra”) ensinado por Santo Inácio de Loyola. Ou seja, fazermos o oposto a tudo que nos estimula às coisas pecaminosas e aos erros da época.
Eis por que escolhemos para a matéria de capa desta edição um tema relacionado com as belas cerimônias de funerais. Elas nos colocam na verdadeira perspectiva ante os nossos entes queridos que nos precederam, pelos quais rezamos a fim de que possam ir o quanto antes para o Céu, caso estejam se purificando no Purgatório. Uma concepção da vida nada hollywoodiana que prevaleceu grosso modo até à Belle Époque.
É o que expõe a referida matéria, exemplificada por Plinio Corrêa de Oliveira com os funerais de Leão XIII (1878-1903), assinalando os estilos daquela época, na qual o majestoso esplendor da Igreja e da sociedade eram ainda bem visíveis.
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