Se o artigo “A guerra temática do aborto”, que transcrevo abaixo e cuja tradução ofereço em primeira mão, fosse escrito por anti-abortistas, alguém poderia objetar que estamos forçando a nota — que estamos puxando a brasa para o lado de nossa sardinha, ou que estamos tirando a brasa do outro lado...
Não. Tal objeção não tem fundamento. O artigo foi escrito por duas mulheres abortistas, e das mais fanáticas. A primeira, Frances Kissling, é fundadora e primeira presidente da ONG “Católicas” pelo Direito de Decidir. (gostaria de colocar pelo menos mil aspas no adjetivo “católicas”, pois elas usam e abusam desse adjetivo para melhor enganar os católicos ingênuos. As tais “Católicas pelo Direito de Decidir" combatem o que ensina a moral católica. São lobas transvestidas de ovelhas...). A segunda, Kate Michelman, foi presidente da NARAL Pro-Choice América, uma das mais importantes organizações pró-aborto dos Estados Unidos, que foi fundada para combater todas as leis que proíbam o aborto, por isso escolheram o nome NARAL (National Association for the Repeat of Abortion Laws).
Como veremos no artigo abaixo, a confissão da derrota — de que os abortistas estão perdendo a batalha para os anti-abortistas — é inteiramente insuspeita.
Fiz uma pormenorizada pesquisa e constatei que tal artigo não foi publicado no Brasil e nem teve repercussão na mídia, pelo menos até hoje, 2 de fevereiro, e até onde pude pesquisar. Infelizmente, nossa grande imprensa, como já tenho repetido, praticamente só publica artigos que favoreçam a abominável prática do aborto. Por isso, faço questão de publicar esta matéria em nosso Blog da Família, pedindo a todos que a repassem aos amigos. Vamos fazer uma larga divulgação dela para contrapor ao “patrulhamento ideológico” de nossa imprensa tupiniquim. Parece que a chamada “imprensa livre”, não é tão livre assim... Se não, por que ela censura certas notícias, deixando-nos sem informações tão importantes, como esta da reação contra o aborto crescendo nos Estados Unidos e em muitas outras nações?
Assim, vamos “furar” tal censura! Lembremo-nos de que, em nosso País, um jornal poderá atingir milhares de pessoas, mas podemos via Internet atingir milhões!
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Terça-feira, 22 de janeiro de 2008
A guerra temática do aborto
Frances Kissling e Kate Michelman
Há trinta e cinco anos a Corte Suprema decidiu — no caso Roe vs. Wade — que as mulheres tinham o direito de abortar sem a interferência governamental. Agora, no aniversário daquele acontecimento, os Estados Unidos possuem uma das políticas mais restritivas a propósito do aborto entre os países desenvolvidos.
Desde o caso Roe, a opinião pública norte-americana permaneceu relativamente estável e favorável ao aborto legal. As primeiras investidas para reverter o caso Roe sofreram amargas derrotas. Face a isso, o movimento contrário ao aborto mudou de tática. Não queriam proibir o aborto mas sim restringi-lo. Desviaram a atenção pública de amplo apoio ao aborto para uma forte restrição ao mesmo. Vinte anos atrás ser pró-vida era mal-visto. Atualmente é uma posição respeitável.
Como isso sucedeu? Nos anos 70 os argumentos eram simples e polarizados: O aborto era visto como um assassinato ou como o direito de uma mulher controlar seu corpo. O feto, no entanto, permanecia quase que invisível.
O movimento pela livre-escolha permanecia na ofensiva, que taticamente mudou em 1989 do corpo da mulher para o tema de “quem decide” proposto pela NARAL Pró-livre escolha da América. Isso foi rapidamente suplantado pela questão apresentada pelos anti-abortistas para que se olhasse sobre o que se decidia e não sobre quem estava decidindo.
A ciência facilitou a mudança do pêndulo. Imagens tridimensionais obtidas por ultras-som dos bebês no útero passaram a decorar os refrigeradores das famílias. Fetos passaram a ser operados. Bebês prematuros sobreviveram e tornaram-se mais saudáveis. Nossa atenção voltou-se para eles e nosso dever para com eles não podia ser descartado.
Essas tendências deram vantagens aos anti-abortistas, os quais souberam aproveitar ao máximo disso. Agora raramente se ouve falar, da parte deles, em assassinar bebês. Ao invés disso eles apresentam um desafio filosófico e político. As sociedades se preocupam, dizem eles, em expandir a inclusão na “comunidade humana”. Os que eram excluídos, tais como mulheres e minorias, atualmente são iguais. Por que não acolher o feto (que, afinal, somos nós) na nossa comunidade?
Os partidários do aborto tem atualmente muita dificuldade em tratar da questão, com a crescente visibilidade do feto. A estratégia preferida ainda é ignorá-lo e tentar reconduzir a temática para as mulheres. Algumas vezes isso nos faz parecer insensíveis, um tanto pragmáticas num mundo em que o desejo de viver mais comunitariamente e “de afirmação pró-vida” é palpável. Para algumas pessoas, os valores dos pró-livre escolha parecem insensíveis, ao desejar salvar baleias e as árvores, respeitar os direitos dos animais e combater a violência em todos os níveis. O Papa João Paulo II percebeu isso, e cunhou o termo “cultura da vida”. O Presidente Bush adotou-o e o slogan, por mais que isso nos custe admiti-lo, influenciou alguns corações e cabeças. Apoiar o aborto tornou-se difícil dentro desse contexto.
Ao mesmo tempo, as mulheres, para levar avante suas decisões, tiveram que enfrentar microscópios cada vez mais poderosos. A visão de mulheres forçadas a tomar decisões em fundos de quintal, como resultado de seus “erros”, foi substituída por questões difíceis, tais como por que as mulheres engravidam, posto que não querem ter bebês.
Nos últimos anos, o movimento anti-abortista obteve sucesso em divulgar diante do público os detalhes desagradáveis dos procedimentos abortistas, aumentando a crença de que o aborto é um assunto sério e que a sociedade deve se empenhar devidamente na questão. Os que são pró-livre escolha não conseguiram convencer nosso país de que apoiamos uma discussão pública a propósito das dimensões morais do aborto. Do mesmo modo, não convencemos as pessoas que somos nós que, na realidade, propiciamos às mulheres condições de evitar os abortos.
Encaremos a realidade: a negação da sexualidade feminina é uma constante histórica. Nossa proclamação de que se pode confiar nas mulheres cai em ouvidos moucos. E quando o movimento pró-escolha parece defender alguma decisão individual de aborto, ao invés do direito de tomar a decisão, isto também soa suspeito.
Se os valores pró-livre escolha podem reconquistar o campo moral, uma discussão genuína sobre tais desafios precisa ser enfrentada dentro do movimento. É inadequado evitar de tratar desse problema. Nossa defesa vigorosa do direito de escolha precisa ser acompanhada por uma maior abertura face ao verdadeiro conflito entre vida e escolha, entre direitos e responsabilidades. É o momento de uma reavaliação séria do que pensar sobre o aborto face a um mundo radicalmente mudado desde 1973.
Não. Tal objeção não tem fundamento. O artigo foi escrito por duas mulheres abortistas, e das mais fanáticas. A primeira, Frances Kissling, é fundadora e primeira presidente da ONG “Católicas” pelo Direito de Decidir. (gostaria de colocar pelo menos mil aspas no adjetivo “católicas”, pois elas usam e abusam desse adjetivo para melhor enganar os católicos ingênuos. As tais “Católicas pelo Direito de Decidir" combatem o que ensina a moral católica. São lobas transvestidas de ovelhas...). A segunda, Kate Michelman, foi presidente da NARAL Pro-Choice América, uma das mais importantes organizações pró-aborto dos Estados Unidos, que foi fundada para combater todas as leis que proíbam o aborto, por isso escolheram o nome NARAL (National Association for the Repeat of Abortion Laws).
Como veremos no artigo abaixo, a confissão da derrota — de que os abortistas estão perdendo a batalha para os anti-abortistas — é inteiramente insuspeita.
Fiz uma pormenorizada pesquisa e constatei que tal artigo não foi publicado no Brasil e nem teve repercussão na mídia, pelo menos até hoje, 2 de fevereiro, e até onde pude pesquisar. Infelizmente, nossa grande imprensa, como já tenho repetido, praticamente só publica artigos que favoreçam a abominável prática do aborto. Por isso, faço questão de publicar esta matéria em nosso Blog da Família, pedindo a todos que a repassem aos amigos. Vamos fazer uma larga divulgação dela para contrapor ao “patrulhamento ideológico” de nossa imprensa tupiniquim. Parece que a chamada “imprensa livre”, não é tão livre assim... Se não, por que ela censura certas notícias, deixando-nos sem informações tão importantes, como esta da reação contra o aborto crescendo nos Estados Unidos e em muitas outras nações?
Assim, vamos “furar” tal censura! Lembremo-nos de que, em nosso País, um jornal poderá atingir milhares de pessoas, mas podemos via Internet atingir milhões!
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Terça-feira, 22 de janeiro de 2008
A guerra temática do aborto
Frances Kissling e Kate Michelman
Há trinta e cinco anos a Corte Suprema decidiu — no caso Roe vs. Wade — que as mulheres tinham o direito de abortar sem a interferência governamental. Agora, no aniversário daquele acontecimento, os Estados Unidos possuem uma das políticas mais restritivas a propósito do aborto entre os países desenvolvidos.
Desde o caso Roe, a opinião pública norte-americana permaneceu relativamente estável e favorável ao aborto legal. As primeiras investidas para reverter o caso Roe sofreram amargas derrotas. Face a isso, o movimento contrário ao aborto mudou de tática. Não queriam proibir o aborto mas sim restringi-lo. Desviaram a atenção pública de amplo apoio ao aborto para uma forte restrição ao mesmo. Vinte anos atrás ser pró-vida era mal-visto. Atualmente é uma posição respeitável.
Como isso sucedeu? Nos anos 70 os argumentos eram simples e polarizados: O aborto era visto como um assassinato ou como o direito de uma mulher controlar seu corpo. O feto, no entanto, permanecia quase que invisível.
O movimento pela livre-escolha permanecia na ofensiva, que taticamente mudou em 1989 do corpo da mulher para o tema de “quem decide” proposto pela NARAL Pró-livre escolha da América. Isso foi rapidamente suplantado pela questão apresentada pelos anti-abortistas para que se olhasse sobre o que se decidia e não sobre quem estava decidindo.
A ciência facilitou a mudança do pêndulo. Imagens tridimensionais obtidas por ultras-som dos bebês no útero passaram a decorar os refrigeradores das famílias. Fetos passaram a ser operados. Bebês prematuros sobreviveram e tornaram-se mais saudáveis. Nossa atenção voltou-se para eles e nosso dever para com eles não podia ser descartado.
Essas tendências deram vantagens aos anti-abortistas, os quais souberam aproveitar ao máximo disso. Agora raramente se ouve falar, da parte deles, em assassinar bebês. Ao invés disso eles apresentam um desafio filosófico e político. As sociedades se preocupam, dizem eles, em expandir a inclusão na “comunidade humana”. Os que eram excluídos, tais como mulheres e minorias, atualmente são iguais. Por que não acolher o feto (que, afinal, somos nós) na nossa comunidade?
Os partidários do aborto tem atualmente muita dificuldade em tratar da questão, com a crescente visibilidade do feto. A estratégia preferida ainda é ignorá-lo e tentar reconduzir a temática para as mulheres. Algumas vezes isso nos faz parecer insensíveis, um tanto pragmáticas num mundo em que o desejo de viver mais comunitariamente e “de afirmação pró-vida” é palpável. Para algumas pessoas, os valores dos pró-livre escolha parecem insensíveis, ao desejar salvar baleias e as árvores, respeitar os direitos dos animais e combater a violência em todos os níveis. O Papa João Paulo II percebeu isso, e cunhou o termo “cultura da vida”. O Presidente Bush adotou-o e o slogan, por mais que isso nos custe admiti-lo, influenciou alguns corações e cabeças. Apoiar o aborto tornou-se difícil dentro desse contexto.
Ao mesmo tempo, as mulheres, para levar avante suas decisões, tiveram que enfrentar microscópios cada vez mais poderosos. A visão de mulheres forçadas a tomar decisões em fundos de quintal, como resultado de seus “erros”, foi substituída por questões difíceis, tais como por que as mulheres engravidam, posto que não querem ter bebês.
Nos últimos anos, o movimento anti-abortista obteve sucesso em divulgar diante do público os detalhes desagradáveis dos procedimentos abortistas, aumentando a crença de que o aborto é um assunto sério e que a sociedade deve se empenhar devidamente na questão. Os que são pró-livre escolha não conseguiram convencer nosso país de que apoiamos uma discussão pública a propósito das dimensões morais do aborto. Do mesmo modo, não convencemos as pessoas que somos nós que, na realidade, propiciamos às mulheres condições de evitar os abortos.
Encaremos a realidade: a negação da sexualidade feminina é uma constante histórica. Nossa proclamação de que se pode confiar nas mulheres cai em ouvidos moucos. E quando o movimento pró-escolha parece defender alguma decisão individual de aborto, ao invés do direito de tomar a decisão, isto também soa suspeito.
Se os valores pró-livre escolha podem reconquistar o campo moral, uma discussão genuína sobre tais desafios precisa ser enfrentada dentro do movimento. É inadequado evitar de tratar desse problema. Nossa defesa vigorosa do direito de escolha precisa ser acompanhada por uma maior abertura face ao verdadeiro conflito entre vida e escolha, entre direitos e responsabilidades. É o momento de uma reavaliação séria do que pensar sobre o aborto face a um mundo radicalmente mudado desde 1973.
("Los Angeles Times, 22-01-2008).
3 comentários:
At� quando vamos aturar esta midia que s� favorece o lado errado; aborto, casamento homosexual, imoralidade, libertinagem, etc.
Espero que o Brasil siga o ex. de outros paises, por.EUA, onde o conservadorismo, uma grande for�a, driblou a grande imprensa, impia, e avan�a com for�a total.
Parabens pela publica�ao do artigo e coment�rios.
Gabriel
ola Paulo
Beleza de furo.
Sem otimismo, mas a campanha de vida está crescendo com a oracao de muitos grupos.
Achei muito sintomático o fato de 2 das principais comandantes de grupos favoráveis ao aborto confessarem que na queda de braço contra os anti-abortistas elas estão perdendo.
Deveria ser condenado pela Igreja Católica o fato de as ditas "Católicas pelo Direito de Decidir" usarem o nome de "católicas" e pelo fato de atuarem como se elas estivessem dentro da Igreja.
Contaram-me que uma das chefas das ditas "católicas", Patricia Fogarty" se autonomeou "papisa", será verdade.
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