30 de agosto de 2008

Aborto em casos de anencefalia abrirá caminho para o aborto total


Paulo Roberto Campos


O objetivo dos mentores de organismos abortistas é conseguir a aprovação total e irrestrita do aborto. Mas, no Brasil, eles percebem que não podem, de imediato, legalizar o aborto total — até mesmo no 9º mês da gravidez. Percebem que isto poderia chocar muito a opinião pública brasileira, que, se despertada de seu torpor, poderia reagir energicamente contra o assassinato em massa de inocentes ainda no seio materno.

Para evitar tal reação, os abortistas adotaram a tática de caminhar gradualmente rumo ao diabólico objetivo. Caminhando por etapas, eles têm avançado. Primeiro conseguiram a descriminalização do aborto em casos de estupro e quando há risco de morte da mãe. Depois obtiveram a autorização legal para a destruição de fetos congelados — com o pretexto, aliás muito esfarrapado, de servir para pesquisas com células-tronco embrionárias. Agora estão a um passo de alcançar a legalização do aborto em casos de anencefalia (ausência total ou parcial do cérebro do concebido), atualmente em discussão no Supremo Tribunal Federal.(vide nota no final)
Audiência pública no STF que discute a possibilidade de aborto de fetos anencéfalos. (Foto: Paula Simas/SCO/STF)
Sentença de morte
Já há movimentos abortistas propondo a legalização do aborto também para todos os casos de fetos portadores de qualquer deficiência. Seria o estabelecimento de uma espécie de “pena de morte” a todos bebês que viessem a nascer com alguma anomalia; a sentença de morte aos eventuais aleijados; a execução sumária dos bebês que possivelmente poderiam nascer com enfermidades incuráveis etc. Quem não percebe nessa proposta a semelhança com as teses eugênicas do nazismo? Eliminar os imperfeitos a fim de se obter a “raça pura”.

Bebês abortados, jogados num saco de lixo de um hospital do Canadá

Num primeiro passo trata-se da legalização do aborto dos “imperfeitos”, mas daqui a pouco virá a discussão para se obter a aprovação parcial e depois total do aborto. Mesmo aborto do bebê perfeitamente saudável, mas que a genitora não o deseja. A respeito, já tramitam projetos de lei no Congresso Nacional.

Execução de bebês e de idosos
A opinião pública reagirá com energia suficiente para impedir tais aberrações? Considero aberração, pois seria a legalização do crime.

Se atingirem tal resultado, é certo que esses organismos, que “cultivam a morte”, não vão parar. Que passo além vão dar? Certamente começarão a se movimentar para se conseguir no Brasil a legalização da eutanásia.

De início — manipulando a mesma tática da gradualidade, para não chocar demasiado — “apenas” a execução dos doentes terminais, depois para os idosos, por fim para qualquer um que deseje por fim à sua vida, ainda que seja jovem ou até criança.

De etapa em etapa, a “marcha da morte” avança. Até quando? Até quando a parte sadia da opinião pública permitir. Se o público se levantar indignado contra essa manipulação, a macabra marcha terá que parar. Nisto entra nosso papel. Todos aqueles contrários ao aborto — a imensa maioria do povo brasileiro — não podem ficar passivos. A força do lobby e da “bancada abortista” está na fraqueza dos bons. Se protestarmos devidamente contra o aborto, apoiarmo-nos mutuamente unindo os esforços, alertarmos nossos próximos contra essa nefanda tática prossessiva, impediremos a realização do objetivo abortista.

O próprio ministro Marco Aurélio Mello confessou essa tática. Por ocasião da aprovação no STF das pesquisas com células-tronco embrionárias, em 29-5-08, ele afirmou que o Supremo estava pronto para aprovar o aborto nos casos de anencefalia: “o julgamento do processo sobre as pesquisas com CTEH, aplainou o terreno”.

Audiência pública no STF para discutir a questão dos fetos anencefálos (Foto: Elza Fiúza/ABr)

“Dizei uma só palavra...”
Nesta semana, no STF (nos dias 26 e 28) ocorreram duas audiências públicas para debater a questão do aborto de fetos anencéfalos. Na próxima 5ª. feira (dia 4 de setembro), numa terceira audiência, encerra-se o debate público. Recomenda-se que todos que puderem comparecer à audiência o façam. Marco Aurélio Mello já declarou que praticamente todos os ministros se manifestarão a favor do aborto anencefálico, e que o caso será julgado e aprovado pelo plenário até novembro próximo.

Se isso acontecer, será mais um dia negro na História do Brasil! E a punição divina pronta a prorromper-se sobre nosso País!

Na audiência do dia 26 p.p., o primeiro que fez uso da palavra foi o representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o Padre Luiz Antônio Bento, doutor em Bioética, afirmando: “Ninguém pode autorizar que se dê a morte a um ser humano inocente, seja ele embrião, feto, ou criança sem ou com má-formação, adulto, velho, doente, incurável ou agonizante”.

É óbvio que sim, pois a vida inicia-se na concepção e o direito à vida está garantido na Constituição Federal (artigo 5º) e no Código Civil (artigo 2º). Mas não seria necessário uma linguagem forte da CNBB? Por exemplo, mostrando que incorre na pena de excomunhão quem pratica o aborto, ou colabora com tal prática? A CNBB poderia conclamar todo povo católico, de norte a sul do País e de todas as paróquias, a se manifestarem junto aos Ministros do STF. Poder-se-ia lançar um comunicado categórico a todos os católicos apontando a gravidade do pecado do aborto e sobre a obrigação deles reagir, pois o aborto constiui uma afronta à ordem natural e contra o Criador que nos deixou o preceito “NÃO MATARÁS”.

Lembro-me aqui da súplica do Centurião do Evangelho: “Dizei uma só palavra...”, e poderíamos completar a frase com essas palavras: “e nossa Pátria será salva”. Ainda é tempo...





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A inocente Marcela brilha como uma estrela na felicidade eterna

Aproveito para postar abaixo trecho de uma notícia, publicada na “Folha de S. Paulo”, sobre o caso da pequena Marcela de Jesus, nascida com má-formação cerebral. Ela desmentiu todos os pseudocientistas e aqueles que aconselharam a genitora a abortar, pois, sua filha, segundo os diagnósticos, morreria nos primeiros momentos após o parto. Marcela foi batizada, no mesmo dia de seu nascimento em 20 de novembro de 2006 e — antes de subir ao Céu para desfrutar de uma felicidade perfeita e eterna, onde não há nenhuma deformação — viveu quase 2 anos recebendo carinho de seus pais, irmãs e parentes, bem como de inúmeras pessoas que a visitaram. E há registros de diversos casos semelhantes ao de Marcela no Brasil e no exterior.

Portanto, se uma pessoa aprova o aborto de um bebê, ainda que anencefálico — por considerá-lo “lixo hospitalar” —, fica difícil não perguntar se tal pessoa, pelo menos psicologicamente, não padece de algum tipo de anencefalia. Uma pessoa sem coração, que deveria responder por homicídio.

Eis a mencionada notícia:


Só Deus pode tirar a vida, afirma mãe de Marcela

“Folha de S. Paulo”, 27-8-8
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


Mãe da menina anencéfala Marcela de Jesus Galante Ferreira, que morreu no último dia 1º com um ano e oito meses de vida, Cacilda Jesus foi ontem à audiência, alçada à condição de símbolo antiaborto.Sua passagem aérea foi paga por um empresário do movimento Brasil Pela Vida, segundo o secretário-geral do grupo, Diogo Waki.
O grupo levou cartazes com a frase “Contra o anencefalicídio”.“Se fosse para passar uma gravidez igual à da Marcela, eu passaria tudo de novo. Só Deus tem o direito de tirar a vida”. Questionada sobre mulheres que não gostariam de prosseguir com uma gravidez de feto anencéfalo, Cacilda respondeu: “Cabe a elas resolver? Elas que se entendam com Deus...”.

A anencefalia de Marcela foi objeto de discussão no tribunal. O advogado Luís Roberto Barroso e a professora da UnB Débora Diniz disseram que o quadro da menina impedia sua classificação como anencéfala.
Já o professor da Uerj Rodolfo Nunes contra-argumentou favoravelmente à classificação de Marcela como anencéfala, baseando-se no laudo de um radiologista que atendeu a menina e no atestado de óbito.

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Nota:
O processo chegou ao STF, em 2004, e foi distribuído para o ministro Marco Aurélio em 17 de junho do mesmo ano. Em decisão liminar, datada de julho de 2004, o ministro autorizou, liminarmente, o aborto de fetos sem cérebro. No entanto, em outubro, a liminar foi cassada pelo Plenário do Supremo [por 7 votos contra 4]. (Revista “Consultor Jurídico”, 26 de agosto de 2008).

2 comentários:

Anônimo disse...

From: Roberto Monteiro de Oliveira

REPASSO PARA MEUS IRMÃOS EM CRISTO:
Se V teme a DEUS e quer salvar a sua alma, VOTE NÃO:
No momento mesmo de nossa concepção, DEUS nos dá duas graças imensuráveis: nos infunde uma "alma imortal, criada à sua imagem e semelhança", e um Anjo da Guarda... pouco importa se V vai nascer sem pé ou sem parte do cérebro... V JÁ tem uma alma imortal... que irá gozar eternamente da "Visão beatífica" ou NÃO... Vote NÃO irmão(ã) e REPASSE para seus correspondentes...

VOTE COPIANDO E COLANDO O SEGUINTE LINK EM SEU NAVEGADOR:

http://noticias.bol.uol.com.br/enquetes/simples.jhtm?id=4191#r

Wanessa disse...

Ninguém tem direito de tirar a vida,se Deus permite que eles nascem,só Deus tem o direito de tirar a vida,sou contra qualquer tipo de aborto..são apenas Bebês inocentes,,