28 de março de 2010

Isabella e outros infanticídios

Graças a Deus, no caso Isabella, “justiça foi feita!”, conforme disse a mãe da menininha cruelmente esganada pela madrasta e defenestrada pelo próprio genitor. Um crime hediondo que chocou o Brasil inteiro e que clamava por punição exemplar!

Entretanto, milhões e milhões de outras “Isabellas” ainda bradam aos Céus e clamam a Deus por justiça. São as incontáveis outras “Isabellas” assassinadas pelas próprias mães por meio do não menos hediondo crime do aborto. Deixar impunes esses crimes, semelhantes a “infanticídios”, seria o mesmo que inocentar o genitor e a madrasta da pequena Isabella.

A respeito desse "Isabellicídio", um caso tão pungente iniciado exatamente há dois anos, transcrevo a seguir um artigo publicado na revista Catolicismo (edição de maio/2008), no qual fazemos uma denúncia da espantosa ilogicidade de muitos meios de comunicação.



Isabellas

  • Paulo Roberto Campos

A opinião pública encontra-se estarrecida com o monstruoso fato ocorrido no dia 29 de março [2008]: uma menininha, de apenas cinco anos, jogada do 6º andar de um prédio; seu corpo ficou espatifado no solo.

Nestes últimos dias, jornais, revistas, rádios, TVs e sites estiveram abarrotados de reportagens sobre esse sinistro acontecimento na capital paulista. Realmente, todos qualificam tal crime como monstruoso, e todos se perguntam: Quem matou Isabella Nardoni? Quem praticou tamanha crueldade? Por que?

Tremenda insensatez – inexplicável incoerência

Nesse caso, seria clamoroso não denunciar uma atitude de flagrante incoerência da mídia e de incontáveis pessoas. Refiro-me àquelas que, com toda razão, estão chocadíssimas com o assassinato da menina, mas que não ficam chocadas com o não menos brutal assassinato de crianças ainda no ventre materno. É incompreensível que muitas pessoas, horrorizadas com a morte de Isabella, sejam favoráveis ao aborto, portanto à eliminação de pequenas e inocentes “Isabellas”, que nem sequer viram a luz do dia.

Quantas “Isabellas” são diariamente assassinadas do modo mais desumano que se possa imaginar! Extirpar uma vida humana será sempre gravíssimo crime, não importando a idade da vítima: aos 80, 50 ou cinco anos; ou alguns meses ou dias, até mesmo algumas horas.

Ah! se um dia jornais, revistas, rádios, TVs e sites estiverem repletos de comentários contra assassinatos de bebês indefesos no útero materno, seria um acontecimento memorável! Seria um evento importante para a restauração da civilização, neste mundo neobárbaro e neopagão em que vivemos.

Oxalá, proximamente, o Brasil inteiro — que se encontra horrorizado com o caso Isabella — viesse a se comover profundamente também com as incontáveis vítimas do aborto. Assim como se deseja a condenação dos responsáveis pela morte dessa criança, também se exija a condenação dos responsáveis pela matança de crianças ainda no ventre de suas mães. A condenação não só da genitora que se submete a um aborto, mas igualmente daqueles que colaboram na execução do ato, como médicos, enfermeiras, parentes, etc.

Ambos são crimes hediondos. Ambos devem ser lamentados profundamente, e não podem ficar impunes.

“Estão se queixando do cheiro de carne humana queimada”

Recente artigo de Carlos Heitor Cony (“Folha de S. Paulo”, 11-4-08), muito apropriadamente intitulado Uma história repugnante, relata a pesquisa realizada por dois jornalistas ingleses, Michel Litchfield e Susan Kentish, sobre a “indústria do aborto” em Londres. Eles investigaram o que se passava nas clínicas abortivas, após a legalização do aborto na Inglaterra (com o “Abortion Act”, de 1967), e gravavam as conversas com os médicos. Com base na pesquisa, escreveram a clássica obra “Babies for Burning” (Bebês para queimar), editado pela Serpentine Press, de Londres.

Aqueles que desejarem adquirir tal obra em português, a encontrarão publicada pelas Edições Paulinas (São Paulo, 1985), com o título: Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra.

O referido artigo pode ser lido na íntegra em:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1104200842.htm. Aqui transcrevo apenas alguns trechos:

“Os autores souberam, por meio de informações esparsas, que a indústria do aborto, como qualquer indústria moderna, tinha uma linha de subprodutos: a venda de fetos humanos para as fábricas de cosméticos. [...]

Contam os jornalistas: Quando nos encontramos em seu consultório, o ginecologista pediu à sua secretária que saísse da sala. Sentou-se ao lado de Litchfield, o que melhorou a gravação, pois o microfone estava dentro da sua maleta. O médico mostrou uma carta:

— Este é um aviso do Ministério da Saúde – disse, com cara de enfado. As autoridades obrigam a incineração dos fetos... não devemos vendê-los para nada... nem mesmo para a pesquisa científica... Este é o problema....

— Mas eu sei que o senhor vende fetos para uma fábrica de cosméticos e... e estou interessado em fazer uma oferta... também quero comprá-los para a minha indústria...

— Eu quero colaborar com o senhor, mas há problemas... Temos de observar a lei... As pessoas que moram nas vizinhanças estão se queixando do cheiro de carne humana queimada que sai do nosso incinerador. Dizem que cheira como um campo de extermínio nazista durante a guerra.
E continuou: Oficialmente, não sei o que se passa com os fetos. Eles são preparados para serem incinerados, e depois desaparecem. Não sei o que acontece com eles. Desaparecem. É tudo.
— Por quanto o senhor está vendendo?

— Bem, tenho bebês muito grandes. É uma pena jogá-los no incinerador. Há uso melhor para eles. Fazemos muitos abortos tardios, somos especialistas nisso. Faço abortos que outros médicos não fazem. Fetos de sete meses. A lei estipula que o aborto pode ser feito quando o feto tem até 28 semanas. É o limite legal. Se a mãe está pronta para correr o risco, eu estou pronto para fazer a curetagem [método utilizado para desmembrar um nascituro]. Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados, e vivem um pouco antes de serem mortos. Houve uma manhã em que havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando como desesperados. Era uma pena jogá-los no incinerador, porque tinham muita gordura que poderia ser comercializada. Se tivessem sido colocados numa incubadeira, poderiam sobreviver, mas isso aqui não é berçário. Não sou uma pessoa cruel, mas realista. Sou pago para livrar uma mulher de um bebê indesejado, e não estaria desempenhando meu ofício se deixasse um bebê viver. E eles vivem, apesar disso. Tenho tido problemas com as enfermeiras, algumas desmaiam nos primeiros dias”.

“Quem derrama o sangue humano será castigado”

Realmente repugnante! Mas é a realidade de inúmeras clínicas abortivas: nascituros são espatifados, extirpados do ventre materno, incinerados, ou “comercializados”, ou jogados na lata de lixo.

Isabella também foi morta, mas não incinerada ou jogada numa lata de lixo. Felizmente, ela era batizada e teve um enterro digno, graça de que são privados os bebês assassinados por mãos abortistas.

Encerro este artigo com uma passagem da Sagrada Escritura, que se aplica aos assassinos de todos os nascituros, de todas as “Isabellas”: “Quem derrama o sangue humano será castigado pela efusão de seu próprio sangue” (Gen. 9, 6).

E-mail do autor: paulocampos@catolicismo.com.br

21 de março de 2010

4ª Marcha em Defesa da Vida

Organizada pelo Comitê Estadual do Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil sem Aborto (São Paulo), a 4ª Marcha ocorreu ontem (20-3-10) com muito êxito, contando com aproximadamente 8 mil manifestantes.

Neste ano, houve também uma passeata desde a Câmara Municipal até a Praça da Sé da capital paulista, lugar da concentração. No percurso, os anti-abortistas fizeram desfilar um “tsunami” de faixas e cartazes contra o aborto (foto ao lado e outras no final deste texto - para ampliá-las, click sobre elas) e bradaram slogans como este:
“Homens de Brasília
Prestem atenção!
Quem libera o aborto
O meu voto não tem não!”

Muitos manifestantes não levavam faixas e cartazes, mas usavam camisetas com dizeres anti-aborto, como esses nas fotos abaixo.







Na Praça da Sé, o grande ato público foi aberto pela Dra. Marília de Castro (foto ao lado), coordenadora estadual do Movimento. No palanque, diversos líderes anti-abortistas (fotos no final do texto) revezaram-se conclamando os presentes à luta contra a implantação do aborto no Brasil. Além alertar para o perigo da aprovação do Projeto de lei nº 1.135/91 (que permitiria o aborto até mesmo no 9º mês), muitos oradores enfocaram a questão do direito humano fundamental (o direito à vida), numa clara alusão ao Decreto 7037/2009, assinado pelo presidente Lula e seus ministros no dia 21 de dezembro último, o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).

Tal decreto ditatorial é um “pacote” disforme repleto de normas desumanas, no qual o governo tenta “embrulhar” os brasileiros incautos. Assim, ele visa abater uma série de valores morais; desagregar a instituição familiar (por exemplo, instituindo o “casamento” homossexual e defendendo a prostituição); abolir o direito de propriedade; proibir o direito de ostentar símbolos religiosos etc. Apenas um ser é destituido de todo e qualquer direito: o nascituro. Este, segundo os signatários do decreto — sobretudo o principal deles —, não tem sequer o direito de nascer, podendo ser arrancado do ventre materno e jogado no saco de lixo. Na foto abaixo, faixa da associação Nascer é um Direito com referência direta vinculando o PNDH-3 e o aborto e na foto seguinte, faixa com uma referência indireta.
Nem o forte calor desse último dia de verão afugentou os manifestantes anti-abortistas, que permaneceram até o fim do ato para não perder nenhum dos oradores. O último deles a fazer uso da palavra, foi o diretor da Human Life Internacional para países de língua portuguesa, Raymond de Souza (foto ao lado), que veio dos Estados Unidos especialmente para participar da Marcha. Ele contou que por ocasião do encontro do presidente Lula com seu “companheiro e aborteiro”, o presidente Obama, eles fizeram pactos não para defender a família — o que seria apropriado a chefes de Estado —, mas para implementar o aborto em países do terceiro mundo. A mesma coisa fez a Secretária de Estado americano, a Sra. Hillary Clinton, quando de sua recente vinda ao Brasil, tratando do “controle da natalidade” nesses países. Em seu discurso, o orador mandou uma contundente mensagem para Lula: “Senhor Presidente, o governo existe para proteger o bem comum, para proteger a vida de todos os cidadãos, e não para assassiná-los por meio do aborto”. E terminou bradando a plenos pulmões com toda multidão ali presente: “Um, dois, três, / quatro, cinco mil, / pra´ salvar nossas crianças nós paramos o Brasil!”

(A seguir uma seleção de fotos que tirei do grande ato público contra o aborto. Para ampliá-las, click sobre elas)

Na foto abaixo, a Marcha chegando à Praça da Sé Senhoras grávidas foram convidadas a subir no palanque para uma homenagem


17 de março de 2010

CONVITE AOS DILETOS AMIGOS NA LUTA CONTRA O ABORTO

Praça da Sé, aspecto parcial da manifestação anti-aborto no ano passado


Diletos Amigos,

Às 10 horas do próximo sábado, dia 20 de março, haverá a IV Marcha em Defesa da Vida. Como em 2009, o ato público transcorrerá na Praça da Sé da capital paulista.

Vamos lá para manifestar a nossa indignação, dizendo NÃO ao aborto! NÃO ao massacre de inocentes no ventre materno! NÃO à legalização do infanticídio! NÃO à legalização da “pena de morte” aplicada contra o inocente nascituro!

Vamos manifestar nosso repúdio ao PL 1.135/91, um projeto de lei homicida, que, se for aprovado no Congresso Nacional, ampliará ainda mais a prática abortiva no Brasil: o aborto passará a ser permitido em qualquer caso, até mesmo no 9º mês de gravidez (desde a concepção até o momento do parto...).

Vamos nos manifestar contra o novo Plano Nacional de Direitos Humanos (o ignóbil PNDH-3 — Decreto 7037/2009) que, se aplicado no Brasil, dará direito de cidadania a tudo que não presta, exceto ao bebê. Este não é contemplado com qualquer “direito humano”, mesmo o mais fundamental, que é o direito à vida!

Aqui fica meu convite.
Convide também os seus Amigos.
Leve seus familiares!

Um forte abraço e até sábado!
Paulo Roberto Campos
http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/
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4ª Marcha em Defesa da Vida
PS: O “Comitê Estadual do Movimento da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto”, conforme notícia da agência ACI, avisa que neste ano, além da concentração em frente à Catedral da Sé, ocorrerá uma Marcha “que sairá do Viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal de São Paulo, e chegará até à Praça da Sé, onde haverá o Ato Público” — que será encerrado às 13 horas.