4 de março de 2014

DIA DE LUTO — Eutanásia infantil na Bélgica



Paulo Roberto Campos 

Tínhamos a esperança, como comentamos no post abaixo, de que o rei Philippe da Bélgica não sancionaria a lei que estende a eutanásia (leia-se “assassinato infantil”) para crianças portadoras de doenças incuráveis.

Sobretudo com o apoio de deputados socialistas, essa lei tinha sido aprovada pelo Parlamento do país em 17 de fevereiro, mas dependia da sanção real. 

Nossa esperança não se realizou e o rei dos belgas nos decepcionou. No dia 2 de março (dia de luto) ele assinou a lei — metaforicamente poder-se-ia dizer que assinou com a mão esquerda, com tinha vermelha do sangue de inocentes crianças que poderão ser executadas em consequência de tal lei. 


Guardas do Palácio Real recebem os volumosos
calhamaços que contêm 210 MIL assinaturas 
O abaixo-assinado com 210 MIL firmas pedindo que o monarca não assinasse a lei da eutanásia infantil foi entregue no palácio real em Bruxelas (foto ao lado e vídeo no link no final deste post), mas ele não levou em consideração tantas e tantas súplicas para salvar crianças portadoras de doenças incuráveis; ele não quis ouvir a voz de inúmeros protestos realizados contra a macabra lei. 

Nossa esperança, frustrada nesta Terra, fica depositada aos pés de Deus Todo Poderoso que julgará os vivos e os mortos. Rezemos pela Bélgica neste momento de luto, mas rezemos também pelo Brasil para que tal perversidade sequer venha a ser proposta pelos parlamentares brasileiros. 
PS: A propósito desta tristíssima questão da eutanásia, recomendo a leitura do texto abaixo. Trata-se de um incrível prognóstico (discernido já nos idos de 1936) do que hoje se passa. É uma publicação do antigo jornal “Legionário” de 4-10-1936, na coluna “7 Dias em Revista” de autoria de Plinio Corrêa de Oliveira.

“[...] Pela primeira vez, desde que o mundo se governa pelos princípios da civilização de Jesus Cristo, um pai mata seu filho por motivos de saúde. 

Trata-se do Sr. Sullivan, de Perth, na Austrália, que levou a passear seu filho de três anos a quem prostrou inesperadamente com um tiro. O próprio infanticida conduziu depois o pequeno cadáver à polícia, e declarou que a razão do crime que praticara era que seu menino sofria de moléstia incurável. 

Não era lícito a esse pai desnaturado, matar o seu filho, qualquer que fosse o pretexto por ele invocado. Mas façamos abstração disto, e consideremos a questão sobre outro aspecto. O Sr. Sullivan é chauffeur, portanto pessoa relativamente desprovida de recursos. Será tão seguro que autorize o infanticídio o diagnóstico do médico de 2ª classe, a quem provavelmente o Sr. Sullivan consultou? Será realmente incurável essa moléstia? Com os progressos que a medicina vem fazendo, não é bem possível que, daqui a alguns anos, o menino pudesse ser curado? 

Em nada disto refletiu o Sr. Sullivan. 

O Sr. Sullivan, em si, não interessa. Sua atitude vale apenas como sintoma de uma civilização. 

A tal ponto o mundo descristianizado está perdendo o senso da caridade, que diversos escritores europeus já sustentam a inutilidade e, mais do que isto, a nocividade dos estabelecimentos de assistência à infância doente. 

Se a criança doente é um ser inferior, por que razão há de o Estado sobrecarregar-se com sua educação? Não seria melhor deixar morrer esses galhos quase secos, para que a seiva afluísse mais abundante, para os galhos sãos? 

Se algum dia esse pensamento conquistar o mundo, os casos como o do Sr. Sullivan serão numerosíssimos. 

Nesse dia, a Igreja certamente já terá voltado para as catacumbas. E, no Brasil, as pessoas do povo matarão seus filhos, não mais a conselho médico, mas por indicação de (satanistas)... 

Realmente muitas coisas estão sendo mudadas. Não espanta, portanto, que venhamos a ver algum dia (satanistas) como senhores da vida e da morte das crianças”. 
http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG7%20361004.htm#.UwvdGONSbi8

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Vídeo da entrega das assinaturas: 


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