Rendimento escolar específico cresce em escolas que não são mistas. (Escola católica nos EUA). |
➤ Luis Dufaur
Ressurgem as escolas exclusivas para meninos ou meninas. Elas favorecem o melhor desenvolvimento de uns e de outras. E estão aumentando a cada ano. Hoje somam 240 mil escolas em 70 países no mundo.
Uma moda inspirada no espírito anárquico igualitário da Revolução da Sorbonne (Maio de 68) e no relativismo moral espalhado em nome de Concílio Vaticano II desqualificou as escolas single-sex (só para meninos ou só para meninas).
A revolução cultural-sexual da Sorbonne começou em marco de 1968 na Universidade de Nanterre, na periferia de Pais, reclamando toaletes comuns para homens e mulheres.
Hoje, essa reivindicação está no cerne da agenda LGBT e causa profundas divisões nos EUA, onde a população recusa a mistura de toaletes que admitiria transexuais.
Na Austrália também comprovam os benefícios das escolas diferenciadas para meninos. |
Por isso as escolas que não são mistas (só para meninos e ou só para meninas) voltam a ganhar espaço. Elas mostraram se adaptar melhor aos ritmos diferentes de cada gênero.
Elas são apoiadas por estudos que apontam diferenças no desenvolvimento cognitivo e social de meninos e meninas, informou o jornal. “Gazeta do Povo”.
Também como vem sendo observado por pais de família e comentaristas do blog e nas redes sociais, as escolas separadas por gênero criam um ambiente propício para a moralidade e os bons costumes.
“As aulas single-sex podem tornar mais fácil aos professores adaptar o ensino às características comportamentais dos alunos. As meninas parecem preferir ambientes mais quietos em que possam trabalhar em grupo e chegar a um consenso. Meninos costumam preferir um ambiente mais competitivo, com mais atividades físicas e mais barulho”, afirma o psicólogo da escola norte-americana Clover Park School District, Robert Kirschenbaum.Nas escolas single-sex não há diferenças nos conteúdos, mas sim nos métodos, que são mais adequados aos perfis de meninos ou meninas.
O resultado é uma educação personalizada, que atende às necessidades específicas e gera resultados mais eficazes.
As moças estão sendo muito beneficiadas pelas escolas single-sex em Londres “Em um ambiente single-sex, principalmente nas idades de 13, 14 e 15 anos, há a oportunidade, tanto para os meninos como para as meninas, de serem eles mesmos por mais tempo”, disse o ex-diretor da faculdade Eton College, Tommy Little, no Fórum Global de Educação e Habilidades (GESF, Global Education and Skills Forum).
No Brasil, as escolas single-sex entraram em declínio depois da década de 1950, quando as instituições públicas passaram a ser mistas.
Mas elas não desapareceram. De acordo com o Censo Escolar da Educação Básica, em 2010 existiam pelo menos 612 escolas públicas e privadas em regime não misto no País.
Em Curitiba (PR), o Colégio do Bosque Mananciais tem como objetivo atender aos ritmos e perfis distintos de meninos e meninas.
“A sociedade estava carente desse sistema educacional”, analisa Leandro Pogere, diretor da instituição.
“Encontramos nesse modelo aquilo que muitas famílias estavam buscando: maior foco no estudo, relacionamentos mais saudáveis e respeitosos, professores que compreendem o universo dos alunos com mais facilidade, os respeitam e motivam, e que auxiliam os pais”, afirmou.
Meninas são muito mais beneficiadas pelas escolas single-sex em Londres |
Nos EUA a procura de escolas single-sex cresceu muito. “Certamente todos já constatamos que há profissões comumente exercidas por homens e outras por mulheres. Na educação single-sex podemos encontrar uma solução, uma vez que trabalhamos as habilidades que comumente são encontradas no outro sexo”, concluiu.
Nos EUA, o sistema single-sex, ainda restrito quase exclusivamente às escolas privadas de elite e religiosas, começa a ser usado no ensino público, principalmente em regiões de baixa renda.
Na escola primária Charles Drew, na Flórida, um quarto das turmas é separado por sexo. O alto desempenho observado em escolas single-sex compensa o baixo desempenho característico de uma escola periférica.
Nos EUA a procura de escolas single-sex cresce cada vez mais |
Segundo o Departamento de Educação dos EUA, o país contava em 2014 com 850 escolas públicas single-sex e cerca de 750 escolas públicas que oferecem pelo menos uma turma single-sex. Cfr. Blog do BG.
O modelo de educação personalizada ganhou força nos EUA em 2002, quando uma lei permitiu às agências educacionais locais usar fundos públicos — destinados a “programas inovadores”— para apoiar escolas que separavam estudantes por gênero.
Em 2002 só uma dúzia de escolas públicas oferecia o serviço. Menos de uma década depois, em 2011, pelo menos 506 instituições públicas tinham atividades desse tipo.
Só na Espanha — país de origem do criador da Educação Personalizada, Victor García Hoz — há pelo menos 219 centros de estudo oferecendo educação diferenciada.
A informação provém da Associação Europeia de Educação Single Sex (Easse, na sigla em inglês).
A Suprema Corte da Espanha reconheceu esse direito a nove colégios da Andaluzia. Cfr. Solar Colegios.
Esse tipo de escola tende a se disseminar pela América Latina, diz o secretário geral da Associação Latino-americana de Centros de Educação Diferenciada (Alced), Ricardo Carranco.
Em 1995, a Escola Catamarã, em São Paulo, foi fundada sob o projeto pedagógico de Hoz.
Além dela, o Colégio do Bosque Mananciais, em Curitiba, virou símbolo da educação diferenciada por sexo no país.
Um comentário:
Oportuno comentário recordando que meninos e meninas têm diferentes psicologias e merecem cada qual atenção particular.
Boas iniciativas de Escolas retomando o ensino em separado a fim de favorecer o pleno desenvolvimento das crianças.
Essa malsã ideologia de gênero -- sem fundamentação científica -- é fator determinante de desorientação cultural e psiquica. CostaMarques
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