15 de junho de 2024

RAINHA E MÃE

Imagem de Nossa Senhora da Piedade, atribuída ao Aleijadinho, sendo venerada no Santuário da Serra da Piedade, a 50 km de Belo Horizonte [Fotos Joseph Ferrara].

Invocações a Nossa Senhora como Padroeira de países, cidades, regiões, famílias e indivíduos 

  Plinio Corrêa de Oliveira

Na. Sra.  Aparecida,
Padroeira do Brasil
 

É
belo que exista algo de feudalismo na própria devoção a Nossa Senhora. Porque, assim como existem as grandes devoções universais a Ela, vicejam também as devoções nacionais. 

Creio que não existe um só país que não tenha uma grande devoção a alguma invocação especial à Santíssima Virgem e no qual Ela não seja, debaixo de algum título, a Padroeira.

Há também as invocações a Ela em cidades e em regiões, como, por exemplo, Nossa Senhora da Penha, em São Paulo. E ainda há imagens d´Ela particularmente invocadas em determinadas paróquias. 

Ou seja, Nossa Senhora, com aquela índole materna que é característica da missão d’Ela junto aos homens, se faz grande com os grandes, se faz pequena com os pequenos. Ela se faz universal para as grandes coletividades e se faz como que regional para vários grupos humanos. Desse modo podemos admirá-la em todas as dimensões: como Rainha das grandes coletividades, mas também como Mãe das pequenas unidades. 

Até tenho visto instituições familiares com uma devoção especial por essa ou aquela invocação de Nossa Senhora, como representando uma relação especial d’Ela com determinada família. Assim, esse padroado de Nossa Senhora toma um sentido ainda mais pormenorizado. 

Na minha família paterna, por exemplo, há a devoção a Nossa Senhora da Piedade [foto], que é comum entre todos os membros da família Corrêa de Oliveira. Quer dizer, é mais uma invocação, mais uma acomodação desse trato de Nossa Senhora com os homens. E por vezes existe ainda uma devoção para cada um individualmente. 

Há, portanto, uma espécie de refração da imagem de Maria Santíssima segundo várias grandezas, várias distâncias, vários sentidos, várias dimensões, povoando o firmamento mental do homem de vários modos. 

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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 5 de outubro de 1964. 
Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

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