11 de outubro de 2011

Caos nas escolas — Qualquer semelhança... (NÃO) é mera coincidência!

Do Prof. Nelson R. Fragelli, residente em Viena, recebi o artigo abaixo como colaboração para nosso blog. Trata de um atual e grave problema atinente às escolas: a conduta das crianças sob o influxo de uma pedagogia moderna e relativista, bem como do papel dos pais na disciplina dos filhos. A notícia refere-se ao problema na Áustria. Mas... qualquer semelhança... (NÃO) é mera coincidência! Poder-se-ia afirmar que o problema é nosso — no Brasil talvez ainda mais grave. Vejamos: 

Áustria: uma pedagogia ensinou o caos 


“É crescente o número de crianças com comportamento estranho nas escolas austríacas. Muitas não têm condição de frequentar os cursos: não são capazes de se dar
conta de que numa sala de aula o comportamento não é o mesmo do recreio; não intuem a autoridade do professor, nem têm noção do que é certo ou errado. Facilmente se desentendem entre si, mas não tiram consequências de suas brigas, pois não intuem a relação entre o comportamento e seu efeito. E voltam a se engalfinhar. Não sabem o que é respeito por uma pessoa e não se adaptam ao ambiente. Emocionalmente essas crianças são deficientes. 


O problema está na relação com os pais, pois estes frequentemente vivem com os nervos abalados, o que constitui para os filhos uma pressão psicológica. As crianças em condições de frequentar a escola necessitam de regras de educação mais severas. Nós adultos para dirigir automóveis seguimos regras muito claras e se elas fossem abolidas teríamos o caos nas estradas. Quando as regras não são empregadas pelos professores estabelece-se o caos na sala de aula. Nas estradas somos obrigados a seguir regras cada vez mais severas. Se nas escolas as regras são abolidas o resultado é fatal para as crianças. Regras severas dão a elas o comportamento e a orientação que procuram. Se o professor continuar a ser um mero acompanhante pedagógico, cabendo às crianças a constituição de seu próprio currículo segundo seu arbítrio, o resultado será catastrófico. Elas não encontram mais orientação junto aos pais e se elas não a receberem na escola não mais se desenvolverão. Quanto maior a liberdade na classe, menos oportunidade de desenvolvimento terão os alunos. Somente quando a criança sente a existência de uma organização escolar e o papel do professor elas podem aprender”.

Estas são as declarações do psiquiatra alemão, psicoterapeuta e autor de vários livros, Dr. Michael Winterhoff, [foto] ao jornal austríaco “Die Presse”, 10 de outubro 2011. Ele visita a Áustria a convite do Sindicato dos professores escolares de Viena.

O caos crescente nas escolas primárias austríacas é o resultado de uma pedagogia que renunciou às regras, às notas e às correções. Uma pedagogia fundamentada na técnica, na televisão, no computador, na liberdade total com menosprezo da autoridade. Escolas onde os professores renunciaram à própria cultura, aboliram a noção de dever, elogiaram a tolerância e o relativismo de todas as verdades e onde não ousam dizer que o mundo foi criado por Deus a partir do nada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo artigo. Está mais do que na hora para as autoridades tomarem cosciência dessa triste realidade. Infelizmente, assim como toda a história, a Educação parece ter que passar por essa caminhada dialética: as teses antigas, talvez em certos aspectos um pouco rígidas demais, foram substituídas, infelizmente, por teses exageradamente liberais, o que visivelmente está causando um caos, não só nas escolas, mas em toda sociedade. Urge, portanto, que seja estabelecido um equilíbrio, uma síntese.
Ênio (enio.lunkes@gmail.com)

terapia de casal disse...

Realmente estamos diante de situações cada vez mais comuns em todo o mundo. A Educação perdeu o seu valor através dos novos conceitos à ela atribuida. Isso proporciona uma decadência cada vez maior em todos os aspectos, sociais, morais, econômicos, religiosos (espiritual), pessoal e familiar.
Contra fatos não há argumentos.