16 de setembro de 2018

A Igreja desprestigiada, fruto da autodemolição

Foto do raio que atingiu a Basílica de São Pedro horas depois de o Papa Bento XVI anunciar sua renúncia ao Pontificado
A mídia vem revelando escândalos gravíssimos do mundo eclesiástico, contribuindo assim para agravar ainda mais a crise e alimentá-la. A consequência inevitável é a perda de prestígio e influência da Igreja, numa decadência contínua que se acelerou após o Concílio Vaticano II, recebendo de Paulo VI o rótulo de “processo de autodemolição”. 

Entretanto, apesar de tal crise, devemos conservar a certeza na indefectibilidade da Santa Igreja, edificada por Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a rocha indestrutível de Pedro. Sobre a origem dessa crise, transcrevemos comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, extraídos de seu artigo publicado na “Folha de S. Paulo”, em 20 de março de 1978. 
*       *       *

A imensa influência da Igreja sobre o povo sofreu acentuada diminuição no Brasil — como, aliás, no mundo inteiro — em consequência da crise progressista, que começou a minar os meios católicos desde os últimos anos do pontificado de Pio XII. Como poderia essa influência não diminuir, se os fiéis encontram na Igreja a nauseabunda “fumaça de Satanás”, a que se referiu pública e oficialmente Paulo VI? 

Para compreender essa afirmação do Pontífice, imagine o leitor um lindo palácio construído num ponto elevado de uma cidade. Todos o veem. Todos o admiram. Dele se ufana a população inteira. Se os donos do palácio se entregam subitamente à demolição deste, e a esplêndida fachada vai tomando ares de ruína, como evitar que o prestígio do edifício decaia? Ora, o próprio Paulo VI aludiu, pública e oficialmente, ao misterioso “processo de autodemolição” pelo qual vai passando a Igreja. A fonte do prestígio da Igreja é ela mesma. Mas se ela se autodemole, como imaginar que não destrua ao mesmo tempo seu próprio prestígio?

Um comentário:

Candido disse...

E essa situação começou porque os próprios Pontífices, a partir de Pio XI, não cumpriram o desiderato de Nossa Senhora, a saber: a consagração, solene e em união com os bispos do mundo inteiro, da Rússia ao Imaculado Coração de Maria; a difusão da devoção dos cinco primeiros sábados em reparação das ofensas cometidas contra o Imaculado Coração de Maria; a promoção da reza do terço em família; o combate ao pecado e o fomento das virtudes cristãs e a revelação nos tempos azados dos três segredos, sendo que o último segredo deveria ter sido revelado na década de 60 (se bem me lembro).
Nossa Senhora disse que se isso não fosse cumprido, viria um grande castigo, cruento e avassalador, que arrasaria mais de dois terços da humanidade!
Resta-nos pedir que venha o quanto antes esse castigo. Pois é melhor padecer a carne do que se embotar o espírito...