8 de setembro de 2022

COROAÇÃO DA RAINHA ELIZABETH II

 



A SEGUIR REPRODUZIMOS A HOMENAGEM QUE NA EDIÇÃO DESTE MÊS A REVISTA CATOLICISMO PRESTOU À RAINHA ELIZABETH II PELOS 70 ANOS DE REINADO DA PRIMEIRA MONARCA BRITÂNICA A CELEBRAR JUBILEU DE PLATINA. HOMENAGEM À QUAL NOS ASSOCIAMOS DE TODO CORAÇÃO. 


 

  Plinio Corrêa de Oliveira

A
ssisti ao filme da coroação da rainha da Inglaterra Elizabeth II em 1953. Sua ascensão ao Trono ocorreu em 1952, mas foi coroada no ano seguinte. Uma verdadeira maravilha a cerimônia da coroação! Uma filmagem lindíssima! 

Na nave da Abadia de Westminster, em Londres, o clero anglicano com paramentos vagamente parecidos com os da Igreja Católica e os nobres nas tribunas especiais. Todos os monarcas presentes portavam condecorações próprias aos seus títulos de nobreza. Bem em frente ao altar, o trono no qual se sentaria a nova rainha. À direita e à esquerda, os assentos para os membros da casa real inglesa. Presentes também muitos membros das casas reais de outros países. Uma cena belíssima! 


O número de pessoas do povo que assistiu à cerimônia foi muito grande. Uma parte dentro da própria catedral, que é imensa, outra do lado de fora vendo o longo cortejo da rainha que se deslocava desde o palácio de Buckingham até Westminster. Essa multidão assistia também à passagem de todas as personalidades em suas carruagens tradicionais douradas, com pinturas, com janelas de cristal, com plumas, com lacaios usando chapéus de três bicos etc. Toda a nobreza desfilava, príncipes europeus com os seus belíssimos uniformes, mas também marajás, sultões, a rainha de Tonga, potentados do mundo ainda misterioso do Oriente. O império britânico estava ali representado na sua plenitude. 

Nesse cortejo passavam homens eminentes — por exemplo, Churchill — que tinham salvado a Inglaterra durante a guerra. Também as corporações de mutilados de guerra. O público manifestava um entusiasmo enorme. 

Para que tudo isto? — Para ungir, para recobrir com o azeite da compreensão e da admiração as relações entre a rainha e o povo. Mas também para a rainha ver seu povo entusiasmado que a saudava e aplaudia. Em tudo transparecia que o principal fundamento das boas relações é o recíproco amor. Nesse mútuo entendimento as instituições tornam-se sólidas, o reinado permanece íntegro. Não apenas nos grandes dias, como naqueles da coroação, mas na vida quotidiana. Um reinado deve ser como que uma coroação contínua. 



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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 28 de julho de 1993. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.

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