26 de janeiro de 2025

2024 — Enchentes na Terra, Sinais no Céu

 

Enchente em Valência, Espanha, no dia 30 de outubro

  ✅  Daniel Félix de Sousa Martins

Fonte Revista Catolicismo, Nº 889, Janeiro/2025 

 

O ano que passou assemelhou-se a um mar revolto. Extraordinariamente revolto. As ondas turbilhonaram de todos os lados, em sentidos contraditórios e caóticos. Primeiro a água, depois a lama devastaram regiões no Rio Grande do Sul e mais tarde da Espanha, parecendo simbolizar as psico-enchentes no mundo, algumas boas, outras preocupantes.

A esquerda sofreu um verdadeiro arrastão, tanto no Brasil, quanto nos EUA e Europa.

Em sentido contrário, a avalanche da autodemolição avançou a passos largos na Santa Igreja. Na sociedade, a imoralidade e a blasfêmia foram mar alto, em especial durante as Olimpíadas de Paris.

A conflagração russo-ucraniana e o crescente poderio chinês ameaçam, qual tsunami, descarregar-se em conflito mundial, quiçá atômico.

Passemos, pois, 2024 em revista, para que a visão de conjunto, ancorada nos fatos e sobretudo na fé, nos prepare para o ano que começa.

Aurora boreal sobre Kiev, capital da Ucrânia, no mês de outubro


Sinais no firmamento e no céu

Se em 2023 o mundo foi surpreendido por “auroras boreais” em plena zona mediterrânea da Europa[1], 2024 assistiu a uma “inundação celeste” em diferentes estações do ano e em regiões onde tal fenômeno ou não acontece, ou ocorre apenas raríssimamente.

Em março, “uma severa tempestade solar atingiu a Terra, de acordo com o Centro de Previsão do Tempo Espacial da NOAA, fazendo com que partes dos Estados Unidos pudessem ver a aurora boreal.[2]

Em maio, conforme The New York Times, “as pessoas na Grã-Bretanha ficaram maravilhadas com a visão incomum e espetacular da aurora boreal. As luzes do norte geralmente não chegam tão ao sul. Elas são vistas com mais frequência em latitudes mais próximas do Polo Norte. Pessoas em outros países europeus, incluindo Dinamarca e Alemanha, também relataram ter visto as luzes”. Os espectadores ficaram maravilhados com a visão, manifestando sua surpresa, alegria e, às vezes, choque nas mídias sociais: “Aurora boreal? Nesta época do ano? A essa hora do dia? Nesta parte do país?”.[3]

Em outubro, nova ocorrência: a luz vermelha tingiu os céus de Kiev, de cidades russas[4], e também de diversos outros países. Nos Estados Unidos, até a Flórida (sic!) assistiu à mudança no firmamento.

Quem tem fé sabe que a Providência se utiliza dos fenômenos naturais no governo do universo. E se em 2023 já foi este o caso, quanto mais hoje é nosso dever considerar com seriedade as palavras da Santíssima Virgem em Fátima: Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabeis que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo por seus crimes, por meio da guerra, da fome, e da perseguição à Igreja etc.[5]

Sinais no firmamento da Igreja

O Cardeal Víctor Manuel Fernández
 lançou, com aval do pontífice,
a declaração Fiducia Supplicans,
promovendo a bênção para
duplas homossexuais
e casais em situação
de concubinato ou adultério. 

As tempestades solares pareciam simbolizar outra tormenta, muito mais transcendente, na Santa Igreja, instituída por Nosso Senhor para ser o farol da verdade, o “sol da justiça”, segundo expressão da Sagrada Escritura (Malaquias, IV).

Com efeito, a infiltração dos erros na Igreja tentou com renovada sanha obscurecer esse sol com doutrinas e práticas escusas. No apagar das luzes de 2023, em 18 de dezembro, o novo prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, Cardeal Víctor Manuel Fernández, lançou, com aval do pontífice, a declaração Fiducia Supplicans, promovendo a bênção para duplas homossexuais e casais em situação de concubinato ou adultério[6].

A declaração, obviamente errônea e escandalosa, contradizia documento da mesma congregação vaticana, publicado dois anos antes, que afirmava não ter a Igreja sequer poder ou autoridade para abençoar uniões ilícitas e pecaminosas[7].

O mês de janeiro assistiu a uma inundação de posicionamentos pró e sobretudo contra a declaração, lembrando o que previra Nossa Senhora em Akita sobre o período do grande castigo: “A obra do maligno vai infiltrar-se até mesmo dentro da Igreja, de tal modo que se verão cardeais opondo-se a cardeais e bispos contra bispos.[8]

Vejamos apenas alguns exemplos da oposição ao documento que tanto escândalo causou:

— Praticamente todos os bispos da África subsaariana rejeitaram a declaração.

— O bispo auxiliar de Madrid declarou que “as bênçãos a casais homossexuais são contrárias à natureza humana”[9]. O bispo de Oviedo disse que a declaração era propositalmente confusa e torcia a verdade sobre as bênçãos.[10]

— Na França, nove bispos saíram a público rejeitando a declaração[11].

— O cardeal Robert Sarah convidou todos a se oporem “a uma heresia que mina gravemente a Igreja”.[12]

— Arcebispo de Kansas City: “nenhum Papa nem dicastério pode mudar o ensinamento bíblico”.[13]

— D. Athanasius Schneider, bispo-auxiliar de Astana, no Cazaquistão: “rezemos pelo Papa para que se arrependa da confusão que criou na Igreja”[14].

— As dioceses do Caribe francês repudiaram Fiducia Supplicans[15].

— Os bispos da Bielorrússia publicamente rejeitaram o documento[16].

— O prelado de Moyobamba, no Peru, declarou: “Abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo é um abuso grave do Santíssimo Nome de Deus, que é invocado sobre uma união objetivamente pecaminosa de fornicação, adultério ou, ainda pior, atividade homossexual”[17].

— D. Héctor Aguer, arcebispo emérito de La Plata (Argentina): Fiducia Supplicans não deve ser obedecida: “É perfeitamente correto negar a bênção a casais homossexuais e àqueles em situação irregular”[18].

— Sacerdotes espanhóis lançaram campanha pedindo a revogação da declaração.[19]

Foto do livro “Brecha na Barragem”: O livro de José A. Ureta e Julio Loredo, editado pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e TFPS de mais de 20 países, denuncia a infiltração do lobby homossexual na Igreja. A obra foi enviada a bispos de todo o mundo.

Lama na face da Igreja

Em meio à polêmica, descobriu-se que o próprio signatário da inaceitável declaração havia escrito livros de conteúdo obsceno, como a obra A Paixão Mística. Segundo conhecida jornalista católica, “a perversidade fica mais evidente nos capítulos 7 a 9, os três últimos capítulos do livro, onde Víctor Manuel Fernández faz uma longa apresentação do prazer feminino e masculino, não sem ambiguidade, pois parece querer sugerir que o homem, para se aproximar de Deus, precisa se tornar mais feminino em sua união com ele. Vamos nos abster de citar longamente os três últimos capítulos, que obviamente descambam para a pornografia, com seus termos técnicos e descrições de animais. Enquanto isso, ver o novo cardeal ditando a lei doutrinária na Igreja hoje é pior do que uma piada de mau gosto: é um escândalo”.[20]

Buraco negro da autodemolição

O teólogo-moralista Pe. José Aberasturi comentou com razão: “Se ele não for removido, seu mentor assume todo o seu currículo", acrescentando que, "continuar com esse desastre é continuar a ampliar o buraco negro pelo qual a Igreja está se autodestruindo.”[21]

Como católicos, sabemos que a Igreja é imortal, amparada pela promessa de nosso Divino Salvador: “as portas do inferno não prevalecerão sobre ela” (Mt 16, 18-20). As portas do inferno, portanto, tentarão prevalecer... e é o que empreenderam em 2024. Citemos alguns exemplos.

O teólogo e professor da PUC chilena, Jorge Costadoat, afirmou em entrevista para o órgão dos jesuítas no Rio Grande do Sul: “A própria instituição da confissão auricular é abusiva, pois expõe os católicos a uma experiência desumana”. Aonde chegamos? Até a confissão sacramental está sendo posta em xeque![22]

Em setembro, o Papa Francisco desatou nova onda de perplexidade quando declarou a um grupo inter-religioso de jovens em Cingapura, durante sua recente viagem à Ásia: Todas as religiões são caminhos para Deus. Vou usar uma analogia, elas são como diferentes idiomas que expressam o divino.”[23] Pouco depois, aos jovens reunidos em Tirana, Albânia, para os Encontros Mediterrâneos 2024, reafirmou: “A diversidade de nossas identidades culturais e religiosas é um presente de Deus”[24].

Parêntese: Nosso Senhor não disse “eu sou um caminho, uma verdade e uma vida”... Mas sim “eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por Mim” (Jo 14,6). Fecha parêntese...

Em 22 de outubro, algo trágico aconteceu com os católicos chineses que sofrem perseguições há décadas por sua fidelidade a Roma. O Vaticano renovou o acordo com o regime comunista, reconhecendo as nomeações episcopais feitas pelos agentes do estado totalitário chinês, abandonando o rebanho à mercê dos lobos[25].

Em novembro, a visita papal à casa de Emma Bonino também gerou compreensível estranheza, pois a ativista italiana é “uma das figuras públicas mais incisivas na luta pela disseminação do aborto, eutanásia, divórcio, drogas gratuitas etc.”[26].

Ritos pagãos introduzidos na Missa

Emma Bonino 

No esforço de “inculturar” a liturgia, os bispos australianos aprovaram em maio o rito aborígine da Missa, repleto de elementos tribais, pagãos, estranhos à prática católica, e completamente dessacralizantes[27].

Em novembro, o Vaticano aprovou o rito maia da Missa, “que envolve danças rituais e mulheres tomando o lugar do sacerdote no incensamento do altar”[28].

Enquanto isso, segundo o site oficial da Arquidiocese de Manaus, está em fase final de elaboração o rito amazônico, algo que foi se configurando a partir do desejo de uma Igreja com rosto amazônico[29].


Avanço do satanismo e da blasfêmia


As cerimônias de inauguração e encerramento das Olimpíadas de Paris, de que Catolicismo tratou com detalhes em setembro e outubro p.p., foram um sinal emblemático do avanço do satanismo e da blasfêmia.

Em março, a arquidiocese de Carpi promoveu uma mostra de arte blasfema (sic!) dentro da Igreja de Santo Inácio, com Nosso Senhor e Nossa Senhora pintados em atitudes tão obscenas que nos abstemos de descrever aqui. Os fiéis afluíram em massa na frente da igreja em protesto e atos reparação, e processaram o arcebispo, o artista e outros envolvidos na amostra[30].

A cada ano, em Sevilha, o Conselho Geral de Irmandades e Fraternidades convida um artista famoso para produzir um pôster promocional das belíssimas e famosas procissões de Semana Santa na cidade. Neste ano, o pintor Salustiano Garcia apresentou uma figura de “Cristo ressuscitado” blasfema e provocativa, com um corpo ultra efeminado e sensual, praticamente nu.[31]

Em julho, o padre pró-LGBT James Martin proferiu palestra tendo diante de si uma representação sacrílega de Nossa Senhora vestida com bandeira representando o movimento homossexual e transexual[32].

Algo semelhante se deu em Aparecida do Norte. Uma romaria sacrílega envolveu uma cópia da imagem de Nossa Rainha e Padroeira com uma bandeira do movimento LGBT, e entrou no Santuário[33].

Em Toulouse, França, um show de grandes proporções promovido em outubro pelo governo local gerou indignação “devido às suas múltiplas referências satânicas e esotéricas”. O arcebispo de Toulouse “decidiu então consagrar a cidade e a diocese ao Sagrado Coração de Jesus em 16 de outubro, para proteger a cidade das ‘ameaças das trevas’”[34].

Em novembro, um afegão entrou em importante santuário na Suíça, retirou as vestimentas da milagrosa imagem, a “Virgem Negra”, e a golpeou repetidamente, antes de ser detido pelo sacerdote e preso[35].

Na Alemanha, uma ópera sacrílega intitulada “Sancta” apresentava um grupo de freiras, cujo relacionamento na peça se degenera em orgias entre elas sobre uma cruz, entre outros insultos à Igreja. A peça é de tal forma repugnante que 18 assistentes tiveram de receber cuidados médicos pelas severas náuseas.[36] A TFP Student Action da Alemanha promoveu vigorosos atos de reparação em frente aos teatros de Stuttgart e Berlin, com assistência de dezenas de fiéis indignados.

Estes são apenas alguns exemplos dos sacrilégios e blasfêmias contra Nosso Senhor, Nossa Senhora e a Santa Igreja em 2024, que pedem de todo católico consciencioso um revide espiritual à altura, com atos de reparação públicos e privados.

Os participantes do Sínodo da Sinodalidade junto ao papa Francisco


Sínodo da Sinodalidade – abriu-se a caixa de pandora

Em outubro de 2023 e 2024 ocorreu no Vaticano o Sínodo sobre a Sinodalidade. Três meses antes da primeira sessão, o livro Processo Sinodal, uma Caixa de Pandora, editado pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e entidades afins de 28 países (Cfr. Catolicismo, outubro/23), alertava para o perigo iminente: sob o pretexto de reforma, o Sínodo ameaçava minar a estrutura hierárquica da Igreja, tal como Nosso Senhor a instituiu.

A obra foi enviada a todos os bispos titulares do mundo e a grande número de sacerdotes e seminaristas, que responderam concordando com a denúncia: o Sínodo ameaçava soltar dentro da Igreja o gás tóxico da heterodoxia e da confusão.

Com efeito, o documento final do evento, bem como as comissões de estudo criadas para discutir temas como o diaconato feminino, confirmaram os receios expostos no livro. Segundo comentário de um sacerdote espanhol, “o objetivo pretendido não é levar o evangelho de Cristo às pessoas, mas estabelecer um novo paradigma da Igreja, a igreja sinodal, com todas as suas consequências.”[37]

O documento final do Sínodo promove a descentralização da autoridade eclesiástica, uma possível mudança no Código de Direito Canônico que dê poder deliberativo a órgãos colegiados de leigos, cujas decisões poderiam ser vinculantes até para os bispos. Faz lembrar o socialismo autogestionário, desta vez aplicado à Santa Igreja.

Em 25 de novembro, o Sumo Pontífice chancelou a declaração, afirmando que “as igrejas locais e os grupos de igrejas são agora chamados a implementar, em diferentes contextos, as indicações autorizadas contidas no documento, por meio dos processos de discernimento e tomada de decisão previstos pela lei e pelo próprio documento”[38].

Sínodo do desinteresse

O lema do Sínodo era Comunhão, Participação e Missão. Ele pretendia haurir sua autoridade moral da consulta ao “povo de Deus”. Em julho, as redes oficiais do Sínodo lançaram uma pesquisa para saber o grau de interesse do “povo de Deus” com a sinodalidade na Igreja: “cerca de 90% votaram negativamente. Como resultado, a secretaria responsável do sínodo encerrou a pesquisa prematuramente e colocou os resultados off-line.”[39]

Comentou a respeito Javier Arias: “os amigos do voto e da sinodalidade receberam uma boa dose de seu próprio remédio. As pessoas se manifestaram, mas na direção oposta ao que eles esperavam.”[40]

Pouca comunhão e quase nenhuma participação do “povo de Deus”... o mesmo que terá de sofrer as consequências!

Novos cardeais

Parece que da mesma Caixa de Pandora saíram alguns dos 21 novos cardeais nomeados em outubro. O principal organismo que promove a infiltração do lobby homossexual na Igreja publicou matéria em que comemorava: “De modo geral, aqueles que tinham registros públicos positivos sobre questões LGBTQ+ foram amplamente recebidos.”[41]

Entre os nomeados está o ex-superior geral dos dominicanos, Pe. Timothy Radcliffe. O religioso fez recentes declarações blasfemas e escandalosas, como: “certamente [o ato homossexual] pode ser generoso, vulnerável, terno, mútuo e não violento. Então, de muitas maneiras, eu acho que ele pode expressar a autodoação de Cristo (sic!)”[42].

Falsas e verdadeiras reações à crise na Igreja

Era de se esperar que essas abominações suscitassem reações. De fato, as houve. Mas infelizmente, talvez levados pelo desespero, muitos começaram a tomar uma atitude tresloucada e cismática. A mais emblemática delas foi a do Arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico nos EUA.

Confundindo denúncias documentadas com conclusões precipitadas e linguagem desrespeitosa, o prelado fez declarações em que não reconhecia o Papa Francisco e desconsiderava a priori qualquer autoridade vaticana. Tal conduta errada e imprudente valeu-lhe a declaração de excomunhão por cisma[43].

Bem diferente foi a postura de outros altos eclesiásticos, como o Cardeal Raymond Burke. Respeitoso na linguagem, mas decidido em sua posição, denunciou o documento final do Sínodo: “Ninguém conseguiu definir qual é o significado de sinodalidade — isso se tornou uma espécie de suporte para o avanço de todos os tipos de ideias sobre a Igreja, sobre a liturgia sagrada. Isso vai simplesmente gerar mais confusão e divisão, prejudicando a missão da Igreja. Deveríamos estar dedicando nossa energia à proclamação da verdade sobre a vida humana, sobre a natureza humana, o casamento e a família [...]. Portanto, rezo com todas as minhas forças para que isso seja corrigido”.[44]

O Arcebispo de Sidney (Austrália) também alertou para os desvios sinodais: “O Sínodo sobre Sinodalidade não pode reinventar a fé católica”.[45]


Outra declaração, talvez a mais contundente e incisiva até o momento, foi a do bispo emérito de Tyler (Texas, EUA), Dom Joseph Strickland [foto ao lado]. Durante rosário público que promoveu ao lado da reunião anual da conferência episcopal de seu país, o prelado leu carta aos bispos americanos[46]:

Os senhores se reúnem aqui hoje, apóstolos dos dias atuais, enquanto a Igreja e, portanto, o mundo está à beira de um precipício. No entanto, os senhores, a quem foi confiada a guarda das almas, preferem não dizer uma palavra sobre o perigo espiritual que sobeja. Hoje estamos à beira de tudo o que foi profetizado sobre a Igreja e as abominações que surgirão nestes tempos, um tempo em que todo o inferno atacará a Igreja de Jesus Cristo e um tempo em que os anjos caídos do inferno não mais procurarão entrar em seus salões sagrados, mas ficarão do lado de dentro, espreitando pelas janelas e abrindo as portas para dar as boas-vindas a mais destruições diabólicas.

[...] Muitas pessoas perguntaram o que será necessário para que mais do que alguns bispos finalmente se manifestem contra as mensagens falsas que fluem constantemente do Vaticano [...]

Os senhores não sabem que Nosso Senhor enviará seus anjos vingadores para amontoar brasas de fogo sobre as cabeças daqueles que foram chamados para serem seus apóstolos e que não guardaram o que Ele lhes deu?

No entanto, quase todos os senhores, meus irmãos, assistiram silenciosamente à realização do Sínodo sobre a Sinodalidade, uma abominação construída não para guardar o Depósito da Fé, mas para desmantelá-lo, e ainda assim poucos foram os gritos ouvidos dos senhores — homens que deveriam estar dispostos a morrer por Cristo e sua Igreja. [...]

Peço aos fiéis que rezem fervorosamente para que todos os pastores encontrem suas vozes e digam comigo: “Que viva Cristo Rei – viva Cristo, o Rei, a Verdade Encarnada!”

As palavras do bispo texano foram uma lufada de ar fresco para os fiéis. Em nenhum momento faltou com o respeito devido à autoridade, mas foi firme. Rezemos e esperemos que continue nesta linha, sem se desviar para os desatinos do arcebispo Viganò.

O sol de justiça brilhará com toda a intensidade

Nosso Senhor Jesus Cristo,
“O Sol de Justiça”
 

Diante da avalanche de notícias que acabamos de ver, podemos ser tentados de desânimo. Por isso é oportuno recordar a passagem da Sagrada Escritura a que fizemos breve alusão acima. Trata-se do trecho do profeta Malaquias, capítulo IV, no qual profetiza um grande castigo para os ímpios, seguido da vitória do “sol de justiça”:

“Porque eis que virá um dia ardente como uma fornalha acesa. Todos os soberbos, todos os que cometem a impiedade serão como a palha; este dia, que está para vir, os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, sem lhes deixar nem raiz, nem ramos.

"Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, que traz a salvação sob as suas asas; saireis então e saltareis (alegres) como novilhos ao sair do estábulo.

"Calcareis os ímpios, que serão como cinza debaixo da planta de vossos pés, nesse dia em que eu agir, diz o Senhor dos exércitos[47].

Beata Catarina Racconigi, em êxtase. 

O castigo do mau clero revelado a uma santa

Muitas são as profecias particulares que detalham o grande castigo e o grande triunfo do bem. Abaixo reproduzimos um pequeno trecho de revelações de Nosso Senhor à Beata Catarina Racconigi.

A Beata Catarina Racconigi (1486-1547), virgem mística italiana da Ordem Terceira de São Domingos, recebeu os estigmas e sofreu todas as dores da Paixão. Tendo se oferecido em holocausto por todos os mortos da batalha de Marignan (1515), sua vida foi, a partir de então, um calvário atroz. Deus a cumulou dos maiores favores. O Pe. Morelli O.P., que foi seu confessor, narra suas visões.

Uma espada, um punho, mas três lâminas

“Em diferentes circunstâncias, a Beata Catarina viu no futuro as tribulações que devem preceder a futura renovação da Igreja. Lembro-me de tê-la ouvido dizer que não veria em sua vida mortal a maior dessas provações. Assim, em 1543, ela viu uma pessoa bela e venerável vestida de branco, segurando uma espada, com apenas um punho, mas três lâminas, com a qual ameaçava os povos com calamidades sangrentas. Ela entendeu que a pessoa armada com a espada era a Santíssima Trindade que havia resolvido conduzir a Igreja, por meio de numerosos flagelos, ao seu estado inicial e florescente de santidade.

Flagelo que atingiria o clero seria o último

“Naqueles dias, ela me disse com toda a simplicidade que o flagelo que atingiria o clero seria o último, mas ao mesmo tempo o mais terrível”. Certo dia, “Catarina, arrebatada em êxtase na festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, viu Nosso Senhor indignado contra os pastores da Santa Igreja: os dois apóstolos intercederam em favor dos culpados e ela se juntou a eles, mas sem ser atendida.

O Barco da Igreja

“Sete dias depois, rezando pelas pessoas que lhe eram queridas, bem como por toda a Cristandade, ela viu a si mesma e a seus amigos em um barco que o mar, em sua fúria, ameaçava com seus abismos. O barco da Igreja foi lançado entre as rochas sob o efeito de ventos contrários, de modo que parecia ter que sucumbir de um momento para outro, para se perder nas profundezas do mar, mas o barco sempre escapou desse perigo supremo, e muitos dos passageiros foram puxados para fora e desapareceram nas águas. São Pedro não tirava os olhos do barco guiado por São Gregório.

“Esse espetáculo das provações do Santo Barco foi dado a ela no final de sua vida. Naqueles dias, ela disse que a renovação da Igreja por meio do flagelo não estava longe; que os turcos viriam. Eles devastariam a Itália e a tornariam sangrenta por meio de grandes batalhas”[48].

Sinais de conversão?

Apesar de toda a decadência nos meios católicos, a Santíssima Virgem parece estar derramando um orvalho de graças em muitos setores da Igreja e da sociedade, fomentando um renascer da fé, ainda muito incipiente, mas que alimenta nossa confiança para o futuro.

Segundo pesquisa da Associated Press, os padres progressistas que dominaram a Igreja dos EUA nos anos que se seguiram ao Concílio Vaticano II estão agora na casa dos 70 e 80 anos. Muitos estão aposentados. Alguns já morreram. Os padres mais jovens são muito mais conservadores[49].

No Canadá, “relatos de declínio da prática religiosa entre os católicos no Canadá estão se tornando mais frequentes a cada ano, mas uma tendência diferente, mostrando maior interesse de jovens adultos, dá esperança de um possível renascimento da Igreja em breve[50].

O Arcebispo de Utrecht (Holanda), Cardeal Willem Eijk, declarou no mesmo sentido que “as paróquias onde a fé é bem proclamada e celebrada com dignidade estão cheias”[51].

A peregrinação de 100 quilômetros entre Paris e Chartres, na festa de Pentecostes, de católicos ligados à liturgia tradicional, teve participação recorde em 2024, deixando toda a mídia francesa de queixo caído: 18.000 peregrinos, a grande maioria jovens, fizeram o caminho a pé[52].

Na Áustria, o mosteiro cisterciense mais antigo do mundo teve este ano o maior número de monges de sua história, desde 1133. Segundo o abade, o segredo é a adoração ao Santíssimo Sacramento que fazem toda sexta-feira, onde sempre comparecem de 150 a 250 jovens[53].

A tendência dos jovens ao Catolicismo tradicional manifesta-se até nas práticas exteriores mais simples, como o uso do véu para mulheres. O que levou Madeleine Kearns, jornalista da mídia The Free Press, de Los Angeles, a se perguntar: “Por que tantas mulheres católicas jovens de toda a América aparecem na igreja usando véus? É fácil descartá-las como millennials superficiais, atraídas por algo bonito, mas seus motivos vão ao cerne de nossa liturgia. É aqui que a fé e a moda se encontram.”[54]

Um famoso site progressista americano lamentou que as mulheres tradicionalistas representam “uma formidável força religiosa e política”:

“As esposas tradicionalistas se opõem coletivamente ao feminismo [...] Minha preocupação não é apenas que a minoria de esposas católicas esteja crescendo, mas que ela esteja mobilizando um grupo de eleitores católicos conservadores que veem um retorno à vida anterior ao Vaticano II como uma questão religiosa e política. [...] Graças à sua conexão com os principais influenciadores católicos e suas contrapartidas republicanas de extrema direita, as esposas católicas fazem parte de um contingente crescente de eleitores católicos que confundem a luta pelo catolicismo tradicionalista com a luta pelos valores políticos americanos conservadores. Elas geralmente se identificam como parte da geração pró-vida, refletindo um número crescente de jovens padres que são mais tradicionalmente católicos e politicamente conservadores. À medida que a eleição presidencial de 2024 se aproxima, esse movimento crescente de esposas católicas provavelmente desempenhará um papel importante na forma como os católicos votam nas eleições e nos futuros líderes políticos e católicos americanos.[...]”[55]

Trump declarou que sua administração “será ótima para as mulheres e seus direitos reprodutivos”, em clara alusão ao aborto, afastando-se da posição pró vida de seu primeiro mandato


Eleições pelo mundo: arrastão contra a esquerda

O panorama político internacional de 2024 foi marcado pelas derrotas fragorosas da esquerda.

Em junho, as eleições para o Parlamento europeu registraram uma das maiores derrotas da esquerda na história do bloco. A BBC assim registrou a surpresa: “Uma noite de drama na Europa: o parlamento da UE se volta para a direita”[56].

Na França, as eleições parlamentares foram antecipadas pelo presidente Emmanuel Macron, em um cálculo político para evitar a maioria absoluta da direita em 2025. Apesar de frustrar tal maioria, a manobra tornou sua governabilidade ainda mais obstruída, além de pavimentar o caminho da direita para uma possível vitória nas eleições presidenciais de 2027.

No Brasil, as eleições municipais marcaram época, deixando a esquerda em uma crise existencial, talvez a maior desde o fim do governo militar.

Na Venezuela, Maduro precisou recorrer a uma enorme fraude eleitoral para manter-se no poder.

Até na Holanda e na Bélgica, uma enchente conservadora pôs os esquerdistas com as barbas de molho...

Mas nenhum choque foi tão grande para a esquerda mundial do que as eleições norte-americanas, que se desenrolaram quase como um filme surreal.

O presidente Joe Biden manifestou sua decrepitude em debate com o candidato republicano em junho, e foi forçado por seus correligionários a renunciar à disputa, passando o bastão para a vice-presidente de esquerda, Kamala Harris.

Donald Trump havia sido indiciado em diversos processos, com o claro intuito de torná-lo inelegível. A tentativa de assassinato na Pensilvânia esteve a um centímetro de tirar-lhe a vida. A cena emblemática do candidato sangrando e de pulsos para o ar dominou o noticiário e as redes sociais durante várias semanas. Outro atentado frustrado foi interceptado a tempo pelo serviço secreto.

Apesar dos esforços midiáticos sem precedente, e de somas astronômicas de donativos para o cofre dos democratas, a esquerda perdeu em todas as frentes: a Câmara, o Senado, a Presidência, e até o voto popular, fato que de há muito não ocorria[57].

Sombras no quadro

Todas essas derrotas da esquerda pelo mundo deram grande alívio e foro de cidadania às correntes conservadoras. E isto é evidentemente bom.

Certas sombras, entretanto, não deixam de preocupar os observadores atentos. Várias lideranças políticas de direita têm favorecido uma mudança de eixo da reação conservadora. Tanto na Europa quanto nos EUA, há uma tendência dessas cúpulas de se afastarem dos temas morais — aborto, família etc. — e focalizarem a agenda direitista apenas no aspecto econômico e no problema das imigrações em massa.

Talvez o fato mais emblemático deste fenômeno tenha sido a vergonhosa e decisiva votação de todos os senadores e de vários deputados do Rassemblement National, o maior partido de direita da França, a favor de incluir na constituição o assim chamado direito ao aborto.[58]

Durante a campanha presidencial, Trump declarou que sua administração “será ótima para as mulheres e seus direitos reprodutivos”[59], em clara alusão ao aborto, afastando-se da posição pró vida de seu primeiro mandato.

O problema da imigração é assustador em alguns países e deve ser tratado com bom senso e firmeza, sobretudo na Europa, em que o Islã ameaça tomar posições-chave na sociedade, com o grave risco de descristianizar e caotizar ainda mais aquele continente. Entretanto, a amnésia do aspecto moral ameaça desvirtuar a onda conservadora para uma posição francamente materialista e, dependendo do país, nacionalista, no sentido pejorativo da palavra.

Por exemplo, cresce a preocupação de que o presidente eleito dos EUA possa abandonar a Ucrânia às traças, sob pretexto de atender “primeiro” aos interesses americanos, o que poderia dar livre curso às pretensões tirânicas do ex-agente da KGB, Vladimir Putin.

Soldado ucraniano lança um drone contra as linhas russas 

Ucrânia por um fio

Segundo o jornal El Pais, em outubro “Volodymyr Zelenskiy retornou de uma viagem a Washington com sinais desencorajadores de que é cada vez mais improvável que a Ucrânia afaste as forças russas no campo de batalha. Os republicanos deixaram claro que sua prioridade é que Kiev faça concessões para acabar com a guerra.”[60]

De fato, o ano terminou com perspectivas sombrias para Kiev. De outro lado, o conflito subiu de grau. Em fins de novembro, o presidente americano e o primeiro-ministro britânico permitiram à Ucrânia usar seus mísseis balísticos em território russo. Logo em seguida, o exército ucraniano bombardeou um centro militar em Maryno, na Rússia[61]. Pouco depois, Biden aceitou fornecer minas à Ucrânia, o que ajudaria na defensa do front[62]. Tudo isso parecia ser uma resposta à participação de 10.000 soldados norte-coreanos lutando do lado russo[63].

A retaliação foi dupla: Putin assinou documento definindo novos parâmetros para a doutrina militar russa quanto ao uso de armas nucleares. Segundo ele, a Rússia se vê agora no direito de reagir com armas nucleares a ataques com armas convencionais vindas de países que possuem arsenal atômico[64]. Em seguida, lançou sobre a Ucrânia um míssil com capacidade de carregar ogivas nucleares. A ameaça estava feita[65].

Alguns analistas se perguntaram se essa escalada não seria um show de ambas as partes para aumentar as vantagens em uma possível mesa de negociações. Pode bem ser. Mas isso levanta para o Ocidente uma importante questão:

Em 2014 a Rússia já se havia apossado de um enorme naco do território ucraniano. Dez anos depois está fazendo o mesmo: está no momento em posse de aproximadamente 20% da área do país[66]. Quando isso vai parar? É lícito às nações ocidentais aceitarem um acordo espúrio e abandonar um país soberano, que luta heroicamente pela integridade de seu território? Quem será o próximo: Lituânia? Polônia?

A resposta a esta pergunta crucial só os próximos meses poderão dar. Eis a análise do conhecido colunista espanhol Andrea Rizzi:

“Uma vitória total da Rússia seria um ponto de virada histórico. Mas mesmo um acordo que sancionasse uma perda territorial significativa e a inibição da liberdade de política externa do que restou da Ucrânia seria um sucesso geoestratégico para a Rússia que não só teria um impacto na região, mas mudaria as relações globais, com o entendimento de que as democracias ocidentais podem ser derrotadas em questões de extrema importância por pura superioridade de força de vontade. Seria uma mensagem de efeito imensurável em escala global: tanto para os aliados europeus, que seriam tocados pela realidade do distanciamento americano da região, quanto para toda a galáxia de regimes autoritários insatisfeitos com a primazia ocidental, que veriam seu enfraquecimento e a desintegração do vínculo entre seus principais representantes.”[67]

Guerra no Oriente Médio

Até o momento em que escrevo, Israel parece estar com quase total vantagem sobre o Irã e seus proxies Hamas (Faixa de Gaza) e Hezbollah (Líbano). Grande parte da liderança destes últimos foi dizimada, e sua cadeia de comando parcialmente desmantelada[68].

Em fins de outubro, as forças armadas israelenses bombardearam centenas de alvos estratégicos em território iraniano, incluindo bases militares e depósitos de armas, impedindo uma retaliação significativa do Irã[69].

Exatamente um mês depois, Israel e Hezbollah assinaram um cessar-fogo no Líbano e iniciaram a retirada de tropas das zonas de conflito. Se o frágil acordo for observado por ambas as partes até fins de janeiro, ele seria permanente[70].

Estamos nos encaminhando para o fim do atual conflito no Oriente Médio? É difícil prever. O grande receio dos analistas militares é o papel que desempenhará a China neste e outros casos.

China: a grande ameaça

Segundo o presidente do Instituto para o Estudo da Guerra, general Jack Keane (ret.),

“A maior mudança geopolítica nos últimos 3 ou 4 anos é o grau de cooperação e coordenação entre Irã, China, Rússia e Coreia do Norte. Isso cria uma situação muito perigosa globalmente. Por quê? Porque se a China começasse uma guerra na região do Indo-Pacífico, no mar do sul da China, ou com Taiwan, é provável que então a Rússia faça o mesmo, porque eles sabem que os EUA não poderiam lidar com duas guerras simultâneas, e nos acharíamos em um conflito global. Este é o perigo diante de nós. Eu estive em uma comissão do congresso americano por 20 meses, e esta foi a grande conclusão no que se refere aos perigos para os EUA e seus aliados”[71].

Em setembro, China e Rússia realizaram exercícios militares conjuntos próximos ao Japão: “90.000 soldados e mais de 500 navios e aeronaves foram mobilizados para o maior exercício do tipo em 30 anos”.[72]

Antes, em maio, a China já havia realizado extenso exercício militar aéreo e naval em torno de Taiwan, em claro sinal de protesto e ameaça pelos resultados das eleições na ilha, que elegera um presidente anti-Pequim[73].

Em 19 de novembro, uma comissão de estudo do Congresso americano publicou um relatório de 793 páginas sobre a ameaça chinesa para os Estados Unidos. As conclusões são preocupantes para o equilíbrio mundial: Pequim agora têm o potencial de derrotar os EUA em um futuro conflito regional”. A China também está “escalando as tensões na região do Indo-Pacífico contra o Japão, além da pressão militar contínua visando Taiwan e as Filipinas. Nas últimas duas décadas, diz o estudo, o governo comunista chinês concentrou seus esforços em “construir um grande número de mísseis, navios, aeronaves e outros sistemas para um futuro conflito no Indo-Pacífico”.[74]

Virgem do Apocalipse – Miguel Cabrera (1695-1768). Museu Nacional de Arte, Cidade de México

Conclusão

Esta visão panorâmica pode nos inundar de preocupações. Entretanto, se colocamos a glória de Deus no centro e não nossas pessoas, começaremos a ver o grandioso do quadro. É quando tudo parece irremediavelmente perdido que a Divina Providência costuma intervir: a História dá disso abundantes exemplos.

Se é verdade que em 2024 apareceram muitos sinais no céu, muito mais expressivo é o Sinal, com S maiúsculo, que Deus quis dar ao mundo: “uma Senhora mais brilhante que o sol”, como descreveu um dos pastorinhos de Fátima, “uma Mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés, e uma coroa na cabeça”, como descreve o Apocalipse (12,1).

Sim, essa Senhora tem coroa porque é Rainha, e tudo o que Ela pede a seu Divino Filho, obtém. Ela nos promete seu auxílio se a Ela recorremos com confiança e persistência em todas as vicissitudes, quaisquer que sejam.

Tudo o que Ela promete, Ela cumpre.

Ela prometeu intervir, intervirá.

Prometeu triunfar, triunfará!



[1]Euronews, 6-11-23.

[2] AOL, 25-3-24

[3] The New York Times, 10-5-24

[4] The New York Times, 11-10-24

[5] Cfr. Catolicismo, nº 159.

[6] Site oficial do Vaticano, 18.12.24. Cfr: https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_ddf_doc_20231218_fiducia-supplicans_en.html

[7] Site oficial do Vaticano, 15.3.21. Cfr: https://press.vatican.va/content/salastampa/en/bollettino/pubblico/2021/03/15/210315b.html

[8] Mensagem de Akita, 13.10.73

[9] Infovaticana, 5-1-.24

[10] Infovaticana, 14-1-24

[11] Catholic World Report, 6-1-24

[12] Diakonos.be, 8-1-24

[13] Infovaticana, 13-1-24

[14] Infovaticana, 16-1-24

[15] Infovaticana, 23-1-24

[16] Il Messagero, 2-4-24

[17] LifeSiteNews, 4-1-24

[18] LifeSiteNews, 4-1-24

[19] Infovaticana, 3-1-24

[20]SMITS, Jeanne. Le cardinal pornographe : Victor Manuel Fernandez et la « passion mystique ».Reinformation.tv, 8.1.24. Disponível em : https://reinformation.tv/cardinal-pornographe-fernandez-mystique/

[21] Infocatolica, 9-1-24

[22] Instituto Humanitas Unisinos, 4-11-24. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/645573-o-grande-sinal-dos-tempos-e-a-consciencia-da-catastrofe-ecologica-e-ambiental-entrevista-especial-com-jorge-costadoat

[23] America Magazine, 25-9-24

[24] Catholic News Agency, 17-11-24

[25] Site oficial do Vatican, 22.10.24. Cfr.: https://press.vatican.va/content/salastampa/en/bollettino/pubblico/202410/22/241022c.html

[26] La Nuova Bussola Quotidiana, 7-11-24

[27] Crux, 8-5-24

[28] LifeSiteNews, 15-11-24

[29] 22-8-24

[30] La Nuova Bussola Quotidiana, 11-3-24

[31] The Pillar, 5-2-24

[32] Infovaticana, 2-7-24

[33] Pleno.news, 19-11-24

[34] Aleteia, 19-10-24

[35] Infovaticana, 20-11-24

[36] The Guardian, 10-10-24

[37] Stillum Curiae, 1-11-24

[38] Site oficial da Conferência Nacional dos Bispos dos EUA, 25-11-24

[39] Stillum Curiae, 2-9-24

[40] Infovatica, 26-7-24

[41] New Ways Ministry, 7-10-24

[42] New Ways Ministry, 7-10-24

[43] Vatican News, 5-7-24

[44] LifeSiteNews, 1-11-24

[45] Catholic World Report, 16-10-24

[46] Catholic.org, 14-11-24

[47] (Malaquias 4, 1-3)

[48] SERVANT, Michel, Veillez et Priez car l'heure est proche, Saint Germain en Laye, 1972.P. 229-232. Ver também, sobre a Bem-Aventurada, M. C. Garray, Les Bienheureuses dominicaines, Paris, 1913.

[49] Il Timone, 3-5-24

[50] Catholic World Report, 22-7-24

[51] Infovaticana, 16-10-24

[52] L’ÉchoRepublicain, 20-5-24

[53] Infovaticana, 18-3-24

[54] The Free Press, 25-8-24

[55] National Catholic Reporter, 17-5-24

[56] BBC, 10-6-24

[57] PBS News, 24-11-24

[58] Le Monde, 4-3-24

[59] Infocatolica, 16-8-24

[60] El Pais, 4-10-24

[61] The Guardian, 20-11-24

[62] The New York Times, 20-11-24

[63] The Guardian, 20-11-24

[64] Euronews, 19-11-24

[65] Reuters, 22-11-24

[66] Reuters, 2-6-22

[67] El Pais, 12-11-24

[68] Site da Foundation for Defense of Democracies, 21-9-24

[69] BBC, 28-10-24

[70] The New York Times, 27-11-24

[71] Entrevista para Fox News, 14-9-24

[72] CNN, 17-9-24

[73] The New York Times, 22-5-24

[74] The Washington Times, 19-11-24

Nenhum comentário: