29 de outubro de 2010

Arcebispo Raymond Burke — ótimos e oportunos conselhos para os brasileiros na atual situação do País

(Roma, 20 de outubro de 2010)

O excelente Blog de Luis Dufaur, “VALORES INEGOCIÁVEIS”, publicou hoje uma muito oportuna entrevista com o Arcebispo Raymond L. Burke, presidente do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica (tribunal supremo da Santa Sé), e recentemente apontado para receber de S. S. Bento XVI a púrpura cardinalícia. Tal entrevista foi concedida em Roma a Thomas McKenna, fundador e presidente da associação Ação Católica pela Fé e Família, dos EUA. http://www.catholicaction.org/

O entrevistador interrogou ao arcebispo sobre as razões que o levaram a escrever uma carta pastoral ‒ quando dirigia a arquidiocese de St Louis ‒ sobre a maneira com que os católicos devem votar.

A seguir transcrevo trechos escolhidos da entrevista — sobretudo as partes que mais diretamente são de interesse para os católicos no Brasil —, mas aqueles que desejarem a íntegra click em:


O prelado explicou que muitos católicos, embora professando bons princípios, na hora dar o voto acham que podem colocar as verdades da fé “entre parênteses e votar de acordo com outros  critérios”.

‒ “Eu queria me certificar ‒ explicou o prelado ‒ que os fiéis se dessem conta de que têm uma obrigação moral muito grave de votar nos candidatos que defendam a verdade da lei moral, o que, naturalmente, também redunda no maior bem da sociedade”.
 ‒ “Não podemos alegar, por exemplo, a respeito da existência em nossa sociedade da prática generalizada do aborto ou de uma permissão cada vez maior para os assim chamados casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que ‘Nada temos a ver com isso.’ Temos sim, pois elegemos para cargos públicos pessoas que permitem essas coisas em nossa sociedade.”

‒ “É minha real obrigação enquanto bispo de exortar os fiéis a cumprirem seu dever cívico de acordo com sua fé católica”.

‒ “Não se pode jamais votar em alguém que favoreça absolutamente o 'direito’ de uma mulher de destruir uma vida humana em seu seio ou de procurar um aborto.”

‒ “Em algumas circunstâncias em que não exista nenhum candidato que se proponha a eliminar todo e qualquer aborto, pode-se escolher o candidato que mais limite esse grave mal em nosso país; mas jamais seria justificável votar num candidato que não só não quer limitar o aborto mas entende que ele deva estar ao alcance de todos.

O entrevistador Thomas McKenna, lembrou que esse é um problema também do Brasil e perguntou que mensagem enviaria aos bispos
brasileiros engajados na luta contra o aborto.

‒ “Eu os elogiaria por exercerem seu ministério como mestres da fé a respeito de um assunto fundamental. Como poderia um bispo dormir a noite se não ensinasse nem alertasse seus fiéis contra um mal tão grave quanto o aborto, que ameaça acometer a sua nação? Então, esses bispos devem ser parabenizados, pois o que estão fazendo é simplesmente exercer sua função de mestres da fé e da moral, num assunto como disse fundamental e essencial: a proteção da vida de inocentes e indefesos seres humanos.”

Thomas lembrou que há católicos que dizem: ‘socialmente, ou por outras razões, quero votar no outro lado a despeito do que a Igreja diga’.

‒ “Eu simplesmente lhes perguntaria: ‘Vocês seguem a Regra de Ouro que nos foi ensinada pelo próprio Nosso Senhor nos Evangelhos? Em outras palavras, ‘façam aos outros aquilo que gostariam que lhes fizessem?’ Vocês acham realmente justo negar o direito à vida de outros membros da sociedade, especialmente os que dependem totalmente de nós para viver, a fim de obter alguma vantagem, ainda que legítima, seja ela ambiental ou outra? [...] ou seja, fazer o mesmo que quereríamos que nos fizessem quando nos encontrávamos, pequeninos, no ventre de nossa mãe, em fase embrionária de desenvolvimento ou a caminho do nascimento; como gostaríamos então que os eleitores votassem para proteger e salvaguardar nossas vidas”.

Diz-se também que o "casamento" homossexual é uma questão de não-discriminação, e isso impressionou alguns católicos tíbios. Observou Mckenna, perguntando: Qual seria a resposta da Igreja a isso?

‒ “Há discriminação injusta, por exemplo, quando se diz que um ser humano, por causa da cor de sua pele, não é parte da mesma raça humana. Mas há uma discriminação que é perfeitamente justa e boa, ou seja, a discriminação entre o que é certo e o que é errado. Entre aquilo que está de acordo com nossa natureza humana e que é contrário à nossa natureza humana.
Assim, ao ensinar que atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são intrinsecamente maus e contra a natureza, a Igreja Católica está simplesmente anunciando a verdade, ajudando as pessoas a discriminarem o certo do errado em suas próprias atividades. [...]
“Portanto, não é de modo algum discriminação injusta simplesmente dizer ‘não’”.

Thomas apontou que personalidades públicas votam a favor do aborto ou são contrárias aos ensinamentos da Igreja, porém continuam a comungar e ir à igreja e a se apresentarem como católicos. E perguntou: O senhor poderia dizer algo sobre o que é exatamente esse escândalo, qual sua gravidade?


‒ “É muito grave, ‒ explicou Mons. Burke ‒ isso lhe digo. Porque muitas pessoas, católicos e não-católicos, passaram a crer que o ensino da Igreja Católica sobre a gravidade do aborto não deve ser muito firme ou até mesmo que está prestes a ser alterado de um modo ou doutro. [...]
“O que é, pois, dar escândalo? Dar escândalo é fazer ou deixar de fazer algo que leve outros a ficarem confusos ou caírem em erro sobre o bem moral. Aqui está um perfeito exemplo de escândalo: católicos que traem a fé católica na vida política, como legisladores, juízes ou o que for, levando outras pessoas a acreditar que o aborto não deve ser o grande mal que realmente é, ou que de fato o aborto é uma coisa boa em certas circunstâncias.”

‒ “Hoje tornou-se mais importante do que nunca considerar a realidade do escândalo porque há uma tendência a dizer: ‘O problema está em você. Esta é uma boa pessoa, está fazendo aquilo que acha certo’ e assim por diante, sem ligar para o que é verdadeiro e o que não o é. ‘Você é que cria problema para nós quando o critica’.
“Ora, isso não é verdade de modo algum. Quando manifestamos que algo nos causou escândalo, aconselhamos a pessoa que causou o escândalo a corrigir-se e reparar o mal que fez. Não se trata de acusar outrem falsamente. Não se trata de introduzir discórdia ou desunião na comunidade. Trata-se na realidade de buscar os fundamentos da verdadeira unidade. Em outras palavras, a unidade na promoção do bem comum”.

Mas, interrogou ainda McKenna: Se um homem público católico dá escândalo, que tipo de reparação deve fazer para compensar o mal causado?

‒ “Em primeiro lugar, explicou D. Burke, deve haver uma genuína reforma do coração. Isso se faz através do sacramento da Penitência, por meio da satisfação ou penitência atribuída no sacramento.
Mas é preciso reconhecer que, tratando-se de uma figura pública que tenha promovido algo muito mau de maneira pública, ela deve renunciar também publicamente ao erro que cometeu e ao qual estava levando outras pessoas.
Então, para mim, a única coisa adequada é que essa figura pública diga: ‘Eu estava errado e agora entendo a verdade sobre a vida humana. E lamento profundamente o que fiz.’
Por exemplo, no campo da medicina, alguém como Bernard Nathanson, que foi grande promotor do aborto provocado e depois se emendou, reconheceu o erro e passou a escrever livros e dar palestras para tentar reparar as muitas e muitas vidas para cujo assassinato serviu de instrumento.
Você se pergunta: ‘Como pode alguém ser perdoado por cometer aborto?’ Mas Deus nos perdoa. Sua misericórdia é incomensurável, e em seguida nos leva a fazer a reparação que nós humanamente precisamos fazer para reparar o mal praticado e atrair as pessoas para o bem".

Como conclusão o futuro Cardeal recomendou:


‒ “Desejo convidar todos a invocar de modo particular a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe. Ela foi-nos dada como Mãe da América. Ela é nossa Mãe. Ela é a Mãe de Jesus Nosso Senhor, mas nossa Mãe de modo muito particular.
Apareceu em nosso continente em 1531 e mostrou-se protetora de toda vida humana. Rezemos muito especialmente sob sua intercessão, unindo nossos corações ao seu Coração Imaculado, para pedir o fim do aborto e de todos os ataques à família, especialmente o fim da promoção de uniões do mesmo sexo".


Video: Bispos não podem dormir sem alertar contra o aborto

>


Um comentário:

Anônimo disse...

Para lembrar qual é o Governo do PT:

1) Aliado de Evo Morales, Chavez, Castro e do sistema nazista do Irã;

2) Negou pedido de asilo a dois cubanos que fugiram da ilha-prisão de Fidel
Castro;

3) Aceitou o pedido de asilo de um terrorista italiano que matou inocentes
na Itália e foi condenado por isso naquele país;

4) foi protagonista dos maiores escândalos de corrupção de nossa história
recente;

5) Apoiou o projeto nuclear do Irã contrariando a própria ONU;

6) É cúmplice das invasões do MST, considerando-o um movimento social
legítimo;

7) Acirrou divisões de raça no Brasil com a implantação do sistema de cotas
na universidade e de Quilombolas;

8) Tentou (e continua tentando) criar uma luta de classes, colocando pobres
contra ricos;

9) Interferiu em Honduras para manter um presidente socialista e corrupto
contra a vontade dos hondurenhos;

10) Ameaçou re-estatizar a economia (cuja liberdade atual é, em grande
parte, responsável pelo sucesso econômico que hoje celebram);

11) Foi o partido que criou o maior número de projetos de lei pró-aborto e
casamento homossexual em nossa história...

12) Lançou o PNDH-3, que é um verdadeiro programa de perseguição
religiosa, ameaçando de prisão quem for contra o homossexualismo;

13) Mandou confiscar folhetos que acusavam o PT de ser pró-aborto, como
se isso fosse mentira, ameaçando a liberdade de expressão daqueles que
não concordam com eles;

14) Aparelhou o Estado brasileiro criando milhares de cargos de comissão
ocupados por petistas;

15) Até hoje não deram uma resposta satisfatória para a morte de Celso
Daniel, ex-prefeito de Santo André e membro do PT que foi assassinado em
2002, sendo que 7 testemunhas do crime também foram assassinadas
posteriormente;

16) Um dia após as eleições de 1o Turno, quando o PT acreditava que ganharia
as eleições, publicou, no Diário Oficial da União, a criação de um grupo de
estudo para liberalizar o aborto no Brasil, ao mesmo tempo em que a
candidata do PT negava querer liberar o aborto no país;

17) Concedeu vultosas indenizações a ex-militantes da esquerda
revolucionária da década de 60 e 70, mas nega essas indenizações às famílias
das vítimas desses "militantes";

18) Petistas quebraram o sigilo fiscal do jardineiro Francelino, em
Brasília, que acusou outros petistas de terem recebido dinheiro de mensalão
e de ligações com as FARCs;

19) O PT conseguiu decisão judiciária bloqueando o acesso ao processo que
corre no STM contra sua candidata Dilma Roussef. Apesar dos processos serem
públicos no Brasil, ninguém tem acesso ao processo contra a Dilma. Já, se
fosse um processo contra um candidato da oposição...

20) Não há nenhuma informação sobre o que Dilma fez quando atuava na
clandestinidade da luta armada, nenhum pedido de desculpas ou
arrependimento, apenas silêncio;

21) O Governo do Brasil vê com bons olhos o aumento da presença iraniana e
russa na Venezuela de Chávez, mas critica e combate publicamente a presença
norte-americana na Colômbia;

22) Um Governo totalitário não precisa nascer totalitário. Ele se torna
totalitário porque suas idéias são totalitárias. Fidel Castro defendia a
democracia, Chávez também. O Nazismo venceu as eleições na Alemanha
escondendo suas idéias. Todos os regimes instalados nesses países se
julgavam bons e defendendo os menos favorecidos. Todos começaram a querer a
perpetuação no Poder e passaram a perseguir seus opositores.

Por tudo isso (e por muitas outras razões), não posso votar na Dilma para
Presidente do Brasil.14 minutos atrás