23 de janeiro de 2017

Ideologia de Gênero para crianças


Jurandir Dias

Está causando polêmica um livro publicado recentemente no Reino Unido que propõe ensinar Ideologia de Gênero para crianças a partir dos sete anos de idade. Escrito por C J Atkinson, ele se intitula Can I Tell You About Gender Diversity? (Posso lhe falar sobre a diversidade de gênero?) [capa abaixo] e foi aprovado pelo Departamento de Educação daquele país.[i] 

Sua distribuição está a cargo de Educate & Celebrate, uma entidade financiada pelo governo do Reino Unido que trabalha para “transformar escolas e organizações em LGBT + lugares amigáveis (sic)”.[ii]

A empresa Jessica Kingsley Publishers, com sede em Londres, disse que esse é “o primeiro livro para explicar a transição médica para crianças com sete anos ou mais”. Exemplares da obra serão enviados a 120 escolas com as quais a empresa trabalha, e esta espera que algumas centenas de exemplares sejam adquiridas por outros professores. 

O porta-voz da Editora disse que “este livro vai desencadear discussão na sala de aula e em casa, respondendo a perguntas difíceis que as crianças podem ter sobre a diversidade de gênero.” Ele observou ainda que a introdução de banheiros mistos e sem pronomes binários (ele e ela) é um importante passo para a Ideologia de Gênero.

Termos como “senhoras” e “senhores”, “meninos” e “meninas” são condenados no livro, para que os estudantes transgêneros não sejam discriminados. 

A obra começa com uma historinha: 

“Meu nome é Kit e tenho 12 anos. Eu moro em uma casa com minha mãe e meu pai, e nosso cachorro, Pickle. Quando eu nasci, os médicos disseram a minha mãe e meu pai que eles tinham uma menina, e assim, durante os primeiros anos da minha vida, foi como meus pais me criaram. [...] Eu não estava muito feliz assim.” 

Kit então começa a vestir roupas de meninos, usar pronomes masculinos, e tem seu nome mudado para Christopher pelos pais. A personagem discute a possibilidade de cirurgia para a mudança de sexo e, aos 16 anos, toma hormônios masculinos para que seu corpo tenha as mudanças que ocorrem na puberdade dos meninos. 

"Daily Mail" regitrou que o livro é “um conjunto desconcertante de termos alternativos” como “cisgender” empregado para “crianças que pensam em si mesmas como sendo o gênero que nasceram”, e outros mais absurdos ainda, como: “panromânticos”, “intersex” e “xe”. 

Líderes religiosos e alguns políticos do Reino Unido dizem que o livro é prejudicial às crianças. Seu autor retrucou, dizendo: “Nós chamamos isso de ‘trans-pânico’”, ou seja, um pânico contra essa ideologia absurda e nociva. “O mundo está mudando; um livro como esse é necessário”, acentuou. 

A jornalista Sarah Vine criticou o livro em sua coluna no "Daily Mail": “Ao tentar melhorar a vida de uma pequena minoria, nós estamos ameaçando a sanidade das crianças normais — e sim, vou dizer — crianças normais. É hora de acabar com essa tolice.”[iii] 

*       *       * 
Já comentamos o estudo “Sexualidade e Gênero: achados das Ciências Biológicas, Psicológica e Social”, publicado na revista “The New Atlantis” por dois dos principais estudiosos sobre saúde mental e sexualidade da atualidade, os Drs. Lawrence Mayer e Paul McHugh [respectivamente à direita e à esquerda na foto]. Nesse trabalho, eles constataram que “apenas uma minoria de crianças que sofrem de identificação com o gênero continuará a ter o mesmo problema na adolescência ou na idade adulta.” 

Os Drs. Lawrence e McHugh demonstram também preocupação com a intervenção médica proposta para crianças: “Estamos preocupados com a crescente tendência a incentivar as crianças com problemas de identidade de gênero para a transição ao seu gênero preferido através de procedimentos médicos e, em seguida, cirúrgicos. Há pouca evidência científica sobre o valor terapêutico das intervenções, como atrasar a puberdade ou modificar as características sexuais secundárias dos adolescentes.” Os membros da população transgênero também estão em alto rico de sofrer problemas de saúde mental. 

Apesar desses abalizados estudos, continua a existir um forte lobby da agenda homossexual para propagar a famigerada Ideologia de Gênero no mundo inteiro. Por quê? Qual o interesse disso? 

Só pode ser uma revolta contra Deus, que fez o homem à Sua imagem e semelhança. Nesse sentido, tal ideologia parece ter sido inventada pelo próprio demônio, que tenta destruir a todo custo a obra do Criador. 

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Bibliografia:
[i] https://www.lifesitenews.com/news/uk-children-starting-at-age-7-will-study-reading-writing-gender-transitioni 
[ii] http://www.educateandcelebrate.org/ 
[iii] http://www.dailymail.co.uk/debate/article-4031432/Gender-children-death-common-sense-SARAH-VINE-vocal-transgender-lobby-threaten-sanity-normal-youngsters.html

Um comentário:

NEREU AUGUSTO TADEU DE GANTER PEPLOW disse...

A situação está tão endemoninhada que o que eu percebo é que essa discussão está levando a humanidade para um abismo hihilista total e absoluto... ainda ontem passei os olhos por um programa de Tv (nem lembro qual, nem o canal), que entrevista três seres, um mais bizarro que o outro (os três com cabelos pintados de vários cores: azul, verde, amarelo, vermelho... alargadores de buraco de orelha no lugar de brincos, piercings nos lábios, no nariz... com idades variando e tre 18 e 25 anos): uma espécie de - digamos - mulher, estava se sentindo frustrada porque achava que queria ser lésbica, mas não iria conseguir, portanto não sabia o que ser.... a outra se dizia pansexual e o outro que, certamente quando nasceu, o pai deve ter dito, orgulhoso: "é um menino"!.... se classificou como "transsexual não binário", explicando que podia ser de qualquer sexo, tudo, qualquer coisa, e também nada, se quisesse. A idéia de conviver com voodoo, zumbis e mortos-vivos ficou mais aceitável perto daqueles três.