6 de outubro de 2018

LEPANTO, 447 ANOS DEPOIS...

A grandiosa vitória da Cristandade sobre o Império Otomano -- que envidou no século XVI todos os esforços para dominar o Velho Continente -- nos leva a confiar que obteremos nos presentes dias uma outra vitória  contra o grande perigo que nos ameaça: a tomada do poder pela esquerda comuno-bolivariana.


➤  Paulo Roberto Campos 

Neste dia 7 de outubro de 2018, em que celebramos 447 anos da vitória da Cristandade na batalha naval no golfo de Lepanto, o Brasil encontra-se numa encruzilhada, em uma outra grande batalha. Naquele ano, por intercessão da Santíssima Virgem do Rosário, as esquadras católicas impediram que o poderio maometano tomasse a Europa. Peçamos também a Ela que proteja nossa Pátria, impedindo que nestas eleições o Brasil seja dominado por movimentos esquerdistas que sonham implantar aqui um tipo de governo bolivariano nos moldes daquele que subjugou a infeliz Venezuela com a nefasta dupla Chávez–Maduro. 

Para quem duvide da realidade da ameaça, basta recordar a recente declaração de um dos próceres da esquerda lulopetista, o ex-ministro José Dirceu, réu triplamente condenado a mais de trinta anos de prisão, e a quem a Justiça deixa incompreensivelmente em liberdade para atacar o Brasil e a própria instituição que lhe concedeu a liberdade. Em entrevista ao jornal “El País” (27-9-18), ele declarou que “é uma questão de tempo” para o PT “tomar o poder”. E sugeriu, segundo o Portal "180 graus" (Piauí), de se “tirar todos os poderes do Supremo”

Na mesma data de Lepanto, celebramos também o dia de Nossa Senhora do Rosário — festividade estabelecida pelo Papa São Pio V em ação de graças pela vitória contra o Islã. Rezemos ao menos um terço suplicando-Lhe uma nova vitória da Cristandade no Brasil e a restauração moral de nosso povo nascido nesta Terra de Santa Cruz. 

Um pouco de história da providencial batalha de Lepanto 

No século XVI, o poderio otomano (sobretudo o Império turco, de religião muçulmana) crescia espantosamente e tudo empreendia para aniquilar e dominar a Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em direção ao Ocidente. Em face do iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de então, o Papa São Pio V [imagem ao lado], conclamou os príncipes europeus a se unirem numa frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados Pontifícios.

São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava mais na proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo ao encontro do inimigo. Há 447 anos, em 7 de outubro de 1571, a esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto. Dom João D´Áustria mandou hastear o estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível. 


Mas, apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá [pintura ao lado], parecia vencer. Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria graves consequências para a Civilização Cristã europeia. Mas, óh prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada… 

Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir. 

Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas. 


Quadro representando a visão que São Pio V teve da vitória de Lepanto
Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica. 

O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da gloriosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”

A milagrosa visão foi confirmada somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o grande acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. São Pio V tinha meios mais rápidos para se informar… 

Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro de cada ano. 


Na. Sra. do Rosário de Lepanto [foto Michael Gorre]
Ainda com o mesmo objetivo, de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).

Consumado o milagroso triunfo em Lepanto, outro prodígio salvou a armada católica: uma furiosa tempestade ameaçava levar ao fundo do mar todas as naus. Mais parecia uma tempestade desencadeada pelos demônios, como vingança pela derrota que acabavam de sofrer, pois viam escapar de suas garras a Europa Cristã que os seguidores de Maomé tentaram conquistar para o domínio muçulmano. Em meio à fúria das águas, os navegantes começaram a rezar à Santíssima Virgem, Rainha do Santo Rosário, e a tempestade serenou milagrosamente.
*   *   *
A grandiosa vitória da Cristandade sobre o Império Otomano -- que envidou no século XVI todos os esforços para dominar o Velho Continente -- nos leva a confiar que obteremos nos presentes dias outra vitória contra o grande perigo que nos ameça: a tomada do poder pela esquerda comuno-bolivariana.


3 comentários:

Fernando Lopes de Almeida Soares disse...

Aos 500 anos
da Vitória de Lepanto
o Brasil acorda?
À otomana frota
“brilhante Mulher no céu
surgindo” apavora?
Fiéis “ao apelo
da Virgem Mãe do Rosário”
católicos lutam?

José Antonio Rocha disse...

Deus é mais forte que todo o mal. Jesus Cristo venceu o mundo, a morte e o pecado. O imaculado coração da Virgem Maria triunfará. Não tenhamos medo. Os escravos de satanás não vencerão. Amém,
José Antonio Rocha

Trinidad Gondra disse...

En Argentina, en Diciembre del 2015, pasamos por la misma encrucijada que Uds. Ganó Macri y nos salvó de la “Revolución Bolivariana” de Cristina Kirschner. Lástima que después traicionó a su electorado, proponiendo él mismo el Aborto en el Congreso. Pero, los argentinos salimos a las calles en masa y ganó el No al Aborto!.
Estamos rezando por el Brasil, para que también se salve y también para que no tenga Aborto.
Dios bendice las naciones que cumplen sus Mandamientos y castiga a las rebeldes.
Trinidad Gondra