Dra. Catherine Pakaluk, professora de Investigação social e
Economia na Universidade Católica da América, com seis de seus oito filhos
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➤ Plinio Maria Solimeo
O atual presidente francês Emannuel Macron foi membro do Partido Socialista de 2006 a 2009, com o qual voltou a colaborar de 2012 a 2016, como secretário-geral adjunto da Presidência e ministro da Economia, ambos no governo de François Hollande.
Em 2007 juntou-se com BrigitteTrogneux, sua ex-professora no Colégio La Providence, dos jesuítas de Amiens, onde ele a conheceu quando tinha 15 anos e ela quase 40. Essa diferença de idade pode ser uma das razões pelas quais eles não têm filhos. Outra seria que o mandatário francês é partidário das famílias sem filhos, ou pelo menos com poucos filhos.
Para ser politicamente correto, Macron expressou essa opinião no evento “Goalkeepers”, sobre a fertilidade na África, promovido pela Fundação Gates em Nova York de 25 a 26 de setembro último. Na ocasião, ele afirmou que, quando são bem educadas, as mulheres não têm muitos filhos.
Eis suas palavras: “Sempre digo: ‘Apresente-me a mulher que decidiu, sendo educada perfeitamente, ter sete, oito ou nove filhos’”. E acrescentou, sobre esse costume na África: “Por favor, apresente-me a menina que decidiu abandonar a escola aos 10 anos para casar-se aos 12. Isso se deve a que muitas meninas não receberam a educação adequada, às vezes porque esses países decidiram que os direitos dessas meninas não eram exatamente os mesmos dos meninos.”
Essas afirmações sem fundamento do mandatário francês suscitaram reações em muitas partes do mundo. Algumas provieram do próprio país da modernidade, os Estados Unidos.
Por exemplo, a Dra. Catherine R. Pakaluk [foto acima], professora de Investigação social e Economia na Universidade Católica da América, fez uso do hashtag “#PostcardsForMacron” para refutar o presidente francês, compartilhando uma foto em que ela aparece com seis de seus oito filhos. Explicou que possui mestrado e doutorado na famosa Universidade de Harvard e tem “oito filhos por opção”.
Seu exemplo foi seguido por outras mães que possuem muitos filhos, como Beth Hockel, [foto acima] graduada em Engenharia elétrica pela Universidade de Stanford e mãe de 11 filhos.
Também a escritora católica Elizabeth Foss, da Universidade de Virginia, enviou sua foto com seus nove filhos [foto acima], dizendo: “Sim, todos são meus. E este é o meu título.”
Várias pessoas assinalaram que a filósofa irlandesa Elizabeth Anscombe (1919-2001) [foto acima] foi mãe de sete filhos e ensinou em Oxford e Cambridge.
Alguns homens também se manifestaram contra a absurda afirmação do presidente francês, como o escritor Josh Canning, que disse: “Lance um olhar sobre minha educada e inspiradora esposa e mãe de sete filhos” [foto abaixo].
A reação dessas mulheres e de alguns homens serviu não apenas para mostrar a falácia politicamente correta do presidente francês, como também a coragem de enfrentar o ambiente atual, hostil às grandes famílias.
Um comentário:
Comentário de Macron revela sua coerência na doutrina socialista. Afirmar que uma mulher educada (culta) não pode ter muitos filhos é um tal absurdo que sómente uma mente socialista é capaz de tal aberração. Sem dizer que a Sagrada Escritura considera os filhos uma bênção para o lar. Marcos Costa
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