1 de fevereiro de 2012

Esforços lícitos para neutralizar a atuação dos promotores do homossexualismo

Em continuidade ao post anterior, hoje publico para nossos leitores a introdução redigida pelo Padre David Francisquini [foto ao lado] para o seu novo livro “Homem e mulher Deus os criou (Gen. 1,27). As relações homossexuais à luz da doutrina católica, da Lei natural e da ciência médica”. 





INTRODUÇÃO

Existe hoje um enorme esforço publicitário no mundo todo — através da imprensa, cinema, televisão, Internet e vários outros meios de divulgação — a fim de tornar aceito pela sociedade o homossexualismo.(*) Muitos católicos, embora sabendo que se trata de uma ação antinatural condenável, desconhecem a enorme gravidade do pecado que assim se comete, sempre classificado pela Igreja como pecado que brada aos céus.

Este opúsculo é um estudo destinado a relembrar aos fiéis católicos a doutrina e as normas da Igreja sobre o pecado contra a natureza denominado homossexualismo. Fundamentado no Supremo Magistério da Igreja, nos escritos de santos e de teólogos universalmente aceitos pela Igreja como fidedignos, utiliza também informações contidas em conceituadas publicações.

Moveu-nos a redigi-lo e publicá-lo o zelo pela salvação das almas, pois os fiéis católicos têm hoje dificuldade em obter orientação segura para os problemas morais com que se defrontam diariamente. Seja para a orientação pessoal, seja visando a educação e formação dos filhos, seja ainda na ação de esclarecer os parentes e amigos, nada melhor do que basear-se no que a Santa Igreja ensina desde todo o sempre. A desorientação atual é grande, e devemos aderir em tudo à palavra do Divino Mestre, pois stat crux dum volvitur orbis — enquanto o mundo gira, a cruz permanece inabalável. 

Lamentavelmente, o governo e o poder judiciário de diversos países, como o nosso, vêm facilitando e colaborando com a aceitação do homossexualismo. Conivências inimagináveis e apoios inaceitáveis, inclusive apoio financeiro proporcionado com o dinheiro dos contribuintes, conseguiram introduzir graves alterações no ordenamento jurídico do País. Além de ser injusto e imoral em si mesmo, contraria frontalmente o nosso sentir religioso, que é invariavelmente expresso pela população quando consultada em estatísticas e levantamentos de opinião pública.

Mais censuráveis ainda são as não poucas manifestações de alguns sacerdotes e escritores católicos de índole esquerdista ou progressista, que reinterpretam e deturpam a própria Sagrada Escritura, alegando encontrar atenuantes para a gravidade do pecado contra a natureza, de fato inexistentes. Abrem com isso caminho, mesmo quando não seja esta sua intenção, para justificar esse terrível pecado. Enfraquecem também nos fiéis a noção da ameaça da punição divina contida nas Sagradas Escrituras, fazendo com que muitos sejam levados a cometer esses pecados ou aceitá-los como práticas normais. É de se recear que alguns autores dessas deturpações acabem mesmo sentindo-se livres para cometer essa abominação, representando funesto exemplo tão contrário aos votos assumidos por eles diante de Deus.
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Ao divulgar esses ensinamentos, nossa atitude exprime uma característica fundamental da Igreja, que por sua própria natureza é militante. Militante significa uma pessoa ou um conjunto de pessoas que lutam. Lutaremos, portanto.

Faremos todos os esforços lícitos ao nosso alcance para neutralizar a atuação dos promotores do homossexualismo, que se empenham em conseguir o reconhecimento social e legal desse procedimento desregrado. Tais ativistas contrariam o sentir dos católicos, a grande maioria neste País que já se chamou Terra de Santa Cruz, e para o qual desejamos que volte a merecer plenamente essa honrosa denominação.

Mas, se estamos dispostos a fazer tudo de lícito e honesto para contrariar o avanço dos homossexuais militantes, nós também rezaremos por eles. Sim, rezaremos pelos ativistas radicais que levam avante a propaganda homossexual, rogando que Deus lhes conceda, pela intercessão de Maria Santíssima, a graça que concedeu a São Paulo no caminho de Damasco, convencendo-os de que promovem o erro. E uma vez convencidos de seus erros, que os rejeitem sinceramente, convertendo-se a Deus e juntando-se a nós. De acordo com a famosa expressão atribuída a Santo Agostinho, “nós odiamos o pecado, mas amamos o pecador”. Amar o pecador consiste em desejar para ele o melhor que podemos desejar para nós mesmos, ou seja, que abandone o pecado e “ame a Deus com amor perfeito”. 

Queremos ainda ressaltar que a divulgação do presente trabalho não tem como objetivo difamar ou injuriar ninguém. Não nos move o ódio pessoal contra quem quer que seja. Nossa oposição às pessoas e organizações promotoras do movimento homossexual visa defender o matrimônio, a família e as preciosas instituições e normas da civilização cristã na sociedade.
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Os católicos são convidados e vivamente estimulados a participar da luta contra a ofensiva homossexual. Por menor que seja o seu tempo disponível para esta boa causa católica, sua participação esclarecida e consciente pode fazer-se através de vários caminhos. Não deixe de atuar, conhecendo essas possibilidades no site www.ipco.org.br

Os textos aqui apresentados foram em grande parte colhidos no livro Defending a Higher Law, editado pela TFP norte-americana. Para detalhes mais pormenorizados e outras informações, o leitor pode consultar a tradução portuguesa, que se encontra no site www.ipco.org.br sob o título Em defesa de uma lei suprema (http://www.ipco.org.br/home/ livros/11).
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(*) Nos documentos oficiais da Santa Sé, em seu texto em português, as palavras “homossexualismo” e “homossexualidade” são empregadas usualmente como sinônimas.
Porém, ao longo deste trabalho, e seguindo um costume que se vai tornando cada vez mais frequente entre os que escrevem sobre esse tema (v. por exemplo, Mons. José Luiz Villac, A Palavra do Sacerdote, Catolicismo n° 553, janeiro de 1997, pp. 7-8), far-se-á sistematicamente a seguinte distinção:
— a palavra “homossexualismo” será empregada exclusivamente para referir-se à prática pecaminosa de relações homossexuais e à promoção de ditas relações;
— a palavra “homossexualidade” será empregada exclusivamente para referir-se à atração sexual por pessoas do mesmo sexo — ou tendência homossexual — pela qual a pessoa que a sente pode não ser responsável.
Analogamente, ao usarmos os substantivos “homossexual” e “homossexuais” num contexto condenatório referimo-nos sempre e exclusivamente a pessoas que praticam e endossam o homossexualismo. Ficam por isso absolutamente excluídas dessa condenação aquelas pessoas que, embora sentindo em si uma tendência homossexual, esforçam-se por não lhe dar curso, a fim de salvaguardar a virtude da castidade, merecendo desse modo todo o nosso apoio e respeito.

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