A Santa Igreja estabeleceu o dia 24 de maio para comemorar a invocação de Nossa Senhora enquanto Auxiliadora dos Cristãos. Festa instituída pelo Papa Pio VII no ano de 1814, em ação de graças por seu retorno a Roma, depois de ter sido mantido preso, por cinco anos, pelo déspota Napoleão.
Desde menino, quando estudava no Colégio São Luís, Plinio Corrêa de Oliveira nutria particular devoção a Nossa Senhora Auxiliadora. Foi diante de uma imagem dEla – que ainda hoje se conserva na igreja do Coração de Jesus, na capital paulista [fotos] – que ele recebeu uma graça muito especial. Desde então até seu falecimento, sua gratidão e devoção a Ela não fizeram senão aumentar, nunca deixando ele passar qualquer dia 24 de maio sem manifestar especial dileção à Auxiliadora dos Cristãos.
Foi nesse dia, em maio de 1995, que em conferência no auditório da TFP, em São Paulo, o Prof. Plinio pronunciou as expressivas palavras que abaixo transcrevemos, com leves adaptações para a linguagem escrita.
Auxiliadora dos Cristãos
Plinio Corrêa de Oliveira
“A ideia de auxílio evoca a ideia de necessidade, pois só pede auxílio aquele que está em situação de necessidade; o homem que não está em necessidade não precisa de auxílio.
“Só é auxiliadora Aquela que tem como função normal, como missão própria, como traço característico de sua personalidade, o fato de ser auxiliadora. E Nossa Senhora é, por excelência, auxiliadora, é Aquela que auxilia a todos, de todos os modos, em todas as circunstâncias e em todos os lugares. [Para isso] Ela tem que ser dotada de riqueza simplesmente fabulosa, e de uma bondade ainda mais extraordinária do que sua própria riqueza”.
Auxiliadora até de filhos ingratos
“De maneira que jamais Ela se cansa de dar, jamais se cansa de perdoar; e o perdão é um dos seus dons tão imensamente preciosos, que, depois de ter perdoado muito, ainda tem para aquele que A ofendeu um sorriso de piedade, quando ele A invoca e pede misericórdia.
“Mais. Ainda que ele não A invoque, Ela o auxilia. Ela vê a condição miserável desta ou daquela alma e pede a Nosso Senhor Jesus Cristo por ela. É a Mãe que vem em auxílio do filho que não pede; que dá auxílio ao filho que não vê; que dá auxílio ao filho que não quer; e o socorre, a bem dizer, pelas costas, concedendo-lhe uma graça qualquer, pela qual ele seja tocado de amor, de reverência, de gratidão.
“Desse modo o filho começa a venerar Nossa Senhora enquanto Auxiliadora e fica vinculado a Ela pela vida inteira, porque tal Mãe sempre o auxilia mais e lhe dá forças para pedir ainda mais auxílio. É uma espécie de roldana que leva até o Céu, mediante a qual como que por uma corda misteriosa, Nossa Senhora vai puxando a pessoa para o Paraíso celeste. É preciso, simplesmente, que ela queira agarrar-se à corda que foi lançada por Nossa Senhora, a Auxiliadora dos Cristãos!”
Um comentário:
Do começo ao fim da vida Dr. Plínio amou N. Sra.... quando ele rezava diante de qualquer imagem d'Ela, sua fisionomia entregava a ligação impressionante que ele tinha com Ela.
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