4 de maio de 2017

Uma revelação da História



Gabriel J. Wilson 

Em vídeo difundido pelas redes sociais [veja-o no final deste post], um sacerdote católico espanhol, Pe. Santiago Martin, [foto abaixo] relata e ilustra com trechos de filmagens e fotos a espantosa violência do regime chavista de Maduro contra a população esfomeada da Venezuela. 


Essa violência contra a parte mais indefesa da população não é apenas passiva (as crianças e idosos que morrem por falta de assistência, falta de remédios, vítimas de doenças, fome ou inanição). É uma violência também ativa, como ilustra o mencionado vídeo, que transmite o espancamento de menores por soldados bolivarianos da ditadura de Maduro. 

Esses fatos mais ou menos chegam ao conhecimento de todos os brasileiros que lhes deem um mínimo de atenção. Mas o sacerdote que difundiu esse vídeo-denúncia ressalta um fato irretorquível, satânico: a cumplicidade silenciosa de todos os poderes da Terra com a ditadura de Maduro, como ocorreu também em relação à ditadura de Fidel Castro em Cuba e à de Chavez também na Venezuela. O sanguinário Castro morreu celebrado pelas mídias como um herói. Foi visitado por três Papas, prestigiado pela maioria dos governos ocidentais, e jamais foi seriamente incomodado pelos Estados Unidos depois da crise dos mísseis, em 1962. 

O sacerdote que comenta os fatos é muito cauteloso ao perguntar por que os episcopados (ao menos os latino-americanos…!) não se pronunciam, nem outras instâncias da Igreja. 

Sejamos claros: o que fez a mais alta instância da Igreja? Esse silêncio clamoroso, injusto, aberrante é uma vergonha que ficará para todo o sempre na História como sinal da conivência dos mais altos representantes de Nosso Senhor Jesus Cristo em relação a um regime ateu, marxista, despótico, arrogante e assassino. 


Apesar da tirânica repressão do governo Maduro contra
as manifestações populares, multidões continuam saindo às
ruas para protestar contra o governo
 
A cumplicidade, entretanto, não é apenas dos governos nem da grande maioria dos bispos latino-americanos. É também de uma sociedade ocidental toda voltada para a busca desenfreada dos prazeres. O vício da televisão serve-lhe de anestésico para ver com olhos de otimismo e inalar como banquetes as mentiras e distorções da mídia conivente com as esquerdas de todos os matizes. Claro, em tudo isso sempre existem as honrosas exceções que desde já é preciso ressalvar...

Durante cerca de meio século, uma associação cívica constituída por leigos católicos percorreu o Brasil — “do Prata ao Amazonas, do mar às cordilheiras”, como proclamava o hino das Congregações Marianas. Trata-se da conhecida TFP — Tradição, Família e Propriedade. Por infiltrações dos poderes acima citados, essa sociedade foi silenciada no Brasil logo após o falecimento de seu ilustre fundador, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. 

Não é o momento de tratar desse tema triste e doloroso, mas é bem o caso de apontar as responsabilidades: quem golpeou a TFP silenciou o mais eficaz instrumento de denúncia do avanço comuno-progressista no Brasil e na América Latina. Os responsáveis haverão de prestar contas a Deus das consequências desses atos tanto na sociedade civil como na história da Igreja.

A podridão da classe política brasileira já está exposta como um cadáver. A operação Lava-jato é o palco onde desfilam os gigantes da corrupção. Dia virá em que a podridão do progressismo que tomou conta da Igreja também terá seu fim. E este será ainda muitíssimo mais exemplar e inglório.

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