19 de dezembro de 2024

Triunfal peregrinação das relíquias de Santa Teresinha

 

Igreja Santa Teresinha, no tradicional bairro de Higienópolis da capital paulista, lotada de devotos na veneração às relíquias da santa carmelita. 

✅   Luis Dufaur

Em 20 de outubro 2024 uma bela urna com relíquias de Santa Teresinha do Menino Jesus (fêmur e ossos do pé) completou sua 4ª peregrinação pelo Brasil. Iniciada em 13 de janeiro deste ano, ela percorreu 70 cidades e numerosas igrejas, especialmente aquelas vinculadas ao Carmelo.

A abençoada urna passou os últimos dias da peregrinação na igreja dedicada a Santa Teresinha, situada à Rua Maranhão, no tradicional bairro de Higienópolis da capital paulista.

Essa romaria fez parte da comemoração dos 150 anos do nascimento da santa, ocorrido em 2 de janeiro de 1873; do centenário de sua beatificação, em 29 de abril de 1923, e de sua canonização em 17 de maio de 1925.



Essa urna é também conhecida como “Relicário do Centenário”, “Grão Relicário” ou “Relicário do Brasil”, porque foi confeccionada com doações de fiéis brasileiros ao Carmelo de Lisieux (França). É utilizada para as peregrinações internacionais.

Um segundo relicário permanece no Carmelo de Lisieux e é conhecido como “Urna do Brasil” e “Relicário Gótico”. Ele peregrina apenas na França, levando a relíquia de uma vértebra da santa.

Numa nave lateral da igreja do Carmelo de Lisieux encontra-se a estátua “reclinada” de Santa Teresinha no leito de morte, feita em 1920. Sob ela, colocadas numa primorosa caixa, estão mais algumas relíquias dos ossos. Conhecida como “Primeiro Relicário”, a confecção dessa caixa — realizada em Paris com pau-rosa, madeira amazônica nativa no Brasil — deveu-se também a uma coleta pública brasileira.

A imensa afluência de devotos implorando a sua intercessão para as necessidades crescentes e até angustiantes geradas pela crise moral e social que agita o Brasil, lotou diversas igrejas desde a chegada das relíquias ao Brasil até o momento da sua partida da igreja de Santa Teresinha na capital paulista, no final da tarde do dia 20 de outubro [foto no topo].

Como entender uma tão popular e enraizada devoção a uma santa francesa falecida no silêncio e no isolamento de um longínquo Carmelo na Normandia? Na realidade, entende-se bem à luz daquilo que a própria Santa confiou à sua irmã e mãe adotiva, a Madre Inês de Jesus: “Depois de minha morte, eu farei cair uma chuva de rosas”. E daquela frase famosa manifestando o desejo mais profundo que a animava no auge da agonia: “Eu quero passar meu Céu fazendo bem sobre a Terra”.

São desses bens espirituais que um número cada vez maior de pessoas mais tem necessidade e mais imploram.

Santa Teresinha, talvez a santa mais venerada pelos brasileiros, cumpre sua promessa também nos mostrando uma via superior para o Céu que todos podemos trilhar. É uma estrada real que pode levar aos altares não apenas uma ou outra alma, mas legiões inteiras delas que hoje gemem no abandono e talvez no estado de pecado.

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Ó Santa Teresinha do Menino Jesus, após essa abençoada peregrinação de vossas relíquias pelo Brasil, lançai um olhar de compaixão sobre nós e fazei vossas as nossas intenções. Dizei por nós uma palavra junto à Virgem Imaculada que vos sorriu no amanhecer da vida e suplicai-Lhe que com seu tão grande poder sobre o Coração de Jesus, nos conceda a graça que tanto desejamos nesta hora. Que sua bênção nos fortifique durante toda a vida, nos defenda na hora da morte e nos conduza à bem-aventurança eterna!

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