Por ocasião do XIV Congresso de Católicos e Vida Pública (foto acima), realizado nos dias 16, 17 e 18 de novembro na Universidade San Pablo-CEU, de Madrid, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, discorreu sobre o tema “Esperança e resposta cristã à crise”, tendo sido calorosamente aplaudido.
Entre outras coisas, ele afirmou que a crise econômica europeia se deve principalmente a uma crise de ordem espiritual, e que somente por meio da restauração dos valores cristãos é que a Europa poderá ser regenerada.
A seguir, um resumo da conferência de Orban que preparei para os nossos leitores, pois sua tese vale para Brasil — tanto quanto à solução apresentada para a crise, quanto ao que ele fala de políticos europeus, que se pode aplicar aos quadrilheiros que operam (
A CRISE ECONÔMICA NÃO VEIO POR ACASO
Como exemplo do atual colapso econômico europeu, citou a questão do crédito, que antes era concedido a pessoas responsáveis, mas que depois passou a ser concedido a representantes de países não comprometidos com o cristianismo. O que levou nações inteiras a se escravizarem ao crédito — o que não teria acontecido numa Europa verdadeiramente cristã.
Ele lembrou que no Antigo Testamento a usura era proibida, e que a Igreja sempre rejeitou cobrança de juros abusivos, mas que atualmente os créditos foram desvinculados de responsabilidades morais. O que aprofundou a crise.
Segundo Orban os líderes europeus fizeram carreira, ganharam muito dinheiro e desprezaram os valores cristãos, especialmente a defesa da família e da vida.
O primeiro-ministro húngaro declarou sua crença de que por trás de uma economia bem-sucedida há "algum tipo de força motriz espiritual" e que "a Europa governada de acordo com os valores cristãos se regeneraria".
Deu o exemplo do seu país, explicando que a Hungria — uma nação pobre devido ao legado do regime comunista, que a subjugou por décadas e na qual a pensão média era de apenas 250 euros — teve início uma reconstrução moral. Ele lembrou que seu primeiro rei, Santo Estêvão (quadro ao lado) , ofereceu suas armas e o reino à Virgem Maria. Assim, a nova Constituição húngara é baseada na dignidade, na liberdade, na família, na fidelidade, com obrigação expressa de ajudar os pobres. Ou seja, ela é baseada nos valores cristãos. O que irritou profundamente a esquerda europeia, que chegou a condenar a Hungria no Parlamento de Estrasburgo. Este deseja converter a Europa num continente ateu, no qual o conceito de família seja substituído pelo individualismo.
Armas da Hungria: a coroa de Sto. Estevão, o cetro, a espada e o globo |
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Com essas excelentes ideias, o valoroso primeiro-ministro húngaro será convidado pelo nosso Congresso para falar em Brasília?...
Parlamento Húngaro, em Budapeste (Capital) |
Um comentário:
Nosso querido Brasil, como uma bela fraude que é (pois toda verdadeira História é encoberta, toda falcatrua é meticulosamente planejada com muita antecedência, toda sujeira é sistematicamente varrida para debaixo do tapete, toda corrupção é tolerada quando não incentivada e, por fim, mas não por último, toda realidade é dolosamente distorcida), está em estado de coma induzido, vítima das chamadas "doenças silenciosas" que afetam todo organismo vivo, como a hipertensão e o diabetes. Está para ser morto sem ter sido avisado. Em outros países, em que nas veias do povo corre sangue e não água, as irresignações contra os planos revolucionários são visíveis e imediatas. Nem sempre com sucesso, mas existem. Já aqui, no Pindorama, a letargia (induzida) tomou conta. O relativismo dominante elimina toda e qualquer reação. O senso crítico, o espírito combativo, reacionário, no bom sentido, para não falar do legado católico que deveria imperar sobre esta pobre Nação, são tidos como uma "agressão ao bem estar social". Se isso não pode ser chamado de "crise espiritual", ou "crise moral", não sei que nome dar a essa nossa situação.
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