28 de junho de 2020

São Pedro e a chave do Céu e a da Terra


Neste dia 29 de junho a Santa Igreja celebra a festividade de São Pedro e São Paulo. Em memória desta importante comemoração — hoje tão diminuída e abafada devido ao processo de autodemolição da Igreja promovido pela própria autoridade eclesiástica —, transcrevemos a seguir trecho de uma conferência de Plinio Corrêa de Oliveira de 11-11-1988. 

“Bem no meio da praça de São Pedro, chama a atenção um obelisco — agulha de pedra muito alta, coberta de inscrições egípcias. Os faraós mandavam erigir obeliscos narrando os fatos do reinado deles, ou coisas do gênero. O Egito foi a mais gloriosa das nações antigas, e a Grécia formou grande parte de sua cultura aproveitando elementos da cultura egípcia. Os romanos, por sua vez, inspiraram-se em larga medida na cultura da Grécia. 

Assim, um obelisco no centro daquela praça romana tem muito significado. No alto do obelisco foi colocada uma cruz, simbolizando assim o triunfo da Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre o mundo inteiro. 

E a ideia que preside o conjunto da praça e da Basílica de São Pedro é a representação de uma chave. É muito significativa tal representação em forma de chave, lembrando as chaves do Apóstolo São Pedro –– a chave dos Céus e a da Terra –– o poder exercido no Reino do Céu e, indiretamente, no Reino da Terra!”

19 de junho de 2020

Algumas frases para meditação


Para refletirmos neste dia 19 de junho, no qual a Santa Igreja celebra o Sagrado Coração de Jesus, e no dia 20 o Imaculado Coração de Maria.


“Vistes o inferno para onde vão as almas dos pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Coração Imaculado”. 
(Revelação de Nossa Senhora de Fátima) 


“Deus concede-nos as graças por meio do Coração Imaculado de Maria; que as peçam a Ela; o Coração de Jesus quer que, a Seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria”. 
(Santa Jacinta de Fátima) 


“A Igreja e a sociedade não têm outra esperança senão no Sagrado Coração de Jesus; é Ele quem curará todos os nossos males. Pregai e difundi por todas as partes a devoção ao Sagrado Coração, ela será a salvação para o mundo”. 
(Pio IX) 


“Nossa Senhora saberá conseguir para nós tudo quanto nossa fraqueza pede para a grande tarefa de nosso reerguimento moral. Com o Coração de Maria, todos os terrores se dissipam, todos os desânimos se esvaem, todas as incertezas se desanuviam. O Coração Imaculado de Maria é a Porta do Céu, aberta de par em par aos homens de nosso tempo, tão extremamente fracos. E esta porta, ninguém a poderá fechar — nem o demônio, nem o mundo, nem a carne”. 
(Plinio Corrêa de Oliveira)

6 de junho de 2020

Vibrante alocução de um Cardeal no casamento de um Príncipe brasileiro

Castelo de Nymphenburg, em Munique
➤   Plinio Corrêa de Oliveira 
Fonte: Legionário, 17 de outubro de 1937, N. 266, pag. 6 

O Castelo de Nymphenburg, construído por ordem do romântico e desventurado rei da Baviera, pertence atualmente ao Príncipe Ruprecht von Wittelsbach*, um dos heróis de guerra, herdeiro presuntivo da coroa bávara. Foi na capela deste castelo que Pedro Henrique de Orléans e Bragança casou-se com a Princesa Maria von Wittelsbach, sobrinha do Príncipe Ruprecht.

Casamento de Dom Pedro Henrique de Orléans e Bragança (1909-1981) com a Princesa Dona Maria da Baviera (1914-2011). Acima aparecem, entre outros, (da esq. à dir.) o Príncipe Franz da Baviera, pai da Princesa, o Conde de Paris, o Rei Afonso XIII da Espanha, Dona Maria Pia, mãe do noivo, a Grã Duquesa Carlota de Luxemburgo e o Príncipe Rupert da Baviera. 

O casamento do Príncipe Pedro Henrique de Orléans Bragança, bisneto do Imperador Pedro II, com a Princesa Maria, filha do Príncipe Francisco da Baviera, na capela do castelo de Nymphenburg que, como foi noticiado, acaba de ser abençoado pelo Cardeal Faulhalber, Arcebispo de Munique. 

O eminente purpurado pronunciou alocução, em que disse entre outras coisas o seguinte:

“Uma nação que preza o matrimônio unicamente por razão de raça, não mais poderá atingir um alto nível de cultura moral”. E referindo-se à fidelidade que os príncipes devem ter à doutrina católica, recordou as sublimes palavras da Rainha da Escócia, Maria Stuart: Vós podeis despojar-me de tudo, com exceção do meu sangue real e de minha Fé católica”. 


Cardeal Michael von Faulhalber,
Arcebispo de Munique (1869-1952)


“É precisamente neste tempo – mais do que nunca – que os príncipes de sangue real devem ser fiéis à gloriosa herança de sua estirpe e à herança infinitamente mais gloriosa de sua Fé católica. Não devemos permitir que a concepção católica do matrimônio venha a se banir do nosso século. Devemos defender com todas as forças a nossa Fé. O matrimônio é um santo Sacramento; é esta a doutrina em que devemos crer e que devemos confessar apesar de tudo o que de deplorável vemos e sentimos hoje em torno de nós.” 

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* A informação acima é de 1937, mas hoje o Palácio Nymphenburg (em alemão Schloss Nymphenburg) está aberto ao público, embora continue a ser casa e chancelaria do chefe da Casa de Wittelsbach, atualmente representada por S.A.R. Franz, Duque da Baviera. É um palácio barroco da Alemanha, localizado em Munique.




Dona Maria da Baviera, com seu filho primogênito, Dom Luiz de Orleans e Bragança, atual Chefe da Casa Imperial do Brasil. Nossas homenagens ao Príncipe cujo aniversário comemoramos neste dia 6 de julho.

O Palácio Nymphenburg numa pintura de Canaletto (1760)

Fachada principal do palácio

Vista panorâmica do palácio

1 de junho de 2020

NOVA ORDEM MUNDIAL: Velho plano para uma desordem generalizada contra a qual se multiplicam as reações conservadoras

➤  Fonte: Revista Catolicismo, Nº 834, Junho/2020

Tudo indica que, sob pretexto de combater o novo coronavírus e proteger o “bem comum”, pretende-se impor a todos os países uma governança mundial totalitária. Junto com o vírus chinês, grassa mundo afora uma epidêmica histeria coletiva, que leva a fechar igrejas, arruinar economias e famílias, paralisar cadeias de suprimentos, falir empresas, causar recessão, milhões de desempregos e muita pobreza.

A grande mídia vem se superando cada vez mais em sua capacidade de espalhar o pânico e informações contraditórias. Encarrega-se de ir predispondo as pessoas para o período pós-pandemia, por ela denominado “novo futuro” ou “nova normalidade”. 

Assim, vai induzindo as pessoas a aceitarem submissamente um controle ainda mais rígido. Nisso se inclui a delegação de poderes tiranizantes a organismos internacionais, para intervirem a seu bel-prazer nos governos locais, indicando o rumo que todos devem seguir. 

Entretanto, cresce na opinião pública uma apreensiva e contrafeita rejeição a tal governo, imposto com poderes ditatoriais, que cercearia nossa liberdade, por exemplo, de ir e vir (equivalente, portanto, ao estado de sítio). Por isso levantam-se reações conservadoras contra a tão propalada “Nova Ordem Mundial”. 

Neste período de pandemia, muitas máscaras de figuras públicas (não as máscaras “anti-pandemia”) estão caindo, pois falam abertamente que a globalização despótica será imposta de qualquer jeito, a qualquer custo; e que, se não for por bem, será “na marra”. 

Será o objetivo disso conduzir-nos a uma “nova ordem” como a que vigora amplamente na China, onde o regime comunista vigia tudo ininterruptamente? Ali todos os passos de cada um são controlados — o que comprou, onde e com quem esteve, o que falou, o que leu etc. Além dos celulares, um desses controles é realizado por meio de 200 milhões de câmeras de vigilância instaladas em todos os logradouros, 24 horas por dia, interconectadas com uma sofisticada central com tecnologia 5G. 

Sobre este momentoso tema trata a matéria de capa da edição deste mês da revista Catolicismo*. O autor é o Dr. Adolpho Lindenberg [foto], fundador da construtora que leva seu nome, e presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira. Dr. Adolpho — que entre os colaboradores de Catolicismo é o decano — expõe o que se pretende com a implantação de um tirânico “governo mundial” e a reação que se desenvolve contra isso, presente também na crescente “onda conservadora”. 

O tal “novo futuro”, dentro da chamada “nova ordem”, é o que se planeja impor, levando-nos a perspectivas sombrias, inclusive as mais sangrentas perseguições religiosas. Bem outro, no entanto, é o esplendoroso futuro que almejamos, pois nossas esperanças encontram-se unidas aos Sagrados Corações de Jesus e Maria. E nossas disposições são bem retratadas pelo hino das Congregações Marianas: “De mil soldados não teme a espada / Quem pugna à sombra da Imaculada”

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