§ Paulo Roberto Campos
Não poderíamos deixar de registrar com suma tristeza que na França — a “Filha Primogênita da Igreja” — o “casamento” homossexual foi aprovado pelo Parlamento, bem como a adoção de crianças por “casais” do mesmo sexo.
O governo socialista de François Hollande resolveu passar com bulldozer por cima de todas as gigantescas manifestações de famílias inteiras contrárias a tal aprovação. Fato absurdo ocorrido no dia 23 de abril — sem dúvida, um dia negro que mancha a História da França.
Em Paris, os manifestantes favoráveis ao casamento tradicional foram reprimidos violentamente pela força policial por ordem do governo Hollande. Nem mesmo as crianças [como as da foto abaixo] acompanhadas por seus pais foram poupadas. A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo contra as famílias que pacificamente lotaram ruas, avenidas e praças parisienses. [A respeito, assista o vídeo no final]
O presidente socialista declarou que a lei em favor do homossexualismo seria aprovada e ordenou às suas tropas de choque que dispersassem os manifestantes. “El pajarito chiquitito” do qual falou Nicolás Maduro talvez tenha cantado também para Hollande, pois este, agindo no mais puro estilo chavista, poderia ter acrescentado: “Aprovo porque quero, ainda que a maior parte da sociedade francesa seja declaradamente contrária ao ‘casamento’ de homossexuais e à adoção de crianças por eles!”. Declarou também tratar-se de “uma reforma que vai no sentido da evolução de nossa sociedade”. Então, na lógica do mandatário francês, retornar à época de Sodoma e Gomorra é “evolução da sociedade”...
Por sua vez, a ministra da Justiça, Christiane Taubira (principal defensora da lei recém-aprovada) — nascida na Guiana Francesa e ainda parecendo confundir civilização com barbárie — declarou que o “casamento para todos [mesmo de homem com homem e mulher com mulher] é o início de uma nova civilização”. Civilização!! Que bárbara “civilização” é essa que legaliza uma prática antinatural? Que “civilização” é essa que brutalmente reprime até mesmo pacíficas vigílias silenciosas de jovens, de pais, mães e filhos que tinham em suas mãos apenas uma vela como símbolo do protesto?! [foto abaixo] Que “civilização” é essa que sequer permite expressar opinião? [Vídeo abaixo].
Nesse sentido, um só exemplo dessa “nova civilização”: este senhor da foto abaixo, Franck Talleu, pelo simples fato de entrar com sua família num parque público (no belíssimo e famoso “Jardin de Luxembourg”, em Paris) vestindo uma blusa com o símbolo da “Manif pour tous“ (Manifestação para Todos) — um logotipo estampado na blusa que representa uma família, os pais dando as mãos aos filhos — foi preso e teve que pagar fiança para ser solto. Aí temos um vislumbre da “nova civilização” [Taubira], na qual a repressão ditatorial do governo socialista não permite sequer uma camiseta com a estampa de uma família normal, favorecendo, assim, uma “futura civilização” que deseja implantar a ditadura homossexual.
O Sr. Franck Talleu, no "Jardin de Louxembourg", sendo preso devido à sua blusa com o símbolo da Manifestaçao contra o "casamento" homossexual e o Boletim de Ocorrência Policial |
No cartaz a inscrição: "Papa + Maman: y a pas mieux pour un enfant" (Papai + Mamãe: nada melhor para uma criança). À direita, uma senhora com a blusa símbolo da manifestação. |
Lamentavelmente, apesar de a França levantar-se de modo maciço contra o “casamento” homossexual, a bota do Partido Socialista de François Hollande pisou sobre a instituição familiar, já tão debilitada em nossos dias. Constatamos, uma vez mais, que socialismo e comunismo são “farinha do mesmo saco”, pois ambos desejam o mesmo regime ditatorial e anticristão.
Encerro com uma pergunta: as reações das famílias francesas não seriam sinais da futura conversão da “Douce France” conjecturada pelo grande Papa São Pio X? Com efeito, em 1911, fazendo uma analogia da França com Saulo a caminho de Damasco — quando caiu do cavalo e converteu-se, passando de perseguidor de Cristo (Saulo) a seu Apóstolo (Paulo) —, São Pio X imaginou o seguinte diálogo de Deus com a França:
— “Minha filha, por que me persegues?
— Quem és tu, Senhor?
— Sou Jesus, a Quem persegues... Porque em tua obstinação te arruínas a ti mesma.
— Senhor, que queres que eu faça?
— Levanta-te, lava as manchas que te desfiguraram, desperta em teu seio os sentimentos adormecidos e o pacto da nossa aliança e vai, filha primogênita da Igreja, nação predestinada, vaso de eleição, vai levar, como no passado, meu nome diante de todos os povos e de todos os reis da Terra”.
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5 comentários:
Infelizmente estão conseguindo implantar a ditadura gay no mundo.
A sabedoria está com a Russia...
Luto pela França e por todos os países que estão se curvando a ideologia de deuses estranhos.
Gostaria de saber porque que se diz que a FRANÇA é a FILHA PRIMOGENITA DA IGREJA, como diz aí no blog.
Olá Bruno
Agradeço a pergunta, pois tive que pesquisar um pouquinho para conhecer a origem da bela expressão sobre a França. Apenas sabia que essa nação recebeu o título de “FILHA PRIMOGÊNITA DA IGREJA” desde o batismo do rei Clóvis (no ano de 497), por meio de São Remígio (bispo de Reims). Desde a conversão desse rei bárbaro, o território que correspondia à França atual tornou-se o primeiro Reino católico -- daí a PRIMOGENITURA -- em meio a seus vizinhos pagãos.
Como se sabe, foi por intercessão de sua esposa, a princesa Santa Clotilde, que Clovis se converteu ao catolicismo. Graças a este marcante acontecimento a Civilização Cristã começou a florescer e, em seguida, expandiu-se maravilhosamente.
Com a menciona pesquisa, encontrei a seguinte citação: "A nobilíssima nação francesa tendo abraçado o Cristianismo pela iniciativa de seu Rei, Clóvis, foi galardoada com o mais honrável testemunho de sua fé e piedade com o título de `filha primogênita da Igreja". (Leão XIII, Carta Encíclica "Nobilissima Gallorum Gens", sobre as questões religiosas na França, promulgada a 8 de fevereiro de 1884).
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Assim espero, Bruno, ter ajudado a satisfazer sua justificável curiosidade histórica.
Um abraço
Paulo
OBRIGADO !!!
Não sei em pormenores como agiu o clero católico na França respeitante as manifestações contra a legalização da prática gay.
Aqui no Brasil nosso clero tem ficado absurdamente calado, mas o bispo de Bauru deu uma excomunhão naquele Padre Beto que acolhia os erros da homossexualidade.
Respeitante a isso recebi uma carta interessante que te envio para o caso de querer colocá-la neste blog:
Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Dom Caetano Ferrari
Digníssimo Bispo de Bauru
Excelência Reverendíssima
Escrevia a Vossa Excelência, há dias, começando por dizer que o procedimento do padre Roberto Francisco Daniel, o Padre Beto, não era caso ímpar no Brasil. Infelizmente, ele é mais um dos muitos padres que se julgando super-homens, para não dizer semi-deuses, pensam catastroficamente, que a Igreja tem de entrar na onda dos "ventos da história" e deixar-se conduzir pelo mundo. Pensam que, na verdade, a Igreja perdeu o tempero do sal, deixou de ser o fermento que eleva as massas, que já é uma luz bruxuleante e escondida que não serve para iluminar. Principalmente, perderam a noção de que a Igreja tem de ser a força que disciplina e conduz o "vento da história". A Igreja não é do mundo e não pode ser conduzida pelos gostos vigentes do mundo; a Igreja é de Cristo que deixou Pedro para interpretar os seus desejos.
O Padre Beto e os seus congeneres não servem a Igreja, mas, dentro da Igreja, servem satanás. A profilaxia necessária é eliminar essas "maçãs podres". esses "lobos assassinos".
Excelência
É com o coração palpitante de alegria, de felicidade, de regozijo no Senhor que tomei conhecimento da decisão de Vossa Excelência excomungar o padre por ele não se ter retratado da doutrina pestilenta que ensinava e de não fazer jus ao seu juramento feito na sua ordenação.
É evidente, Senhor Dom Caetano, que o meu regozijo não é por ter sido aplicada a pena de excomunhão em alguém e muito especialmente a um padre. Mas é por Vossa Excelência não ter tido dúvida em usar o seu poder na defesa da Igreja que lhe está confiada, por Vossa Excelência ter dado aos seus diocesanos e a todos os católicos do Brasil a confirmação de que ainda há bispos mais interessados nas coisas de Deus do que nas coisas do mundo.
Na verdade, perante aquilo que se tem passado por este Brasil fora, a a atitude de Vossa Excelência, essa sim, é ímpar.
Peço a Deus, Excelência, que a sua decisão seja o acender do fósforo capaz de atear uma labareda imensa entre os Bispos, particularmente os brasileiros, para que eles reconduzam todos os seus padres a comerem e a beberem a boa doutrina, para que possam servir as almas do rebanho a eles confiado rumo ao Senhor
Envia a Vossa Excelência os meus respeitosos cumprimentos e. beijando as suas mãos, lhe peço a sua Benção.
João Guilherme Barbedo Marques
Av. Princesa Isabel, 282 - 503
22011-010 Rio de Janeiro
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