14 de julho de 2016

Brasil: pais e mães de família lutam para “despetetizar” a educação


Gonzalo Guimaraens – Destaque Internacional (*)

No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT), nascido em ambientes da “Teologia da Libertação” e defensor da revolução cubana, aproveitou-se de uma longa década no Poder para assegurar que o sistema educacional permanecesse em suas mãos, mesmo na eventualidade de perder o governo.

Em direção oposta, pais e mães de família de todo o País estão se organizando para conseguir o apoio de deputados federais e estaduais, e proclamam que chegou a hora de uma profunda “despetetização” da educação no Brasil, ou seja, que é necessário desmontar essa máquina de proselitismo criada pelo PT. 

Quem destampou a panela desse drama, e mostrou os descontentamentos subterrâneos existentes em todo o território brasileiro, não foi nenhum meio de comunicação nacional, mas sim o diário “El País”, de Madrid (edição para o Brasil), com uma série de artigos e reportagens referidos nos links no final desta matéria, cuja leitura recomendamos. 


“O professor de minha filha comparou Che Guevara com São Francisco de Assis”, lembra com indignação o advogado Miguel Nagib.[foto“As pessoas desejam deformar as cabeças das crianças, associando as duas coisas, levando-as a dizer que Che Guevara é um santo”, afirmou o entrevistado. O episódio foi o suficiente para que o advogado Nagib criasse em 2004, junto com outros pais de família, a ONG “Escola Sem Partido”, que atualmente tem uma presença ativa na Câmara dos Deputados em Brasília, e em Câmaras Estaduais da Federação. Suas ideias, análises e propostas encontram-se no site: www.escolasempartido.org. 


A tarefa não é fácil, mas o ânimo e a dedicação desses pais de família no Brasil são notáveis, como se pode constatar na reportagem do “El País”. Em direção contrária, sindicatos de professores de orientação esquerdista estão exercendo pressão muito forte para que nada seja “despetetizado”. Trata-se de uma árdua luta contra a “hegemonia” anticultural das esquerdas, e de um exemplo não apenas para o Brasil, mas para toda a América Latina. 

Na educação, as esquerdas brasileiras fundamentam sua ação de deformação principalmente em dois pilares ideológicos: a ideologia marxista gramsciana e a chamada “Ideologia de Gênero”, que ensina aos jovens e às crianças a ideia de que eles podem escolher livremente seu gênero, independentemente do sexo masculino ou feminino. 

Segundo esses pais e mães, isso é algo oposto aos princípios cristãos, contunde o senso comum e contraria a ordem natural. Ademais, programas escolares que defendem a “Ideologia de Gênero”, do ponto de vista jurídico “transgridem princípios constitucionais” e acordos interamericanos de direitos humanos, os quais afirmam que “os pais têm o direito de que seus filhos recebam educação religiosa e moral de acordo com suas respectivas convicções”, esclarece Nagib.


Esses pais e mães de família no Brasil vêm travando há anos uma luta moral e de princípios, mas os grandes meios de comunicação praticamente os ignoram. Pareceu-nos necessário contribuir para torná-los conhecidos também nos países de língua espanhola, bem como nas comunidades hispânicas dos Estados Unidos, onde existem movimentos semelhantes ao da “Escola Sem Partido”, propiciando compartilhar assim as interessantes informações contidas nas reportagens do “El País”.

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Links do “El País” (edição brasileira): 
> “A educação brasileira no centro de una guerra ideológica” http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/22/politica/1466631380_123983.html
> “O professor de minha filha comparou Che Guevara com São Francisco de Assis” http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/23/politica/1466654550_367696.html 
> “Católicos e evangélicos em cruzada contra a palavra gênero” http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/11/politica/1434059650_940148.html 
Sobre o tema, alguns sites recomendados
Escola Sem Partido: www.escolasempartido.org
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira: www.ipco.org.br 

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(*) Notas de “Destaque Internacional” — uma visão “politicamente incorreta” feita a partir da América do Sul. Documento de trabalho (11 de julho de 2016). Este texto, traduzido do original espanhol por Paulo Roberto Campos, pode ser divulgado livremente.

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