No dia 16 de maio celebramos o centenário da canonização de Santa Joana d’Arc (1412-1431), heroína santa escolhida por Deus para salvar a França. Em memória desta efeméride histórica, segue um comentário de Plinio Corrêa de Oliveira numa conferência em 2 de setembro de 1966.
O Príncipe de Metternich, grande estadista austríaco do século XIX, exprimiu de modo interessante e pitoresco a importância da França: Quando a França espirra, toda a Europa assoa o nariz. Tal relevância ainda persistia no tempo de São Pio X, quando havia nos meios católicos franceses, inclusive entre o episcopado, uma tendência de aceitar os princípios da Revolução Francesa e a separação entre a Igreja e o Estado.
São Pio X preparou uma “bomba” contra essa tendência, beatificando Santa Joana d’Arc em 18 de abril de 1909, e anunciando sua canonização [realizada em 16 de maio de 1920 pelo Papa Bento XV, sucessor de São Pio X].
Esse acontecimento não agradou a Revolução, porque Santa Joana d’Arc é uma França de espada na mão, e disto a Revolução não gosta. Ela tolera, por enquanto, os santos que tenham um pote de unguento na mão, mas não tolera uma santa de espada na mão. Sobretudo porque a história da santa guerreira vinha impregnada de recordações monárquicas e da integridade das fronteiras francesas.
Como isso agrada imensamente o espírito francês, ocorreram grandes peregrinações de franceses para assistir à beatificação efetuada por São Pio X; e também depois, por ocasião da canonização em 1920.
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