3 de fevereiro de 2024

Fotos: Nikolas Scheureu


Por que o Movimento Pró-Vida não pode e não irá se render 

 ✅ Kevin Romain 

Americanos contrários ao aborto reuniram-se em Washington no dia 19 de janeiro para a Marcha pela Vida, marcando os 51 anos desde que a infame decisão Roe vs. Wade legalizou o aborto provocado nos Estados Unidos. 

Membros da Sociedade Americana para a Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) participaram desse multitudinário evento anual, exortando os pró-vida a continuarem a batalha para eliminar o aborto nos Estados Unidos e retornar à ordem cristã. 



Pressionando o Ataque 

A participação da TFP americana incluiu a fanfarra Holy Choirs of Angels tocando gaitas de foles, metais, pífanos e tambores. A música era alegre e firme, encorajando os que marchavam a fortalecer a sua determinação de derrotar o aborto definitivamente. 

Membros da campanha América Precisa de Fátima, da TFP, carregavam uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, implorando ajuda sobrenatural nesta batalha. A Academia St. Louis de Montfort, também dirigida por aquela TFP, esteve presente com força total. 

A faixa da TFP dizia: “Os abortistas põem em circulação recentes derrotas dos antiabortistas, tentando assim desencorajar os pró-vida. A TFP diz: ‘Continuem lutando com confiança! Com Deus, venceremos!’” 

Apesar do frio intenso e da neve, uma imensa multidão encheu as ruas da capital americana, sendo de se assinalar o grande número de jovens cheios de entusiasmo pela causa dos nascituros e pelo futuro da família. Um verdadeiro mar de faixas e cartazes de grupos antiabortistas de todo o país cobriu o National Mall na abertura da Marcha. 

A multidão incluía não apenas grupos americanos, mas também pessoas contrárias ao aborto de outros países como Canadá, México, Irlanda, Brasil, Equador e outros.

Um destaque da Marcha pela Vida deste ano foi a presença do presidente da Câmara, Mike Johnson, de posição francamente pró-vida e pró-família. Ele pronunciou palavras de encorajamento à multidão reunida no National Mall antes do início da marcha. 

Ao longo das décadas, a Marcha pela Vida uniu o movimento e fez com que todos os participantes se sentissem parte de um impulso único empenhado na batalha pela cultura. Cada pró-vida torna-se assim parte de algo maior, movendo-se sincronizadamente em direção às novas batalhas que se apresentarem durante o ano. 

A visão de centenas de milhares de pessoas marchando todos os anos em Washington não pode deixar de causar medo nos defensores do aborto. A Marcha é muito mais do que uma manifestação ou protesto. Essa força juvenil posta em movimento cria a impressão de invencibilidade. 



Quatro coisas para lembrar enquanto o movimento pró-vida é posto à prova

 Voluntários da TFP americana distribuíram um folheto assinalando “quatro coisas para lembrar enquanto o movimento pró-vida é posto à prova”. 

A mensagem centra-se em quatro conselhos para os contrários ao aborto utilizarem frente às dificuldades futuras. “Devemos sempre lembrar a grande vitória que representou a derrubada de Roe v. Wade. Essa derrubada abalou o mundo e alcançou o impossível… A derrota de Roe serve para provar que uma vitória improvável é possível.” 

A declaração da TFP também enfatizou que o aborto é uma questão moral e não mera questão de direitos das mulheres. Explica que a batalha é religiosa e representa um choque violento de duas mentalidades, uma a favor de Deus e outra contra Ele. 

Presidente da Câmara, Mike Johnson 
“Devemos resistir à tentação de limitar o debate a uma discussão laicista sobre o valor da vida humana. A razão mais importante pela qual o aborto provocado é errado é que ofende um Deus infinitamente justo e misericordioso. Cada criança por nascer sacrificada aos ídolos pós-modernos de hoje elimina um plano de Deus que nunca será realizado. Violar a Lei de Deus é um ato de revolta contra a Sua Bondade.” 

Finalmente, o folheto afirma que o movimento pró-vida deve ter confiança em Deus. “Armados de confiança, marchemos corajosamente contra os espíritos malignos destes tempos sombrios e depravados, mudando o debate pela introdução da realidade sobrenatural da ajuda de Deus.” 



Lutando cheios de confiança 

“O movimento pró-aborto gostaria que esquecêssemos as nossas vitórias e ficássemos desanimados”, disse o líder da Ação Estudantil da TFP, John Ritchie. “No entanto, não o faremos e, confiando em Deus e na Sua Santa Mãe, venceremos a cultura da morte!” 

O sucesso é especialmente evidente no nível estadual. Desde que Roe v. Wade foi derrubado, 14 estados implementaram proibições totais contra o aborto, e vários outros introduziram restrições a ele. 

“Esta marcha exige confiança”, comentou Jon Paul Fabrizio, 20 anos, voluntário da Ação Estudantil da TFP. “Este é o momento de redobrar nossos esforços.” 

O movimento pró-vida deve adaptar as suas táticas com os olhos fixos numa América moralizada e livre do aborto. Os pró-vida americanos não podem descansar até que o aborto provocado se torne impensável e Deus e a Sua Mãe Santíssima sejam amados e obedecidos. 

“Agora é a hora de lutar! Agora não é hora para meias medidas!” afirmou Preston Noell, do Bureau de Tradição, Família e Propriedade de Washington. 

“Os pró-aborto estão cambaleando. Precisamos manter a pressão e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para conquistar os nossos compatriotas, para que nos ouçam, e não à mídia, que deseja que eles desistam. Mais uma vez, agora é a hora de lutar! Devemos sempre lembrar que sabemos o resto da história, e o resto da história é que Deus vence! Deus vult!” 



Marchas pela Vida se estendem por todo o país americano 

✅  Frank Seidl 

Além das grandes manifestações anuais contrárias ao aborto na capital americana, sempre no final de janeiro, outras manifestações são realizadas na Califórnia, no Texas, na Louisiana e — mais recentemente — na Flórida. 

Neste estado sulista, na cidade denominada Ave Maria, também realiza-se há três anos a Marcha pela Vida. Desta feita contou com a presença não apenas moradores locais, mas também de outras cidades. 

Abrilhantou o evento o bispo Dom Frank J. Dewane, da diocese de Venice, à qual pertence a cidade Ave Maria. Este prelado vem dando caloroso apoio à iniciativa. 

Dedicados voluntários da campanha America Needs Fátima, da TFP americana, distribuíram aos participantes folhetos da entidade. Houve concentração no estádio local, partindo para o destino final, a praça da matriz. 

Cumpre ressaltar que os floridianos têm-se revelado bastante consequentes com os princípios antiaborto. A cidade Ave Maria é maciçamente católica e estabeleceu uma lei proibindo a venda de anticoncepcionais.

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