21 de setembro de 2025

DESABAMENTO DA CIVILIZAÇÃO EUROPÉIA

 

Varsóvia em ruínas após o intenso bombardeio promovido pela Luftwaffe alemã durante a invasão da Polônia.

✅  Plinio Corrêa de Oliveira 

Neste mês completaram-se 80 anos do término de uma das principais catástrofes do século passado: a Segunda Guerra Mundial. 

Entre 1º de setembro de 1939 a 2 de setembro de 1945, envolvendo a maior parte dos países, morreram mais de 45 milhões de pessoas e quase 35 milhões ficaram feridas. 

Em memória desse conflito, teríamos vários artigos de Plinio Corrêa de Oliveira, mas — devido ao limitado espaço desta página — seguem apenas dois trechos redigidos antes do início da guerra, mas prevendo que o apocalíptico perigo já despontava no horizonte. Assim, por exemplo, no “Legionário”, de 22 de novembro de 1936, ele havia alertado: 

O encouraçado USS West Virginia (BB-48) em chamas após ser atingido por um bombardeio japonês durante o Ataque a Pearl Harbor.



“A Europa e os Estados norte-americanos estão a braços com problemas tremendos. Dentro em pouco — e só os cegos podem contestá-lo — virá um dilúvio internacional: a guerra mundial está a bater às portas da civilização do Ocidente. Depois deste dilúvio, o que ficará da velhíssima Ásia, da Europa agonizante, da América do Norte precocemente arrastada a uma crise mortal? Ninguém poderá dizê-lo. Mas o que é certo é que, à margem deste mundo corrompido e destruído, ficará, virginalmente intacta, a América Latina. E é de suas entranhas, que terá de brotar a nova civilização. 

“Se esta civilização for católica, apostólica e romana, estará firmada a humanidade, por muitos séculos, nos caminhos de Deus. Se ela não for católica, quem poderá prever em que erros despenhará a humanidade?” 

E um ano antes da eclosão mundial, no “Legionário” de 18 de setembro de 1938, ele prognostica que os acordos de paz — então em curso — não conseguiriam evitar a guerra: 

“Por mais que se procure impedir que o grande público tenha uma visão direta de todas as consequências das últimas negociações de Berchtesgaden [pequena cidade bávara, refúgio alpino de Hitler, palco de decisões políticas cruciais, por exemplo, neste local ele recebeu, em 1938, o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain], tudo leva a crer que se o espectro da guerra for realmente afastado em virtude do encontro Hitler-Chamberlain, a conflagração não será propriamente ‘evitada’, mas adiada [...]. 

“Que extensão poderá ela tomar? Não o sabemos. Quando poderá ela explodir? Amanhã? Daqui a 6, 10, 12 ou 24 meses? Não o sabemos. Mas enquanto Hitler estiver no poder, ela será inevitável [...]. 

“A guerra significaria necessariamente o desabamento da civilização europeia, e o Velho Continente se transformaria, caso a Alemanha vencesse, em um montão de ruínas policiadas pelos camisas pardas. O nazismo acha que ainda assim vale a pena”.

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