31 de outubro de 2025

 

Juízo Universal – Spranger Bartholomeus (1570-1571). Musei Reali di Torino, Galleria Sabauda (Turim). Representa Nosso Senhor Jesus Cristo no Juízo Final, cercado de anjos e santos, e aqueles que se salvaram sendo levados pelos anjos para o Céu e os condenados sendo empurrados pelos demônios para o Inferno. 


"Creio na ressurreição da carne 
e na vida eterna"


  Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 899, Novembro/2025


“Em todas as tuas obras lembra-te dos teus novíssimos, e nunca pecarás”. Assim nos adverte o Livro do Eclesiástico (7,40) a respeito dos derradeiros acontecimentos de nossas vidas — Morte, Juízo, Inferno ou Paraíso —, a fim de os termos sempre em mente em tudo que fizermos.

Não fosse a contínua lembrança dos Novíssimos, o número de almas que se perderiam seria incomparavelmente maior e não teriam ocorrido inúmeras conversões e recuperações morais de que a História nos dá tantos exemplos. 

Na vida de São Thomas Morus (1478-1535) — quando no prestigioso e mais elevado cargo de Lord High Chancellor of England — lemos que o rei Henrique VIII queria a sua aprovação para anular o casamento com a rainha Catarina de Aragão e casar-se novamente com outra mulher. A esposa de Sir Thomas incentivou-o a ceder ao desejo do infeliz monarca, para gozar assim de toda a glória do reino e favores reais. Então ele perguntou à esposa: “Quanto tempo tu crês que ainda posso viver para gozar de tal glória?”“Uns 20 anos”, foi a resposta dela. E a réplica do marido: “Queres tu que eu troque toda a eternidade de glória, por apenas 20 anos de glória incerta e passageira na Terra? Péssima mercadora és!”

Por não ter aprovado o divórcio do rei, Thomas Morus foi preso na Torre de Londres e depois decapitado. Hoje é venerado como um santo mártir, elevado à glória dos altares. Excepcionalmente mais: brilha na glória indizível e eterna do Reino do Céu, reinando com Deus, Nossa Senhora, os Anjos e os Santos. 

Catolicismo, que já foi caracterizado como “a revista das verdades esquecidas” — o que muito nos honra, pois nosso compromisso é só com Aquele que disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6) — atua para trazê-las à tona, difundi-las e denunciar os erros esquecidos, bem como tudo aquilo que os adversários da Santa Igreja querem silenciar. 

Eis por que a principal matéria da edição de novembro destacar certos esquecimentos, sobre os quais hoje se procura não falar: os Novíssimos. Tema tido como “desagradável” e muito silenciado pelo clero comuno-progressista. 

Sendo novembro a ocasião mais propícia para meditarmos nos Novíssimos, uma vez que celebramos o dia de Finados e de Todos os Santos, desejamos a todos uma profícua leitura e meditação sobre eles ao longo do mês. 

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