24 de julho de 2010

Censura: Artigo de Bispo, condenando a posição abortista do PT, retirado do site da CNBB

Jantando hoje (23-7-10) com alguns amigos, um deles contou que havia lido um excelente artigo de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini (Bispo de Guarulhos – SP [foto]) no site da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Nesse artigo o prelado condenava firmemente o programa “liberar geral” do PT relativo ao aborto. Mas que ontem, entrando novamente no mesmo site, o artigo não estava mais lá.

— Sabe o que aconteceu? — perguntou o amigo — Vocês não vão acreditar! O artigo tinha sumido, não estava mais on-line. A CNBB deletou o artigo do site!

A natural curiosidade desse amigo se viu logo satisfeita: procurando na Internet, encontrou o referido artigo no site da Diocese de Guarulhos. Enviou-o, então, para sua lista de e-mails, através do qual ele chega agora ao conhecimento dos leitores deste blog.

Intrigado ainda com o “sumiço”, chegando em casa, liguei o computador e fui fazer uma verificação da surpreende “censura”. A partir do “Google” encontrei um link ( http://www.cnbb.org.br/site/dom-luiz-gonzaga-bergonzini ) para o mencionado artigo, justamente no site da CNBB. Cliquei... Sabe que mensagem aparece?

[[ 404 - Recurso não encontrado ]]

Constatei que o artigo já havia sido jogado em algum "buraco negro". Mas continuei a pesquisa. Acabei encontrando um blog que teve a felicidade de publicar a imagem do texto (armazenada na memória do computador) quando este ainda se encontrava no site da CNBB. Eis o documento:

Por que o artigo de Dom Bergonzini teria sido tirado do ar? Uma “nova inquisiçao” de “patrulhamento ideológico”? Teria sido uma ordem do PT? Afinal quem manda na CNBB?

Dileto leitor, antes que “censurem” também este blog, leia o formidável artigo e tire suas conclusões...

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”

Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de “Deus” não seja manipulado ou usurpado por “César” e vice-versa.

Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir-se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.

Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.

Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.

Na condição de Bispo Diocesano, como r e s p o n s á v e l pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que — por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens —, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus, como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).

Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.

Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.

D. Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos


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(*) http://www.diocesedeguarulhos.org.br/miolo.asp?fs=menu&seq=690&gid=950

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais uma da CNBB, rsrs... Como pode? Acho que nesse ano de 2010 bateu todos os
recordes desse tipo de "besteirol socialista" organizada pela CNBB, melhor "CNB do B"
e olha que ainda estamos em julho. Acho que tem dedo de Bispos ligados ao PT ai....!!!!
O que não é nenhuma novidade para nós leigos.
Que Deus salve o Brasil!
Um grande abraço
Mário de Oliveira

De: Ehusson
Assunto: Enc: Confisco de grandes fazendas

... idéia da cnb do b - estão tentando implantar o maravilhoso programa de coletivização do estalinismo e do pol pot, ambos desastres de ponta a ponta com a morte de todos os infelizes ... alguém tem que avisar ao Papa!

UM PLEBISCITO PARA DIVIDIR FAZENDAS

http://www.domcristiano.com.br/home/
Campanha de Embolar o Campo com Plebiscito Popular

Dom Cristiano Krapf
Bispo de Jequié, BA

Diante da pobreza de milhões de brasileiros nesta terra tão rica em recursos naturais, até pessoas bem intencionadas se deixam instrumentalizar por adeptos de uma ideologia anticapitalista e antineoliberal que ainda tem a ilusão de construir uma sociedade mais justa pelo atalho da luta de classes.

No último dia da Reunião dos Bispos em Brasília tivemos um breve tempo de estudo em grupos e apresentação de emendas para um texto de 55 páginas sobre a Questão Agrária, com a proposta de envolver a CNBB numa campanha para limitar por lei arbitrária o tamanho de propriedades rurais.

Faz muito tempo que tal projeto é tramado nos bastidores de setores que desejam radicalizar a reforma agrária. Ainda achei uma brecha para dizer que seria muito melhor insistir na exigência da função social de toda propriedade, em vez de perturbar o trabalho de pessoas que fazem a terra produzir. Tentei oferecer um texto crítico que fiz às pressas com argumentos razoáveis contra a tentativa de atacar e atrasar o desenvolvimento de uma agricultura moderna num país com a vocação de ser o celeiro do mundo neste século de perspectivas ameaçadoras de conflitos crescentes por alimento, por energia e por água.

Não conseguindo distribuir a todos o meu texto sobre o tal plebiscito, o mandei aos colegas pela internet, junto com outro mais elaborado sobre a Questão Agrária para Bispos, que ainda está guardado no meu Blog, porque se refere à primeira versão do texto da CNBB, do qual ainda não vi a versão final.

Quando questionei o envolvimento oficial da CNBB numa campanha contra grandes propriedades rurais que só servirá para agitar ainda mais o ambiente rural, recebi a resposta que não seria publicado um documento na coleção azul, mas apenas um texto para estudo na coleção verde. No entanto, já começou a campanha com a coleta de assinaturas e com a mobilização do povo para o grito dos excluídos. Quem não participar, será criticado como se não estivesse interessado na melhora de vida do homem do campo.

Na CNBB, quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões divergentes. Isso ficou claro quando alguns queriam mobilizar a Igreja toda contra projetos de transposição de água do São Francisco e de hidroelétricas na Amazônia.