8 de setembro de 2020

Vandalismo revolucionário movido pelo ódio à civilização

 

Estátua de Cristóvão Colombo jogada no chão, em Saint Paul, Minnesota (EUA).


As recentes destruições de estátuas simbólicas e imagens sagradas, sobretudo nos Estados Unidos, revelam claramente o plano revolucionário para excluir Deus da sociedade e implantar uma “Nova Ordem Mundial”

  • Paulo Roberto Campos

✔ Fonte: Revista Catolicismo, Nº 836, Agosto/2020

Timothy entrou na garagem de sua casa, e pegou furtivamente um galão de tinta e um pincel. De mansinho, saiu pé-ante-pé. Mas ao abrir o portão, um ruído alertou a mãe vigilante, que da janela indagou do filho adolescente:

         — Tim, aonde você pensa que vai? E o que faz na sua mão esse galão de tinta!?

         — Ihhhhhh…

         — Diga a verdade à sua mãe!

         — Tá bom, mãe, não vou mentir. Vou até a praça da estátua do Colombo.

         — E pra que essa tinta?

         — É pra pichar a estátua.

         — Tim, o que é que Colombo fez de mal, pra ser pichado?

         — Ele foi racista e escravagista, mãe!

         — De onde você tirou isso sobre o grande descobridor da América?

         — Foi na internet.

         — Aahh! Essa internet… Espalham fake-news sobre nosso passado, tentam reescrever a história… E você caiu nessa lorota? Só falta dizer que ele foi nazista, fascista. Se você quer mesmo pintar, precisa saber se ele mereceu isso, pois não se pode praticar injustiça. Pegue na estante um livro que temos sobre o descobrimento da América, leia, e depois me conte o que leu. E se ainda quiser pintar, eu vou junto.

Cristóvão Colombo descobre a América. Gravura colorida de L. Prang & Co., Boston, 1893 (The Prang Educational Co.).

         O adolescente relutou, argumentou, mas viu que não teria autorização sem antes ler pelo menos um capítulo do livro. Pegou-o na estante, recostou-se no sofá e se pôs a ler. Desconfiada com o silêncio que se prolongava, a mãe lhe perguntou se já tinha terminado.

         — Terminei um capítulo, e estou lendo outros trechos.

         — Uhmm! Pelo jeito, você está gostando, não é?

         — É claro, mãe! Esse tal de Colombo era mesmo um colosso.

         — Ah, é?! O que é que estão dizendo aí no livro?

         — Chega um pouco mais perto, e eu vou ler o que dizem dele. Logo depois, começou a leitura:

“Dificilmente pode encontrar-se, no transcurso dos séculos, homem com uma grandeza de alma e um engenho comparável à grandeza de alma e ao engenho de quem isto realizou. Do seio do inexplorado Oceano, graças a Cristóvão Colombo, surgiu um novo mundo; milhões de homens que se achavam no olvido e nas trevas reintegraram-se à sociedade, e voltaram da barbárie à mansidão e à humanidade; e, o que é mais, foram chamados da morte à vida eterna pela comunicação dos bens que Jesus Cristo engendrou”.1

Papa Leão XIII

         — Eu me lembro disso, acho que é de uma encíclica de Leão XIII sobre o descobrimento da América, recordando os grandes feitos dos colonizadores.

— Formidável esse trecho, hein! Acho que não vou mais àquela praça. Ouça mais um pedacinho: “Colombo, sem dúvida alguma, nos pertence. Se buscarmos a razão principal que moveu Colombo a abordar o ‘tenebroso mar’, e a intenção que o determinou a realizar esta obra, entenderemos facilmente e não poderemos duvidar de que a intenção foi, em primeiro lugar, difundir a Fé católica. […] Com efeito, o que primariamente o induziu a realizar esta gesta foi a propagação do Evangelho por novas terras e novos mares”.2

         — Esta é mesmo a verdade histórica, e não pode ser alterada ao gosto de qualquer agitador. É melhor estudar a História do que pichá-la.

         Um largo sorriso evidenciava o contentamento da mãe, pois a leitura daquele livro produzira o efeito desejado. Muito ciosa da boa formação do filho, entregou-lhe depois outra obra sobre a evangelização do Novo Mundo: “Uma epopeia missionária. A conquista e a colonização da América”.

Timothy leu ainda outra parte do livro, depois voltou à garagem e guardou os apetrechos de pichação. E retornou para anotar na sua página no Facebook: “Gente, acabei não indo ao protesto na praça. Comecei a ler um livro, e não parei mais, perdi a hora. O livro traz muitos documentos elogiosos sobre a descoberta da América e seus frutos para a civilização ocidental”.

         Um dos seus seguidores enviou-lhe uma pergunta: “Tim, que livro é esse?”.

         — O título é assim: “O V Centenário face ao século XXI — Cristandade autêntica ou Revolução comuno-tribalista?”. O autor é Alejandro Ezcurra Naón, e está na rede. Pode procurar, que encontra.

Primeira Missa no Brasil – Victor Meirelles (1832–1903). Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

         Timothy postou ainda outro comentário: “Vejam este trecho, que trata do repúdio de João Paulo II à legenda negra (aquelas mentiras que falam da escravidão e do genocídio de índios). Ele disse que isso é uma lenda, e se deve a “preconceitos políticos, ideológicos e mesmo religiosos. […] Quiseram apresentar de modo apenas negativo a História da Igreja neste Continente. […] A expansão da Cristandade ibérica levou aos novos povos o dom que está nas origens e na gestação da Europa — a Fé cristã — com seu poder de humanidade e de salvação, de dignidade e fraternidade, de justiça e amor pelo novo mundo”.

         O entusiasmo de Tim não arrefecia, e ele ainda escreveu: “Compartilhem isso com a galera. Sei que vou ser linchado por não estar sendo ‘politicamente correto’, mas esta é a verdade histórica. Não podemos ir nessa onda de revisionismo, julgando como racistas e escravagistas os colonizadores do Novo Mundo, e também grandes vultos da nossa história”. Postado isso, voltou para o sofá e prosseguiu sua leitura.

“Black Lives Matter” e sua agenda anárquica

Membro do Black Lives Matter em manifestação nas ruas de Nova York

         Timothy acompanhara todo o noticiário sobre o caso de George Floyd, o cidadão negro de Mineápolis preso por utilizar uma nota falsa de 20 dólares, e morto em seguida durante uma ação desastrada de um policial branco. Os rios de tinta que a mídia derramou sobre o fato se transformaram rapidamente em rastilho de pólvora para multidões enraivecidas, que se reuniram em protestos extremamente violentos, tendo aquela violência policial como pretexto.

         Hoje não há quem desconheça o caso George Floyd. Mas quem conhece David Dorn? Pouquíssimos. Também negro americano, de 77 anos de idade, era capitão reformado da polícia, e foi covardemente morto em Saint Louis (Missouri) por manifestantes apoiadores do Black Lives Matter (vidas de negros são importantes). Naquele dia 2 de junho, durante os protestos contra a morte de Floyd, Dorn queria apenas impedir os saqueios de lojas que estavam ocorrendo.

Eis aí dois negros avaliados com dois pesos e duas medidas. Ambos tiveram um fim trágico, mas para certo tipo de revolucionário3 só o primeiro merece homenagens e recordações; o segundo, só desprezo e esquecimento. Não teria a vida do negro David Dorn a importância que se atribui à do negro Floyd? A explicação para tal disparidade na atribuição de importância é que a morte de Floyd serve como pretexto revolucionário, enquanto o assassinato de Dorn, não.

Nos protestos, bandeira americana pichada e levada de ponta-cabeça

Mesmo estando os EUA em período de quarentena devido ao coronavírus, os tumultos, manifestações e saques de lojas de luxo se alastraram pelo país. Tais protestos foram provocados sobretudo pelo movimento marxista Black Lives Matter (BLM), fundado em 2013, o qual se apresenta como antirracista para defender vidas de negros e a igualdade racial. Quando algum afrodescendente é preso, os membros do BLM aproveitam a ocasião para enfrentar forças policiais e incendiar seus carros, rotulando de “fascista” a reação policial.

Revelador do objetivo anárquico do BLM é o seu pedido de desmantelamento das forças policiais. Alegando que as polícias são “discriminatórias”, os ativistas do movimento pedem que as verbas destinadas aos departamentos de polícia sejam cortadas e redirecionadas para “programas sociais”. Alguns membros do BLM tratam com drogados, ladrões, assassinos, enquanto outros, ainda mais radicais, sugerem a abolição das forças policiais.

Hawk Newsome, um dos líderes do BLM, declarou guerra à polícia e planeja lançar um projeto envolvendo patrulhas armadas (estilo Pantera Negra) a fim de rastrear o comportamento de policiais nas ruas. Em nome dos direitos dos negros, mobiliza pessoas para desenvolver um braço militar altamente treinado com o objetivo de desafiar as forças policiais.4

Protestos esquerdistas em Brooklyn, Nova York.

Black Lives Matter, um slogan que serve de base a um movimento, passou a ser pichado em paredes, bradado em protestos nos vários estados norte-americanos, e se estendeu a outros países. O ramo britânico do BLM afirma: “Somos guiados pelo compromisso de desmantelar o imperialismo, o capitalismo, a supremacia branca, o patriarcado e as estruturas estatais que penalizam os negros na Grã-Bretanha e no mundo”.5

Os componentes incendiários do BLM e seus companheiros de viagem adotam a agenda de movimentos favoráveis à esquerda, como “casamento” homossexual e ideologia de gênero; são contrários à instituição da família tradicional; pretendem desestabilizar a sociedade; apoiam a prática do aborto; mas contraditoriamente não se importam com a vida de milhões de bebês afrodescendentes, executados todos os anos pela prática abortiva.

Jeffery Shaun King, fundador do “Real Justice PAC” e radical defensor do Black Lives Matter.

site do movimento Black Lives Matter afirma que tem como objetivo desintegrar a estrutura da família nuclear, como é prescrita no Ocidente; defender a família enquanto vivendo coletivamente em “aldeias”; libertar-nos das garras do pensamento heteroafetivo, para o qual todos no mundo são heterossexuais; cultivar uma rede intergeracional e comunitária livre do passado, livre das tradições.6

Se tais reivindicações dos líderes do BLM não forem atendidas, eles prometem “reduzir a cinzas o sistema”.7

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Antifas, companheiros de viagem do BLM

De mãos dadas com o BLM, outro conjunto de movimentos insurrecionais passou a ter destaque na grande mídia e na imprensa marrom dos EUA. Trata-se do Antifas, grupos anárquicos cujos membros se dizem radicais antifascistas e antirracistas [foto ao lado]. Inspirados nos antifascistas italianos da década de 1920 e 1930, apresentam-se vestidos de negro em seus protestos. Na realidade, os membros do Antifas constituem uma espécie de claque do neocomunismo, que com o desmoronamento do Muro de Berlim (1989), seguido da derrocada do regime comunista na ex-URSS, se metamorfoseou para apresentar-se como ecológico e antiglobalista, mas de extrema-esquerda.

Líderes dos Antifas equiparam o capitalismo ao racismo, do mesmo modo como seus antecessores na Itália equiparavam o capitalismo ao fascismo. Por vezes parecem reivindicar questões aparentemente justas, a fim de atrair a opinião pública, e assim favorecer o candidato de esquerda nas próximas eleições americanas. Com a vitória da esquerda eles esperam rumar para o que chamam de “Nova Ordem Mundial”, ou seja, uma nova normalidade (melhor diríamos anormalidade), a qual não se distingue do velho sistema comunista fracassado — escravizador, este sim, de milhões de cidadãos mundo afora.

Nesse sentido, Patrícia Cullors [foto ao lado], co-fundadora do BLM, declarou que o objetivo imediato de seu movimento é depor o presidente norte-americano: “Donald Trump não pode continuar no cargo até novembro, mas deve renunciar imediatamente. Ele tem de sair. Ele não está à altura do cargo. De modo que vamos pressionar para que ele saia. Ao mesmo tempo também continuaremos pressionando Joe Biden no tocante às suas políticas quanto ao posicionamento a respeito do policiamento e à criminalização. Isso é muito importante. Mas nosso objetivo primordial é derrubar Donald Trump”.8

Confirmando que desejam a implantação de um sistema comunista, o ramo alemão dos Antifas (Antifaschistischer Aufbau München)declara: “A luta contra o fascismo só vencerá quando o sistema capitalista for esfarelado e uma sociedade sem classes for estabelecida”.

A estátua de São Luís IX, em Saint Louis (Missouri), foi pichada e agora é ameaçada de ser derrubada.

Atos incendiários contra símbolos da época colonial

         Os mencionados protestos degeneraram em movimentos reivindicando a derrubada de estátuas de personalidades históricas, o que foi conseguido por eles em alguns casos. Muitas estátuas foram derrubadas de seus pedestais; monumentos foram destruídos; algumas igrejas foram incendiadas, além de imagens de Jesus Cristo e da Virgem Maria. A palavra de ordem é derrubar ou depredar tudo que estiver vinculado ao que eles entendem por escravidão e ao passado colonial.

         Assim, muito além da questão racial e da destruição de estátuas de grandes heróis consagrados pela História, os ativistas anárquicos deixaram cair a máscara. Tanto deblateram contra o “preconceito” e a “intolerância”, que se revelaram os verdadeiramente preconceituosos e intolerantes.

O escritor e ativista americano Jeffery Shaun King, fundador do “Real Justice PAC” e radical defensor do Black Lives Matter, postou em seu Twitter“Sim, acho que as estátuas do europeu branco, o suposto Jesus, também devem ser derrubadas. Elas são instrumentos da supremacia branca. Sempre foram […]. Todos os murais e vitrais de Jesus, de sua mãe e de seus amigos brancos, também devem ser retirados. Eles formam uma supremacia branca bruta, criados como ferramentas de opressão. Propaganda racista. Todos deveriam vir abaixo”. 9

As palavras ‘tuitadas’ por Shaun King revelam sua tendência iconoclasta. Em todas essas manifestações de ódio a figuras simbólicas, patenteia-se o ódio a Deus e à ordem das coisas estabelecidas por Ele. A questão racial foi manipulada como mero pretexto para denegrir o Criador e a ação evangelizadora da Igreja, como na época da América colonial. Derrubar estátuas é símbolo do desejo de reescrever a História, ou mesmo apagá-la. Nesse sentido, se pudessem, queimariam todos os livros históricos das bibliotecas — exceto os de viés marxista, evidentemente — a fim de varrer a memória do passado civilizatório. Agem para que os homens se esqueçam para sempre da magnitude das epopeias de heróis que marcaram a História. No fundo, a destruição de estátuas é um ato simbólico do desejo revolucionário de destruir a cultura, a Cristandade, e mesmo banir Deus da História.

Destruição de imagens de Nosso Senhor e de Maria Santíssima

         O que mais provoca a santa indignação de um católico nessas destruições ou pichamentos é ver igrejas e imagens sagradas — como as de Jesus e de Sua Mãe Santíssima, assim como de santos — serem vandalizadas pelos ditos antirracistas. Além de ser um crime, qualquer atentado a uma imagem sagrada constitui também um sacrilégio, pecado gravíssimo.

Por que tamanho ódio contra Nosso Senhor Jesus Cristo, que passou Sua vida fazendo o bem? Não veio Ele exatamente para salvar todos os povos de todas as raças? Entretanto, tal é a fúria anarquista, que se Ele voltasse à Terra esses ativistas revolucionários não hesitariam em crucificá-Lo novamente.

Só no mês de julho deste ano foram tantos os atentados contra patrimônios históricos, tantos os alvos atingidos pela sanha anarquista, que seria necessário um livro para registrá-los e comentar a importância de cada um deles. Sinteticamente, mencionaremos alguns.

Em Miami (Flórida) uma imagem de Jesus, invocado como o “Bom Pastor”, na igreja do mesmo nome, foi decapitada por facínoras na madrugada do dia 14 de julho.

         No Canadá, antes de eclodir o caso Floyd, vândalos utilizando-se de motosserra danificaram oito estátuas. Algumas delas, que compunham uma Via Sacra de alto valor histórico na cidade de Ontário, foram decapitadas.

         Uma imagem de Nossa Senhora foi incendiada do lado de fora de uma igreja de Boston (Massachusetts).

No dia 11 de julho, policiais receberam um telefonema avisando de um incêndio na área de Dorchester. Ao chegarem à igreja paroquial de São Pedro, viram uma imagem da Virgem que havia sido queimada. Os peritos policiais confirmaram que o fogo começou nas flores de plástico colocadas nas mãos da imagem, cujo rosto e parte superior do corpo ficaram danificados. Dias depois, também em Dorchester, uma segunda imagem da Santa Mãe de Deus foi profanada: anarquistas meteram uma lata de lixo na cabeça da imagem sacrossanta.

Outra imagem de Nossa Senhora foi derrubada de seu pedestal e decapitada na igreja de Santo Estêvão, em Chattanooga (Tennessee).

No bairro de Elmhurst, distrito de Queens em Nova York, um celerado perpetrou o criminoso e sacrílego ato de perfurar uma imagem da Virgem.

No Brasil, o ódio revolucionário já se voltou contra o próprio Cristo Redentor, que do alto do Corcovado nos abençoa. Sugerem retirar aquela monumental estátua, sob o pretexto de que estamos num país laico…

Tudo leva a crer que esses sinistros ataques sejam orquestrados, e executados mediante palavras de ordem oriundas de chefes da “conjuração anticristã”, pois seria inverossímil crer que venham sendo praticados apenas por indivíduos isoladamente.

Vandalizada a estátua de São Luís, o Rei-Cruzado

Em Saint Louis (Missouri), o alvo foi a bela e histórica estátua equestre conhecida como “Apoteose de São Luís”, cartão postal que reverencia o padroeiro dessa cidade [ao lado]. Muito venerado pelos católicos do mundo inteiro, São Luís foi canonizado pela Igreja em 1297. E a preciosa estátua do bom e justo rei francês, símbolo do cavalheirismo e da honra, foi erigida em 1906. Após picharem o monumento precioso, ativistas radicais agora ameaçam derrubá-la.

Não contentes em pichar e exigir a derrubada da estátua, os “antirracistas” se uniram aos maometanos da associação “Umar Lee y Moji Sidiqim”, num abaixo-assinado ao prefeito de Saint Louis, pedindo para mudar o nome da cidade. Acusam o santo de ter sido “islamofóbico” — justamente ele, que em 1250 pagou do próprio bolso o resgate de vários mulçumanos escravizados em Almançora (Egito)!

Americanos limpam o monumento a São Luís pichado pelos vândalos

Muitos católicos — entre os quais membros da TFP norte-americana — têm-se revezado diante da estátua do Rei-Cruzado, a fim de impedir a sua demolição. Recentemente, enquanto rezavam o terço junto ao monumento, foram objeto do ódio dos autodenominados “antirracistas”, que fizeram provocações, cuspiram e gritaram palavras como “suas orações são racistas, seu Deus não pode ouvi-las”. O Prof. Howard Whitcraft, morador da cidade e veterano colaborador da TFP, declarou: “Em meus 81 anos de idade, nunca vi tanto ódio pelo simples fato de estarmos ali rezando o Rosário”.

O Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança [foto ao lado], que é descendente direto do rei São Luís IX, tomando conhecimento dos atentados contra seu antepassado, fez uma declaração onde constam estas palavras:

         “Há algum tempo, visitei a magnífica estátua equestre de São Luís IX no Parque Florestal em St. Louis. Como seu descendente na linha paterna direta, fiquei tocado pela devoção a ele manifestada pelos moradores da cidade.

         “Ouvi dizer que alguns querem derrubar essa estátua. Isso faz parte de um movimento mundial para destruir tudo o que representa a civilização ocidental cristã. Esta campanha de ódio se estende agora aos santos católicos, como o bom Rei São Luís. Por que eles o odeiam, se ele só fez o que era bom? Por gerações, sua memória manteve os membros da minha família nos mais altos padrões morais, e nos sentimos chamados para honrar sua memória com boas ações. Ele constantemente nos chama a seguir seus passos, a amar a justiça e a caridade.

         “O Rei São Luís foi uma figura brilhante de estadista e líder, que convida todos à admiração. Gostaria que o mundo de hoje tivesse líderes políticos como ele! Foi famoso por sua caridade cristã, especialmente para com os pobres. A qualidade mais importante que vejo em meu ancestral foi sua santidade, seu amor a Deus e à Mãe Santíssima.

“Como descendente de São Luís, fiquei profundamente comovido ao saber que os católicos frequentemente se reúnem junto a seu monumento para rezar o Rosário e defender a estátua que está sendo ameaçada”.

Estátua de São Junípero foi retirada de seu pedestal e jogada no chão na Califórnia

Estátuas de São Junípero derrubadas ou danificadas

Um vídeo mostra a estátua do missionário franciscano espanhol São Junípero Serra (1713–1784) sendo atingida por objetos e coberta de tinta, enquanto integrantes do Black Lives Matter de São Francisco (Califórnia) aplaudem a sua derrubada.

Que crime cometeu esse santo? Ele foi responsável no século XVIII pela fundação de grandes cidades como Los Angeles, Santa Bárbara, San Diego e Sacramento. Fundou várias missões na Alta Califórnia e dirigiu outras, tudo para evangelizar os indígenas. Foi um grande defensor dos índios, inclusive ensinando-lhes técnicas de agricultura, pecuária e alvenaria. Tudo isso só pode ser considerado uma glória para o santo e para a Cristandade. Uma glória tão amplamente reconhecida, que esse santo missionário é o único religioso a possuir um monumento erigido em sua honra no Capitólio de Washington. Sua estátua figura entre os Founding Fathers (Pais Fundadores) dos Estados Unidos [foto acima].

No entanto, ele é motivo de ódio para o movimento BLM. Em Ventura (Califórnia), aos gritos de que São Junípero foi pai do genocídio, partidários do BLM quiseram repetir, na tarde de 20 de junho, a demolidora cena ocorrida em São Francisco. No entanto, destemidos jovens católicos fizeram um cordão de isolamento em torno da estátua do santo, impedindo-os de prosseguir.

         Confrontos semelhantes ocorreram em outras cidades da Califórnia. Em Los Angeles e Sacramento algumas estátuas foram destruídas, outras grafitadas com a palavra “racista”. Ainda em Los Angeles, católicos impediram atos de vandalismo contra uma imagem de São Tomás de Aquino, o grande “Doutor angélico”.

         O Arcebispo de São Francisco, Dom Salvatore Joseph Cordileone, rezou o Exorcismo no mesmo local onde os ativistas do BLM haviam derrubado a estátua de São Junípero. No final do ato reparatório pelo sacrílego atentado, o Arcebispo declarou: “O maligno se fez presente aqui, por isso hoje nos reunimos para pedir a proteção de Deus — pela intercessão dos santos, sobretudo de Maria Santíssima, nossa Mãe — como uma reparação, pedindo Sua misericórdia para todos nós, pela cidade de São Francisco, para que possamos estar com nossos corações sempre voltados para Deus”.

Cesar Franco, membro da TFP americana, defende que as estátuas de São Junípero devem ser mantidas e protegidas, como mostra de gratidão pela grande obra desse santo missionário.

         Em uma das manifestações católicas para proteger estátuas contra ações vandálicas, Cesar Franco [foto ao lado], membro da TFP americana, afirmou: “São Junípero Serra foi um grande homem, um santo. Suas ações não foram apenas responsáveis ​​pela salvação de milhares de almas, mas também pela fundação da Califórnia. Como tal, seu legado merece ser honrado não apenas nas igrejas, mas também nas praças públicas. Ele é parte integrante do patrimônio da Santa Igreja Católica e do Estado da Califórnia. A estátua dele deve permanecer onde está”.

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Ataques violentos e sacrílegos a igrejas católicas

         Além dos atentados perpetrados contra imagens, anarquistas tentaram também incendiar igrejas. A famosa catedral novaiorquina de St. Patrick, na Quinta Avenida, foi grafitada por membros do BLM com palavrões e agressões às forças policiais. Nas proximidades, uma imagem de Nossa Senhora foi pichada com a palavra idol (ídolo).

         Em Ocala, na Flórida, um celerado lançou seu veículo contra as portas principais da igreja Rainha da Paz, enquanto os fiéis esperavam pelo início da missa. Depois despejou galões de gasolina e ateou foto, que foi rapidamente controlado. A Rainha da Paz certamente aconselharia a seus filhos devotos: “Se querem a paz, preparem-se para a guerra”.

Católicos impedem a derrubada da estátua de São Junípero

Na madrugada de 11 de julho foi incendiada a igreja da missão São Gabriel, fundada por São Junípero Serra, pertencente à Arquidiocese de Los Angeles, danificando o teto e parte do interior. Ativistas tentaram também incendiar outras igrejas, como a Basílica de Santa Maria em Minneapolis, mas os danos foram pequenos.

Em meio a esses atentados contra igrejas católicas, causa perplexidade ver como os autores desses crimes e sacrilégios vêm agindo impunemente. Ainda maior perplexidade provoca a indiferença com que a maior parte do clero católico reage a tantos ataques à Cristandade. A norma “quem cala, consente” explicaria essa atitude?

Incêndio danifica a catedral de Nantes

Um ano depois do trágico incêndio de Notre-Dame de Paris, mais uma catástrofe se abateu sobre a França e afeta toda a Cristandade. Na manhã do dia 18 de julho último, labaredas se alastraram na catedral de São Pedro e São Paulo em Nantes. Os bombeiros agiram com prontidão, conseguindo logo deter as chamas. Mas foram consumidos pelo fogo o monumental órgão, vitrais, preciosas obras de arte sacra, mobiliário do interior da catedral e estalas — todos do século XVI.

Uma semana depois, no dia 25, a imprensa francesa noticiou a prisão do criminoso: um ruandês de 39 anos. Não foi revelado seu nome e os motivos que o levaram a incendiar o belo edifício gótico do século XV. O Sr. Pierre Sennès, procurador da República de Nantes, declarou que o imigrante de Ruanda “admitiu, durante o interrogatório inicial perante o juiz de instrução, que tinha acendido os três fogos na catedral: no grande órgão, no pequeno órgão e num painel elétrico”.

Ao que parece, de acordo com os primeiros indícios, seria um atentado cristianofóbico. Ou seja, faz parte de uma onda destrutiva e diabólica.

Ataques a grandes figuras da história

De acordo com pesquisa feita pelo “The New York Times”, em mais de 20 cidades americanas pleiteia-se a demolição de monumentos a heróis de guerra, ex-presidentes e fundadores dos EUA. Pelo menos 10 monumentos aos confederados e outras figuras históricas americanas já foram removidos, entre eles a estátua do general Robert E. Lee em Richmond (Virgínia).

A notória esquerdista Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados, apresentou a exigência de que fossem removidas do Capitólio 11 estátuas de confederados que se opunham ao fim da escravidão. Outros membros de seu Partido Democrata também estão propondo substituições nos nomes de 10 bases militares do país, que homenageiam antigos generais acusados de escravocratas.

Na Inglaterra foi desfigurada a estátua de Winston Churchill [ao lado]. A pronta atuação das autoridades conseguiu salvar aquele patrimônio, e o primeiro-ministro Boris Johnson escreveu em seu Twitter: “É absurdo e vergonhoso que esse monumento nacional esteja hoje sob o risco de ataques de manifestantes violentos”. Churchill foi o grande estadista que se opôs a nazistas e fascistas na Segunda Guerra Mundial. Mas os manifestantes, revelando uma incoerência ululante, praticaram esse ato de vandalismo em nome do antifascismo.

Terão esses demolidores em vista a destruição do Coliseu romano, com a alegação de que naquela arena os cristãos foram escravizados, perseguidos e martirizados? Tentarão porventura derrubar também as pirâmides do Egito, uma vez que foram construídas com trabalho escravo?

Como é fácil perceber, na mira desses demolidores estão os grandes personagens históricos, mas principalmente a obra civilizadora da Igreja Católica — a nossa magnífica herança cultural. O que desejam colocar no seu lugar? Substituir a civilização pelo tribalismo indígena? Erigir estátuas de déspotas escravagistas como Zumbi dos Palmares? Ou de Karl Marx, Mao Tsé-Tung, Che Guevara, Fidel Castro, Hugo Chávez?

Tudo isto parece à primeira vista assunto para psiquiatras. Mas na realidade trata-se de ódio à Civilização — ódio satânico e inveterado à ordem natural das coisas, tais como estabelecidas por Deus no Universo.

Monumento a Pedro Álvares Cabral no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

No Brasil, ataques a celebridades e heróis nacionais

Estão ameaçadas de demolição estátuas de Pedro Álvares Cabral, a quem todos devemos — índios, brancos, negros e mestiços — a própria existência de nossa pátria.

Ameaças contra os nossos grandes missionários Nóbrega e Anchieta pairam no ar. São acusados de colaborar com a escravidão, logo eles que trabalharam incansavelmente para tirar os índios da barbárie e da servidão em que jaziam, nas mãos de sanguinários chefes tribais, e impedir que fossem escravizados pelos brancos.

Em 1555, escrevia Anchieta: “Uma coisa desejamos cá todos e pedimos muito a Nosso Senhor, é que esta terra toda seja mui povoada de cristãos que a tenham sujeita, porque a gente é tão indômita, está tão encarniçada em comer carne humana, e insiste em não reconhecer superior, que será mui dificultoso firmar-se o que se plantar, se não houver este remédio, o qual continuamente pedem cá os padres e os irmãos”.

Muitos leitores certamente se recordam de que os ridículos revisionistas chegam ao absurdo de reivindicar a mudança do nome Via Anchieta, como também de avenidas, ruas e praças que tenham nomes históricos, inclusive as rodovias Padre Manoel da Nóbrega, Anhanguera, Raposo Tavares, Fernão Dias eBandeirantes. Acusados de “racistas e escravagistas”, beneméritos personagens como estes causam arreganhos de ódio nos revisionistas, que já promoveram um abaixo-assinado pleiteando a remoção da estátua de Borba Gato, o bandeirante paulista.

É igualmente ameaçado o nosso grande Padre Antonio Vieira, evangelizador jesuíta que auxiliou tantos índios e negros no Brasil do século XVII, além de escrever a célebre obra Sermões. Em Lisboa, a estátua desse gênio da literatura portuguesa não foi deixada ilesa pelos anarquistas, que a picharam com a palavra “descoloniza” [foto ao lado].

No Rio de Janeiro há uma campanha “antiescravagista” propondo a derrubada dos monumentos de Dom Pedro II, Duque de Caxias e Princesa Isabel — logo dela, que sacrificou seu trono para abolir a escravidão, como nos diz o registro histórico deixado pelo Barão de Cotegipe: “Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono”. A caminho do exílio, a Princesa Isabel recordou o dito de Cotegipe, e afirmou: “Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”.

Revisionistas da História que ignoram a História

Partida de Colombo. Representação da primeira viagem

         A cena doméstica que apresentamos no início mostrou o adolescente Timothy mudando seus conceitos sobre o personagem Cristóvão Colombo, cuja epopeia nos abriu as portas para a civilização cristã. Nascido em Gênova em 1450, ele conseguiu o apoio da rainha de Castela Isabel, a Católica, e no dia 3 de agosto de 1492 partiu com três caravelas, chegando ao Novo Mundo em 12 de outubro do mesmo ano.

A História registra a grandiosa epopeia das navegações, entre as quais a de descobridores portugueses e espanhóis, que enfrentando os mares em frágeis caravelas, imbuídos do desejo de colaborar com a expansão da Cristandade, trouxeram a luz do Evangelho de Jesus Cristo às novas terras. A História, documentada como está, é uma só, e não adianta tentar reescrevê-la ou apagá-la. A grande descoberta de Colombo foi qualificada por Leão XIII como “a façanha mais grandiosa e mais bela que tenham podido ver os tempos”.10

No entanto, têm aparecido revisionistas com o propósito de reeditar a História, a fim de apresentar os descobridores como prepotentes que escravizavam nativos do Novo Mundo. Tais partidários do revisionismo histórico procuram também apresentar os indígenas de modo romanceado, como no mito do “bon sauvage” idealizado por Rousseau, vivendo livremente numa natureza paradisíaca. Bem diverso disso, os descobridores encontraram no Novo Mundo tribos selvagens que praticavam a feitiçaria e o infanticídio, comiam carne humana e sacrificavam humanos — muitas vezes reduzidos à escravidão por despóticos chefes ou pajés —, oferecendo-os a seus deuses demoníacos. “Eram comumente governadas por um cacique, senhor déspota, dono absoluto das terras, dos súditos e dos haveres destes”.11

         Foi por meio dos missionários católicos e dos Papas que se trabalhou para obter a liberdade dos nativos. “O Papa Paulo III, em 29 de maio de 1537, escreveu uma carta ao Cardeal Tabera, de Toledo, em apoio ao edito público pelo qual Carlos V proibiu que seus súditos escravizassem índios ou os espoliassem de seus bens. Esse Pontífice ordena que todo aquele ‘de qualquer dignidade, estado, condição, grau e excelência’ que reduzir índios à escravidão, seja declarado incurso na excomunhão latæ sententiæ.12

         A doutrina sobre o caráter missionário da colonização foi ratificada pelo imortal Papa São Pio V [quadro ao lado], artífice do Concílio de Trento (1545-1563) e da batalha de Lepanto (1571). Na carta Cum aporteat nos, de 17-8-1568, dirigida “Ao Caríssimo filho nosso em Cristo, Felipe, rei Católico das Espanhas”, elogiou o acerto das nomeações de novos governadores para a América, e insistiu para que o rei “não deixe que os senhores particulares, outros funcionários ou outros cristãos, se sirvam dos índios como escravos, nem em suas casas nem fora delas, mas com urbanidade disponham somente daqueles que espontaneamente aceitem servi-los, devendo ser inteira e justamente remunerados por seus serviços com o pagamento entre eles combinado”.13

         Mesmo com esses e numerosos outros sérios registros históricos, os revisionistas — ou os anarquistas dos movimentos BLM/Antifas — não desistem de difamar, e da vã tentativa de apagar o glorioso passado de várias nações. Além de acusarem o épico navegador italiano de racismo e de escravizador de nativos do Novo Mundo, chegam a caluniá-lo de ter colaborado no genocídio deles. Tal absurdo só se explica por ignorância histórica, além de não saber o que é genocídio.

A morte de Colombo

É com base nesse delírio que os revisionistas justificam seus crimes contra o patrimônio público, derrubando estátuas de Colombo em Richmond (Virgínia), Miami (Flórida) e diante do Capitólio estadual de Saint Paul (Minnesota). Em Baltimore, Boston (Massachusetts), sua estátua foi encontrada com a cabeça decepada na manhã do dia 10 de julho. Em Houston (Texas), outro monumento a Colombo amanheceu com o rosto pintado de vermelho. A estátua do Central Park já foi ameaçada. Esta e outras, que ainda permanecem de pé porque estão sendo protegidas.

Em nome da luta antirracista, os revisionistas promovem inclusive a eliminação do feriado nacional, o Columbus Day, celebrado no dia do Descobrimento da América, 12 de outubro. Foi também atacada e ameaçada de demolição a estátua de Isabel, a Católica, em frente à sede da Organização dos Estados Americanos, em Washington,

Revolução Cultural para excluir Deus da História

Com as ações demolidoras das referidas turbas anárquicas convulsionando os acontecimentos em nome do combate ao racismo e à escravidão, podemos afirmar sem temor que estamos diante de uma verdadeira “Revolução Cultural”, obra de uma meticulosa conjuração anticristã.

Elas nos recordam a brutal “Revolução Cultural” conduzida com mão de ferro por Mao Tsé-Tung, depois da morte de 45 milhões de chineses provocada pela fome. No período da chamada “Revolução Cultural Chinesa” (1966 a 1969), os comunistas, por meio da “Guarda Vermelha”, procuraram erradicar tudo que fosse pró-ocidental ou vinculado ao passado tradicional e milenar na China; expurgar pessoas que, simplesmente por suas ideias, estivessem alinhadas ao mundo ocidental; cumprir a ordem de Mao, que decretou a morte dos “quatro velhos” (velhas ideias, velha cultura, velhos costumes e velhos hábitos). Daí a destruição de obras de arte e estátuas históricas, incêndios de bibliotecas para queimar os livros ocidentalizados, restando praticamente uma só obra: o Livro Vermelho (uma coletânea de citações de Mao exaltando sua ideologia para manter o fervor revolucionário).

Nossa Senhora é a Rainha da História e pode obter de seu Divino Filho uma intervenção pronta e decisiva nos acontecimentos, de modo a impedir o estabelecimento dessa nova desordem mundial e propiciar o advento de uma autêntica ordem cristã. [ Coroação da Virgem – Fra Angélico, séc. XV. Galleria degli Uffizi, Florença, Itália].

Oposição católica ao “novo normal” marxista

         Pelo conjunto dos fatos aqui expostos, pode-se concluir que a atual “Revolução Cultural” é uma declaração de guerra total e de extermínio à Cristandade e a tudo que nos recorde seu glorioso passado. Em substituição à Cristandade, almejam os chefes da “conjuração anticristã” construir uma “Nova Ordem Mundial” marxista, cuja história é oposta à verdadeira História da Civilização.

Nossa Senhora é a Rainha da História e pode obter de seu Divino Filho uma intervenção pronta e decisiva nos acontecimentos, de modo a impedir o estabelecimento dessa nova desordem mundial e propiciar o advento de uma autêntica ordem cristã. Devemos recorrer a Ela para obter este objetivo, que temos sempre em vista conforme a definição de Plinio Corrêa de Oliveira: “Se a Revolução é a desordem, a Contra-Revolução é a restauração da ordem. E por ordem entendemos a paz de Cristo no reino de Cristo. Ou seja, a Civilização Cristã, austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, anti-igualitária e antiliberal”.14

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Notas:

  1. Encíclica Quarto abeunte sæculo, comemorativa do IV Centenário do Descobrimento, 16-7-1892, apud “Una epopeya misionera, la conquista y colonización de América vistas desde Roma”, p. 128.
  2. Idem, ibidem, pp. 129-130.
  3. Entendemos ‘revolucionário’ de acordo com a definição de Plinio Corrêa de Oliveira em sua obra Revolução e Contra-Revolução.
  4. https://www.dailymail.co.uk/news/article-8384065/Black-Lives-Matter-leader-declares-war-police.html
  5. https://www.gofundme.com/f/ukblm-fund
  6. https://blacklivesmatter.com/what-we-believe/
  7. X:https://www.foxnews.com/media/black-lives-matter-leader-burn-down-system
  8. https://www.breitbart.com/politics/2020/06/19/black-lives-matter-co-founder-our-goal-is-to-get-trump-out/
  9. https://twitter.com/shaunking/status/1275106946916499456
  10. Encíclica Quarto abeunte sæculo, op. cit., p. 128.
  11. Granados, SJ, Pe. Rafael M., Historia de Colombia, Libreria Voluntad, Bogotá, p. 58.
  12. Comissão inter-TFPs de Estudos Hispano-americanos, coordenada por Alejandro Ezcurra Naón, O V Centenário face ao século XXI — Cristandade Autêntica ou Revolução Comuno-Tribalista. A grande alternativa de nossa época”, Artpress Ltda, S. Paulo, 1993, p. 32.
  13. O V Centenário face ao século XXI, op. cit., p. 36.
  14. Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, Artpress, São Paulo, 4ª ed., 1998, Cap. II, 1, p. 93.

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