2 de abril de 2013

Mais de um milhão de franceses marcham novamente contra o “casamento” homossexual


§ Marcelo Dufaur
Correspondente em Paris

A imensa Avenue de la Grande Armée — do Arco do Triunfo até a ponte que comunica Paris com La Défense — foi pequena para conter a multidão que se manifestou mais uma vez neste ano contra o projeto socialista de “casamento” homossexual, que o equipara ao casamento entre homem e mulher e permite a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. 

Nem mesmo os organizadores aguardavam tamanha adesão. Após idêntica manifestação realizada no dia 13 de janeiro último, supunha-se uma certa diminuição, devido à proximidade das datas. 

Em janeiro, a “guerra dos números” enfrentou o cálculo prévio da polícia (350 mil) contra o dos organizadores (entre 800 mil e 1 milhão de participantes). Uma contagem mais ponderada, organizada pelo general de exército Bruno Dary, ex-governador militar de Paris, estimou então o comparecimento entre 800 mil e 900 mil pessoas. 


Desta vez, no dia 24 de março, o número foi muito superior a olhos vistos. Enquanto a polícia, avisando que revisaria seus cálculos, estipulou “pelo menos 300 mil”, os organizadores falaram em 1 milhão e 400 mil manifestantes.

O deputado da UMP (centro-direita), Henri Guaino, um dos muitos políticos presentes — eles estão sempre ao lado do vento... — disse: “Se em 13 de janeiro vós éreis um milhão, hoje sois ainda mais numerosos” — segundo publicou “Le Figaro” (24-3-13). 

Infelizmente nas mãos de um grande propulsor do socialismo e da agenda homossexual, a Prefeitura de Paris interditou a manifestação na prestigiosa avenida dos Champs Elysées, cônscia de que se a permitisse contribuiria para abrilhantar ainda mais a marcha de protesto. Contudo, os Champs Elysées não teriam sido suficientes para tanta gente. Tal foi o comparecimento, que a polícia precisou liberar a Avenue Foch, outra imensa artéria que vai do Arco do Triunfo até o Bois de Boulogne e a Avenue Carnot

Satélites capturaram com sensores de calor a área ocupada
pelos manifestantes nessas grandes avenidas e nas ruas adjacentes: oito quilômetros de ruas inteiramente repletas!

Mais notório do que o número foi o entusiasmo e o fervor dos participantes. Uma não explicada ojeriza e até proibição da parte dos organizadores ao uso de cartazes, bandeiras, símbolos não-oficiais, cânticos e slogans, bem como de outras formas de exprimir adesão, na prática não conseguiu se impor. Ordeiros, mas aguerridos, os mais distintos grupos vindos de toda a França cantavam, agitavam bandeiras de suas regiões, erguiam cartazes feitos em casa, faziam rufar caixas e tambores.

Os slogans espontâneos abandonaram a linguagem “politicamente correta” dos oficiais, não poupando o presidente francês: “Hollande, demite-te”, “Hollande, não queremos a tua lei”. 

Uma confusão episódica envolveu 200 ou 300 manifestantes e a polícia. Esta utilizou gases lacrimogêneos e força excessiva, mas passou despercebida para a imensa maioria da concentração. Na hora da dispersão, tornou-se inevitável utilizar a contígua Avenue Champs Elysées, que ficou repleta de manifestantes voltando para as suas casas. 
O fato serviu de pretexto para a polícia, que sob ordem do governo carregou contra os populares, bem no espírito da falsa tolerância socialista! Este episódio colateral foi explorado pela grande imprensa para desviar a atenção do público do aspecto central do evento: majoritariamente católico e conservador, o povo francês mostrou que recusa o projeto de “casamento” homossexual. 

Houve manifestações análogas e simultâneas em muitas cidades da França, bem como diante de embaixadas, consulados e órgãos oficiais franceses em numerosos países, inclusive no Dubai, no Congo e no Afeganistão. 

Os conchavos políticos continuam e os parlamentares de esquerda se apressam para passar no mês de abril um projeto à revelia da vontade popular. Por sua vez, nenhuma autoridade eclesiástica de relevo, na França como no Exterior, se destacou pela adesão a um protesto popular em defesa de princípios essenciais da Lei de Deus, dos Evangelhos e do Direito Natural.

Em face de manifestações como as de 24 de março, ainda que o projeto seja aprovado, ficará patente para a História que sua aprovação se deveu a confabulações entre políticos e eclesiásticos de esquerda, em flagrante desrespeito ao sentimento da esmagadora maioria do povo francês. 

Será que o presidente François Hollande ouvirá a voz da maioria do povo francês? A maioria brada contra uma lei anti-natural! Hollande estará com os ouvidos tapados? Ou fará de conta que não escutou nada? Também não viu nada pelas avenidas de Paris? Se não, ele poderia, ao menos, dar uma olhadinha no vídeo abaixo de apenas 1 minuto.

No 2º vídeo abaixo: gás lacrimogêneo utilizado, por ordem do governo socialista, para impedir manifestações em certas avenidas.

Um comentário:

Liliane disse...

Como é bom ver uma manifestação assim. Coisa que não vemos na nossa mídia. Felicito os franceses que participaram dessa grande parada contra o casamento homo. Que coisa mais anti natural. Meu Deus! Nem consigo entender como pode uma coisa dessas! Nem os animais!
Como seria bom que houvesse uma manifestação assim no Brasil, aqui no Rio, por exemplo. Acho que aqui só não acontece uma participação massiva do povo, porque este não é convocado pelas paróquias. Nossos padres estão demasiadamente ocupados com "teologias" da libertação. Isso não move o povo, como moveu o povo em Paris. VIVA A FRANÇA!!!