25 de novembro de 2020

Comunismo criminoso e diabólico

Manifestantes derrubam estátua de Lênin em Kiev (Ucrânia)

  Paulo Roberto Campos

No dia 4 de novembro, o parlamento eslovaco aprovou uma emenda declarando o Partido Comunista uma organização criminosa. A Eslováquia se junta à Ucrânia, Lituânia, Letônia e Polônia — países que tomaram medidas semelhantes de “descomunistização”. Conforme matéria de Álvaro Peñas, do periódico madrileno “El Correo de España”, a emenda também proíbe monumentos, placas comemorativas e até nomes de praças e ruas, relacionados à ideologia comunista. 


Entretanto, na Rússia — onde há 5.776 ruas com o nome de Lênin... — quando algumas cidades tomam atitudes semelhantes, surgem enormes obstáculos levantados pelo governo Putin. Por exemplo, na pequena cidade de Tarusa, os habitantes, com o apoio da Prefeitura, resolveram mudar o nome de uma determinada “Rua Lênin” [foto ao lado], e de 15 outras ruas e uma praça do centro da cidade. No lugar, as autoridades colocariam nomes relacionados à história anterior ao regime comunista na ex-URSS. 

Putin recebendo o líder comunista
Gennady Ziuganov

Essa tão justa iniciativa enfureceu Presidente do Conselho Central da União dos Partidos Comunistas, Gennady Ziuganov [foto]. Esbravejando, ele disse que tal medida representava “uma humilhação da grande era soviética” e que era uma medida “nazista e fascista”. Com efeito, ele é fiel à orientação de Putin, que visa renovar na população russa, sobretudo junto às crianças e adolescentes, o entusiasmo por figuras comunistas como Lênin e Stalin, assim como pelo passado soviético desde 1917. 

Muito justamente escreveu Álvaro Peñas que a nova ‘história’ oficial não apenas ergue monumentos em homenagem aos assassinos, como também procura apagar gradualmente a lembrança de suas vítimas. Por isso, monumentos e placas lembrando aqueles que foram executados pelos bolchevistas estão sendo abandonados e paulatinamente removidos. 

Em Tomsk (Siberia) museu para
recordar as vitimas do comunismo

Devido à mesma orientação putinista, museus ou memoriais que homenageiam as vítimas do comunismo não recebem verbas estatuais e, assim, são obrigados a fechar. 

Conclui o jornalista do “El Correio de Espana”: “Como sabemos, quando a história é colocada a serviço do Estado ou da ideologia, a primeira vítima é a verdade”. E a verdade não é outra senão aquela que está registrada e que ninguém poderá apagar: a Rússia, bem como as nações subjugadas por ela, foi tiranicamente dominada pelo criminoso regime comunista, ateu e materialista, que executou pelo menos 100 milhões de pessoas — segundo o célebre “Livro Negro do Comunismo”. Pior ainda, matou a fé em Deus em outros tantos milhões de almas e espalhou os erros comunistas pelo mundo inteiro! 


O antigo Arcebispo de Lvov e Patriarca de Halich, líder da Igreja Católica na Ucrânia durante as perseguições de Lênin e Stalin, Mons. André Sheptyskyj [foto], deixou registrado para a História numa carta ao Vaticano: “O regime comunista só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”. 

Como seria salutar para a Igreja e para o mundo se hoje tivéssemos grandes e santos exorcistas!

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