1 de março de 2022

Rússia/Ucrânia: tensão nos ventos da guerra. Estamos às vésperas de uma III Guerra Mundial?


Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 855, Março/2022

Aqueceu, e muito, a temperatura no clima de uma guerra que pode se tornar mundial. Vladimir Putin, agindo como um novo czar com poderes absolutos sobre toda a Rússia, ameaçou os países ocidentais dizendo que se intervierem contra a invasão na Ucrânia, sofrerão “consequências que eles nunca viram na História”. Uma ameaça de ataque nuclear? Só Deus sabe! 

Dois misseis russos atingiram uma área residencial
de Kharkiv, a 2ª maior cidade da Ucrânia, em 1-3-22.
Com essa declaração e com a traiçoeira e premeditada invasão da Ucrânia pelas tropas russas — fazendo exatamente aquilo que na véspera havia negado que faria —, Putin deixou cair sua máscara. Isso ajudou inúmeras pessoas a perder suas ilusões e a ver claramente a sinistra carranca stalinista do autocrata do Kremlin, com ambições expansionistas próprias a um tirano do império soviético. Para tal, modificou a constituição russa para poder continuar como presidente até 2036... 

Frente a esse tenebroso panorama, como reagirá o mundo ocidental, ex-cristão, otimista e decadente? Bem sabemos que se a Rússia tomar inteiramente a Ucrânia e não houver uma reação à altura, logo outras nações poderão também ser invadidas, sobretudo aquelas que antes do desmoronamento do regime comunista em 1991 eram satélites da URSS e jaziam sob a bota dos déspotas comunistas. 

Torre de TV bombardeada, neste primeiro
dia de março, em Kiev, capital ucraniana
Se o Ocidente preferir seguir a política do “ceder para não perder” e ver a ameaça como o avestruz “vê” o perigo, tudo o que está eclodindo no Leste europeu poderá degenerar numa III Guerra Mundial. Em alguns dias? Alguns meses? Alguns anos? Repetimos: só Deus sabe! 

Em qualquer caso, todos esses acontecimentos, dentro de um período de pandemia e com calamidades flagelando várias regiões do Brasil e do mundo, parecem sinais da Divina Providência para alertar e preparar seus filhos para os castigos anunciados por Nossa Senhora em Fátima em 1917, devido à grande infidelidade aos preceitos divinos, que são calcados aos pés em nossos dias.

Essas e outras candentes questões — como o confronto ideológico numa guerra entre duas civilizações e a posição que a Igreja e os católicos devem tomar em caso de guerra — são expostas na matéria principal da edição de março da revista Catolicismo [capa acima]. Ela foi redigida antes da invasão russa à Ucrânia. 

Aconteça o que acontecer, tenhamos confiança e peçamos a proteção da Virgem Santíssima que, como as Sagradas Escrituras A proclamam, é “terrível como um exército em ordem de batalha” (Cant. 6,10). Que Ela livre o Brasil dos males de um eventual governo que pretenda aqui “espalhar os erros da Rússia”...
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