2 de janeiro de 2024

Impossibilidade de coexistência entre Igreja e comunismo

Algumas traduções do livro A Liberdade da Igreja no Estado Comunista


Completam-se neste mês 60 anos da publicação no jornal Il Tempo, de Roma, da íntegra do ensaio A Liberdade da Igreja no Estado Comunista [fac-símile abaixo], de Plinio Corrêa de Oliveira. Em memória, segue a transcrição de excertos do prefácio que o Autor escreveu para a décima edição dessa obra, a qual comprova quão pernicioso é para os povos um modus vivendi com qualquer regime comunista. O Cardeal Giuseppe Pizzardo, então Prefeito da Sagrada Congregação dos Seminários e Universidades, em carta oficial escreveu que esse livro é “um eco fidelíssimo dos Documentos do Supremo Magistério da Igreja”. A íntegra dele pode ser obtida em nosso site: https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0152/P01.html


  Plinio Corrêa de Oliveira

“Aconselho a certas categorias de pessoas que não leiam este ensaio. Ele não foi escrito para as mentalidades acomodatícias, idólatras do fato consumado. Também não para os preguiçosos e os medrosos, para quem o esforço e o risco constituem um mal que jamais estão dispostos a enfrentar. 

Principalmente, perderão seu tempo, lendo este ensaio, os homens sem Fé, que não creem em Deus, e consideram o curso da História, nas épocas de catástrofe e decadência, sujeito exclusivamente às forças sociais e econômicas cegas, ou às personalidades, ao mesmo tempo insípidas e monstruosas, que aparecem então na crista dos acontecimentos.

Em síntese, o comunismo tem a seu serviço o poder, o ouro, a propaganda. Em certas elites corruptas, não cessa de crescer. Mas a multidão, em parte não a conquista, em outra parte as perde. E diante desta constatação, o poder dele, formidável como um gigante, deixa ver bem seus pés de barro. 

Mas que são de barro esses pés, só o percebem com toda a nitidez os homens de Fé, que não se deixam enganar pelo turbilhão da publicidade feita em torno da suposta onipotência comunista. Creem eles em Deus, confiam na Virgem e estão firmemente dispostos a entrar na luta, certos de que a vitória final lhes pertence. 

É de homens tais, que sabem ver que são de barro os pés do colosso, que se pode esperar que o pisem. É para eles que este ensaio foi escrito. Provando a impossibilidade da coexistência entre a Igreja e os regimes comunistas, o presente trabalho visa auxiliá-los a se firmarem numa posição de rejeição absoluta em relação às investidas comunistas.

“E constitui um estímulo a que, em número sempre crescente, ataquem o adversário terrivelmente grande e ridiculamente débil. Repetimos: lutando pela causa de Deus, terão eles consigo o auxílio do Céu e poderão, com a ajuda da Virgem, renovar a face da Terra.”

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Fonte: Revista Catolicismo, Nº 876, Dezembro/2023

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