Resistência católica ao Pastor que não defende o rebanho, mas favorece os lobos
✅ Fonte: Revista Catolicismo, Nº 879, Abril/2023
Documento com alguns dos signatários da "Declaração de Resistência". Plinio Corrêa de Oliveira é o primeiro deles. |
No documento — assumido por todas as TFPs e entidades coirmãs e autônomas então existentes nas Américas e na Europa —, o autor manifesta sua obediência integral à Santa Igreja e ao Papado, como preceituado pelo Direito Canônico, mas, dirigindo-se ao Pontífice, escreve:
“Nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe”.
Isto porque a Santa Sé havia adotado uma política de aproximação com o comunismo, a chamada Ostpolitik vaticana, através da qual passava a olhar com simpatia e esperança os regimes comunistas, que, entretanto, além de serem ateus e materialistas, opostos à doutrina católica, perseguiam cruelmente a Igreja e os católicos que viviam atrás da “cortina de ferro”.
Usando palavras metafóricas, diríamos que essa “política de mão estendida” aos “lobos vermelhos”, aos perseguidores das ovelhas, parecia ter chegado ao paroxismo na década de 70, mas em nossos dias não fez senão intensificar ainda mais e de modo alarmante. A todo momento surgem notícias do Pastor favorecendo os “lobos” em detrimento do rebanho.
Diante dessa aberrante contradição, o que fazer? Cessar a luta, ou explicar a nossa posição? É o que os leitores entenderão melhor com a matéria de capa da edição deste mês da revista Catolicismo. Mas dela já adiantamos aqui um pequeno trecho do principal colaborador e inspirador de Catolicismo, Dr. Plinio Corrêa de Oliveira:
“Cessar a luta, não o podemos. E é por imperativo de nossa consciência de católicos que não o podemos. Pois se é dever de todo católico promover o bem e combater o mal, nossa consciência nos impõe que defendamos a doutrina tradicional da Igreja, e combatamos a doutrina comunista”.
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