O precioso escrínio de cristal que abriga as tábuas da manjedoura
na qual nasceu Jesus. Essa sagrada relíquia pode ser venerada na “Cripta da
Natividade”, também conhecida como “Cripta de Belém”, sob o altar-mor da
Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
Grandiosas celebrações na Cidade Eterna em meados do século XIX, bem diversas das realizadas após os destrutivos vendavais soprados pelo progressismo dito católico
Fonte: Editorial da Revista Catolicismo, Nº 888, dezembro/2024
Como nunca ao longo da História, a Igreja e o mundo atravessam um período de apocalíptica desordem. Uma verdadeira “bagarre”, no sentido do vocábulo francês: grande confusão, tumulto, desorganização.
Mas, em meio a essa “bagarre” generalizada, com calamidades sem precedentes e ameaças de hecatombes nucleares, todos desejam passar em paz a época natalina que se aproxima. Na tranquilidade abençoada do lar, reunir os familiares e juntos celebrar o aniversário do Menino Jesus que veio ao mundo para nos salvar.
Numa noite fria Ele, o Rei dos anjos e dos homens, nasceu em Belém. Não num palácio, mas numa gruta refúgio de animais, cuja manjedoura Lhe serviu de berço, pois a Santíssima Virgem e São José não conseguiram hospedagem em nenhuma casa daquela cidade, para onde tinham ido submeter-se ao recenseamento.
Uma pobre gruta, mas que se transformou num monumental lugar, superior a qualquer palácio. Sua sacralidade superior a qualquer catedral e seu brilho jamais visto. Iluminava-a providencial estrela de Belém, inundava-a canções celestiais dos gloriosos coros angélicos.
Gruta que é eloquente símbolo da situação atual da Igreja e do mundo, pois sabemos que, apesar da tragédia tsunâmica pela qual atravessamos neste século neopagão, a aurora da civilização integralmente católica em todos os povos raiará maravilhosamente. Será o Reino de Maria, o maior triunfo da História!
Isso acontecerá, como previsto no ano de 1917 em Fátima, após os merecidos castigos à humanidade pecadora. Será a “bagarre”, termo que, numa linguagem caseira e interna na TFP, empregava Plinio Corrêa de Oliveira.
Em antegozo de como serão as celebrações de Natal quando por fim raiar a aurora da Cristandade — só que com muito mais sacralidade, pompa e majestade —, regalamos aos nossos leitores narrações de algumas das tradicionais cerimônias natalinas como eram realizadas antes das destruições causadas pelos vendavais diabólicos do progressismo dito católico.
É a matéria de capa da revista Catolicismo deste mês [foto no topo], com narrações do famoso escritor francês, grande teólogo católico, Mons. Jean-Joseph Gaume, redigidas por ocasião de sua visita a Roma no Natal de 1841, quando a Cidade Eterna, a Roma eterna, dos mártires e dos santos, ainda resplandecia como centro da Cristandade.