Se por um lado crises políticas, guerras, flagelos
mortais da natureza e infiltração da “fumaça de Satanás” na Igreja foram
insondáveis em 2024, em sentido contrário, a restauração de Notre-Dame de Paris
anunciou a glorificação da Igreja.
✅ Luis Dufaur
Fonte; Revista Catolicismo, Nº 890, fevereiro/2025
No
dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, a catedral de Notre-Dame foi
consagrada novamente após a sua restauração, conforme ordena o Direito
Canônico, e reabriu suas portas aos fiéis.
No
dia anterior, entre 40 e 50 chefes de Estado e de governo, bem como quase 2.000
convidados especiais — bombeiros e agentes públicos que extinguiram o incêndio
que quase arruinou a catedral, artistas e artesões que trabalharam na sua
restauração — compareceram a um ato de reabertura promovido pelo governo
francês.
Notre-Dame,
iniciada em 1163, apresenta-se em
2025 renascida com o viço de sua primeira mocidade. Como uma rainha que
carregou durante quase mil anos um precioso manto cheio de história e que
depois de um assalto do fogo infernal recebeu de Deus um novo manto com adornos
e esplendores ainda mais rutilantes do que aquele que ostentou na História na
sua mais fiel continuidade.
Efeito espiritual mundial
O mundo ficou maravilhado com a restauração da catedral da Cidade Luz, a capital da França, nação que mereceu o título de “filha primogênita da Igreja”. Uma velha lenda dos marinheiros da Bretanha, no extremo oeste da França, costa batida por mares furiosos e semeada de recifes perigosos, conta que por vezes se ouvem sinos reboar e das agitadas ondas emergir uma catedral arrebatadora de uma cidade mítica de nome Ys, que o oceano havia tragado em tempos remotos.
O
escritor radicalmente anticristão Ernest Renan contou, numa nota
autobiográfica, que na sua alma por vezes emergia com toda a sua sedução uma
“cathédrale engloutie” (“catedral submersa”), em alusão à revivescência da
inocência primaveril dos primeiros anos em que fora católico.
Notre-Dame de Paris renasceu das labaredas em seu máximo esplendor como essa mítica catedral de sonho, mas de um modo muito concreto. E, eis o que vem mais ao caso, esse seu ressurgir se deu no fundo de incontáveis almas, inclusive não cristãs, afundadas numa narcose religiosa. Espiritualmente, a imagem da Igreja purificada da “fumaça de Satanás” hodierna e das sujeiras depositadas por séculos de Revolução anticristã se mostrou numa explosão de beleza por obra da exímia restauração.
A
Notre-Dame brilhante de sua luz sobrenatural medieval fez ressoar nas almas o
anúncio da próxima vinda de uma era histórica esplendorosa que grandes santos
anteviram como sendo o Reino de Maria.
Sua restauração em tempo recorde, num padrão artístico inigualável, mais próprio de uma joia incomparável, financiada por doações privadas imediatas e muito generosas, deixou o mundo atônito e, num sentido muito especial, envergonhado por ter tratado tão mal ao longo da História esta obra-prima da Igreja que nos vem desde o mais alto da Idade Média! O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira gostava de repetir, parafraseando o profeta Jeremias aludindo à Jerusalém amada por Deus: “Igreja de uma beleza perfeita, alegria do mundo inteiro”.
“Antena que nos abre a porta do
Empíreo, fonte inesgotável de maravilhamento, escada que nos leva ao Céu,
beleza da nossa natureza terrena que reflete a beleza da eternidade. Mãe que
nos fala profundamente ao coração”, assim tentou descrever a catedral a
historiadora de arte Paule Amblard[i].
“Nada te pode dobrar — escreveu um âncora de televisão chileno numa ‘Carta a Notre-Dame’[ii] —, nem revoluções nem a indiferença, nem nossa época relativista e secularizada que está afundando enquanto se aproxima uma nova Idade Média, em que voltaremos a levantar catedrais, a rezar e cantar ao Céu, porque vagamos nas trevas como órfãos sem pai nem mãe. Mas Tu, Mãe de Paris, voltas a abrir teus braços nos dizendo: ‘vinde mais uma vez a mim, filhos perdidos, a encontrar em Mim a luz’”[iii].
Catedral flagelada como Cristo na Paixão
Séculos
de Revoluções igualitárias e anticristãs maltrataram de todas as formas a
catedral, relegando-a a mero objeto de visita e lucro de turistas estrangeiros.
Se ela tivesse voz e fosse prantear esses atentados, como Jó em suas
lamentações, teria derramado bramidos de dor pela crise que consome a Santa
Igreja Católica Romana nestas últimas seis décadas, atiçada pela “fumaça de
Satanás”. Esse fumo satânico progressista rumava para removê-la com o ódio
participativo da crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo no alto do Calvário.
O
diretor da série “Figaro Hors-Série”, Michel De Jaeghere, registrou em suas
páginas a surpreendente contradição: o incêndio, que foi de molde a ser o tiro
final na venerável estrutura gótica, “nos
fez amá-la como nunca [...] teve um impacto que surpreendeu até mesmo seus
admiradores mais fervorosos. A emoção pareceu dominar o mundo inteiro”[iv].
O efeito da sua tragédia foi tal, que um artigo publicado
nos Emirados Árabes chegou a confessar entre os vapores tóxicos do Islã que “Notre-Dame representa uma realidade mais
profunda além do borrão de nossas vidas”[v].
O
mesmo De Jaeghere condensou os atrozes crimes contra Notre-Dame, símbolo
acabado da Igreja, e a civilização cristã que ela inspira. Crimes históricos
religiosos e temporais praticados na mais vil indiferença daqueles que deveriam
custodiá-la. Os governos monárquicos de Luís XV e Luís XVI aprovaram projetos
para a demolição da catedral a fim de, na melhor das hipóteses, substituí-la
por um templo de estilo grego.
A
Revolução — que acabou travando o projeto dos reis — destruiu a Bastilha,
continua De Jaeghere, desmantelou igrejas e conventos veneráveis para
entronizar uma megera seminua como “deusa Razão” na catedral bendita. Arrasou o
palácio do Templo onde Luís XVI, Maria Antonieta e seus filhos se prepararam
para o cadafalso ou para o pior dos destinos; Haussmann destruiu a Paris da
Idade Média (16 igrejas demolidas só na Île-de-la-Cité) para construir
bulevares; a Terceira República arrasou o palácio real das Tulherias.
Ainda
hoje, observa ainda De Jaeghere, tudo se faz na França — e, no mundo por
imitação — para apagar nossas raízes cristãs, repudiar a moral da Igreja,
chegando a incluir o aborto como direito humano na Constituição. Fato, aliás,
comemorado pelo presidente Emmanuel Macron em discurso no templo do Grande
Oriente da França.
Apenas
6,6% dos fiéis frequentam dominicalmente as cerimônias para que foi feita
Notre-Dame, 2% na mais recente enquete. E menos de 25% dos bebês recém-nascidos
são batizados, enquanto as ruas se enchem de adeptos do Islã rezando o Corão,
que manda massacrar ou escravizar os cristãos. Notre-Dame, símbolo da França
cristã, tinha virado o santuário de uma religião abandonada, tolerado como
prédio pelo retorno que deixavam os 13 milhões de turistas que a visitavam por
ano.
A
França oficial agia como se seu passado católico não valesse mais e o culto dos
Direitos Humanos fosse a última palavra. A União Europeia lhe garantia viver em
função do estômago, satisfazendo apenas volúpias e instintos primitivos. O
palácio real de Versalhes virou museu, os castelos dos príncipes foram
confiscados para deleite dos passeios turísticos, e os franceses desfrutavam
visitando castelos transformados em monumentos nacionais, completa De Jaeghere.
Misteriosa mudança
Entretanto,
o colapso de Notre-Dame foi ocasião de uma inversão tendencial profunda. Como
numa espécie de Juízo Particular, o incêndio fez aparecer diante da França e do
mundo, numa só imagem, a imensidade de todas essas negações revolucionárias e a
dureza de coração de séculos de indiferença. Essa imagem “de repente nos horrorizou”, disse De Jaeghere.
Seus
restos ainda fumegavam quando se manifestou uma “paixão” pela ressurreição da
catedral-mãe, que foi um antídoto contra os venenos que desumanizam as nossas
sociedades, escreveu o diretor do “Figaro Hors Série”. A indiferença “foi substituída por um respeito amoroso pelo
passado”, choveram as doações de dinheiro, sem que ninguém reclamasse um
tostão do Estado. O presidente Macron, no discurso do 7 de dezembro, falou em
340 mil doadores voluntários de 150 países, com destaque para os EUA, desde
aquele que contribuiu com uma moeda até os mecenas franceses que ofereceram
milhões de euros.
O
presidente francês, continuador dos crimes históricos acima mencionados,
confessou que o mundo reconheceu que Notre-Dame, prodígio arquitetônico da
Santa Igreja, era a alma da França e da civilização ex-cristã. “Ela é maior
do que nós”, concluiu. Aplicou-se o dito do famoso e controvertido escritor
Antoine de Saint-Exupéry: “Qualquer
pessoa cujo coração esteja voltado para a construção de uma catedral já é um
vencedor”, a França católica começou ganhando.
Crescente fascínio pela Idade Média
Na mesma oportunidade, Macron disse que na surpreendente restauração, milhares de artistas e artesões “estabeleceram a continuidade com uma corrente que os precedia no tempo havia mais de oito séculos: a que vem da Idade Média com sua paixão pelo belo e pela coisa bem feita”[vi].
E
lhes agradeceu por terem ensinado aos contemporâneos a elevarem os olhares para
o Céu que a agulha de Notre-Dame aponta, para “redescobrir nossa catedral interior”. O presidente — ou o autor de
seu discurso — aludia à lenda bretã da “catedral submersa”, acima mencionada,
que o literato anticlerical Ernest Renan dizia emergir de vez em quando na sua
alma comparável a um mar tenebroso.
Os sonsemitidos pela “catedral submersa” parecem ter-se feito ouvir por incontáveis almas que assistiram atônitas à queda da flecha de Notre-Dame em chamas, enquanto outras viam o ponto de não retorno de uma era vilipendiada. Emergia nelas “o fascínio e um interminável interesse pela Idade Média”, a qual adquiriu uma atualidade insuperável, ultrapassando por muito a dimensão religiosa da catedral, escreveu Guillermo Altares no jornal socialista espanhol “El País”[vii].
O próprio presidente laicista glorificou a Idade Média no dia da reconsagração ao falar de São Luís IX, que trouxe a Coroa de Espinhos; do voto de Luís XIII de honrar a Virgem Maria se tivesse um filho; da conversão do poeta Paul Claudel, “que recuperou a esperança aos pés de um pilar, numa noite de dezembro de 1886”; dos jovens que foram rezar aos pés de Notre-Dame quando ardia o incêndio; da “providência” que protegeu a Virgem, cuja imagem ficou intocada, próxima em centímetros do amontoado de pedras e carvões ardentes que caíam do teto.
Vitória de Nossa Senhora
![]() |
O arquiteto-chefe da restauração, Philippe Villeneuve |
A
catedral que demorou dois séculos para ser construída foi refeita como uma joia
em pouco mais de cinco anos com tecnologias medievais! “As catedrais góticas, tão diferentes em todos os aspectos das modernas
igrejas tipo garagem”[viii], escreveu o Prof. Manuel Alejandro
Rodríguez de la Peña, catedrático de História Medieval em Madrid, nesta espécie
de ressurreição alimentou a esperança de que talvez a ordem medieval possa
inspirar a fórmula para um mundo que desaba catastroficamente.
O
lenhador Édouard Cortès vibrou com a ideia de que homens com machados medievais
refizessem um teto do século XII em plena época do vazio e do virtual.
Precisava-se de “almas antes que robôs”[ix],
intuiu, e entrou voluntário para o “projeto
louco” da restauração junto com um punhado de mestres carpinteiros vindos
até dos EUA e da Argentina.
Esses
corações indomáveis, diz ele, preferiam ser “lobos
a cachorrinhos civilizados levados pela coleira”. Autointitulavam-se“a horda” e no trabalho insano descobriram
que não eram eles que restauravam a catedral, mas era Nossa Senhora que os
estava modelando. A tropa de elite Légion Étrangère brada em suas
paradas militares “Legio Patria Nostra” (“A Legião é nossa Pátria”),
enquanto eles sussurravam “Maria Patria
Nostra” (“Maria é nossa Pátria”). E quando uma inspetora do trabalho foi
lhes perguntar por que faziam isso, a resposta brotou impetuosa: “Por
Nossa Senhora. Só por Ela”.
Aqueles
homens rústicos queimavam suas energias para devolver seu lar à Coroa de
Espinhos e para que “a Santa Liturgia lavasse com o Sangue e com a
Água consagrados a infame parodia da Última Ceia com que foram abertos os Jogos
Olímpicos”. “O verdadeiro milagre de Notre-Dame foi que o incêndio
iluminou nossa cegueira, descongelou nossa memória e nos tocou com um fogo
sagrado”, completou o lenhador.
Por
sua vez, o arquiteto-chefe da restauração, Philippe Villeneuve, revelou: “tenho uma devoção particular à Virgem
Maria. Nunca deixei de sentir o apoio d’Ela [...]. Acredito que este projeto
não teria sido possível de outra forma”[x].
Mudança no mundo
Eles
não foram os únicos que reagiram assim. Essa inesperada conversão moral deu-se
em outras nações, como no Chile, com o já citado jornalista sobre a restauração
de Notre-Dame representando o toque de finados para uma época que renegou o
espírito e a beleza.
O
jornalista chileno lembrou que as igrejas no mundo ex-cristão estão cada vez
mais abandonadas, porém quando o telhado de Notre-Dame começou a arder,
pequenas multidões saíram as ruas, pararam nas esquinas a fim de chorar, rezar,
pedir perdão pelos crimes históricos que atraíram tão formidável punição.
E disse a
verdade. Notre-Dame empolga e pede a cada um de nós para cultivar um fundo de
alma como a sua fachada: grande, lógica, forte, séria, materna, misericordiosa,
estável. Qualidades simbolizadas em sua fachada com uma fidelidade de
embevecer, e que devem estar no fundo de cada filho fiel da Igreja Católica
Apostólica Romana, como comentou o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira[xi].
Furor da Revolução gnóstica e igualitária
Porque é
doloroso, mas exigido pela verdade, reconhecer que após dois mil anos de
vida, a Santa Igreja Católica se nos apresenta hoje como Nosso Senhor Jesus
Cristo na Sua Paixão, quando chegou gotejando sangue e cambaleando sob a Cruz
no topo do Calvário. Ao longo de um cambaleio de 20 séculos de glória, de
martírio e de perseguição, a Igreja chega em nossos dias ao auge do seu
desfiguramento.
Quem
teria imaginado essa Instituição divina — que São Luís IX tanto amou, pela qual
São Fernando lutou tanto, os cruzados fizeram o que fizeram e os mártires
morreram — desfigurada pelo véu ignóbil do progressismo? O incêndio da catedral
paradigmática da Cristandade pareceu simbolizar o episódio terminal dessa
desfiguração criminosa, senão satânica.
Mas
Nossa Senhora patenteou o contrário, fazendo despertar no fundo das almas o
amor a Ela e à época “em que o espírito
do Evangelho penetrava todas as instituições”, como ensinou o S.S. Leão
XIII sobre a Idade Média. A fulgurante restauração soou como uma primeira
trombeta que anuncia o Reino de Maria cada vez mais próximo de nós.
“Fumaça de Satanás” ainda presente
![]() |
Paramentos extravagantes criados pela casa de costura Castelbajac para a missa de reinauguração de Notre-Dame. |
O
negrume da “fumaça de Satanás” não esteve ausente neste momento de vitória de
Nossa Senhora, patenteando que ainda há combates a serem travados. Por exemplo,
o Arcebispo de Paris e seus coadjutores se apresentaram na inauguração com
vestes litúrgicas confeccionadas por uma casa de modas que se vem notabilizando
em dessacralizar as indumentárias sacerdotais e os hábitos religiosos desde o
Concílio Vaticano II.
![]() |
D. Bernard
Marie Ulrich, Arcebispo de Paris. |
Na noite do
trágico incêndio, o presidente Macron falara de um concurso internacional para
se restaurar a catedral em estilo “contemporâneo”. A França se ergueu indignada contra tal proposta, que violava ademais
leis e tratados internacionais. O governo, que confiscou o prédio sagrado nas
sinistras jornadas da Revolução Francesa, ficou com as mãos amarradas por suas
próprias leis. Mas incitado pelo Arcebispo, está tentando novamente substituir
os belíssimos vitrais por outros horríveis, “contemporâneos”.
![]() |
Artefatos feios e inadequados ao gótico da catedral. Ficariam deslocados... |
Da Cidade Eterna, a colunista Cristina Siccardi falou de roupas desenhadas pelo estilista pop e figurinista de séries de televisão americana. Elas deramà maior parte dos fiéis do mundo a impressão de um desfile circense mais próprio de um filme que debocha da Igreja, completada por um báculo arcebispal com aparência de um brinquedo de mau gosto fabricado na China[xiv]. Omitimos, por amor à brevidade, outras peças desagradáveis registradas pela jornalista romana.
![]() |
O presidente Macron e sua esposa observam o relicário psicodélico feito para a Coroa de Espinhos |
Nossa Senhora triunfante
Poucos
dias antes das cerimônias inaugurais, a imagem de Nossa Senhora de Paris, ou
Virgem do Pilar, foi levada de retorno à sua casa em comovente procissão
iniciada na catedral provisória de St.-Germain l’Auxerrois. A verdadeira dona
da catedral vira cair dezenas, senão centenas, de pedras, entulho, chumbo derretido
e madeiras em brasa, provenientes do desabamento da agulha e do teto, afundando
o piso a poucos centímetros de seus pés e destroçando o altar principal e
outros objetos de culto modernos. Ela, porém, ficou milagrosamente intacta, não
requerendo mais do que uma simples remoção da poeira.
A
imagem em pedra mede 1,8 m e representa Nossa Senhora vestida com roupas de
rainha e coroa na cabeça. Na mão direita segura o “lírio” símbolo do reino dos
lírios, a França. No braço esquerdo sustenta o Menino Jesus, que detém em suas
mãos o globo, representando o mundo inteiro. E o Divino Infante, o Salvador do
Mundo, mostra que a Terra toda depende d´Ele, mas manifesta encontrar suas
delícias brincando com o véu de sua Mãe[xv].
A
troca de sorrisos entre Nossa Senhora e o Menino Jesus nessa imagem faz
ressuscitar em nós formas de ternura, de pureza, que nós poderíamos achar
completamente desaparecidas. É
a Rainha que pode mobilizar milhões de anjos, mas que vendo-A compreendemos bem
a importância da “escravidão de amor” que São Luís Maria Grignion de Montfort
nos convida a fazer em suas mãos. Uma escravidão a uma Senhora que nos empolga,
fascina e salva.
Ela
desperta na nossa alma um mundo de riquezas afogadas pela Revolução gnóstica e
igualitária. Ela está tão embebida pela virtude que a enormidade do mal
“moderno” fica excluída, pela rejeição, intransigência, integridade e
deliberação que resplandecem em seu sorriso num equilíbrio tão requintado, que
não há mal nem catástrofe que altere. Nem mesmo a investida progressista dentro
da Igreja[xvi].
Ela
carrega todas as graças da história da civilização cristã e manifesta um tal
poder, que torna evidente o advento de uma era histórica a Ela consagrada após
ter sido enxotada toda forma de mal, como Ela mesma prometeu em Fátima.
[i]) https://www.valeursactuelles.com/clubvaleurs/lincorrect/notre-dame-de-paris-une-lumiere-dans-la-nuit-de-lhumanite
[ii]) https://www.pauta.cl/actualidad/2024/12/01/carta-de-cristian-warnken-a-la-iglesia-notre-dame-de-paris.html
[iii]) https://www.pauta.cl/actualidad/2024/12/01/carta-de-cristian-warnken-a-la-iglesia-notre-dame-de-paris.html
[iv]) https://www.lefigaro.fr/culture/patrimoine/michel-de-jaeghere-notre-dame-ou-l-appel-de-la-lumiere-20241207
[v]) https://www.khaleejtimes.com/opinion/notre-dame-represents-a-deeper-reality-beyond-the-blur-of-our-lives?_refresh=true
[vi]) https://www.opinion-internationale.com/2024/11/30/emmanuel-macron-vous-avez-rebati-notre-dame-en-cinq-ans-la-france-vous-en-est-infiniment-reconnaissante_130069.html
[vii]) https://elpais.com/cultura/2024-12-06/notre-dame-la-catedral-que-se-invento-la-edad-media.html
[viii]) https://www.larazon.es/internacional/luz-edad-media-resurreccion-notre-dame_202412076754c56e1258380001f740f8.html
[ix]) https://www.facebook.com/groups/1328372457208321/posts/8944178072294350/
[x]) https://www.infocatolica.com/?t=noticia&cod=51150
[xi]) Apontamentos de palestra de 7-6-78, não revistos
pelo autor.
[xii])
https://www.lifesitenews.com/pt/analise/a-reabertura-de-notre-dame-foi-um-choque-entre-a-beleza-da-tradicao-e-a-estranheza-do-modernismo/
[xiii]) Id.ibid.
[xv])
https://fr.wikipedia.org/wiki/Notre-Dame_de_Paris_(statue)
[xvi]) Apontamentos de palestra de Plinio Corrêa de
Oliveira de 13-7-88,
sem revisão do autor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário