O Bicentenário, o coração do Imperador, a magnanimidade e a grandeza de alma da “brava gente brasileira” que deve ser fiel ao seu glorioso passado
✅ Paulo Roberto Campos
Em comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil, brindamos nossos leitores com dois textos primorosos.
O primeiro é de autoria do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança (1909–1981), então Chefe da Casa Imperial do Brasil, trineto do Imperador Dom Pedro I, o proclamador de nossa Independência em 7 de setembro de 1822 às margens do Ipiranga.
Em seu texto (neste blog o reproduziremos amanhã), estampado na edição comemorativa do Sesquicentenário da Independência (Catolicismo, setembro/1972), ele tece uma apropriada e penetrante análise histórica daquele gesto de Dom Pedro I, que tornou nosso País soberano, sem contudo romper com o Reino de Portugal e as tradições lusas, e, portanto, com o nosso passado glorioso.
O outro texto (neste blog o reproduziremos depois de amanhã) é de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Trata-se de uma oração que ele compôs para ser recitada no Sesquicentenário, publicada originalmente na “Folha de S. Paulo” em 27-8-1972. De extraordinária atualidade, apenas tomamos a liberdade de substituir “Sesquicentenário” por “Bicentenário”, e “um século e meio” por “dois séculos”.
A preciosa urna que guarda o coração do Imperador Dom Pedro I |
Não poderíamos deixar de manifestar aqui o nosso gáudio por um grandioso, simbólico e recente acontecimento — que, aliás, foi vergonhosamente silenciado ou noticiado de modo insuficiente pela grande mídia, tão sôfrega em exaltar e tentar ressuscitar figuras e situações que enlamearam a nossa história recente.
Honras militares na chegada a Brasília da relíquia histórica |
Um acontecimento simbólico — pois não se trata de um coração qualquer, mas de um coração que pulsou no Brasil e pelo Brasil; de um coração poético e patriótico cuja máxima pulsação ocorreu há 200 anos no Grito do Ipiranga; de um coração que deixa momentaneamente seu país natal para de Brasília oscular em São Paulo o rio cujas margens viram nascer a nossa Independência.
A Esquadrilha da Fumaça realizou acrobacias e desenhou um coração no céu de Brasília |
Depois o escrínio foi solenemente trasladado para o Palácio do Itamaraty, onde foram hasteadas as bandeiras do Brasil, de Portugal, do Império brasileiro e a da Monarquia portuguesa. A relíquia ficará exposta ao público na sede do Ministério das Relações Exteriores até o dia 8 de setembro.
Dom Bertrand de Orleans e Bragança e o ministro de Relações Exteriores, Carlos Alberto França, chegam para solenidade no Palácio do Itamaraty. |
O Príncipe Dom Bertrand deu gentilmente a seguinte declaração à revista Catolicismo: “Meu tetravô, o Imperador Dom Pedro I, faleceu em Lisboa, no Palácio de Queluz, no dia 24 de setembro de 1834 — no mesmo palácio, aliás, onde nascera em 12 de outubro de 1798. Pouco antes de morrer, ele pediu à sua esposa, a Imperatriz Dona Amélia, como um de seus últimos desejos, que seu coração permanecesse no Porto. A Imperatriz, uma alma profundamente católica, fez questão que ficasse no Santuário da Lapa daquela cidade. De lá, somente agora, nesses dias para as comemorações do Bicentenário — 188 anos depois! —, saiu unicamente para vir ao Brasil, onde o coração foi recebido com honras de chefe de Estado. Voltará a Portugal no dia 8 de setembro”.
O Coração de Dom Pedro I escoltado pela cavalaria dos Dragões da Independência. |
Por ocasião da festa do Bicentenário, convidamos nossos leitores a rezarem especialmente à nossa Rainha e Padroeira, diante de cuja imagem milagrosa em Aparecida, a caminho do Rio de Janeiro para São Paulo, pouco antes da proclamar nossa Independência, o Imperador Dom Pedro I rezou.
O presidente Bolsonaro, junto com a primeira dama e crianças, homenageiam a relíquia imperial. |
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