No museu do Louvre, em Paris, está exposta uma coroa que foi do Rei Luís XV. Tem toda a elegância de formas das coisas tipicamente francesas. Gosto da elegância das formas porque ela é o primeiro estágio no caminho da sublimidade [foto ao lado].
Aquela coroa é completamente recamada de brilhantes, de maneira que, exceto no aro que cinge a fronte do rei, nela não se vê senão brilhantes. Uma joia magnífica!
Entretanto, nenhuma outra coroa no mundo determinou em meu espírito a impressão que produziu uma coroa mandada fazer na Boêmia por um imperador do Sacro-Império, da Casa d’Áustria [foto no topo e abaixo].
Rodolfo II mandou fazê-la com seu próprio dinheiro. Não pertencendo, portanto, ao Estado, mas ao imperador romano germânico. Depois, passou a ser a coroa dos imperadores austríacos.
É uma coroa de tal maneira sublime e magnífica que, de todas as coroas do mundo, aquela é, de longe, a que mais arrebata o meu espírito.
Quando eu soube que numa exposição em Sevilha, no pavilhão da Áustria, havia uma estampa magnífica dessa coroa, pedi que me conseguissem uma fotografia. Guardei-a dentro de uma espécie de oratório que há no meu escritório, para poder vê-la de vez em quando. Esse meu entusiasmo vem do quê? — Da especial e peculiar sublimidade que aquela coroa tem.
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Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 26 de março de 1939. Esta transcrição não passou pela revisão do autor.
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