Sendo o presente mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, apraz-nos transcrever, em Sua honra, um trecho de um artigo de Plinio Corrêa de Oliveira publicado na edição de junho de 1953 desta revista.
Neste ano, no dia 7 de junho ocorre a celebração litúrgica (sempre na sexta-feira seguinte à Oitava de Corpus Christi) dessa devoção — primordial sobretudo nos presentes dias de calamidade moral e material — ao Coração de Jesus, “receptáculo de justiça e de amor”, como é invocado em sua ladainha.
“O culto ao Sagrado Coração de Jesus foi considerado por todos os teólogos como uma das mais preciosas graças com que a Santa Igreja tem sido confortada nos últimos séculos. Destinava-se ela a reanimar nos homens o amor de Deus entorpecido pelo naturalismo da Renascença, pelos erros dos protestantes, jansenistas, deístas e racionalistas.
No século passado, foi por meio desta devoção que o Apostolado da Oração produziu um admirável reflorescimento de vida religiosa em todo o mundo. E, como os males de que o Sagrado Coração de Jesus nos deve preservar crescem dia a dia, é evidente que dia a dia se acentua a atualidade desta incomparável devoção.
Contudo, é preciso acrescentar que, na agravação dos males contemporâneos, a Providência como que quis superar a Si própria, apontando aos homens como alvo de sua piedade o Coração de Maria, que de certo modo requinta e leva à sua plenitude o culto ao Sagrado Coração de Jesus.
Os estudos e a devoção cordimariana não são novos. Quer nos parecer, entretanto, que a simples leitura das mensagens de Fátima demonstra com quanta insistência Nossa Senhora os quer para nossos dias. A missão que Ela confiou à Irmã Lúcia foi especialmente a de ficar na Terra para atrair os homens ao Coração Imaculado de Maria. Várias vezes esta devoção é recompensada durante as visões.
Este Coração Santíssimo se apresenta mesmo, na segunda aparição, coroado de espinhos pelos nossos pecados, a pedir a oração reparadora dos homens. Parece-nos que este ponto como que compendia em si todos os tesouros das mensagens de Fátima.”
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